Debate: Jean Wyllys e o porquê de boicotar Israel

Enviado por Antonio Ateu

DO BLOG DA CONVERGÊNCIA

Jean Wyllys e o porquê de boicotar Israel

Por Waldo Mermelstein 

Companheiro Jean Wyllys,

Hoje à noite companheiros de longa data me chamaram a atenção para seu post no facebook acerca de sua visita a Israel. Li com atenção o que você escreveu, além de boa parte das respostas que o post ensejou. Vi também que foi a convite de um amigo meu de longa data, James Green, que foi militante da mesma organização socialista (trotskista) que eu e um dos iniciadores na esquerda, há décadas, do combate pelos direitos dos homossexuais.

Sou um antigo militante da esquerda. Meus pais eram judeus, e eu cheguei a ser sionista na adolescência, rompendo com o sionismo após ter passado um ano em Israel. Por essa razão original, sigo acompanhando o tema com muito interesse. Me desculpo pela extensão desta carta, o que, entretanto, me parece compreensível pela intensidade e urgência do debate em questão. De todo modo, não me aprofundarei no tema tal como ele exigiria, afinal, esta carta é só uma carta, e não seria justo, metodologicamente, responder a um post com infindáveis laudas. Naturalmente, não tenho acordo com o que você escreveu, e acho que algumas das questões/críticas que irei colocar abaixo já foram, talvez com mais propriedade, assinaladas por outros dos seus interlocutores.

Em primeiro lugar, o tema não é entre judeus e árabes, mas entre o Estado sionista (e os que o apoiam) e a população nativa que ali habitava há centenas de anos. Infelizmente, a esmagadora maioria da população judaica de Israel apoia os aspectos essenciais em que se baseia o Estado de Israel. Não é possível se referir à situação atual sem relatar e compreendero que aconteceu em 1948, quando as Nações Unidas dividiram a região da Palestina Históricacontra a vontade da maioria da população e os sionistas aproveitaram a chance histórica para expulsar 80% da população palestina. Desde então, Israel tem continuado essa obra, se estabelecendo como um Estado judaico e democrático, um oximoro. Sugiro que faça um pequeno teste: sem falar sobre mais nada, proponha aos que estão lhe recebendo, ou às ONGs que você mencionou, que Israel comece se definindo como um estado de todos os seus habitantes, como o Brasil o é, por exemplo, não obstante todas as suas desigualdades sociais. Essa pode ser uma lição útil para você ver que não está perante um Estado como os demais, mas frente a um Estado que é legalmente racista, a começar pela sua definição e suas infinitas leis racistas. Não estou me referindo ainda aos territórios ocupados, mas às fronteiras de 1948.

Em segundo lugar, a ideia de dois Estados, independentemente de sua justiça, foi destruída pelas décadas de ocupação e colonização. Por isso, uma saída sem banho de sangue que a você e a todos seduz teria que ter como base a restituição da justiça, dos direitos espoliados dos palestinos para que pudesse haver a convivência pacífica. A base para isso é o direito internacional dos refugiados e seus descendentes que foram expulsos em 1947-8. Sei que há várias versões sobre o fato, mas a boa historiografia palestina já foi confirmada quando da abertura dos arquivos do Estado de Israel e mostra que houve uma política deliberada de expulsão em massa dos residentes palestinos. Mas mesmo que isso não fosse verdadeiro, o direito de retorno dos refugiados é inalienável. Basta ver tudo o que diz o direito internacional e as próprias resoluções da ONU da época, nunca revogadas. Então pergunte aos seus anfitriões tão democráticos se eles estão dispostos a aceitar esse direito, no marco dos dois Estados que propõem. Não quero fazer nenhum jogo, sei perfeitamente o que irão lhe responder.

Em terceiro lugar, e talvez o mais importante: siga o exemplo de Caetano, vá até à Cisjordânia, conheça as aldeias ameaçadas permanentemente pelos colonos e pelo exército de ocupação. Verás que a vida lá é só não duramente real, mas também de viés. A experiência de Caetano o levou à conclusão de que, parafraseando seu companheiro de show na ocasião, Gil, ter ido a Israel foi “necessário para [não] voltar”. Sem concordar a maioria das reflexões de Caetano em sua volta de Israel (pois mantém o erro de apoiar a solução dos dois estados, além de ter furado o boicote e seguir atacando o BDS) arrisco a dizer que as conclusões a que você chegará como parlamentar de esquerda e ativista social (não nesta ordem) serão bem distintas das que você colocou em seu post. Aliás, não por acaso, boa parte de seus eleitores possuem uma posição bem distinta do que você expressou e por razões bem fundamentadas.

Voltando ao começo da minha carta: não é verdade que o movimento de solidariedade aos palestinos se baseie no antissemitismo. A cartada do antissemitismo é uma das maiores mentiras divulgadas pelo movimento sionista. É bom saber que os sionistas nada fizeram para lutar contra o antissemitismo quando ele era importante. Em vez de se unirem aos movimentos sociais para lutar contra o antissemitismo preferiram aderir à ideia de colonizar a Palestina e negociar com todos os poderes opressores, os podres poderes de então, a começar pelo Czar de toda a Rússia, onde viviam 80% dos judeus à época (início do século XX). Há uma mais uma mancha na história dos sionistas que é o acordo de transferência de bens e pessoas para a Palestina, feito com Hitler em 1933, no momento em que a esquerda no continente tentava organizar um boicote à Alemanha. Digo isso porque como descendente de uma família que se perdeu nos campos de concentração e nas câmaras de gás me repugna a utilização falsa desse fato monstruoso. Prefiro a inteireza moral de muitos sobreviventes que sempre disseram que justamente por terem sofrido e presenciado o horror não podem ser cúmplices em uma política racista.

Por fim, você compara o BDS com o boicote americano a Cuba. Nesta lógica formal e nada dialética, você iguala a violência do escravo para com o feitor à violência deste contra aquele, ignorando que a própria escravidão já é, antes de tudo, uma própra violência. Pare para pensar e verá que a comparação entre os dois boicotes é descabida: o boicote a Cuba é pelo fato da pequena ilha ter desafiado o poder imperial. O BDS é a arma dos palestinos oprimidos por Israel e estimula a solidariedade para que os cidadãos judeus de Israel percebam que o mundo não tolera regimes como o do apartheid. Você estaria contra o boicote ao regime racista dos boers? Certamente não! A luta era para que houvesse mínimos direitos iguais entre todos os que lá habitavam. O boicote levou décadas, mas ajudou muito a que o regime racista da África do Sul caísse. Leve em conta que há várias organizações sociais na Europa e nos EUA que já aderiram ao boicote e que este é um instrumento legítimo de luta.

Não espero que concorde com o que escrevi rapidamente, mas pelo menos vá conversar, conhecer o lado dos milhões nos territórios ocupados. Foi a visão dos operários que trabalhavam em Israel e voltavam para Gaza em 1970, em um ônibus cheio deles em minha volta ao kibutz em que trabalhava, que me empurrou decididamente a romper com o sionismo, mais do que qualquer livro que li. Como disse certa feita um antigo filho de judeus, ateu e marxista Lev Davidovicht Bronstein (Trotsky), “se o papel aguenta tudo, a história não”. E a história lá não é senão a história da opressão de um Estado sobre um povo sem Estado. O resto o papel aguenta, mas o resto é resto.

CIDADE DOS POVOS
(PRIMEIRO RELATO DA VIAGEM A JERUSALÉM)

Hoje foi um dia muito intenso, de muitas emoções e muita aprendizagem para mim e os meus assessores em Jerusalém (numa viagem que não custou um único centavo ao erário público, já que eu viajei a convite de uma universidade e meus dois assessores pagaram suas próprias passagens). De manhã cedo, percorremos diversos bairros da cidade junto a ativistas da ONG Ir Amim (“Cidade dos povos”), que defende a solução pacífica para o conflito entre judeus e palestinos. Visitamos bairros israelenses e palestinos e tivemos a oportunidade de ver com nossos próprios olhos o que a frieza dos mapas com as diversas fronteiras (as anteriores e as posteriores à guerra dos seis dias, e também as que impõe o muro construído por Israel para impedir os atentados terroristas, com efeitos desumanos para os palestinos) e dos livros e artigos que eu já tinha lido, com diferentes opiniões sobre o conflito, não poderiam mostrar.

Contra os preconceitos de muita gente, que acha que todos os judeus israelenses têm as mesmas posições políticas, os ativistas do Ir Amin me explicaram que se opõem à política do governo Netanyahu (para quem não pouparam qualificativos), são solidários com o povo palestino que vive nos territórios ocupados e acreditam que Israel deve reconhecer o estado palestino e negociar um acordo definitivo de paz que reestabeleça fronteiras próximas às de 1967, acabe com os muros e assentamentos, a militarização e a segregação social (a diferença entre os bairros judeus e palestinos é semelhante à que separa a zona sul e as periferias no Rio de Janeiro) e permita construir condições para a coexistência pacífica entre ambos os povos, com dois estados soberanos.

Eles acreditam, como eu, que a paz não pode ser construída sem o reconhecimento mútuo da existência e dos direitos do outro: tanto Israel quanto Palestina têm direito a existir, tanto judeus quanto palestinos têm direito à sua terra. Dois povos, dois estados, em paz. Claro que a partilha não é fácil, como não é fácil acabar com uma guerra continuada durante décadas, mas a paz deve ser um imperativo, um objetivo vital a ser alcançado. A ultra-direita israelense, hoje no governo, e os grupos terroristas e fundamentalistas islâmicos conspiram contra a paz e o medo ajuda ambos os extremos a manter muito poder, mas ainda há muita gente sensata tentando construir pontes de diálogo. Há esperanças!

Na Universidade Hebraica de Jerusalém, falei sobre as relações entre a homofobia e o antissemitismo, arraigados na nossa cultura e na nossa língua. Expliquei que eu, como gay, sempre senti empatia pela dor do povo judeu, que enfrenta, como nós, homossexuais, um ódio antiquíssimo e os preconceitos e incompreensões da direita e da esquerda. Com o triângulo rosa ou com a estrela de Davi, fomos juntos aos campos de concentração do nazismo, como juntos sofremos desde pequenos insultos, piadas e bullying. Falei da dificuldade de parte da esquerda (e falei isso como militante de esquerda) para enxergar e combater o antissemitismo e a homofobia em suas fileiras, assim como do oportunismo da ultra-direita, que tenta acusar o conjunto da esquerda (como se houvesse uma só e não, como eu vejo, esquerdas, no plural) por esses desvios. Fiz um percurso histórico do problema, tentando levar em consideração tanto os aspectos culturais quanto os políticos (a lógica amigo-inimigo, o maniqueísmo e a simplificação) que estão por trás de muitos discursos que atacam o conjunto do povo judeu. Falei da tragédia do terrorismo e do fundamentalismo e de sua expressão no Brasil. Diante de um auditório heterogêneo e muito participativo, tentei fazer a minha contribuição ao debate.

Algumas pessoas criticaram a minha viagem com argumentos sobre o “sionismo” que parecem tirados dos discursos antissemitas mais anacrônicos. Em primeiro lugar, para falar sobre o sionismo é preciso saber o que é, porque se não, você acaba usando a palavra “sionista” como sinônimo de israelense ou, pior, de judeu. Muita gente faz isso para disfarçar seu antissemitismo (falando, por exemplo, “não sou antissemita, mas antissionista”); outros fazem por ignorância. Nem todos os judeus são sionistas, nem todos os israelenses são judeus (tem, inclusive, árabes israelenses, muçulmanos israelenses, cristãos israelenses, etc.). O sionismo nasceu como uma ideia, depois como um movimento que reivindicava o direito do povo judeu (perseguido e difamado por séculos e vítima principal da tragédia do Holocausto nazista) a ter uma terra e uma nação, já que não se sentiam seguros num mundo e principalmente numa Europa que os expulsou, os perseguiu e os dizimou. Há sionistas de esquerda e de direita, laicos e religiosos, e há entre eles diferentes posições sobre a questão palestina. Há sionistas que são contra a ocupação de territórios palestinos, contra a política guerreira do atual governo israelense e a favor da solução dos dois estados.

Acusar todo sionista (ou todo israelense, ou todo judeu) pelas barbaridades praticadas pelo governo de Israel nos territórios palestinos é tão equivocado como acusar todo muçulmano (ou todo palestino, ou todo árabe) pelos crimes do terrorismo do Hamás ou do ISIS ou de outras facções criminosas. É possível repudiar o terrorismo do Hamás e os crimes de Netanyahu, ser a favor do reconhecimento do estado palestino e do direito a existir do estado de Israel e almejar a paz e a coexistência entre ambos os povos. Muitos árabes, israelenses, judeus, muçulmanos, palestinos e também sionistas defendem isso. Eu também.

Por último, muita gente me questionou sobre o “boicote a Israel” ou BDS. De acordo com esse boicote, para ser solidário com os palestinos, eu não deveria ter aceitado um convite de uma universidade israelense (a mesma pressão foi feita para que Caetano e Gil não fizessem um show em Israel). Eu sou contra boicotes contra qualquer povo. Acho equivocado confundir governo, estado e população. O boicote detona as pontes e favorece os extremistas de ambos os lados, seja o Likud ou o Hamás.

E vou repetir aqui o que falei no final da minha palestra na universidade: da mesma forma que sou contra o boicote a Israel, acho uma contradição imperdoável que o governo israelense apoie na ONU o bloqueio norte-americano a Cuba!

Redação

37 Comentários

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  1. O Deputado Jean Wyllys pisou

    O Deputado Jean Wyllys pisou muito feio na bola. Simplesmente inacreditáveis as besteiras que disse, assim como a reação de sua equipe de comunicação no Facebook, bloqueando pessoas que se manifestavam contra a viagem.

    Pelo menos a sua ida a Israel deixou evidente duas coisas:

    I – Existe sim um lobby sionista que convida e paga a viagem de políticos para viajar até Israel para depois relativizar a ocupação e o apartheid;

    II – A cada dia fica mais difícil para algum artista, político ou outra pessoa pública, viajar a Israel sem causar grande controvérsia. Uma viagem para qualquer outro país não geraria jamais essa repercurssão. E isso mostra que algo está errado (neste ponto, parabéns ao movimento BDS).

    Por fim, fico com o que disse o ex-ministro dos Direitos Humanos, Paulo Sérgio Pinheiro:

    https://www.facebook.com/psdmspin/videos/10154535221566632/

     

     

    1. O The Intercept resumiu bem a

      O The Intercept resumiu bem a postura de Jean Wyllys:

       

      Jean Wyllys, has angered much of the base of the leftist Socialism and Liberty Party (PSOL), which he represents, after participating in a conference at an Israeli university with deep ties to human rights abuses against Palestinians and then defending that decision with anti-Palestinian talking points common among hard-core Israel defenders. Wyllys’ unexpected stance is one of the most powerful cases yet to highlight the tried-and-true tactic of exploiting liberal social issues to generate left-wing support for militarism.

      https://theintercept.com/2016/01/08/jean-wyllys-israel-pinkwashing/

       

       

  2. Israel é vitima de seu

    Israel é vitima de seu governo tolo mas tambem é vitima de muito sem vergonha anti semita que se traveste de antisionista para poder falar mal do estado de Israel e não somente do governo de Israel

    Para tanto usam e abusam de anacronismos mil.

    A contenção fisica feita por Israelenses se deve não a vontade de exterminar um povo ( razão pela qual se fez o gueto de Varsóvia )

    A contenção fisica foi simplesmente o unico meio de impedir as dezenas de ataques homicidas feitas por palestinos vitimas dos fundamentalistas de sempre.

    Observem que os ataques eram feitos contra civis em onibus, bares, lanchonetes, e casas de diversão, não somente contra militares o que seria uma ação lamentavel mas legitima em termos de resistencia armada contra um governo.

    Hoje muitos paises estao se vendo obrigados a levantar cercas para conter fisicamente algo que considrem ameaçador e nem por isso são rotulados de genocidas.

    Em 2005 Israel saiu da faixa de gaza e os palestinos ao inves de se unir e mostrar capacidade para o mundo inteiro e para a propria sociedade israelense o que fizeram?

    Mataram-se uns aos outros, execuções, prisões, torturas, repressão brutal, e o proprio povo da faixa de gaza elegeu de livre e espontanea vontade ( hoje eles não tem mais essa li berdade…rs ) o Hamaz que prega apenas e tão somente a DESTRUIÇAO DE ISRAEL 

    E ato continuo permitiu que seu territorio fosse usado de base para lançamentos diarios de foquetes contra o sul de Israel foguetes que não matam apenas pq não podem devido as proteçoes e o clima de guerra que é imposto as tais cidades, NÃO É POR FALTA DE VONTADE OU MESMO CAPACIDADE OU TENTATIVAS DE FAZE-LO.

    Pois são artefatos capazes de matar muita gente disparados a esmo DELIBERADAMENTE PARA CAIR EM CIMA DE QUALQUER LUGAR não importa se for matar, soldados, ou civis, mulhres, crianças ou velhos.

    Esse é o povo que vive reclamando de baixas entre seus civis.

    Que inclusive saiu as ruas no 11 de Setembro celebrando como fosse um final de copa do mundo a morte de 3 000 pessoas absolutamente inocentes, afinal morte de inocentes dos outros é refresco né?

    O uso de escolas, hospitais e até mesmo lugares ditos protegidos pela ONU por gente ligada ao Hamaz até hoje não foi ou é explicado!!! 

    Sobre a fome e falta de remédios ou dinheiro na faixa de Gaza isso tuod é coisa feita sob medida pelo Hamaz para angariar (como sempre ) simpatia as custas de vidas humanas que para eles nunca quis dizer nada.

    Afinal dizem os estados arabes que apoiam totalmente a causa palestinas, entre eles o Catar (nada em dolares ) o Irã e mesmo a Arabia Saudita.

    Pois bem quando havia a enorme redes de tuneis entre o Egito e a faixa de gaza, eles usavam ela para passar munição, fuzis, explosivos e foquetes que pesam + de 300kg!!!!rs

    E logico, dinheiro para pagar os funcionarios do Hamaz a razão pela qual os mesmos tuneis que foram usados para tudo isso não serem usados para trazer remedios, equipamentos medicos , material de construção, alimento, e dinheiro para o povo palestino ( pois se esses paises quissesem  poderiam mandar dinheiro para a renda per capita da palestina explodir rs ) é a pergunta que vale UM MILHAO DE DOLARES! rs

    E pq não vemos ninguem faze-la? pq os ditos humanistas simpaticos ao palestinos não questionam isso publicamente contra o Hamaz?

    Pq os ditos humanistas que no ocidente dizem defender liberdade de expressão, causa LGBT , de religião ou ateismo, e liberdade politica NÃO DENUNCIAM O HAMAZ?

    Desde quando defender palestino passa por dar aval (mascarado nas entrelinhas atraves de suas deliberadas omissões ) ao Hamaz se ele representa TUDO O QUE ESSES DESAVERGONHADOS DIZEM LUTAR?

    São essas as perguntas sem resposta.

    Israel não é um lugar perfeito e piorou muito com a chegada de judeus asquenazi vindos da Russia, ela tem uma forte comunidade fundamentalsita ortodoxa que não fica nada a dever ao HAMAZ isso tudo é fato.

    Porem com todos os seus defeitos é a sociedade onde mais há liberdae na região e unico lugar onde há uma passeata gay.

    Mas tudo isso é ignorado porque falar mal de israel é o FETICHE DE TODO ANTI SEMITA E O FETICHE DOS DITOS PROGESSISTAS QUE NÃO ENGOLEM ISRAEL apenas pq ela é aliada dos norte americanos.

    E um casamento REPULSIVO E PORNOGRAFICO entre a esquerda e os antisemitas que através do discurso demagogo dela podem extravazar toda a sorte de palavras imundas contra judeus.

    Claro que há exceção e nem todo progessista se deixa usar por essa escoria antisemita, mas na maior parte das vezes é disso que se trata.

    Um texto dito humanista que critique Israel só é legitimo se DENUNCIAR a opressão do Hamaz contra a sociedade palestina, do contrario só se presta a propaganda mal intencionada… 

    1. rs

      Israel é vitima de seu governo tolo mas tambem é vitima de muito sem vergonha anti semita que se traveste de antisionista para poder falar mal do estado de Israel e não somente do governo de Israel

      Explica isso aí.

      Todo anti-sionista se opõe ao Estado de Israel, e não somente a esse governo.  rs

      1. Hum… Quer levar as coisas

        Hum… 

        Quer levar as coisas ao pé da letra não é? rs

        Na verdade era uma alusão ao fato de não serem antisionistas, ja que em tese ser antisionista nao tem relaçao com anti semita EM TESE pois hoje esta cada vez mais dificil devido a larga adoção dessa condição para protestos “humanistas”

        Agora sobre os demais pontos, tem algo a dizer sobre o que o Hamaz representa?

        Dentro de um texto relativamente grande, vc certamente não achou somente um paragrafo para destacar por não ter nada a dizer ( ao menos no tocante a condenação ) sobre os questionamentos citados nos demais paragrafos imagino.

        Talvez considere a ideia de deixar claro não ter nada contra judeus, nao que vc pense assim claro… 

        1. Não preciso deixar claro nada a você

          Meu juiz é minha consciência.

          Tenho amigos judeus, tenho relações comerciais com clientes e fornecedores judeus e para mim, se são judeus não faz a menor diferença.

          Alguns são sionistas, com estes sim tenho alguma diferença, mas nada que vá além do campo das idéias.

           

          1. Claro eu entendi, vc vende

            Claro eu entendi, vc vende para judeus logo não tem nada contra eles.

            Eventualmente posta material sobre Israel, e não faz o contra ponto necessario a demonstrar isençao quando questionado pois não precisa provar nada para ninguem..

            Mas tá tranquilho Bonna , vc é apenas um cara educado…

          2. Pois Évora
            Vendo, compro, frequento o mesmo clube e nossos filhos frequentam a mesma escola.
            Se acha que isso não prova nada e que eu necessariamente tenho que fazer alguma deferência especial aos judeus para provar que não tenho nada contra eles, pode esperar sentado.
            Já quanto ao Estado de Israel, sequer reconheço seu direito de existir. Qualquer coisa fora disso seria apenas hipocrisia minha.

  3. Jean Willys se equivocou

    Ele se equivocou, mas acredito na sua boa-fé para, lendo essa comunicação insuspeita, poder se posicionar de maneira mais justa, sem se deixar manipular. Ainda é um dos poucos nomes do partido de direita envergonhada, PSOL, que se pode admirar.

  4. no vídeo podemos ver claramente…

    sionismo faz de sua visão atéia sobre o exílio uma arma contra os próprios judeus

    sionismo é o diabo na terra

    que nunca teve, ou terá, seu habitat natural

    exército é fortalegido justamente pra isso, tirar dos outros

    1. Não se precipite.  Ele foi a

      Não se precipite.  Ele foi a um debate em uma universidade, isso é defender Israel? Ou estou sendo simplista demais ou você está exagerando.

        1. Então, pelo contexto eu vejo

          Então, pelo contexto eu vejo que estão exagerando nesse episódio. Também sou a favor de um estado palestino, mas não acho que esse episódio do Jean contribua em algo a favor de Israel.

           

          Mas detonar o Jean é fazer o serviço dos admiradores de Malafaia, Bolsonaro e afins.

  5. Adorei a postagem do filme sobre os judeus contra Israel

    Já tinha visto esse vídeo, e nao é o único movimento de judeus contra o estado de Israel. Há outro, chamado “Nao em nosso nome”, além de todos os jovens israelenses presos por nao querer participar do genocídio em Gaza. Acho super importante postar isso aqui, para evitar os comentários antissemitas de pessoas que confundem estado de Israel e sionismo com “judeus”, manifestando aí sim antissemitismo.

    1. perfeito, há tantos detalhes escondidos…

      há até quem defenda que nestes casos não pode haver visão religiosa

      ou que elas nada acrescentam, talvez por acreditarem que são as mesmas do sionismo

      algo que um sionista nunca teve………………………………………..é de uma estupidez sem tamanho

      a de paz, a de poder viver pacificamente com árabes, foi destruída pelo sionismo

      e não pensem que é só de agora não, na Alemanha aconteceu exatamente como agora e deu no que deu

      substituam árabes por europeus

      e se emplacarem aquele embaixador, substitituam por brasileiros

      se de fora já faziam cabeças, imagina aqui dentro

      1. judeu mesmo é de paz…

        é familiar, é de amor, é de entender, de respeitar o próximo, a natureza, enfim, é de ter todo lugar como seu habitat natural

  6. Equilíbrio
    Jean-Wyllis é um sopro de coerência para uma esquerda esquizofrênica.

    Se alguém discorda da posição dele, convido-o à mostrar prova de coerência e dar uma palestra sobre o homossexualismo em qualquer universidade árabe vizinha. Egito, Arábia Saudita, Irã: pode escolher.

    Israel não é perfeito, como toda democracia precisa fazer escolhas difíceis e cometeerros de vez em quando. Mas comunistas, feministas, homossexuais, muçulmanos, cristãos e ateus tem lugar e voz nesta sociedade (árabes muçulmanos tem inclusive representação no parlamento).

    Quantos países vizinhos podem dizer o mesmo?

    1. Nada disso é o que está em questao no boicote a Israel

      E sim o GENOCÍDIO praticado em Gaza. Dá para entender, ou é preciso desenhar?

      1. Genocidio em gaza?
        Se o

        Genocidio em gaza?

        Se o Genocidio do Nacional Socialismo fosse nos termos do que ocorre em Gaza não teriamos o fim triste e as imagens horrendas vista no Gueto de Varsóvia.

        Pois haveria tuneis pemitindo o fornecimento de armas para ele, e haveria nações amigas auxiliando um grupo militar na Polonia para lutar contra as SS.

        Para de falar bobagens e vá dormir Anarquista…rs

        1. Ela comparou ambos ?

          Genocídio é genocido. A forma pode diferir.

          Já foi revelado pelos novos historiadores israelense que o sionismo se baseia na eliminação de todos os palestinos.

          Isso é genocídio. A forma difere do aplicado contra os judeus, mas o objetivo é o mesmo.

          Para sua ciência, o Illan Pappé é judeu e israelense.

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=JsePdGlglxA%5D

           

          1. Não Bonna ela não equiparou,

            Não Bonna ela não equiparou,  ela nem pensou no contexto do nacional socialismo, ela usou esse termo de forma original…

            kkk

          2. Ela não fez
            Não me cabe interpretar nada mais.
            Simplesmente qualquer termo que ela usasse para o que acontece na Palestina, poderia se extermínio, por exemplo, você usaria da mesma falácia para tentar interditar o debate.

          3. Inútil discutir c/ esse troll. Ele nao tem boa-fé

            Quer mesmo é interditar o debate, como vc disse. O melhor é nem responder a ele, é um ser desprezível.

    2. Prá inglês ver

      Os países vizinhos também “dão voz” as minorias prá inglês ver.

      No Parlamento iraniano há vagas reservadas a cristão e judeus. Aliás, a comunidade judaica do Irã vive muito bem lá e não é sionista.

      No Egito também há parlamentares de todas as religiões. 

      Negar que o Estado de Israel é uma teocracia, e como tal NÂO é uma democracia, é um atentado a inteligência.  

  7. essa vai o jean não vai

    essa vai o jean não vai querer que o papel do livro de sua biografia aguente! kkkk

    mostrou que não dá pra querer emitir opinião de tudo. faça uma coisa, como dizia o velho brizolla: “quando não tenho opinião formada de alguma coisa, fico contra a globo!” e eu, quando minha idéia é igual a da globo, mudo imediatamente!

  8. Belíssimo texto

    Belíssima carta do Mermelstein. 

    Uma pena que o destinatário não seja merecedor dela.

    Willys é um zero de intelectualidade. Nessa aí, pagou pau de garoto de recados dos sionistas.

    Aliás, o cara que faz do Estado laico seu principal discurso por aqui, vai visitar e defender a existência de um Estado Judaico ?  Como assim. Cadê a coerência, Wyllis.

    Ah, sei, o judaismo, ao contrário do cristianismo e do islamismo, está bem avançado em relação a causa gay, a única coisa que ocupa os seus dois neurônios.

     

     

  9. Uma visão de classe!!
    Quando um intelectual se convence da injustiça e milita contra o opressor é lindo, quando o oprimido semi ignorante mas com as dores e a vergonha da submissão à opressão e sem seus líderes pois estes já foram eliminados transforma essa fraqueza em energia de luta bárbara contra qualquer figura que ele entenda como representante de seu opressor é terrível e feio é brutal, mas é o ponto que a crise os levou. A comparação, que o especialista do tema Waldo Mermelstein faz do Estado Sionista para com o Apartheid é decisivo para termos a opinião sobre como combate-lo sem chances para como conviver com essa bandidagem. De uma maneira mais fácil pode-se também, utilizando o pensamento de Mermelstein entender a questão pela classe; os oprimidos são os trabalhadores!!! Qual lado é a sua posição?

  10. Tratando-se De Quem Se Trata e Do Que Se Trata…

    Em função da disparidade de conhecimento sobre a questão, entre as duas opiniões manifestas, recomendável seria o deputado Jean Wyllis conversar com o sr. Mermelstein e depois retificar, reconhecendo-se não preparado à questão, ou então contradita-lo em mesmo nível, pois do jeito que está é lamentável, tratando-se de quem se trata e do que se trata.   

  11. Porquê boicotar ISRAEL ?

    A última barreira para que possamos destruir esse poder (SIONISMO) em nossa atualidade é pela educação e pelo conheciemento da verdade, principalmente para as comunidades pseu-das cristãs que são um antagonismo a movimento com este de boicote á Israel.

    Saibam neste post a verdade, histórica, racional e bíblica de como os Judeus NÃO deveriam ter o direito sobre estes territórios e como a mídia manipula os fatos, transformando o lobo, num lindo ursinho de pelúcia inofencivo. Na verdade Israel ROUBA, DESTROI E DOMINA, ela é a verdadeira TERRORISTA e junção com a América e sua Igreja (crença).

    – Boicote a Israel, porque todo homem de bem e cristão devem apoiar ? –

    http://www.aquarius2036.com.br/2015/12/boicote-israel-homem-de-bem-e-cristao-devem-apoiar.html

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    Abraços !

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