Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Depois do Chile, neoliberais brasileiros dobram a aposta, por Andre Motta Araujo

A crise chilena mostrou que várias hipóteses das maravilhas do modelo neoliberal estavam erradas ou foram superestimadas em seus méritos

Foto: Errático: Bolsonaro, que queria alinhamento com Estados Unidos e Israel, faz acordo com árabes e se afasta da Argentina | Foto: VALDENIO VIEIRA/PR

Depois do Chile, neoliberais brasileiros dobram a aposta

por Andre Motta Araujo

Os economistas neoliberais brasileiros não são homens do saber, são partidários de uma seita religiosa. Eles não têm dúvidas, privilégio de intelectuais verdadeiros e cérebros de primeira ordem. Um sábio sempre tem dúvidas sobre tudo, até sobre suas próprias teorias, que podem estar erradas, podem ser reformuladas, recicladas, atualizadas ou refeitas, de acordo com novos conhecimentos, novas circunstâncias, novas evidências.

A CRISE CHILENA mostrou que várias hipóteses das maravilhas do modelo neoliberal estavam erradas ou foram superestimadas em seus méritos. Mais ainda, mostrou que o MODELO CHILENO foi usado como falsa propaganda pelos neoliberais de seita, esses que não tem dúvidas sobre suas razões.

Mais ainda, o MODELO NEOLIBERAL CHILENO É O MAIS ANTIGO DO MUNDO, o Chile foi o primeiro país onde o modelo foi aplicado e o ÚLTIMO QUE MANTEVE O MODELO, porque no Reino Unido muitos dos princípios neoliberais foram repudiados, a começar pela ideia de “economia aberta”. Os britânicos estão em direção oposta com o BREXIT porque entendem que o excesso de abertura provocou a desindustrialização do Reino Unido. A saída da UE deve ser um erro, mas as razões do BREXIT estão nos excessos neoliberais que vêm da era Thatcher, hoje um nome maldito no Reino Unido.

Os méritos que lastreiam o modelo neoliberal proposto por Thatcher não resultaram na melhoria de vida para todos, o que era um dos fundamentos do neoliberalismo original, que se contrapunha ao “welfare state” implantado no pó- guerra por Clement Attlee. Thatcher propunha que o neoliberalismo era o melhor modelo PARA TODOS, já se viu que não era e não é.

O neoliberalismo visceral gera enorme CONCENTRAÇÃO DE RENDA E RIQUEZA e isso se faz à custa do empobrecimento da classe média, o que aconteceu de fato no Reino Unido, nos EUA e muito mais ainda nos países pobres, começando pelo Chile. E o processo de empobrecimento está sendo implantado no Brasil desde o Plano Real e seus economistas de mercado.

NO BRASIL DE HOJE

Os neoliberais toscos que hoje comandam a economia brasileira ou ignoram a crise chilena ou acham que no Chile NÃO SE APLICOU TUDO O QUE O NEOLIBERALISMO propõe, o que é uma aberração. O Chile teve quarenta anos para moldar sua economia em todo o receituário neoliberal, não faltou nem tempo e nem vontade, portanto dizer que ficou pelo caminho é ridículo. O Chile começou o modelo em plena ditadura e nele continuou.

No Brasil de hoje, os neoliberais propõem privatizar tudo, empresas, rodovias, portos, aeroportos, parques nacionais, muitos ativos que nem os Estados Unidos e nem a Europa privatizam. Propõe privatizar a PETROBRAS, algo que NENHUM Estado que controla as 13 maiores perolíferas do mundo está propondo fazer. Propõe vender sua principal geradora de energia elétrica, algo que a Itália, a França e a China tampouco pensam em fazer, nesses países a principal empresa de energia elétrica é estatal, na China são 11 grandes estatais de energia elétrica, quatro das quais são grandes investidoras no Brasil, assim como a estatal italiana, a ENEL.

O Brasil está querendo ser o melhor aluno da classe, melhor que o professor, sem se importar com as consequências sociais que já apareceram com toda sua evidência no Chile, onde na gangorra de formação das maiores fortunas do continente deixou no outro lado uma população pobre sem nenhuma assistência de saúde, educação toda paga e cara, sem nenhum programa de moradia popular, um modelo RUIM para o povo. Mas então é bom para quem? Para o mercado financeiro, ora, e só para eles. Está aí nosso Ministro da Economia e seu time de “mercadistas” no afã de repetir.

ABOLIR TARIFAS, ABOLIR VISTOS, ABRIR A IMPORTAÇÃO, TUDO SEM RECIPROCIDADE

Os enlouquecidos neoliberais do Leblon não sabem mais o que fazer para agradar aqueles que eles julgam serem seus mestres nos EUA. Agora se propõem a ABRIR A IMPORTAÇÃO, abolindo tarifas, sem negociação de acordo. Não precisa de reciprocidade, VÃO ABOLIR TARIFAS DE FORMA UNILATERAL, quer dizer, o Brasil deve deixar de ter indústria e viver como País agrícola e mineral.

Essa visão é coisa antiga. Nos anos 50 havia gente no Brasil que achava que não devíamos ter indústria, “isso é coisa para a Bélgica” dizia um velho tio meu. Era a ideia de uma parte da UDN carioca, o professor Gudin pensava assim e ele é o avô da escola de economia da PUC-Rio. Esse espírito deve ter baixado na “equipe” da seita que hoje comanda a economia. O pior é que propõem isso sem maiores reações das entidades da indústria, a começar da FIESP, onde o que menos tem hoje é industrial, a CNI ainda reagiu timidamente.

Quanto aos vistos de entrada no Brasil somos inovadores mundiais. ABOLIR visto para chinês é algo inédito em nossos tempos. A PRIMEIRA lei de imigração da História moderna foi o CHINESE IMMIGRATION ACT de 1885, uma lei americana para barrar a imigração de chineses para os EUA. Nenhum País, mesmo o mais pobre país africano, dispensa visto para chineses e indianos, como o Brasil se propõe fazer, não se sabe com qual objetivo. TURISTA não vem ou deixa de vir por causa de visto, o que pode facilitar é atrair levas de imigrantes pobres. E PAÍS algum que se dê ao respeito dá isenção de visto a outro País que não faça o mesmo com seus nacionais, é uma questão de auto respeito, de dignidade, o Brasil não pode se colocar no mundo como País de terceira classe.

OS DIÁRIOS DE CELSO FURTADO

Acaba de sair o livro DIÁRIOS INTERMITENTES 1937-2002, editora Companhia das Letras, coletânea de memórias do grande pensador Celso Furtado.

Que abismal diferença de personagem se comparado aos medíocres “economistas de mercado” de hoje. Celso Furtado percorre, nos DIÁRIOS, um longo caminho, a chegada ao Rio do fim dos anos 30, a sua participação nas campanhas da Itália como oficial do Exército Brasileiro na Segunda Guerra Mundial, o fulgurante Brasil dos anos de ouro nas décadas de 40 e 50, uma visão de economia DENTRO de uma visão de mundo e de cultura, a criação do CEPAL da qual ele foi um nome central, depois a criação da SUDENE e das políticas de  desenvolvimento.

Contemporâneo, e também brilhante pela cultura muito acima da economia, o embaixador Roberto Campos, com o qual convivi no fim da vida. No meio de livros e quadros, Campos era antes de tudo um intelectual inserido no contexto-mundo, adorador de cinema que conhecia como poucos, foi cônsul geral em Los Angeles durante a Guerra. O liberalismo econômico de Campos não tinha nada a ver com as baboseiras neoliberais de hoje, há uma diferença de nível intransponível entre personagem, época e cenário.

O FUNDO SAUDITA

Volta o Presidente Bolsonaro trazendo na bagagem uma intenção de investimento saudita de US$10 bilhões, palavras em conversa, não há nenhum tratado ou acordo estabelecendo prazos, áreas, procedimentos. Cuidado com ilusões. Promessas de “fundos soberanos” enchem vários armários do Itamaraty nos últimos 50 anos, desde o famoso fundo Nakasone japonês, era de 20 bilhões, até fundos árabes de vários bilhões, tudo espuma.

Em primeiro lugar, US$10 bilhões, em termos sauditas, é dinheiro de cafezinho, considerando estar o Brasil do outro lado da mesa. Em segundo lugar, os sauditas irão escolher a dedo onde investir, a sua assessoria é 100% anglo-americana e exigente, nada de uma Cancun em Angra, como quer o Presidente, quem escolhe são eles e obviamente vão querer taxas de retorno absolutamente seguras, coisa que resorts turísticos jamais oferecem, área cheia de grandes fracassos, como Costa do Sauípe onde foram investidos R$1,2 bilhão pela Odebrecht  e se revendeu por R$190 milhões.

Não há e nunca houve grandes investimentos árabes no Brasil e nos países emergentes mesmo no auge dos preços de petróleo. Eles preferem investir na Europa e nos EUA sempre, adoram hotéis em Paris e Londres, prédios em Nova York, ações de bancos americanos e ingleses, eles não confiam no Brasil e nos latinos. Estudar história econômica é sempre útil para evitar decepções e surpresas. Decisões de investimento têm muito de tradição, psicologia, o passado se projeta no futuro quase sempre.

AMA

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

17 Comentários

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  1. O Brasil só virou um país industrializado porque teve a sorte de ter entre 1930 e 1960 Getúlio, por 20 anos, e JK-Lott ( coloco o Marechal porque se não fosse ele JK não tomaria posse e não chegaria até o fim do mandato ) por 5 anos. E olha só o fim dos dois = Getúlio preferindo se matar a ficar sob as mãos de um fdp como Lacerda e JK, tudo indica, foi assassinado. Se não fossem esses dois, há décadas o país já seria um fazendão com um regime que seria uma mistura de Aparthaid e ditadura da família Duvalier no Haiti, com seus exercítos de tonton-macouts. O Brasil é a prova viva de que não adianta um país dispor de recursos naturais, populacionais, território, segurança alimentar, biodiversidade, etc, se lhe falta o principal fator que torna de fato um país de primeira qualidade, de respeito no xadrez brutal das relações internacionais = uma elite que prestasse minimamente. Nossa elite nunca foi de primeira em seu conjunto ( claro que tendo exceções ), no máximo de segunda divisão. Mas nesse momento estamos na quinta e com chances boas de chegar a sexta.

    1. Grande figura o Marechal Lott. E pensar que o “marechal do povo” foi condenado ao ostracismo, vivendo na maior simplicidade, e quando morreu foi enterrado sem as devidas honras militares…

  2. Achei que após o artigo de Ostry, neoliberalism oversold, do FMI, eles iam acabar com as políticas insanas de austericídio, mas me enganei.
    Continuam fiéis à cleptoplutocorporatocracia.

  3. Este governo incompetente, bizarro e neoliberalóide, “sem plano B” e continuidade de Temer, o golpista pior avaliado da história dos presidentes brasileiros, além de ter um sinistro que não sabe nem o que é orçamento da União (“façam o seu que eu faço o meu”, lembram?), mas sabe muito bem dar prejuízos a fundos de pensão com instituições educacionais fajutas e quetais, está VENDENDO O PAÍS de forma atabalhoada e indiscriminada.
    Comportam-se qual um(a) prostituto(a) falido(a), dizendo que está “fazendo negócios”!
    Países e presidentes que se prezam saem pelo mundo vendendo PRODUTOS e SERVIÇOS DO país.
    Eles estão oferecendo O PAÍS: suas riquezas (que não são deles mas NOSSAS, seus ativos (IDEM) e o controle de nossa economia e infraestrutura (usada e suada por nós), através de empresas e monopólios de serviços essenciais (energia elétrica, fóssil e renovável, telecomunicações, água, educação, saneamento, facilidades aéreas, marítimas e terrestres, terras, logística, etc.). É a finalização iniciada nos governos fernandos!
    E ainda comemoram (?!?!), como se investidores estrangeiros fossem desprezar ofertas de comprar, a preço de banana, todas essas riquezas, ativos e direitos (de um dos países mais ricos e privilegiados do planeta). Ou deles em investirem financeiramente para ganhar superjuros, dos maiores do mundo e sacar o “investimento” (especulativo) quando quiserem.
    Perguntados sobre onde querem que invistam $BI (~1% do fundo soberano saudita), o tosco e “envergonhoso” governo sequer sabe especificamente onde!
    Países grandes como China e EUA, médios como os europeus ou pequenos, como Singapura e Coreia do Sul, vendem eletrônicos, veículos, navios, aeronaves, know-how, software, equipamentos militares, foguetes, satélites, seguros, até entretenimento.
    Nós queremos vender ou ceder commodities, inclusive petróleo, minérios e outras destruições que só trazem, além de brumadinhos, riquezas a poucos (soja, madeira, cana, café, boi…), com uma das maiores concentrações de renda do planeta!
    Nascemos desse extrativismo predatório (pau-BRASIL quase extinto) e dele até hoje não conseguimos sair.
    Nem no nome!

  4. Outro fiasco na Fábrica de ‘Banheiras e Tijolos’ da BOEING. Podem até subir, mas para descer você não sabe se é por vontade própria. A mais nova carroça, que sai com fissuras já desde a fábrica é o 737NG. Se juntará aos outros fiascos da Linha DremLiner e 737MAX. Está difícil para pagar tantas Indenizações Bilionárias e vender alguma coisa !! Alguém se habilita? Tem descontinho de 70% e IPVA e Licenciamento grátis. Junta-se a isto outro fiasco bilionário da AIRBUS, o A 380. A aeronave que consumiu bilhões de euros em fábricas e investimentos, e agora ninguém quer. Americanos e Europeus já pensam sem se unir. Você compra um A 380 e leva dois 737 de brinde. E um passeio para Disney ou Paris. Sem direito a ressarcimento se não chegar ou seguro de vida. Aí já é demais !!! Os Concorrentes Russos, Chineses e Brasileiros estão rindo à toa. Abocanharão uma gigantesca fatia deste Mercado, sem esforço próprio. Os concorrentes da Europa e EUA já estão fazendo a propaganda para eles. OPA!!!! Russos, Chinese e Brasileiros, uma ova !!! Nós Geniais Brasileiros vendemos a Empresa, justamente neste momento histórico para dar um salto de participação no mercado e dimensão do parque industrial, para o Concorrente que não consegue produzir nada que pare no ar voando !!! Amanhã a Empresa NorteAmericana lançará um produto com excepcional qualidade: tem asas de EMBRAER, tem motores de EMBRAER, tem tecnologia de EMBRAER, tem segurança de EMBRAER, tem cheio de EMBRAER,…Mas é um BOEING !! Adeus Empregos Brasileiros !! Agora Nos faltam as asas, mas não as penas. Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

  5. Muitos avisaram que o capitalismo evoluiria para o neoliberalismo, não era previsão difícil de ser feita: tava na cara que ia dar nisso. Com a morte dos sêniores, os júniores – crescidos mas não amadurecidos, antes, mimados – não se conformariam com menos poderes, econômico e político. Dos sêniores restar apenas eventuais saudades era só questão de tempo. E que capitalista vai largar o osso que o neoliberalismo lhe dá? Palhaços, bandidos e toda sorte de aventureiros e oportunista à frente das instituições estatais é tudo o que o pessoal do Capital sempre quis. Aliás, no dicionário capitalista os termos “aventureiro e oportunista” são elogios, à moda de “desbravador”. Bandeirantes e caubóis sempre foram foras da lei.

    Não há surpresa.

    1. Nada a ver com ideologia, apenas destaquei a diferença entre Campos e os neoliberais toscos de hoje. Campos era culto, tinha um andar de seu apartamento no Arpoador só para os quadros,
      gostava de arte e de livros, participou da conferencia de Bretton Woods onde foi criado o FMI e o Banco Mundial, um personagem de nossa Historia, foi educado para ser padre, era muito mais que
      um eonomista de power point, como os de hoje.

    2. Se se seguir adiante, caro Marcos, o articulista fez uma descrição de Roberto Campos bem precisa: um diletante, bon-vivant, daqueles que gostam de arte como cinema, música clássica, quadros – desde que não seja arte inquisidora, estimulante de questionamentos – e que arranja pretextos de forma assertiva para que o poder seja concentrado apenas numa pequena quantidade de pessoas. Enfim, um dândi que nada faz de bom para a coletividade geral. Margareth Thatcher, Pinochet e Ronaldo Reagan provaram que a pessoa pode ser até louca que, se usar a forma que eles próprios definem como padrão, alcança poder.

      O apelido, “Bob Fields” não poderia ser mais adequado: a forma, para o eixo Inglaterra-EUA, é tudo, está muito acima e além do conteúdo. A pessoa pode falar a bobagem ou a mentira que for. Se falar com elegância e assertividade, se pintar com cores sofisticadas e requintadas, a bobagem fica vista como séria, a mentira fica vista como verdade.

      Mas os tempos, como era de se esperar, voltaram à selvageria. Uma selvageria elegante mas ainda assim, selvageria. Inglês de botas lustrosas invadindo a Índia e pisando na cabeça de indianos… O avô do Roosevelt traficando ópio para a China…

      Assim como o neoliberalismo é a evolução natural e previsível do capitalismo, a evolução de Roberto Campos é Olavo de Carvalho.

  6. Acho que em uma das falas do presidente celebrando o “acordo” com os sauditas, dizia que o país precisa de saneamento….essa é a senha, acaba de ser aprovado o relatório favorável a privatização do saneamento no Brasil, PL 3261…

    1. Tina, se não reparou todas Prefeituras pelo Brasil já estão torrando os milhões das Privatarias da Água e Saneamento. Estão fazendo as obras, para depois as Concessionárias apenas arrecadarem. Mas aprendemos alguma coisa com Privatarias do medíocre FHC e Tucanato? Alguns ainda até apoiam !! Mas a culpa deve ser do Trump?!!

  7. Depois de 1 século fantástico da Figura de Gigantismo Mundial de D. Pedro II tutelado pela Elite Paulista e Figuras de Expressão Monumentais que formaram Século Aúreo, desde Império até 1.a República, República Paulista (só para citar poucos entre milhares, o próprio D. Pedro, José Bonifácio, Barão do Rio Branco, Machado de Assis, Santos Dumont, Vital Brasil, Tarsila do Amaral,…) de governo republicano, democrático de voto livre e facultativo entramos na esparrela de Quartelada QuintoMundista de Golpe Civil Militar Ditatorial Caudilhista Esquerdopata Fascista de 1930. Pela própria inércia do acumulo de século de vanguarda, evolução, progresso, industrialização, sucesso, a Nação consegue seguir com certo prestígio por mais de uma década. Mas entrando a década seguinte a partir do Estado Novo, a decadência devido à tamanha mediocridade é inevitável. Cabeça torna-se em rabo. Esperam do abacateiro, que produza laranjas. Sai a liderança e caminhos do Industrial Simonsen, paulista da 1.a República para Gudin de PUC/RJ de Malan, Franco, Fraga e outras subespécies. Entra o NeoLiberalismo. Alguns pensam que é algo novo. O ‘Nacional’ não presta. Financeirização ao invés de Industrialização. Trocar tudo por Importações. O ‘Mulato Inzoneiro’ trocado pela xenofobia, segregação, racismos americanos e europeus em suas marcas, culturas, produtos e políticas. Com muito custo, o pouco desta Elite Paulista vanguardista, intelectual, conseguem manter o Fascista ao lado dos Países Democráticos e obter vantagens industriais e tecnológicas, apesar do Estancieiro Fascista, sua Família e Elite Esquerdopata Parasitária e seus Apoiadores Nazistas , como Dutra. Elite Paulista. na figura gigantesca de Monteiro Lobato, conseguem manter o Petróleo Brasileiro sob domínio nacional com Petrobrás. Mais não foi possível, entre tamanha ditadura e 9 décadas de declínio e retrocesso rumo ao fundo da latrina histórica e ‘Anão Diplomático’. Vanguarda, Porto Seguro para Navios desesperados de Alemães, Italianos, Chineses, Americanos, Japoneses,…então torna-se em apenas 2 décadas em Terceiro Mundo, como rotulado em 1955. Estas Nações em poucos anos, torna-se em países desenvolvidos e industrializados. Alguns creem, no revisionismo histórico, que viemos nesta época de Ditadura Assassina Fascista, nosso melhores anos. Imaginem se não fossem? Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.

  8. os árabes investirão em produção de alimentos para exportação. O objetivo é trocar o ativo petróleo, não renovável, por ativos renováveis de longo prazo e seguros. O Brasil oferece atualmente apenas esse produto que possa atraí-los. E o Brasil volta a ser uma grande roça.

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