Desculpe o auê, por Matê da Luz

Por Matê da Luz

Ainda sobre o post acerca da chamada da Ivete no marido em público. 

Não, aqui não é blog da Caras, nem da Veja, tampouco meu post deve ser classificado como tal. Ao que me parece, quem assim vislumbra, assim alcança.

Trazer temas cotidianos com abordagem mais densa é uma das tarefas dos meus escritos – sejam eles sobre celebridades, novelas ou políticas mundiais. Sobre maternidade, empreendedorismo e vivências, aprendi em casa a ter um olhar aguçado sobre quase tudo e qualquer coisa, hão de me perdoar. 

Gosto da opinião de toda e qualquer pessoa. Gosto de ler sobre as coisas, de escutar e entender pessoas – e isso passeia por inúmeras temáticas, não consigo ver problemas. A internet livre, afinal, não trata disso? Ah, pensei que fosse… 

Não vou escrever sobre a bolsa da Rússia, sobre a problemática das tarifas intercambiais ou quaisquer outros assuntos de nome evoluído. Não é disso que se trata meu cerne. Me preocupa, sim, me envolve assim como envolve todo o planeta – deixo, portanto, aos entendidos e suscetíveis aos assuntos que se comprometam com o informe à respeito. 

Equívoco meu? 

Apresento aqui, neste espaço, desde sempre, temas que são atuais, contemporâneos e, por natureza minha, de certa forma polêmicos. 

Os títulos são bastante claros, observei um por um antes de registrar esta coluna-desabafo. Não gostou, achou “pouco pro Blog do Nassif”? O clique é opção sua, assim como o tema é opção minha.

Sigo considerando relevante dialogar sobre barracos ciumentos em público tanto quanto sobre o fechamento de escolas públicas na capital paulista, por serem estes temas inerentes à raça humana. Da fofoca ao diálogo público, o que for interessante pro debate coletivo estará aqui. Poesia e simplicidade, que eu saiba, cabem no mesmo prato e não causam indigestão a quem tem estômago em funções normais. 

Sigo acreditando que quando alguém que ~atinge~ milhares de pessoas com música, mesmo que eu ou você consideremos que esta música é da mais primoridal dos tempos, este impacto é, sim, cultural, e reverbera nas ruas, nos pontos de ônibus e nas comunidades – todas elas, e que atire a primeira pedra quem passou ileso ao meme do “o que é isso aí, papai?” esta semana. Que esta atitude acaba por interferir no comportamento feminista/machista de quem nos cerca e que isso, ainda e tomando fôlego, é assunto interessante, mesmo que não global sob o ponto de vista abordado – mas que se torna uma praga à partir do momento em que mulheres se sentem empoderadas e estimuladas a passar sabão em público ou, valha-me Deus!, achem que são impotentes ou menores por sentirem ciúmes. 

Isso, pra mim, é relevante. 

Uma coluna sobre atualidades não traz somente temas econômicos, soberbos ou elitizados e, afe, Cristo!, quanta gente que defende a imprensa livre e vem aqui comentar com comparativos e críticas cerceadoras. 

Sou livre para escrever sobre os temas, assim como são livre os leitores para ler sobre os temas, compartilhar e comentar – e, adianto: os que costumam ser os menos gostados segundo os comentários, acabam sendo os com maior visibilidade. 

Carentes de informação normal, informação humana.

Vez ou outra, que nunca? 

 

 

Mariana A. Nassif

8 Comentários

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  1. Arrasou, Matê!

    Você falou, de forma sucinta e direta, muita coisa que penso e percebo nos comentaristas corriqueiros deste e de outros blogs do tipo. 

    É muita pretensão de parte deles supervalorizar 2 ou 3 temas (e olhe lá) e desprezar tudo o mais que sai do pequeno âmbito de seus (deles) valores restritos e apequenados. Além disso, é o verdadeiro samba de uma nota só. Até parei de ler os comentários por isso. Quem tem o mínimo de “intimidade” com o blog já sabe, só pelo título de um post, os comentários que vai encontrar. Sistema binário total. Sem nenhuma originalidade ou acréscimo no tema em tela. São 8 falando “1” e dois falando “0”.

    E se acham…

    1. Vânia, perfeito seu

      Vânia, perfeito seu comentário. Acompanho o blog desde seus primórdios, gostava de participar mas, a partir do momento quando a área de comentários passou a ter “donos”, tenho limitado minha participação a ler as postagens e fugir dos comentaristas especialistas. 

  2. Esse assunto, o de patrulhas

    Esse assunto, o de patrulhas de “conteúdo” nos blogs é interessante, já o do tal barraco da Ivete Sangalo, que nem fiquei sabendo, é para quem gosta.

    Não me interesso por nada que se relacione a tal cantora de axé aeróbico, mas se o Nassif publica um post sobre isso, ok, ele que decide, o blog é dele, lê quem quer.

    PS: Barraco de celebridade atrai o curiosidade sádica do leitor. As vezes acho engraçado, as vezes patético. Mas daí a suscitar discussões relevantes, não vamos exagera, né?

  3. Não sei o qu é pior: dar

    Não sei o qu é pior: dar destaque aos ciúmes de Ivete num palco, ou prosseguir explorando a separação de Joelma e Chimbinha. É muita pobreza!

  4. Seguirei seu conselho
    Disse que sou livre para comentar ou ignorar. Fico com a segunda opção.
    Desculpe parecer grosseiro, mas não soube do acontecido e nem me interesso em saber. Essa mídia de celebridades chegar a espantar de como consegue produzir tanta tolice e irrelevância. Passo longe.

  5. Penso que somos todos livres

    Penso que somos todos livres para manifestar sobre não apreciar o que você postou desde que postes alguma coisa.

    Eu não gostei. Outros gostaram. Vida que segue.

  6. “Deixa isso pra lá”

    Este, do Nassif, e outros sítios fazem a crítica da mídia. O que as patrulhas não percebem é que tudo que vai pela mídia é matéria de crítica, inclusive o que é comportamental. É justamente o espírito crítico que falta à exploração midiática de eventos relativos a celebridades, e o pessoal faz aqui. Vá em frente, Matê, e deixa que digam, que pensem, que falem…

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=LRkyLtoITNc%5D

  7. Uma ressalva: acho q a fala da Matê está em cima de 1 equívoco

    Nao sei se outros fizeram esse comentário sobre Blog do Nassif e Blog da Veja; eu fiz mas NAO FOI PELA ESCOLHA DO TEMA DO POST (que acho irrelevante mas concordo com o direito da Matê postar…

    Fiz o comentário em resposta a outro comentário machista e de um baixo nível horroroso. Acho que há coisas que nao deviam ser suportadas aqui. Baixarias nao deveriam ser admitidas. Simples assim.

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