Democracia e violência; por Aldo Fornazieri

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Rios de tinta já foram derramados para discutir a relação entre política e violência. Nada indica que este debate deixe de ter futuro, pois a despeito dos virtuosos do amor e da paz, a violência se inscreve na própria natureza humana e é uma de suas potências universais. A primeira medida para tentar conter a violência desnecessária consiste em compreender-lhe a natureza. O debate sobre a violência tem recebido mais espaços na mídia, principalmente pelas recorrentes batalhas de rua que vêm sendo travadas desde junho, marcadamente pelos confrontos entre a polícia e manifestantes, com destaque para os Black Bloc.

Desde os primórdios da humanidade, a violência é um meio de poder ou um código de poder. Nas sociedades primitivas, o poder se baseava na força mesma. Como Maquiavel nos ensina nos Discursos Sobre a Primeira Década de Tito Lívio, no mundo primitivo, habitantes dispersos em vilas agrupavam-se em cidades para se proverem de segurança contra eventuais atacantes. Garantir uma vida segura tornou-se o primeiro bem comum da comunidade, que houve por judicioso estabelecer os meios necessários para provê-lo. Os fundamentos da segurança consistiam em prevenir os perigos externos e garantir a paz interna contra as dissensões civis, o crime, o latrocínio e a desordem.

Como enfrentar o medo dos vizinhos? Fazendo-se temer. Surgem daí os dois fundamentos inextinguíveis do poder: o temor, fundado na força e na violência, e a esperança de um viver pacífico, fundado na segurança e na lei. Os primeiros líderes tinham como principal atributo a força física e o valor moral da coragem. O mais forte era o líder. À medida em que as sociedades as sociedades foram se tornando mais complexas, o exercício do comando passou a exigir a presença de normas explícitas e de instituições, configurando formas de ordenamentos políticos. Direção e comando passaram de seu estado físico para uma existência institucional e simbólica. A força física não era o único elemento a conferir legitimidade ao comando. A aliança entre sabedoria e justiça, origem da virtude da prudência, passaram a ser exigidas na escolha da liderança. Mas as cidades-Estados armazenaram a força – estado potencial da violência – em corpos especiais de segurança, em tribunais, em exércitos etc.

Os grandes Estados do passado e mesmo os dos tempos modernos, foram fundados por atos que Maquiavel designa como “terror originário”, normalmente traduzido por um ato de violência. Foi assim com Moisés que passou no fio da espada milhares de hebreus ao voltar do Monte Sinai e vê-los a adorar ídolos de ouro; foi assim com Ciro que se revoltou contra os medas ao fundar o Império Persa; foi assim com Rômulo que eliminou seu irmão para garantir a segurança de Roma; foi assim com os Estados Unidos que fizeram a Guerra da Independência para fundarem a sua nação. O terror originário é uma exigência mesma do caráter ambivalente dos seres humanos, definido como natureza e como cultura, como animal e como ser racional e desejante.

Sem o medo suscitado pelo terror originário, o poder não se constituirá adequadamente e a lei não terá a força de codificar a violência monopolizada e legítima do Estado. A lei não terá condições de desenvolver-se e gerar as condições de um viver civil adequado, criando os impulsos necessários à civilização do homem e do controle da besta. Para que perdure e exerça sua função com eficácia, o terror originário precisa ser sempre reposto pela excelência e força de novas leis, por expurgos, por atos exemplares, capazes de mantê-lo vivo na mente dos povos na forma do medo do castigo.

As democracias modernas, em que pese terem criado sistemas legais e institucionais de mediação e de solução pacífica de conflitos, não eliminaram os estoques de força aptos a se transformarem em violência. Max Weber bem definiu o Estado moderno como o aparato que monopoliza o uso legal da violência física no âmbito de um território e sobre uma população. Então, supor que o exercício do poder democrático prescinde da violência é coisa de pessoas mal intencionadas, que não querem revelar a razão de seus argumentos, ou de ingênuos que não sabem muito bem do que estão falando.

Assim, ao contrário do que muitos democratas acreditam, a violência não só destrói o poder, mas o cria também. Em uma ordem dada, o recurso à violência expressa a falência do poder. O choque violento ocorre para estabelecer novas relações de força que se traduzem em novas relações de poder.

As recentes batalhas urbanas entre polícias militares e Black Bloc, a violência crescente de grupos de jovens, são fenômenos que precisam ser entendidos como sintomas de algo mais grave. O que há, de fato, é uma crise de legitimidade do sistema político, uma crise de exercício do poder, uma crise de funcionamento da democracia. À medida em que as organizações políticas e sociais tradicionais, a oposição política e as organizações de esquerda não conseguem apresentar alternativas à essa crise, os movimentos anarquistas e autonomistas, usando as táticas Black Bloc, se apresentam como a vanguarda dos protestos de rua e conseguem captar a simpatia de milhares de jovens e de pessoas indignadas com o atual sistema político.

Se é verdade que a violência política de rua pode não ser boa para a democracia, é preciso também olhar para o outro lado da coisa: a crise de legitimidade e de governança, a corrupção, a volúpia ilimitada do mercado financeiro e uma sociedade que não oferece alternativas para milhões de jovens,  também não fazem bem à democracia. A violência dos jovens é um sintoma dessa crise. Se não percebermos isto, estaremos adotando uma postura conservadora e a conseqüência será a reação violenta do Estado contra as manifestações, algo que, aliás, já vem ocorrendo há bastante tempo. Não se trata, assim, de justificar a violência, mas de perceber suas causas reais para buscar soluções.

Aldo Fornazieri – Cientista Político e professor da Escola de Sociologia e Política. 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

25 Comentários

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  1. a violência segue sendo

    a violência segue sendo tolerada por parte da polícia; mesmo em meios “de esquerda”, como se supõe que é o petismo atual, continua-se tolerando a violência e a arbitrariedade quando essa vem da polícia, do capitão-do-mato, e sobra a indignação quando setores da população se revolta contra o atual cenário das coisas.

    A polícia usa balas de chumbo contra manifestantes e é “sempre foi assim”, “fora PSDB”… ; já quando manifestantes quebram vidraças é a morte da legitimidade de quem está dizendo que do jeito que está não dá para continuar.

     

  2. A etiologia da violência é a mesma da legitimidade

    “A primeira medida para tentar conter a violência desnecessária consiste em compreender-lhe a natureza.”

    “Não se trata, assim, de justificar a violência, mas de perceber suas causas reais para buscar soluções.”

    Fornazieri começa e termina preocupado com a etiologia da violência.

    É facil. As causas da violência são as mesmas disso aqui:

    “a crise de legitimidade e de governança, a corrupção, a volúpia ilimitada do mercado financeiro e uma sociedade que não oferece alternativas para milhões de jovens,  também não fazem bem à democracia.”

    Se compreendermos a natureza disso ai tá tudo resolvido!

    A corrupção não é um mero vício individual, é uma “ferramenta de gestão” (como a ouvidoria da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo define a si própria ao lavar as mãos sobre o próprio desempenho…)

    ‘Financiamento de campanha atual estimula corrupção’, diz Oslain Santana, diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal

    “Cinquenta por cento das operações da Polícia Federal contra corrupção têm como pano de fundo financiamento de campanha. Quando você investiga um caso de corrupção, desvio de dinheiro público, vai ver lá na frente que tinha um viés para financiar campanha política. Então, se resolvessem fazer uma reforma política, diminuiria muito o crime de corrupção. Isso é fato.”

     

    http://oglobo.globo.com/pais/campanhas-eleitorais-concentram-corrupcao-10439104#ixzz2iGgXB0dX

  3. Hã?

    O texto, como não poderia deixar de ser, é um luxo…todo trabalhado nos conceitos, citações e erudições possíveis, de Maquiavel a Weber…

    Um belo roteiro, enxuto, palatável, inteligível…

    Mas vamos ao desfecho, que deveria ser o ápice da ideia que o autor tenta nos incutir:

    (…)As recentes batalhas urbanas entre polícias militares e Black Bloc, a violência crescente de grupos de jovens, são fenômenos que precisam ser entendidos como sintomas de algo mais grave. O que há, de fato, é uma crise de legitimidade do sistema político, uma crise de exercício do poder, uma crise de funcionamento da democracia.(…)”

    Nota: O autor fez um longo trajeto na História. E reduziu a crise do sistema repersentativo a este exato trecho da História onde estamos! Ora, se entendermos as crises representativas dos sistemas políticos como expressão das crises cíclicas do capitalismo ( e em outras épocas, dos outros modos de organização de produção), teremos sempre crises de representatividade, à medida que as demandas das sociedade expostas a cada vez mais concentração de renda e pobreza sempre serão traduzidas em tensão permanente. Esta crise então deveria chegar a níveis estratosféricos quando os sistemas de representação descambam em regimes de força(ditaduras), mas no caso Brasileiro, e em alguns outros casos, podemos dizer que o nível de letalidade violenta e das manifestações políticas violentas desapareceram por completo, ou não?

    “(…)À medida em que as organizações políticas e sociais tradicionais, a oposição política e as organizações de esquerda não conseguem apresentar alternativas à essa crise, os movimentos anarquistas e autonomistas, usando as táticas Black Bloc, se apresentam como a vanguarda dos protestos de rua e conseguem captar a simpatia de milhares de jovens e de pessoas indignadas com o atual sistema político.(…)”

    Nota: Bom, eu não sei onde os blackbobocas têm conseguido “captar” simpatia de “milhares”, mas é fato que o serviço que prestam (atacar a polícia) têm enorme demanda, mas daí a encontrar um significado político na atitude deles é um pouco demais. Ou melhor, há um sentido sim, é claro, que é o da anti-política, justamente a mensagem do fascismo. Logo, não há entendimento possível para com este tipo de “fenômeno”, mas simplesmente, a aniquilação, sob pena de vermos perecer a Democracia que lutamos tanto para conquistar.

    Ademais, em relação “a crise”, titia teme que nenhuma destas instiutições dará conta de apresentar alguma alternativa, porque assim como o autor bem descreve a natureza da violência como expressão de construção e destruição de poder, é a tal crise que movimenta os sistemas políticos de representação, principalmente quando os sistemas de controle da produção estão cambaleando.

    Se é verdade que a violência política de rua pode não ser boa para a democracia, é preciso também olhar para o outro lado da coisa: a crise de legitimidade e de governança, a corrupção, a volúpia ilimitada do mercado financeiro e uma sociedade que não oferece alternativas para milhões de jovens,  também não fazem bem à democracia.

    Nota: A ingenuidade do autor me espanta: Onde está a “crise” de legitimidade do governo Dilma, ou antes, o de Lula? Quais são os enormes contingentes populares que se sentem excluídos da sociedade e perderam a esperança de que as coisas seguem melhorando, ainda que gradativamente? Onde está a expressão popular que diga: está tudo perdido, queremos tudo ao mesmo tempo agora? A tolice moral sobre corrupção titia nem vai perder tempo, é só mais um soluço classe mé(r)dia do autor. Agora divertida é a expressão volúpia ilimitada do mercado…bem , isto nos remete a pensar que haverá uma volúpia “limitada”? santo zeus…

    Nossa sociedade não oferece alternativa a milhões de jovens? Que jovens? Que oportunidade, play station para todo mundo? Além do emprego, e da chance de ganhar seu sustento, o governo terá que lhe dar um kit-Prozac?

    A violência dos jovens é um sintoma dessa crise. Se não percebermos isto, estaremos adotando uma postura conservadora e a conseqüência será a reação violenta do Estado contra as manifestações, algo que, aliás, já vem ocorrendo há bastante tempo. Não se trata, assim, de justificar a violência, mas de perceber suas causas reais para buscar soluções.

    Nota: O que acontece com os jovens, estes fascistinhas de merda, turbinados a danoninho e toddynho de papi e de mami é algo que há muito tempo aflige as pessoas de bem: Como educar seus filhos sem a violência opressora de antes, mas sem o pode-tudo de hoje.

    A violência destes merdas não é sintoma de nada, é sadismo puro, rito de passagem, como queimar índios nas praças, brigar na escola e colocar vídeo no feicebquistão, ou entrar para uma quadrilha-torcida organizada de futebol…é só isto…nada mais, sem grandes sociologices…

    Se tivesse levado umas porradas na hora e do jeito certo(aí é que é difícil), tava todo mundo em casa estudando…

    E como sempre, os pais “terceirizaram ao Estado” a tarefa de educar seus filhos, só que a PM não tem muito jeito com a coisa, rs.

  4.  
    O artigo é sublime. A

     

    O artigo é sublime. A conclusão brilhante:

    As recentes batalhas urbanas entre polícias militares e Black Bloc, a violência crescente de grupos de jovens, são fenômenos que precisam ser entendidos como sintomas de algo mais grave. O que há, de fato, é uma crise de legitimidade do sistema político, uma crise de exercício do poder, uma crise de funcionamento da democracia. À medida em que as organizações políticas e sociais tradicionais, a oposição política e as organizações de esquerda não conseguem apresentar alternativas à essa crise, os movimentos anarquistas e autonomistas, usando as táticas Black Bloc, se apresentam como a vanguarda dos protestos de rua e conseguem captar a simpatia de milhares de jovens e de pessoas indignadas com o atual sistema político.

    Se é verdade que a violência política de rua pode não ser boa para a democracia, é preciso também olhar para o outro lado da coisa: a crise de legitimidade e de governança, a corrupção, a volúpia ilimitada do mercado financeiro e uma sociedade que não oferece alternativas para milhões de jovens,  também não fazem bem à democracia. A violência dos jovens é um sintoma dessa crise. Se não percebermos isto, estaremos adotando uma postura conservadora e a conseqüência será a reação violenta do Estado contra as manifestações, algo que, aliás, já vem ocorrendo há bastante tempo. Não se trata, assim, de justificar a violência, mas de perceber suas causas reais para buscar soluções.

    1. Não entendi

      É ironia?

      O artigo é péssimo! As citações históricas, embora corretas, não são similares às atuais. Totalmente misleading.. A morgana abaixo fez uma crítica muito boa. Em tempos de crise representativa de verdade (vide anos de chumbo) nenhum playboi se vestia de batman ou punha máscara de bicha risonha pra atormentar os militares que descaramente usurpavam o poder… Ques estava na linha de frente eram os que agora estão à frente do governo e se desempenhando bem, apesar de tudo. Não há mérito algum em inverter a lógica, perigosamente flertar com o fascismo, em nome de um suposto eruditismo e indignação, ou mesmo confundir as massas com grupos beligerantes. Artigo é malicioso até a raíz do cabelo, e me pergunto a quem foi endereçado.

      1. Farinhas do mesmo saco e a legítima defesa

        Caro Dias, enquanto os que governam, mesmo que sejam os da linha de frente de antigamente, aceitarem um dinheiro  que dê origem a uma moeda desonesta e nas eleições, só aceitarem candidatos farinhas do mesmo saco  e que defendam os privilégios odiosos, sua argumentação é falha.

        Os protestos e sua dinâmica me remetem ao direito de legítima defesa, pois a assimetria entre os contendores é imensa, o que justifica o uso de recursos extremos.

        1. Minha??

          , aceitarem um dinheiro  que dê origem a uma moeda desonesta e nas eleições, só aceitarem candidatos farinhas do mesmo saco  e que defendam os privilégios odiosos, sua argumentação é falha.

           

          Eu não tenho conhecimento que a Dilma, o Lula, et al aceitaram qualquer suborno ou fazem parte de qualquer ilegalidade… E desconheço os responsáveis por isso tudo. Os protestos violentos têm como alvo os chefes de governos e não as fontes do capital, como voce coloca ai – como se fosse grande novidade.

          Nenhum faceblock atacou os sindicatos patronais, nenhum faceblock atacou a embaixada do país que mais destroi, corrompe, espiona… Então, no dia em que os faceblocks atacarem as reais fontes de poder, voce vem falar que minha argumentação é falha.

           

  5. Qual a novidade?

    Não sei de onde foi tirado o texto e a quem era endereçado.. Só pode ser para alunos do Fundamental…

    Bom, nssa onda que reflete uma preocupação em entender e racionalizar a “violência” dos faceblocks só consegui extrair uma lição: há muito intelectual bastante tentado a flertar com o fascismo.

     

    A violência dos faceblocks não reflete crise alguma, é instrumentalizada para desestabilizar, é terrorismo “light” versão Barac Ozama (Um misto de hipocrisia com sadismo).

     

     

  6. Ha pouco tempo desenvolvi um

    Ha pouco tempo desenvolvi um trabalho em escolas Maternal e Fundamental e observando o comportamento das crianças no recreio escolar e na cantina, na hora do almoço, vê-se muito aquilo que a gente chama de violência e agressividade, incluindo um certo comportamento machista-sexista por parte dos meninos e meninas também.

    Como não era essa o objeto de meu estudo, eu so fiquei na mera observação e na impressão de que as crianças, desde o maternal entre 3 e 5 anos, incorporam o comportamento adulto, seja dos pais, parentes vizinhos, amigos e/ou colegas, além do que vêem através da televisão e jogos.  

    A violência, se ela esta intrinseca em nossos genes, pois, aparentamente ha uma compreensão de que precisamos de uma certa parte de agressividade para nos defendermos, ela é uma realidade no cotidiano das pessoas, através de filmes, jogos, novelas, desenhos infantis, que reflete no comportamento humano em situações das mais inusitadas, onde deveriam agir segundo a logica e razão e não com sentimentos impulsivos de odio e vingança. 

     

     

     

     

     

  7. Um belo eufemismo!

    Dissecando um pouco mais esse cadáver analítico:

    “(…)Se é verdade que a violência política de rua pode não ser boa para a democracia,(…)”

    Pronto, temos agora um nome, um rótulo para a selvageria gratuita e delinquência juvenil: violência política de rua…

    Eu fico a imaginar: se um bando de moleques da favela, maltrapilhos, esfomeados e chapados de cola e outras cositas más, decidissem, em bando, percorrer as ruas para barbarizar um pouquinho?

    E olha que motivos eles têm de sobra, mas qual seria a reação dos nossos …ólogos?

    Pois é…difícil isto não?

    Bom, quanto titia disse ontem, o dia todo, que a base teórica dos que defendem a frouxidão institucional é a justificação dos bat-coxinhas como “seres políticos”, está aí a prova, inclusive com a adesão maravilhada do Assis, que tomou as palavras conclusivas do texto como provável epitáfio de sua lápide.

    Depois querem que o Estado e as forças de segurança consigam “distinguir” uns dos outros…rsrsr

    Ora, está claro para titia que violência política deve ser tratada de forma distinta, é claro!!!

    Professores ocupando uma Câmara Municipal é um ato de afronta? Sim, ainda mais com a memória que temos sobre fechamento de casas legislativas, mas ainda deve se contemporizado.

    Por outro lado, não dá para contemporizar, por mais justas que sejam as reivindicações, com movimentos que ameacem suprimentos essenciais à população, como água, luz, segurança, etc.

    E todos estes movimentos, de um jeito ou de outro, com maior ou menor intensidade são expressões “violentas” de reivindicação e são sim, políticas.

    Mas pretender jogar estes merdas mascarados no mesmo patamar destes movimentos aos quais eles dizem proteger apenas para “ganhar” legitimidade, é mais que grave, deveria ser considerado crime, como apologia.

    Até liberdade de expressão tem limites, ou vamos começar a permitir textos anti-semitas, anti-gays, ou convocando para atos terroristas?

    Vamos fazer o seguinte: vamos mandar os bat-coxinhas para fazer um estágio com o Greenpeace na Rússia, aí junta a arrogância ambientalista a serviço do capital, com o fascismo classe média brasileiro…

    Vai dar samba no arco-íris…

    1. No alvo!!!

      Parabéns!!

       

      É isso, se fossem meninos la do morro, cansados com a situação de penúria, atacando a policia repressora a  se infiltrando em passeatas de professores, atirando pedras nas agencias do Globo, seria crise de representatividade ou terrorismo??

      Sabemos a resposta. né, Assis, ?

    2. Conserto na bola de cristal

      Tentar interditar o debate não lhe socorre nesta. Mesmo porque é matéria vencida lá no DR há muitos anos atrás.

      Compra uma tv e aposenta a bola de cristal rsrsrsrsrsrsrsrsrssss……….

      1. Referências…

        Her Weber, com todas as pompos e circunstâncias que as suas citações ruins merecem:

        Há alguns motivos óbvios para quem posta comentários em blog, pelo menos, no raso entender de titia:

        a) aprender a debater;

        b) apurar os argumentos;

        c) estabelecer campos políticos de afinidades, baseados em opiniões comuns, e claro, afastar outros campos de opiniões distintas, e por fim:

        Saber aqueles que, quando emitirem uma opinião sobre algo que falemos, nos coloque imediatamente no outro lado, isto é:

        Titia vai ficar sobressaltada e preocupada quando ler algo seu que a elogie…aí sim, titia vai achar que está falando m…rda ou como você disse: “interditando o debate”.

        Agora em relação ao texto:

        1- é ruim, embora bem escrito;

        2- não traz nada de novo;

        3- não estimula nenhum aprofundamento sobre a questão, pelo simples fato de que denomina de violência política um banditismo de gangue…

        Claro, o banditismo de gangue também merece estudos e reações prontas da sociedade, e também muitas reflexões…Mas não na instância que propôs o autor…Se isto interdita o debate, foi o próprio autor que chamou para si este encargo…

        De resto…ah, resto, titia não reconhece em você interlocutor capaz de tratar do resto…as orelhas de livros dos manuais de economia, econometria a do mercado de ações não dão pr’o cheiro…

        Tem taxista bem mais bem informado(sem ofensa aos taxistas, é óbvio).

  8. Democracia sem dinheiro paritário é piada de mau gosto

    LAS 10 ETAPAS QUE VIVIRÍA EL
    MUNDO CON LA INTRODUCCIÓN DE UNA DIVISA BRICS

     

    Publicado: 20 oct 2013 | 9:59 GMT

    Texto completo en: http://actualidad.rt.com/economia/view/109053-etapas-mundo-moneda-divisa-brics

     
    El ‘bricso”, la moneda de los BRICS, revolucionaría mucho más que el
    sistema económico mundial, sostiene el execonomista del Banco Mundial Peter
    Koenig en un artículo donde detalla quién tomaría las riendas del mundo en ese
    hipotético escenario.
    En la primera parte de una serie de artículos,
    Koenig sugería que la introducción de una nueva moneda, el ‘bricso”;, lanzada
    por el bloque BRICS, podría frustrar los planes de EE.UU. de crear un nuevo
    orden mundial.

    En su más reciente artículo  describe cómo se desarrollarían los
    acontecimientos en ese hipotético caso. ¿Cómo sería el devenir económico
    mundial con el ‘bricso”? ¿Cómo afectaría su lanzamiento al dólar? ¿Y a la
    población en general? En su artículo, publicado en el portal de noticias

    ‘The Voice of Russia’, Koenig responde a estas y
    a otras cuestiones y dibuja un panorama mundial radicalmente distinto al
    actual. 

    1. Primeras horas de pánico
    Las siguientes 24 horas serían de auténtico desconcierto. Los medios se
    volverían locos y la gente sentiría miedo y especularía sobre el futuro
    económico, señala el execonomista.

    Algunos se plantearían ir a los bancos, pero ni siquiera podrían cambiar sus
    dólares y euros en efectivo en ‘bricsos”;, porque,  al menos en un
    principio, esta moneda sería virtual. Otros optarían por convertir sus cuentas
    bancarias en divisas BRICS., lo que les mantendría a salvo.  

    También habría personas que continuarían confiando en el dólar.

    2. Colapso de los mercados de
    valores
    Pasadas 48 horas, los mercados de valores occidentales se derrumbarían
    literalmente, asegura el autor del artículo. Las autoridades optarían por
    cerrar los bancos ante el caos ocasionado por la noticia. Diez días después, la
    gente, sin dinero para comprar comida y otros artículos de primera necesidad,
    tomaría las calles.

    Las entidades bancarias abrirían de nuevo pasado un tiempo, pero solo durante
    unas horas al día y con estrictos límites para la retirada de dinero.

    Según Koenig, visualizar un escenario ficticio como este no resulta tan difícil
    en la actualidad. De hecho, uno podría especular que los sistemas bancarios de
    la UE y EE.UU. se
    han estado preparando para una crisis de tal magnitud, destaca el autor,
    mencionando el reciente colapso del sistema bancario chipriota.

    3. Abandono del euro
    Algunos Gobiernos europeos, especialmente los de los países más débiles
    de la eurozona, estudiarían salir del euro, volver a las monedas que tenían
    antes y nacionalizar sus bancos un mes después de la introducción del
    ‘bricsos”;. La medida les permitiría  imprimir su propio dinero y estimular
    la economía local con un sistema bancario nacional que promovería la producción
    y el consumo interno, creando así puestos de trabajo y en definitiva,
    restableciendo  la confianza en la sociedad.

    4. Reintroducción del patrón
    oro
    EE.UU. ordenaría al FMI volver a introducir el patrón oro a una tasa
    arbitraria de 2.000 dólares la onza y con un endeudamiento a una relación de
    10:1. 

    Las entidades bancarias se dividirán en bancos de inversión y banca comercial
    tradicional, lo que supondría el retorno de la ley Glass-Steagall, que
    introdujo reformas bancarias y que Bill Clinton derogó en 1998.

    Los productores de petróleo de Estados del Golfo se apresurarían a convertir
    sus reservas de dólares en ‘bricsos”; o euros. Cuando los
    bancos abrieran, el dólar habría perdido cerca de dos tercios de su valor en
    relación con el euro y la libra esterlina.

     
    5. Tratando de acercase al
    BRICS
    A los seis meses,  Grecia, España, Portugal, Italia e Irlanda
    optarían por salir de la zona euro y reiniciar su economía con sus propias
    monedas, algunos de ellos buscando en silencio una alianza con los países
    BRICS.

    “En este escenario, la ruptura de la eurozona se vuelve casi inevitable,
    ya que los mecanismos de coerción económica utilizados por la Comisión Europea
    se ‘atascarán’ por la crisis resultante”, afirma el experto en su
    artículo.

    “Lo que quedase de la ‘economía de mercado’ globalizado occidental
    cojearía”, agrega. Sin embargo, los BRICS y
    sus dos miembros asociados, Irán y Venezuela, se recuperarían rápidamente, ya
    que su nueva moneda les daría un impulso en la economía mundial.

    6. Ampliación del bloque
    A lo largo del primer año, Indonesia y Malasia se unirían al bloque de
    los BRICS.  El mercado de los países BRICS crecería casi exponencialmente,
    no sólo en la producción y el consumo, sino también en el campo de la
    investigación, sobre todo de fuentes de energía alternativas y renovables.

    No depender de combustibles fósiles se traduciría en autonomía política y
    allanaría el camino hacia la verdadera democracia y hacia un auténtico sistema
    de bienestar.  Además, los BRICS y sus aliados lograrían la
    autosuficiencia alimentaria.

    7. Euro, parte de la cesta ‘
    bricso’
    A principios de 2015, se iniciarían las negociaciones para que el euro
    se sumase a la cesta ‘bricso”;. Los europeos necesitarían vender sus productos a
    los países BRICS y comprar hidrocarburos a la espera de que las energías
    renovables viables fueran comercializables.

    Con el tiempo, subraya Koenig, se acostumbrarían al nuevo sistema, incluso
    aunque no les gustase. 

    8. Apostar por el ‘brisco”;,
    una moneda estable
    Nos situamos en 2015. Los productores de hidrocarburos ya serían
    conscientes de que el ‘bricso”; es una moneda estable que brinda más seguridad a
    largo plazo que el dólar.

    El comercio de hidrocarburos en dólares disminuiría gradualmente. A estas
    alturas, el ‘bricso”; contaría con el respaldo de nueve naciones, las economías
    de los cinco países que conforman los BRICS,  junto con Irán, Venezuela,
    Indonesia y Malasia.  Mongolia, con una economía de rápido crecimiento,
    también intentaría aliarse con el bloque.

    A medida que más países operasen en ‘bricsos”;, la moneda se fortalecería.
     Es más, se convertiría en una reserva sólida y de referencia para muchas
    naciones que no integran el BRICS. Además, en este hipotético escenario, se
    establecería un impuesto sobre la energía que sería aplaudido por numerosos
    países.

    9. Creando conciencia
    De 2015 o 2016 en adelante, la gente tomaría conciencia sobre la
    protección del medioambiente y la justicia social, conceptos clave en la
    educación y la cultura. Al mismo tiempo, una nueva forma de pensar
    surgiría entre las nuevas generaciones, que serían cada vez más conscientes de
    que lo que realmente importa no es lo material, sino la cooperación, la
    solidaridad y la paz.  

    “Los valores materiales siempre tienden a interferir con estos valores
    humanos sostenibles”, asegura el execonomista.

    10. Cambio de valores
    Desde aproximadamente el año 2020 se percibiría un importante cambio de
    los valores materiales a los de la vida humana. La protección de las especies,
    el medioambiente y
    los recursos cobrarán cada vez más fuerza. Garantizar una buena educación y
    servicios sanitarios para todos será considerado como algo fundamental, señala
    el artículo. 

    El valor de las economías dejaría de ser lineal, material y medible  (como
    lo es actualmente con el PIB) e incluiría estándares de bienestar, entre ellos
    la capacidad de resolución de conflictos.

    Sería, concluye Koenig, un nuevo sistema monetario y económico muy alejado de
    las guerras y los conflictos motivados por la codicia. 

  9. Âncora de realidade

    O artigo e alguns comentários estão fora do alvo.

    Na minha humilde opinião pecam por não obedecerem a alguns ensinamentos antigos, como por exemplo o de Heráclito de Éfeso:

    ” Tudo é intercâmbio do fogo e o fogo é intercâmbio de tudo,

    do mesmo modo que se trocam mercadorias por ouro e ouro por mercadorias.”

    Ter isto em mente quando se argumenta é como estar ancorado em uma realidade real e não viajar na maionese como muitos aqui.

  10. Apologia do fascismo

    Quanto palavrório tem sido expendido para travestir a apologia de práticas fascistóides. Pretender justificar o uso da violência como atividade legítima numa sociedade que vive sob regime democrático é passar recibo de farsante. Ou, no mínimo de quem adota postura perigosamente equivocada. Política numa democracia se faz com debate de ideias, com mobilização de consciência, com atitudes éticas e propositivas. Não é com vandalismo, provocação e intransigência que se vai construir um futuro melhor. Haja dialética para decifrar os pseudo paradoxos.

    1. Repto

      Então discutamos o continuado uso de um dinheiro fraudulento dentro do Brasil, um que vêm empobrecendo o povo e a nação, mãe e pai de nove entre dez de nossas mazelas.

      Eu sou contra.

      E você?

      1. Prezado Weber e amigos do blog:

        Concordo que vivemos numa democracia incipiente, limitada pela hegemonia de um poder econômico manipulador, usurpador e golpista. Todavia, creio que a adoção de práticas anti-democráticas não é um caminho adequado para construção de um futuro mais plural e equitativo. Creio também que a expressão ‘dinheiro ilegítimo’  constitui um eufemismo pouco intrépido. Seria mais preciso dizer dinheiro sujo, dado que resultante de processos de expropriação e superexploração típicos do capitalismo selvagem, predatório e alienante. Tenho a firme convicção de que o estudo criterioso de todos os males que afligem nossa frágil democracia mostra que tais distorções têm origem no binômio corrupção-impunidade, e somente o avanço do debate amplo e construtivo, voltado para o aprimoramento democrático das instituições, é capaz de prover bases sustentáveis para o desenvolvimento salutar da sociedade.

        1. Caros Maar e Dias sobre dinheiro

          Para se ter uma ideia do que é dinheiro em si mesmo sugiro consultar o meu blog aqui no Nassif, lá existem vários artigos que tratam do tema.

          Maar eu não usei a expressão ” dinheiro ilegítimo” e sim “dinheiro fraudulento”, como você enxergo o problema do binómio “corrupção – impunidade” mas não generalizo todas as corrupções e todas as impunidades como sendo igualmente maléficas ao processo republicano-democrático em que vivemos, umas são mais perniciosas que outras e a pior é aquela que, como mostra o comentário do Dias, não são nem percebidas devido ao processo de camuflagem e diversionismo a que foram submetidas.

          O artigo do Koenig que anexei dá uma ideia do que seriam as consequências nos USA no provável realinhamento das moedas internacionais, um caos generalizado lá e no planeta, logo a estratégia para que isto não ocorra e se preserve os avanços da nossa civilização devem ser muito bem estudadas. Existem os que se beneficiam do atual esquema e acumularam enormes fortunas, que necessariamente terão de ser redistribuídas de forma inteligente e eficaz para minimizar danos e conter prejuízos. Ceder poder e dinheiro não é coisa que se faça sem luta, espero que desta vez não destruam tudo.

      2. ok

        Discutamos. Dê as fontes. Que dinheiro é esse? mostre de onde vem e pra quem está indo…

        Aqui não tem ingênuos.. só discuto com indicadores e fontes.

        blábláblá é com a Marina.. Aqui: se ajoelhou, tem que rezar…

  11. Violência gera violência

    Concordo que vivemos numa democracia incipiente, limitada pela hegemonia de um poder econômico manipulador, usurpador e golpista. Todavia, creio que a adoção de práticas anti-democráticas não é um caminho adequado para construção de um futuro mais plural e equitativo. Muitas das graves distorções que desvirtuam o funcionamento da democracia são resultantes do binômio corrupção-impunidade. E justiça de verdade não se faz com as próprias mãos. Somente o avanço do debate amplo e construtivo, voltado para o aprimoramento democrático das instituições, é capaz de prover bases sustentáveis para o desenvolvimento da sociedade. Violência gera apenas mais violência.

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