Derrota de Freixo e o continuar da utopia, por Francy Lisboa

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Derrota de Freixo e o continuar da utopia, uma pena

por Francy Lisboa

É enfadonho o exercício de enxergar o mais do mesmo. O tema vigente é a desunião das chamas esquerdas. Alega-se que as esquerdas não conseguem dialogar para formar um bloco com coesão suficiente para frear a onda direitista.

A derrota de Freixo serve de lição para aqueles que acreditam que haja racionalidade na associação entre instrução e votos no candidato derrota da esquerda. Se assim o fosse, se instrução garantisse discernimento político, a massa ignara da paulista, composta por brancos e portadores de salários acima da média brasileira, não passaria tanta vergonha em campanhas pró-golpe e o inacreditável apoio a Donald Trump contra a Dilma estadunidense.

Sim, é tentador associar a derrota ao mau discernimento alheio. Assim o fizeram aqueles imbecis que destilaram seus demônios sobre os nordestinos pelas ocasiões das vitórias de Lula e Dilma. A esquerda associada a Freixo faz o mesmo: perdemos, mas perdemos porque o povo carioca não sabe votar, é ignorante, como capim e lá vai marola.

Difícil engolir o Crivela? Claro que sim, mas ele ganhou no voto, e em um país em que essa instituição está sem o devido valor, com um preposto de quinta categoria nas cabeças, isso deve ser reforçado. A retórica facibookiana de Crivela e a moda crente ressuou nas periferias cariocas, que têm na adjetivação em forma de piada e galhofa seu máximo potencial de debate político.

O mais fácil para Freixo, no entanto, foi apelar para a Geni dos últimos anos e colocar a culpa adivinha em quem? Hein? Hein? Sim, a velha estrela branca encrustada no manto vermelho. Como boa é essa droga. Como é divina a fuga que ela me traz.  Crivela faria o mesmo se tivesse perdido. Diria que seu pecado foi ter sido apoiado pelo cara do pedalinho e pela senhora corrida de casa. Um surfar de onde digno dos oportunistas que eles tanto criticam.

Tudo leva a crer que não há saída para a tal crise das esquerdas, para a desunião, senão por meio do reconhecimento tácito de que a teoria e prática política são como academia e aplicação no campo. Reconhecer isso é um preço caro demais para a esquerda que acaba de ser derrotada. Um preço que só poderia ser forçado a ser pago por meio de uma vitória expressiva, que impusesse na frente das platitudes todas as urgências e as divergências que precisam ser vencidas para dar passos em direção ao objetivo maior.

Enfim, quando todos as esquerdas aprenderem o que o PT aprendeu quando teve que ser governo e ceder, talvez haja esperança para uma coesão. No momento, a utopia de uma política do tipo “eu não preciso dessas armas para vencer” continuará…uma pena, uma pena mesmo, seria um bom exercício para os olhos.

 

Redação

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  1. Em país dominado por

    Em país dominado por golpistas, uma parte do povo cristão que ainda deposita suas esperanças num voto, vai votar em quem? Oras! vão votar num candidato dominante, golpista aliado, que de quebra aparentemente esta mais com Jesus no coração! É um caminho de tentativa de encontrar uma luz e segurança! Mas o interessante é que a maioria desse povo não está mais votando, ou simplesmente invalidando! E uma coisa é certíssima: essa maioria não votante não é golpista e nem acredita em candidatos milagrosos.

  2. Brasil de segunda a sábado

    O povo mais humilde precisa de lideranças. O problema é a falta de lideranças cívicas de segunda a sábado, pois hoje quem domina é a liderança do dia domingo, que está tomando conta do voto de milhões de brasileiros. Lideranças religiosas e da TV, do dia domingo, pegam o voto de incautos que votam pelo que é de Deus e esquecem-se do que é do César.

    A política suja fez perder muita credibilidade à classe política. O sector mais pobre da população não recebe informação correta, mas apenas assiste em forma bovina, no domingo (depois, ou antes, do culto) a disputa de mediocridades entre a rede Globo e a Record. Bandeiras inoportunas de esquerda tentaram entrar nas favelas, assustando pessoas simples e pacatas, que possuem – ainda – uma concepção mais conservadora da família e do sexo. Pior ainda, dando munição a estes pastores aproveitadores.

    O Pastor Crivella, no RJ, foi escolhido com mentalidade de dia domingo, foi eleito como pastor e não como engenheiro, por causa do medo do povo expor os seus costumes e crenças para uma turma modernosa da elite, que se achou de esquerda apenas porque é mais “idealista” e com ideias mais arrojadas e modernosas. Aí está o perigo, não apenas com o Crivella, mas o que os seus eleitores esperam dele e a mentalidade domingueira da sua opção cívica. O que aqui se discute é o perigo de estes pastores irem mais longe.

    De fato, já se obsevam ações das igrejas para trouxer o cotidiano também para dentro delas. Trazer o que é do César para o lugar que é de Deus. Agora tentam trazer também o ambiente de segunda à sábado para dentro das igrejas, como aconteceu para o dia do trabalho.

    Se esse chamado pega, em geral, teremos sérios problemas nas próximas eleições. Devemos conseguir que lideranças cívicas coloquem claramente as prioridades políticas para a população e, de tabela, conseguir delimitar o Pastor para o domingão e para assuntos divinos, lá dentro da sua capela. Hoje o risco do inverso é cada vez maior.

    Já do lado modernoso, o pobre, assustado pelo PSol, se deve sentir como senhor de idade que entra a um consultório de psicóloga modernosa, com roupa colorida, seminua, de mãos dadas com uma companheira, com um copo de plástico com cerveja quente onde flutua um resto de cigarro, e marca de batom na beira do copo e, enquanto fuma um baseado, diz para ele: tire a roupa e fique à vontade! É claro que ele não fica à vontade!

    A solução está em mostrar à população, de segunda a sábado, que existe um Brasil possível, que prioriza a nação, o emprego e as três refeições por dia; de que existe gente séria e confiável e que o que se discute na urna é a autodeterminação da nação brasileira e a justiça social para o seu povo. É necessário mostrar que não queremos colocar em votação as suas crenças de domingo ou questionar o que ele acredita – pelo menos por agora – seja melhor para as famílias e para a sua compreensão de sexo. Precisamos trazer o eleitor para as verdadeiras disputas cívicas, hoje confusas por tantos partidos e bandeiras. A direita adora ver como atropelamos bandeiras na ânsia de trazer ao povo para nossa ideia moderna de esquerda e não para oferecer a solução dos seus problemas reais.

    Queremos dialogar sim com o eleitor evangélico, de segunda a sábado. O que ele faz o domingo é tema para evolução cívica do país e da nossa capacidade de evoluir, de aprender a respeitarmos e divertirmos juntos, de acreditarmos em coisas parecidas. Mas isso apenas irá acontecer quando as pessoas tenham oportunidades, quando o Brasil seja mais distribuído e democrático, quando o povão esteja no mesmo boteco que a modernosa, falando de Jean Paul Sartre, ou cantando em “ingrés” Blowin1 In the Wind com Suplicy.

    Enquanto isso não acontecer, devemos respeitar o dia domingo das pessoas, das igrejas e das famílias, pois isso não é para discutir na urna, mas dentro da evolução legítima e livre, de uma sociedade plural, que tenha uma nação para ainda chamar de sua.

  3. A entrevista completa

    Derrotado, Freixo vê pior crise da esquerda e faz autocrítica

    Deputado diz que errou no início do 2º turno e que PSOL precisa chegar à Zona Oeste

    RIO — No day after de sua derrota na eleição para prefeito do Rio, Marcelo Freixo (PSOL) citou três principais razões para explicar o resultado. A crise da esquerda no Brasil, que ele classifica como a pior desde a ditadura militar, a incapacidade de o partido penetrar na Zona Oeste e, como autocrítica, afirmou que sua campanha ficou “atordoada” e demorou a reagir aos ataques sofridos no início do segundo turno.

    Freixo aproveitou a segunda-feira para descansar da maratona de campanha. Usou bermuda o dia inteiro, o que não fazia desde antes da eleição, e só à tarde saiu de casa. Arrumou estantes e iniciou a revisão de um livro, escrito por Julio Ludemir, que contará dez episódios de sua vida — “não é biografia, sou muito jovem para ter uma”. No fim da tarde, ele se reuniu com sua equipe no QG da campanha, na Glória, para analisar com mais profundidade o mapa de votação pelos bairros da cidade.

    Às dificuldades nacionais da esquerda, Freixo acrescenta um dado específico do Rio, que se comprovou nas urnas: o PSOL não tem penetração na Zona Oeste, onde perdeu por grande diferença para Crivella.— Arrisco dizer que é o pior momento para a esquerda desde a ditadura. Não lembro de uma crise tão grande. A esquerda não deve dizer que a culpa é de outros atores e esquecer a sua responsabilidade. É hora de autocrítica e entender os erros — disse Freixo, em entrevista ao GLOBO. — Todo projeto de esquerda está pagando caro por isso. Há o fim de um ciclo, erros do modelo de governabilidade, erros cometidos principalmente pelo PT. Mas não adianta crucificar o PT. É fundamental que a esquerda não se vitimize.

    — É um desafio. É só por causa da milícia? Não é. Fato é que a candidatura do Crivella teve um cunho popular muito forte. Vem da Universal e da Record, que têm penetração grande no setor popular — analisou. — Não adianta querer resolver o distanciamento da Zona Oeste na eleição. É até mais fácil dialogar fora desse período, porque você não está ali pelo interesse imediato, a sua credibilidade aumenta. A gente conseguiu entrar um pouco, mas isso tem de ser permanente. Esse trabalho de base tem que chegar na Zona Oeste. Ainda é fraco, ainda é precário, da esquerda como um todo.

    REAÇÃO DEMORADA

    Instado a fazer uma autocrítica, Freixo cita a primeira semana do segundo turno como decisiva, diz que faltou maturidade ao PSOL, e que a campanha demorou a atacar Crivella.

    — A gente foi surpreendido com os ataques pelo WhatsApp, tipo “ele vai mudar o sexo das crianças, vai liberar droga, acabar com a PM”. Aquilo atingiu a gente. Era uma rede subterrânea, onde não conseguíamos entrar. A gente perdeu uma semana ali, ficamos muito atordoados — reconheceu. — Estava esperando uma crítica política, “ah, é de esquerda, é radical”. Acho que esse foi um erro. Faltou maturidade ou instrumento para responder. Só depois do debate da Band fomos para o ataque.

    Freixo rebate outras duas críticas comuns à campanha. O deputado acredita que o discurso na Lapa, após o resultado do primeiro turno, não afastou possíveis eleitores. Na ocasião, ele afirmou que o resultado era uma “resposta do Rio ao partido golpista do PMDB”.

    O deputado argumenta que, na sequência da campanha, não tratou mais de impeachment. Ele questiona ainda um possível sectarismo do PSOL.

    — Cinco mil pessoas participaram do programa de governo. Isso não é um partido fechado. Tivemos apoio de partidos no segundo turno, como a Rede e o PSB — afirmou, acrescentando que sua campanha se reuniu com setores empresariais, com os quais o partido não tinha relação antes da eleição.

    Raro candidato que não teve os serviços de um marqueteiro, Freixo admite que o PSOL é resistente a esta figura, mas lamenta não ter feito mais pesquisas de opinião para ajudar a traçar estratégias.

    — Marqueteiro, a gente não gosta, a gente não trabalha assim. Foge muito à nossa natureza de fazer política. A gente tem uma coordenação da campanha coletiva, é a nossa maneira. Vamos bem nos debates, os programas de TV foram muito elogiados, temos boa equipe nas redes, no audiovisual. A gente não é ruim na linguagem — acredita. —Não fizemos nenhuma pesquisa qualitativa. A gente queria, mas é muito caro. Cada uma era quase R$ 100 mil, a mais barata que a gente viu custava R$ 81 mil.

    Freixo também fugiu do protocolo na noite de domingo, quando não fez o tradicional telefonema ao adversário reconhecendo o resultado:

    — Por que ligaria? Esse é um protocolo muito hipócrita. Eu não ligava antes da eleição para ele, não vou ligar para ele agora e dizer “deixa disso, vamos dar risada”. A campanha dele foi baixa, desonesta. Desejar um bom governo é honesto, eu realmente desejo que ele acerte. Não torço pelo quanto pior, melhor.

    Embora diga torcer para o governo do adversário dar certo, Freixo vê poucas chances:

    — É difícil. Quando olhei para aquele palanque … É a velha política, distribuição de cargos. A cada nome de secretário (cogitado), fica pior a situação.

    FUTURO EM BRASÍLIA

    Marcelo Freixo só tem uma certeza sobre 2018: não vai concorrer ao quarto mandato de deputado estadual. O futuro político do candidato do PSOL derrotado à prefeitura do Rio passa por Brasília — o debate sobre tentar uma vaga na Câmara ou no Senado vai se estender nas instâncias familiares e partidárias pelos próximos dois anos.

    — Meu tempo na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) acabou — assegura Freixo.

    A derrota eleitoral, vista por um outro ângulo, deixou de herança um capital político de 1,1 milhão de votos. O patamar torna uma eleição para a Câmara dos Deputados praticamente certa e o credencia para brigar por uma das duas vagas do Rio que estarão em disputa em 2018 para o Senado.

    A discussão será pragmática. Concorrendo à Câmara, tem potencial para ser um puxador de votos e aumentar a bancada do PSOL na casa. O número de parlamentares é decisivo para uma série de questões fundamentais para a sobrevivência dos partidos, como a fatia do Fundo Partidário e o tempo no horário eleitoral gratuito — Freixo teve direito a apenas 11 segundos no primeiro turno em função do critério proporcional. Há ainda a possibilidade de uma reforma política que imponha a cláusula de barreira, dificultando a vida das pequenas legendas.

    — Como deputado federal, acho que ajudo mais o partido, o que mexe um pouco comigo. Já o Senado me dá perspectivas mais a longo prazo. O Senado, por ser menor, talvez permita que eu consiga apresentar resultados com mais facilidade — analisa.

    A disputa pelo Senado carrega ainda o risco de não ser eleito e o consequente prejuízo à própria segurança. Desde que presidiu a CPI das Milícias, em 2008, Freixo anda escoltado por policiais, direito que será perdido caso ele fique sem mandato.

    — Minha situação não é igual a outra qualquer. Não tenho nenhum problema de voltar a dar aula (ele é professor de História). Minha única preocupação de ficar sem mandato é a questão da segurança. Mas também não posso pautar minha vida por isso — diz Freixo.

    Diplomático, ele ressalta que a decisão será tomada em conjunto. Mas, entre uma frase e outra, dá uma dica de quem será o responsável pelo veredito:

    — O partido nunca me impôs nada, para ser muito sincero.

    Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/derrotado-freixo-ve-pior-crise-da-esquerda-faz-autocritica-20393757#ixzz4OrAX5UHA 
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  4. Além de ser oportunista,

    Além de ser oportunista, botar a culpa no PT pela derrota é uma grande mentira. De fácil constatação. É só ir na zona Oeste, onde Crivela teve 75% e fazer uma pesquisa sobre eleição presidencial. Quem ganha disparado na frente? Ele mesmo, o barbudo persona non grata na emissora dos Marinho.

    Não sou quem diz, são as pesquisas, que mostram que mesmo desgastado, onde o “rejeitado” petista numero um tem mais votos são nas classes mais baixas. 

    Freixo conquistou grande parcela dos anti-petista coxinhas. Ganhou na Tijuca e Gávea. Portanto sua rejeição ao “lulo-petismo” garantiu-lhe uma boa votação, mas não é porta de entrada garantida para a zona oeste e demais localidades dos “sem instrução”. E sem esses não se ganha eleição.

    PS: Li um artigo interessante rebatendo o presidente do Psol que disse que eles estão tomando o lugar do PT. Não estão. Estão onde sempre estiveram, quem toma o lugar do PT são os neopentecostais. 

    PS2: Ressalvo: Gostaria muito que o Psol estivesse tomando o lugar do PT

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    1. O mapa dos votos publicado

      O mapa dos votos publicado pelo Tijolaço destroi o mimimi do pessoal do PSOL.

      http://www.tijolaco.com.br/blog/o-psol-ocupa-o-lugar-do-pt-o-do-voto-popular-e-que-nao-e/

      A “novidade” PSOL é nada mais que o PT de 30 anos atrás.

      Que sorte pra eles que não vão governar nada relevante. Poderão continuar no mundo de Pollyana mais algum tempo.

      Nada tenho contra as utopias, mas seria mais honesto que não tentassem justificar a derrota com este mimimi sobre o PT. O mapa no link acima deixa claro que o PSOL não sabe falar com o povão.

      Quando o PSOL eleger mais de 20 deputados federais eu passo a levar o partido a sério.

  5. O povo não sabe votar!

    É isso que a esquerda shopinger center. 

    Abondaram o materislismo-dialético, e cairam no conto da pos-modernidade – Bordeiu e Folcualut, bem como a antropologia relativista. 

    Freixo, um bom moço não falou nem propos nada de significaitvo ao povão. 

    Afinal o povão é burro, não sabe o que é melhor para si, por isso Lula e Dilma nunca foram presidente com o – Milnha Casa Minha Vida, Prouni, Institutos Federais, Cotas..

    Que Exu nos proteja.

  6. Uma grande parte da luta

    Uma grande parte da luta contra a ditadura se deu por conta das pastorais católicas, judeus,  protestantes  e de outras religiões acompanhando o forte ecumenismo da época. O movimento de mulheres também teve um papel muiiito importante naquela fase.  Formaram lideranças em todos os setores. Uma vez assisti o depoimento de um operário da periferia do Rio que deixava um medíocre Aecinho no chão. Articulado, consciente de sua realidade, sem frescura nem altas teorias, era senhor de seu tempo e espaço. Os partidos atuavam nessa área ecumênica que nem era tão protegida assim. Tivemos até sequestro de um bispo no Rio por forças paramilitares. A redemocratização ainda não estava acabada quando elegemos o primeiro presidente. O problema é que estávamos confiantes no grito de D. Evaristo Arns, de Ulisses Guimarães e de muito outros que diziam Tortura Nunca Mais, com sentido amplo de Golpe Nunca Mais.  E o golpe veio pela mão de um traíra, o inimigo mora ao lado. Vem à lembrança daquela música cantada pelos Titãs “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”, quando a gente presta atenção, já era.   Começar tudo de novo,aparar as arestas, enfrentar o desconforto das diferenças e seguir em frente é o que temos como luta. E os estudantes já estão nela. Chegou nossa vez de aprender com eles e não abandoná-los à própria sorte. Talvez algum historiador possa fazer um paralelo da luta ecumênica contra a ditadura com o avanço da igrejas evangélicas que contruíram um conservadorismo sem limites após a abertura democrática. Na primeira, temos a união com o povo, o compromisso solidário com a igualdade de opoortunidades selados na Constituição de 1988. Na segunda, a ligação dos evangélicos com o mercado, a concessão de canais públicos de televisão e de rádios, a ligação com milícias e com presidiários de alta periculosidade e com os partidos da bala e da bíblia (Magno Malta, evangélico, era segurança de Sarney e o pastor Soares teria sido da PF que servia no Galeão-RJ). Há muitas coincidências que deveriam ser investigadas no nosso jornalismo, hoje tão abandonado , para explicar o crescimento do conservadorismo nas periferias.

    PS.: Interessante lembrar a infeliz marcha de 1964 apoiando o golpe Deus com a  Família, pátria e propriedade. O remédio para o lado golpista da Igreja foi o movimento rebelde das Igrejas de vários cultos. Assim como hoje, ao movimento conservador de direita do judiciário, que haja um movimento libertário jurídico. O remédio contra o veneno é sempre o antídoto.

  7. bem mais fácil conquistar uma Prefeitura com propostas…

    Freixo marcou bobeira ao exagerar com respostas

    deixou de ser pé no chão, de ser mais terra, de ser mais regional

    esgoto a céu aberto, ruas sem pavimentação e lixo de motão por toda região oeste, e ele, pelo que me consta, não mostrou nada disso ou mostrou pouco

    dificilmente alguém ganha uma Prefeitura com discurso de alta política ou com respostas pra tudo

    é preciso um passo de cada vez, se possível na lama, no lixo e no abandono ao lado dos moradores, porque alguns bairros pode não ter nada disso, mas certamente tem eleitores desejosos de que outros bairros não tenham também

    1. acredito que estes, eleitores, são os que desistem…

      desistem do voto sério, mas que ainda podem ser levados a votar pra valer em qualque um que se mostre diferente

      ninguém deve entrar numa de querer consquistar votos do outros, tem que conquistar dos que não votam a sério

      1. Pois é, quem fala mal do

        Pois é, quem fala mal do Freixo não viu a campanha nas ruas e nem na televisão, já veio com preconceito e cabeça feita

      2. valeu, arkx………………….mostrou sim

        sem querer dizer apenas que mostrou como muitos outros já mostraram, deixo claro que a derrota do Freixo partiu meu coração………………………………….sei nada de política, mas muito de abandono. Desse aí que eles mostram e outros

        muito mais do que muitos possam imaginar………………………………

        é por isso que acho errado comemorar derrotas, sentimento muito particular, reconheço, mas que, acredito, deve ser porque aprendi que o sofrer ensina mais que o desejo de vencer………………………..perdeu, perdeu, e não devemos procurar culpados

        sofrer é compreender

        tem algo em nosso povo que não estão sabendo conceituar a partir do meio em que ele vive

        essa teoria geral para pobreza e abandono precisa ter outros pontos de vista, não estáticos, dinâmicos ao tempo

         

  8. Artigos como estes e outros

    Artigos como estes e outros de petistas enfurecidos e emburrecidos me fazem sentir ânsia de vômito. Resumindo em 3 linhas tudo que eu tenho lido dos petistas nas últimas semanas: o psol e o freixo perderam porque não quiseram colocar a mão na merda, porque se acham puros e superiores e não conseguiram se comunicar com o povo. Por outro lado toda a culpa da derrocada do PT pode ser creditada ao PIG (principalmente), ao judiciário e ao legislativo.

    Ora, façam-me o favor, a derrocada do PT começou nas alianças para se eleger e e na Carta aos Brasileiros. E não por uma questão moral como os petistas emburrecidos alegam repetidamente. Mas por burrice, estupidez e ingenuidade. O PT em algum momento achou que que oligarcas, fascistas, golpistas históricos iriam abrir dos privilégios de mais de 500 anos? E porque abririam? Por causa dos belos olhosdo PT? Pois se enganaram feio, não. E nunca repensaram a  estratégia politica. Já no mensalão viram que não tinha aliados de verdade à direita, e surfando na enorme popularidade do Lula era para ter partido para a porrada.

    Outros erros de estratégia sérios:

    1. Indicou 13 ministros para o STF e errou em todos. ISTO Ë INACREDITÄVEL e um assunto totalmente ignorado pelos petistas. FHC indicou um e acertou em cheio…

    2. Manteve a grana entrando fácil para o PIG durante toda a administração do PT. Só a rede Goebbels recebia R$ 600 milhoes/ano

    3. Para garantir as alianças simplesmente acabou com as estrutras do PT em alguns estados. O pior exemplo foi o do Rio de Janeiro. O PT do Rui e companhia simplesmente venderam o PT do Rio para o PMDB. O PT do Rio é uma miséria, tem pouquissimos quadros – me vem a cabeça o Luis Sérgio e o Reymond, o Lindinho não vale – não tem um líder carismático desde o Vladimir Palmeira que teve sua cabeça entregue em uma bandeja em mais de uma destas alianças.

    4. Em função deste último ponto, o PT perdeu a comunicação com o povo, a capilaridade. Quem tem capilaridade são os evangélicos que tem uma Igreja em cada esquina. O PT acha que ainda está na década de 80 onde os sindicatos se mobilizavam, greves resolviam. Hoje, em lugares como o Rio de Janeiro, não há indústria. Aliás, o MST, a CUT e o MTST não iriam parar o país?

    5. A Jandira fez campanha como os petistas acham que deve ser feita (argh!) e teve 4% dos votos. Repito 4% dos votos! Ela não se comunicou com o povo, não mostrou Dilma, não mostrou Lula? Como não funcionou?

    É claro que o PT não acabou e é realmente uma força política importante, se continuar com o dircurso patético do (citando Sartre) o inferno são os outros não vai chegar a lugar nenhum.

    Quanto ao PSOL ele fez a campanha possível. Não fez alianças com a direita, debatou, visitou, combateu, mobilizou jovens, velhos, mulheres, gays. A campanha foi bonita, vibrante. Não ganhou? Não importa. 

     

     

     

     

     

    1. Todos os pontos sobre os

      Todos os pontos sobre os erros do PT estão corretíssimos. Mas, agora, o PSOL faria o quê na presidência? Não há como imaginar qualqur cenário com o PSOL na presidência fora dos erros que todos os partidos cometem, mas é bom apontar os erros alheios para não se sentir como um potencial cometedor dos mesmo. A maior novidade que a esquerda que joga contra o PT conta é que o PT cometeu erros. Como dizem no Rio: Cabraaaaaal!

        1. Concorreu a um cargo onde

          Concorreu a um cargo onde ficaria em eviência DE FATO, e o desgaste, tenho absoluta certeza, viria. Apareceriam um monte de psolistas viuvos, como as viuvas do PT de hoje que, valha-me Deus, sao piores que o Kim Kataguri.

  9. Derrota de Freixo e o continuar da utopia

    1. são as intrigas que destroem os relacionamentos. sejam políticos ou pessoais. como já esclarecido na entrevista postada em comentário abaixo, o que Freixo declarou foi: “Há o fim de um ciclo, erros do modelo de governabilidade, erros cometidos principalmente pelo PT. Mas não adianta crucificar o PT. É fundamental que a esquerda não se vitimize.”. uma coisa são críticas, duras e ásperas, outra coisa são as fofocas e as deslealdades. distorcer as palavras alheias para desencadear uma rede de intrigas é especialidade de uma Esquerda sectária, dogmática, autoritária, personalista e centralizadora. é este tipo de comportamento que inviabiliza qualquer “união das Esquerdas”;

    2. pode-se fazer qualquer opção política, adotar qualquer linha de ação, mas é necessário ter coerência. se o “companheiro” Crivella era bom para ser Ministro da Pesca e da Agricultura de Dilma (de fato uma escolha técnica, o homem certo no lugar certo por sua enorme experiência e conhecimento da área) também deve ser considerado bom para ser prefeito. além disto, nenhum lulista tem qualquer razão sequer em execrar qualquer obscurantismo de Crivella. afinal, José Alencar, do mesmo partido e duas vezes vice presidente de Lula, sempre compartilhou de muitas das opiniões do bispo senador. além de sua posição contrária ao aborto, José Alencar declarou que “o homossexualismo é uma forma de violência à natureza humana”. com relação ao Rio de Janeiro, acrescente-se as alianças do lulismo com Garotinho, Sérgio Cabral, Pezão e Eduardo Paes;

    3. com o golpe consumado e o retrocesso avançando, já passou do tempo do lulismo retomar as origens da fundação do PT, que nasceu como um partido eminentemente não parlamentar. supor que alguma mudança da sociedade (e não me refiro a nenhuma “revolução”, conceito inclusive que precisa ser revisto para o atual estágio da Capitalismo) se dará única e exclusivamente pela via parlamentar é assegurar-se de fracasso e frustrações. eleições são meio, e não fim. a via parlamentar é instrumento, e não a arena decisiva. é através dos movimentos de massa e da organização pela base que uma sociedade consegue se auto-transformar.

    .

    1. Arkx, sugiro o excelente

      Arkx, sugiro o excelente artido do Rui Daher aqui mesmo neste GGN. Pontos altos, lembrar que o Delfim Neto – um dos maiores canalhas vivos – o homem que eternizou a frase “vamos fazer o bolo primeiro crescer para depois distribuir” durante a ditadura foi conselheiro do Lula. E a frase do escorpião para o sapo, “é da minha natureza…”

  10. A esquerda faliu complemente
    A esquerda faliu complemente porque faliu a política.

    A vitória da ditadura no Brasil e dos planos de Tatcher e Reagan foi exatamente a de limitar a vida ao conceito do ser isolado, consumista e imediatista que pensa em si, pela meritocracia segregadora e alienante.
    Que ser lixe políticas inclusivas que tire do meu bolso a ajuda aos vagabundos e preguiçosos.

    Né assim o pensamento pós – moderno?

    1. mas Assis……………….bem…boa tarde

      você deve saber muito bem, melhor do que eu, que o PT fez muito pouco. Tudo que foi possível fazer sim, mas não por todos

      tem muita gente para ser retirada da pobreza ainda………………………..

      e os que foram retirados, cá pra nós, não soma mais votos, pois consideram-se outros. Consideram que conseguiram sozinhos. Educação política não acompanhou. Discurso não mudou. Grande erro do PT

      brasileiro é bicho estranho, tapado de pai (dinheiro) e mãe (mídia golpista)

      1. Exato,
        Despolitização total

        Essa é a grande vitória do sistema e os governos de esquerda pelo mundo foram coniventes e endossantes.

        Hoje, pouquíssimas pessoas acreditam na importância do Estado e das políticas públicas.

        O Laisser Faire venceu. Quase todos querem menos Estado.

  11. campanha foi muito bonita sim, gostei muito…

    nela podemos ver que boa parte dos pobres mudaram…………………….

    político fosse, eu ficaria muito satisfeito, mesmo que não tivesse recebido os votos desses eleitores estranhos………………

    estranhos não, mal interpretados em suas aspirações de ser alguém diferente na vida, que não apenas pobre e eternamente agradecido pelo que conquistaram com o, digamos assim, Lulismo

    se o PT e PSOL seguirem nessa toada escrota e antiga, sem saber interpretar legal, não a pessoa, mas sim a noção de cidadania que essa pessoa adquiriu, o segundo nunca terá força e o primeiro jamais conseguirá recuperar a que perdeu

    nova noção de cidadania……………………….que interessante, apesar de pouco se interessarem. Preferem chamar de pobres

    se como cidadão me identificoco a partir do meio social em que me encontro ou me descubro com vontade de votar seriamente, quem não souber me identificar de outro forma, que não por qualquer outro meio que venha se encontrar ou se igualar a esta teoria política de merda ou da antiga, que vá pra puta que o pariu, nunca mais terá meu voto

    políticoo fosse, adoraria ver pobre deixar de ser pobre pelo que eu tivesse feito por ele e cagaria solenemente para o voto dele. Procuraria fazer o mesmo pelos pobres que ficaram pelo caminho

    os messias de araque, espertalhões de merda por dinheiro, souberam muito bem como fazer e, pasmem, só com promessas

  12. campanha foi muito bonita sim, gostei muito…

    nela podemos ver que boa parte dos pobres mudaram…………………….

    político fosse, eu ficaria muito satisfeito, mesmo que não tivesse recebido os votos desses eleitores estranhos………………

    estranhos não, mal interpretados em suas aspirações de ser alguém diferente na vida, que não apenas pobre e eternamente agradecido pelo que conquistaram com o, digamos assim, Lulismo

    se o PT e PSOL seguirem nessa toada escrota e antiga, sem saber interpretar legal, não a pessoa, mas sim a noção de cidadania que essa pessoa adquiriu, o segundo nunca terá força e o primeiro jamais conseguirá recuperar a que perdeu

    nova noção de cidadania……………………….que interessante, apesar de pouco se interessarem. Preferem chamar de pobres

    se como cidadão me identificoco a partir do meio social em que me encontro ou me descubro com vontade de votar seriamente, quem não souber me identificar de outro forma, que não por qualquer outro meio que venha se encontrar ou se igualar a esta teoria política de merda ou da antiga, que vá pra puta que o pariu, nunca mais terá meu voto

    políticoo fosse, adoraria ver pobre deixar de ser pobre pelo que eu tivesse feito por ele e cagaria solenemente para o voto dele. Procuraria fazer o mesmo pelos pobres que ficaram pelo caminho

    os messias de araque, espertalhões de merda por dinheiro, souberam muito bem como fazer e, pasmem, só com promessas

  13. acredito que política não faliu………………….

    em países como o nosso era para ela seguir inalterável por muito tempo…………………………..

    mas………………….vocês que se virem

    mídia jogou o Brasil lá pra frente, ganhando muito com alterações de comportamento, sabendo muito bem que milhões de pessoas seriam deixadas para traz……………………………….

    as pessoas que estão se adaptando ao conceito religioso de cidadania por terem ficado sem outra alternativa……………………………bem…aguardem, tempo ao tempo

    e a direita vai saber muito bem como explorar politicamente

  14. Francy

    Se tiver um tempinho, leia o post abaixo. NÃO deixe de ler os comentários!

    Moradores da periferia explicam porque votaram em João Dória

    Vou destacar alguns, mas vai lá que tem muito mais.

    ************************************************************

    Esses pobres têm mais é que morrer de fome mesmo. Ingratos, estúpidos.

    ***

    Eu digo que é burrice mesmo. Achar que o Dória vai fazer alguma coisa para a periferia é falta de QI. Ainda mais depois de vinte anos de pósdb no governo e o total descaso com os pobres. Se ainda tivessem votado em branco ainda poderíamos ter alguma esperança. Sabe que mais. Que se fodam. 

    ***

    Que se fodam (2).

    Não basta uma Polícia tucana que apavora a periferia.

    Precisam de mais.

    ***

    Ah é seus babacas !!!

    Tem mais é que se ferrarem, perder todos os direitos conquistados.

    Típico pobre coxinha, são racistas e preconceituoso.

    Quero mais que esse povo se lasque, não tenho mais pena de pobre.

    Convivo no meio desse povo, e sei quanto são ingratos.

    Tem mais é que sifu !!!

    ***

    Sinceramente, gente como FHC, Dória, etc, só beneficia a classe social a qual pertenço, e consequentemente, a mim.

    O problema, então, sou eu.

    Vou a restaurante caro, usufruo de uma boa comida, um bom vinho, gasto um salário mínimo para dois, ao sair de lá vejo um mendigo, uma criança de rua, gente trabalhando na madrugada por uma merreca, sem possibilidade de estudar, tendo que pegar um ônibus sem segurança para chegar em casa uma ou duas horas depois do trabalho…sinceramente, o tal jantar vira um lixo, me vem uma culpa, uma revolta, um sentimento de injustiça…

    Aí voto na esquerda, fico mal visto no meio meio social, faço doações para creches, ongs de direitos humanos, médicos sem fronteiras, esculhambo dória, fhc, serra, aécio, esses que me beneficiam..

    Então acho que o problema sou eu…preciso de um analista para resolver esse meu sentimento de culpa, de querer ajudar quem não quer ou não precisa de ajuda, e cuidar da minha vida como a maioria está fazendo,

    ***

    Nessa vida todos nascem ignorantes. Depois disso você tem duas opções: 1) continua ignorante o resto da vida e paga por isso; ou 2) procura sair da ignorância, vai errar, mas tenta.  Os paulistanos, paulistas e brasileiros em geral escolheram uma terceira opção: nascer ignorantes e aperfeiçoar a burrice. 

    É assim que interpreto o que vem acontecendo no país: é um povo que se apegou com unhas e dentes a burrice.

    ***

    Não adianta tirar pobre da pobreza, esta vai continuar nele, é um problema de cárater, é só conversar com algum que conseguiu uma cazinha e um carro nestes 13 anos, eles acham que é só porque trabalharam, o governo não teve nada a ver com isso.

    Mesmo para os empresários que estão chorando a paradeira, quando tem para quem vender, é porque se acham os jênios (com j mesmo), quando não tem para quem vender, a culpa é do governo.

    Brasileiro é mau caráter por natureza, haja vista quando querem elogiar alguém dizem: “Fulano é honesto e trabalhador”, como se honestidade fosse virtude.

    ***

    O que eu acho bizarro é que muitos que melhoram um pouco suas vidas financeiramente passam acreditar que são ricos e passam a votar na casa grande. Isso eu nunca entendi. De uma coisa eu tenho certeza: não vai demorar para essas pessoas sentirem na pele o que é voltar para a miséria. Esses pobres metidos a ricos vão sentir a maldade da casa grande.

    *** Vão se roçar nas ostras. Lembram os pobres que votaram em Collor em 89. Vão padecer. Espero que cresçam.

     

    ***

    Será uma satisfação dizer algo do tipo “arquem com as consequências de suas escolhas” para os trouxinhas.

    ***

    Porque são burros, simplificando o assunto.

    ***

    periferia ostentação.

    Eles se enxergam em figuras como esse Dolar.

    ***

    Algum destes caras já conheciam dória antes da campanha? Repetiu-se o mesmo que aconteceu com collor, inclusive em realção á mídia. Espero que se ferrem bastante. É meio trágico, mas a melhor coisa que pode acontecer em são paulo e no brasil é que as coisas fiquem muito, muito ruins mesmo. Mas não me iludo: este zé povinho se ferra, mas nunca aprende porque se a mídia disser que comer merda é bom, eles comem.

    ***

    Eles quererem continuar a fazer parte da senzala é um direito deles.

    Tem gente que nasceu para ser escravo e se contenta com a sua condição.

    Eles adoram o sinhozinho, votar no sinhozinho, fazer com que o sinhozinho fique cada vez mais rico..

    Pobres criaturas.

    ***

    Não precisa explicar. Querem um cashmere no pescoço como Dória. Pois que façam bom proveito junto com os meios de comunicação, os empresários e os incorporadores amigos do eleito que é a cara da “periferia’. Para a elite eles dão desconto na corrupção, já as acusações ao PT são sempre verdadeiras e nunca manipuladas. Elegeram e em alguns casos reelegeram pilares da honestidade como Maluf, Pita, Serra, Kassab e a cidade continuou com as mesmas carências. Pois a carência vai continuar e eles vão reeleger Dória porque ele tem o cobiçado … cashmere no pescoço. É a miragem que importa, o fato de partilhar do voto dos moradores dos bairros nobres da cidade.

    ***

    A falta de cultura é uma merda, como dizia Tim Maia só no Brasil pobre vota na direita.

    ***

    Como eu disse antes, o povo brasileiro é estúpido.

     

    *******************************************************

    E por aí vai. 

    Triste, né?

    1. Pelo que entendi você associa

      Pelo que entendi você associa a derrota de Haddad aos comentário petistas pós eleição e não à campanha midiática contra o prefeito. O que pesa mais, anos de propaganda negativa ou comentários em sites? Estou na dúvida.

      1. Oi?

        Se os comentários foram feitos depois que o Haddad perdeu, como poderiam ser a causa? Não sou tão burra assim. E nem você, não é mesmo?

        Não é possível que você não tenha entendido. Estou dizendo que compartilho com você a indignação contra os comentários elitisas sobre a capacidade de pessoas mais pobres em saber votar ou, em suas palavras, “destilar seus demonios”.

        ***

        Sim, é tentador associar a derrota ao mau discernimento alheio. Assim o fizeram aqueles imbecis que destilaram seus demônios sobre os nordestinos pelas ocasiões das vitórias de Lula e Dilma. A esquerda associada a Freixo faz o mesmo: perdemos, mas perdemos porque o povo carioca não sabe votar, é ignorante, como capim e lá vai marola.

        ***

        Assim como compartilho com você a indignação contra a hipocrisia e a parcialidade das análises que tanto criticamos na velha mídia, não é mesmo? 

        Ou, como gostamos de dizer a respeito do judiciário: Pau que bate em Chico, deve bater em Francysco.

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