Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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Convulsão social e futuro cinzento, por Aldo Fornazieri

Convulsão social e futuro cinzento

por Aldo Fornazieri

Não existe um conceito preciso de “convulsão social”. Uma de suas aproximações parece indicar que ele abriga a existência de uma situação na qual o governo não governa e os vários setores sociais se põem em movimento sem uma direção clara e definida, cada um lutando pelos seus interesses particulares. Em face da ausência de uma direção geral, alguns movimentos testam os limites da legalidade, tanto à direita quanto à esquerda. Outros ingredientes das convulsões sociais importam a existência de crise econômica, de desemprego elevado, de desesperança, de medo quanto ao futuro, de redução de consumo, de violência social generalizada, de crise do Estado, de incapacidade dos partidos tradicionais e dos governos de apresentarem saídas para as crises conjuminadas, desmoralização das instituições e de crescente desobediência civil.

Na presente crise brasileira existem vários desses sintomas. O bloco de forças que vinha dando a direção política ao país nos últimos anos, liderado pelo PT com o apoio do PMDB e secundado por outros partidos centristas, faliu. O golpe contra o governo eleito levou ao poder um bloco que tem, na essência, dos propósitos: 1) salvar políticos corruptos, livrando-os da Lava Jato e garantindo-lhe o foro privilegiado onde o STF dormita e mata os processos; 2) continuar assaltando o Estado e os fundos públicos com esquemas de corrupção, com altos cargos e com privilégios. Trata-se de um bloco que não têm unidade de propósitos a não ser jogar o peso da crise nos ombros dos mais pobres. O golpe levou ao poder um governo que as manifestações de rua – tanto as verde-amarelas quanto as vermelhas – não queriam.

A ideia de que bastava substituir um governo impopular para que as expectativas melhorassem e a economia reagisse, fracassou. O fato é que esse governo não tem nada a oferecer às maiorias sociais a não ser mais arrocho, desemprego e perda de direitos. A recessão já levou 10% da renda e elevou o desemprego para 12%. Trabalhadores informais perderam clientes e estão cada vez mais pobres. As políticas públicas e sociais sofrem suspensões e cortes.

Esses ingredientes, somados à indicação de uma reforma da previdência que cria embaraços às aposentadorias, vem disseminando a avaliação popular de que o governo Temer é pior do que o governo Dilma. Acrescente-se que o governo é percebido como corrupto porque, de fato, seu núcleo duro o é. Sem legitimidade, sem carisma e sem energia, o presidente da República assume cada vez mais uma dimensão fantasmagórica, de ausência e de desgoverno. Sua equipe econômica vem perdendo oxigênio e suas propostas de reformas sofrem interdições crescentes do cenário político.

Crise de Hegemonia

O que há no Brasil é uma evidente crise de hegemonia: o governo e os grupos dirigentes não conseguem governar e não podem contar a lealdade da sociedade. Depois de uma certa passividade social decorrente do golpe e da derrota das forças democráticas e progressistas nas eleições municipais esta passividade começa a ceder lugar a uma atividade de grupos e movimentos à esquerda e à direita. Dada a desmoralização dos partidos em geral, os primeiros agem a partir de suas auto-organizações com ocupações, greves e atos de resistência. Os segundos, a partir de uma ideologia e de um líder – o deputado Bolsonaro – passam a atacar tanto os movimentos sociais quanto as instituições, a exemplo dos “desocupa já” e da tomada da Câmara dos Deputados em nome do apelo à ditadura e da invasão da Assembléia Legislativa (RJ) com quebra-quebra e saudações ao Bolsonaro. Com o desgoverno no Brasil e com a vitória de Trump nos Estados Unidos, esses grupos de direita sentem-se autorizados a agir cada vez  com  mais ousadia e violência. Os movimentos sociais autônomos de um lado, e os grupos de direita de outro, penetram nos espaços vazios deixados pelos partidos, pela sua incapacidade de dirigir, pela sua perda de legitimidade e pela sua falência programática.

Mas há uma terceira frente de reação à crise e ao desgoverno. Ela vem de dentro do Estado e hoje aglutina as carreiras típicas como o Judiciário, o Ministério Público, a Polícia Federal e setores da Receita Federal. Na medida em que nem o presidente da República e nem o Congresso são capazes de produzir mediações de poder e dirigir a sociedade, o Judiciário penetra cada vez mais nas fendas desse vácuo e busca produzir uma mediação pela lei (não pela política), interpretada discricionariamente pelos juízes a partir de cada fato particular, impondo um Estado crescente de excepcionalidade. Não poderia ser diferente: se a lei perde seu caráter técnico e passa a ser instrumento de mediação dos conflitos políticos e sociais ela vem marcada pela vontade, arbitrariedade e discricionalidade de seus agentes. Esta frente, se a crise se agravar, poderá ter, amanhã, o apoio das polícias militares e das Forças Armadas.

Um futuro sombrio

Nesta crise de hegemonia, caracterizada por Gramsci como aquele interregno em que o “velho está a morrer e novo ainda não pode nascer”, a evolução mais provável não é a revolução. Pelo contrário, é a reação e o incremento do Estado de exceção. Do ponto de vista das saídas políticas, a saída mais provável é à direita. Esta é uma tendência no mundo ocidental: a não funcionalidade das democracias e a falência dos partidos de centro e centro-esquerda joga as massas desempregadas e os trabalhadores para a direita.

Em parte, Trump venceu por esta razão. Na França, os trabalhadores estão se deslocando para a Frente Nacional de Le Pen. Nas eleições de Berlim, o partido neonazista chegou conquistou pela primeira vez cadeiras no parlamento. Na América Latina há uma ascensão da centro-direita. As primaveras árabes se afogaram no sangue derramado por novas ditaduras. A Europa está mergulhada numa crise humanitária que dissemina reações nacionalistas, xenofobia, racismo e violência contra os refugiados e imigrantes. Trump prega deportações e construção de muros. A Grécia está sendo obrigada a se vergar diante da troika pagando sua imensa dívida.  

Setores de esquerda, principalmente intelectuais, enganam e iludem acerca da avaliação do nosso tempo. Uns sugerem que o amanhã não vai ser um inverno. Outros dizem que há uma revolução invisível. Aqui no Brasil incensa-se a energia da juventude, das mulheres e dos novos movimentos sociais. O fato é que as esquerdas e as forças progressistas estão desorganizadas, desorientadas e sem estruturas de poder. Nada indica que dessas situações críticas emirjam pontos de ebulição revolucionária. Pelo contrário, os imensos poderes estocados, se necessário, reagirão pela discricionalidade da lei e pela força para reordenar a ordem do capital.

O Brasil vive um momento perigoso e vemos aparecerem “uma grande variedade de sintomas mórbidos”. Que não hajam ilusões: o Occupy Wall Street não conseguiu dar a vitória a Bernie Sanders e o Podemos fracassou na Espanha. É verdade que aqui as frentes de luta são muitas, diversas e plurais. Mas elas estão mergulhadas nos seus particularismos, inabilitadas a uma unidade em torno de uma agenda, carentes de estratégias para enfrentar esse momento de impasses e de ausência de rumos. Se não houver uma reinvenção de rumos, de métodos, de paradigmas e de formas, amanhã, esses jovens, essas mulheres, esses lutadores voltarão para a normalidade da vida cabisbaixos e resignados, com o gosto amargo das ilusões perdidas. Por isso é melhor encarar com sobriedade e dureza os perigos e advertências, ser modesto nas esperanças e humilde para perceber que o suposto poder de cada um é efêmero e que a unidade gera mais força e energia.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

10 Comentários

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  1. Diz o aldo Fornazieri:
    “A não

    Diz o aldo Fornazieri:

    “A não funcionalidade das democracias e a falência dos partidos de centro e centro-esquerda joga as massas desempregadas e os trabalhadores para a direita.

    Em parte, Trump venceu por esta razão.”

    Sr. Aldo, o Senhor quer dizer que se a Hillary Clinton tivesse sido eleita, os trabalhadores americanos não teriam saído da esquerda para a dirieta?

     

  2. “pessoas de pouca importância”

    [ “no momento de transição de uma sociedade escravocrata para uma sociedade clássica liberal, o desafio era a gestão inteligente dos ressentimentos. Isso não foi feito e sequer tentado. se se desumaniza o inimigo, é mais fácil, etnicamente, suspender as sanções morais contra a sua destruição. o ajuste tácito entre os chefes policiais e as elites étnicas sobre a ordem pública determina que ela seja restabelecida sem contrapartidas, sob um novo prisma, de luta exclusiva contra a criminalidade. a demanda social e econômica das massas segregadas é qualificada como o rompimento ou a tentativa de invalidação de uma ordem natural, social, moral, étnica. surge o agrupamento por sua condição e com isso, o ressentimento… contra o Estado.
    não há nada mais traumático para essas populações faveladas do que as rotineiras e brutais operações militarizadas de expulsão das áreas urbanas invadidas, sua integração e participação nas riquezas nacionais e na política, são aspectos que feririam de morte a balcanização. a neutralização da violência passou a ser considerada como um investimento de valor estratégico e militar, comercial e industrial e não como um problema social e político.

    a ânsia de segurança, própria da condição humana, culmina num individualismo desesperado. a classe média, perplexa e ameaçada, inclina-se cada vez mais às saídas militaristas.” ]

    ­­­­­­­_______

    Luís Mir

    ‘Guerra Civil’ – Estado e trauma

    pp. 101/102/147/163/164

    Geração Editorial São Paulo SP 2004

    http://passalidadesatuais.blogspot.com.br/2010/12/pessoas-de-pouca-importancia.html

  3. NECESSÁRIA UNIÃO EM PROL DA DEMOCRACIA

    Coerentes e muito precisas as ponderações apresentadas no artigo acima acerca dos riscos evidenciados na conjuntura brasileira atual.

    Assim, independente de discordâncias acerca de outras questões, devo registrar aqui minha concordância com a lúcida e fundamentada advertência de que os fatores de desencadeamento de convulsão social constituem os aspectos mais danosos da escalada de radicalismos que caracteriza a trajetória das crises institucionais no Brasil de hoje.

    Todavia, tenho a convicção de que o caldo de cultura dos impasses e contradições, cada vez mais denso, deverá resultar numa evolução da dinâmica da militância política, por meio da ampliação dos debates entre os setores da sociedade que anseiam por soluções que resgatem a legalidade democrática, preservem os direitos sociais, e permitam o restabelecimento de condições aptas a embasar a construção coletiva de um projeto de nação justo, inclusivo, sustentável. E, neste sentido, reproduzo a seguir texto que postei ontem em página do GGN onde foi publicado um ensaio que ilustra a equivocada visão acerca de uma perspectiva revolucionária ancorada em táticas de confrontação política, e que tem o objetivo de ressaltar a necessidade de coerência para defesa da democracia.

     

    [Segue transcrição do texto de minha autoria encaminhado ontem como comentário na página do GGN referente ao ensaio intitulado Socialismo ou Barbárie].

     

    https://jornalggn.com.br/noticia/socialismo-ou-barbarie-por-marcio-sotelo-felippe

     

    NOVOS TEMPOS SEM OS VELHOS EQUÍVOCOS

     

    O ensaio acima enseja uma ótima possibilidade de evidenciar os graves equívocos repetidos pelos arautos do radicalismo. E a controvérsia levantada é muito tempestiva, pois permite demonstrar com clareza os motivos pelos quais a questão da atualidade não é Socialismo ou Barbárie, mas sim Democracia ou Barbárie.

    De saída, salta à vista o equívoco maior que é a pretensão de utilizar como paradigma conceitos e concepções teóricas extraídas de contextos históricos diferenciados.

    O tão alentado slogan Socialismo ou Barbárie, eternizado pelo brilhantismo intelectual de Rosa Luxemburgo, é a expressão emblemática das lutas do proletariado europeu no final do século XIX e no início do século XX.

    A admirável militante revolucionária polonesa, nascida em 1871, desenvolveu sua formação acadêmica na Suíça, defendeu tese de Doutorado sobre desenvolvimento industrial da Polônia, fundou e liderou organizações revolucionárias em seu país e também na Alemanha, e viveu uma era de violência política e conflitos sangrentos.

    Ao par de toda a merecida reverência por sua obra e por sua dedicação às lutas contra a opressão e às nobres causas revolucionárias do proletariado, Rosa Luxemburgo deve ser compreendida na dimensão das circunstâncias históricas de sua existência.

    O contexto histórico e os fatores culturais e políticos condicionantes presentes no Brasil nesta segunda década do século XXI são imensamente distintos da realidade observada na Europa em 1915, quando Rosa Luxemburgo escreveu seu célebre texto intitulado A Crise da Social Democracia (Folheto Junius), onde grafou a indagação Socialismo ou Barbárie. E vale lembrar que o mundo vivia então um acirramento da luta de classes no qual as iniciativas revolucionárias constituíam a expectativa de enormes contingentes.

    Apresentar, no Brasil de hoje, propostas embasadas na perspectiva de realizar qualquer espécie de revolução socialista constitui um despropósito ao mesmo tempo anacrônico e desagregador, pois parte de premissa irreal, dada a inexistência de condições históricas compatíveis com pretensões revolucionárias, e desvirtua a trajetória dos movimentos populares, que devem refletir e catalisar os anseios da população brasileira.

    Esta ótica que defende a radicalização da luta política revolucionária evidencia uma repetição de equívocos cometidos pela esquerda brasileira na década de 1960, quando a pretensão ilusória de copiar modelos das revoluções soviética, chinesa e cubana teve suas causas derivadas da incapacidade de entender a realidade brasileira da época.

    A realidade atual mostra, com clareza absoluta, que, antes de pensar em qualquer tipo de revolução socialista, nosso país precisa defender a democracia plena, que promova a efetiva vigência do Estado Democrático de Direito e o atendimento às necessidades básicas relativas a saúde, trabalho, moradia, educação, cultura e justiça.

    Quando o povo brasileiro tiver atendidas suas necessidades elementares, a evolução cultural e política decorrerá naturalmente, tanto mais quanto orientada por lideranças que sejam capazes de perceber as prioridades da cidadania e dialogar com a população.

    Nesta medida, cabe ressaltar que a resistência adequada em face dos retrocessos e ameaças aos direitos sociais é a conscientização de amplos setores da sociedade e a construção coletiva de um projeto de nação justo, inclusivo e sustentável, que deve ser viabilizado através da ampliação do diálogo e não do radicalismo, do entrincheiramento e do confronto. Inclusive pelo fato de que o poder hegemônico, os grupos fascistoides, o capitalismo selvagem e o imperialismo predatório já evidenciaram que, para impedir o atendimento das necessidades do povo brasileiro através da democracia, estão dispostos a promover as mais hediondas práticas características da barbárie.

    Diante de tais evidências, urge perceber a necessidade de evitar situações que possam dar chances à má sorte, de modo a não deixar a militância democrática exposta à sanha repressiva e provocativa da direita raivosa, para não repetir as trágicas experiências das pseudo “primaveras”, vivenciadas em países como a Líbia, a Ucrânia e a Síria.

    Neste sentido, reitero minha convicção sobre a necessidade de conclamar as instituições democráticas representativas da sociedade civil brasileira para atuar em conjunto com os movimentos sociais e a vanguarda política, constituída pelo movimento estudantil, a fim de substituir as táticas de ocupações e bloqueios por estratégias de educação popular materializadas na forma de aulas públicas, seminários e congressos, com vistas à ampla demonstração dos motivos pelos quais é imprescindível reverter pelas vias eleitorais os graves retrocessos promovidos pela disseminação do ódio e pela inversão de valores.

    Os recentes desdobramentos da conjuntura brasileira, com a manipulação e a violência nas manifestações na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, com a impunidade da invasão e das agressões praticadas por grupos fascistoides na câmara dos deputados, com a violenta repressão policial na frente da Universidade Federal em Belo Horizonte, com violência e arbítrio praticados pela polícia na escola do MST em São Paulo, e com o atropelamento de militantes num bloqueio em Brasília, deixam clara a necessidade de desarmar o gatilho da escalada de desestabilização promovida pela direita raivosa.

    E o momento de iniciar esta mudança de rumo é agora, sem aguardar pelo surgimento de novos mártires, à exemplo do cinegrafista atingido acidentalmente em 2014.

  4. Sem ilusões sobre a Frente Ampla ou das Esquerdas

    O grande José Trajano, na Carta Capital: 

    JC: Dentro do campo da esquerda, fala-se muito da necessidade de se construir uma Frente Ampla. Qual é a chance?

    JT: Nenhuma. A esquerda agride-se demais. Há diferenças enormes, filosóficas, políticas, pessoais. De modo geral, os dirigentes partidários são arrogantes. Todos se acham donos da verdade, ninguém dá um passo à frente. Seria importante que os partidos de esquerda se entendessem, mas acho quase impossível.

    http://www.cartacapital.com.br/politica/jose-trajano-da-um-ole-na-intolerancia-politica

    José Trajano

    1. Tá mais fácil a esquerda aliar-se à direita do que a si própria

      PSTU fechou com os imperialistas na destruição da Líbia e da Síria, sob o pretexto de primavera árabe. O mencionado partido tem flertado com os EUA na sua sanha contra a Venezuela. O PSOL, através da Luciana Genro, está hermeticamente fechado com o Jatomorismo.

      Quando os Galinhas Verdes começarem a mater esquerdista, será tarde demais para se formar uma Frente Ampla.

  5. Antipetista

    Este é um articulista que dificultaria ao máximo a união de Esquerda pois tudo é culpa do PT. Não sei se ele já foi do antigo PCB, mas a mania que este sr. tem de culpar o PT por tudo que dá errado é um cacoete dos ex-comunistas, que aliás negaram apoio a Lula e a Dilma sistematicamente.

  6. a outra forma de se fazer politica

    nada nenhuma palavra sobre a Relovução Social Curda.

    da primavera arabe na Siria, surgiu um revolução socialista que ja dura 4 anos, a Vanguarda do feminismo no mundo hoje esta em Rojava, na Siria.

    Não entendo ainda porque tanto despreso, silencio e falta de enterresse pela causa Curda. 

    Um nova forma de se fazer politica esta sendo crianda em pleno Oriente Medio e deve inspira moduças social no mundo todo.

    Kobane resisti, Rojava triunfara, Viva a Revolução Social Curda

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