Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri

Neste domingo votei em Dilma com duas convicções: 1) a presidente termina seu primeiro mandato com resultados que ficam aquém daquilo que as potencialidades da conjuntura proporcionavam; 2) Dilma e o PT terão que mudar de rumos se quiserem manter a perspectiva de futuro. O resultado das eleições foi uma exceção. A conjuntura era de mudança e a lógica seria a de que a oposição tivesse triunfado. Só não triunfou porque Aécio Neves, embalado pela agressividade, pelo falso moralismo, pela disseminação de preconceitos e pela ausência de um programa consistente, não conseguiu gerar confiança na maioria do eleitorado.

Dilma cometeu inúmeros erros na condução da política econômica. Repetiu fórmulas que deram certo no governo Lula, mas que não faziam mais sentido com as mudanças de conjuntura. Atrasou o plano de infra-estrutura por equívocos e preconceitos iniciais. Adotou uma política monetária e cambial confusa que não conseguiu redirecionar recursos para investimentos produtivos e nem conseguiu manter a inflação baixa. Na política fiscal voltaram as velhas maquiagens, perniciosas à credibilidade do país. No plano externo foi inapetente e manteve o Brasil recuado em suas próprias fronteiras. Não foi agressiva na política comercial – uma exigência dos tempos. O resultado foi a desconfiança dos investidores, o baixo crescimento e a redução de ritmo na criação de empregos e na elevação da renda.

No plano político, os passivos são maiores. Colocou gente que não entende de política para cuidar da articulação política; deixou Gilberto Carvalho esquecido no Planalto, retirando-lhes as funções de articular os movimentos sociais; o Conselhão do governo Lula foi abandonado; o diálogo com os partidos e com a sociedade foi pífio; o Ministério, ou por medo da chefe ou por incompetência, foi uma negação. Em resumo: foi um governo burocrático e arrogante, que não exerceu a atividade política de forma criativa, agregadora de energias e de propósitos orientados por um projeto claro de futuro para o país. Por não definir com clareza os fins do seu governo, perdeu-se nos meios. Dilma escolheu o caminho da solidão e exilou-se dentro de si mesma.

Dilma, antes de tudo, terá que mudar de estilo e de conduta como presidente. Terá que governar exercitando o diálogo democrático, pois sem ele a própria democracia não se desenvolve. Terá que destravar politicamente o governo, seja na relação com a sociedade, seja na relação com os partidos e o Congresso. Terá que trocar a equipe econômica, que carece de credibilidade. Terá que escolher um ministério mais qualificado, com ministros capazes de afirmar sua personalidade política e sua capacidade de gestão. Terá que fazer uma limpeza moral nas estatais, principalmente na Petrobras, para recuperar a credibilidade e a eficiência das mesmas.

Dilma começará o segundo mandato imersa em um paradoxo. Por um lado, terá que recuperar a credibilidade do governo num ano de ajustes duros e com movimentos sociais mais propensos a levarem suas lutas para as ruas. A fragmentação do Congresso também será um enorme desafio. Por outro, é preciso reconhecer que a vitória nas urnas representa uma espécie de resgate da própria presidente. Venceu contra uma conjuntura adversa, contra um adversário que usou as armas do ludibrio e do engano, contra uma parcela conservadora da sociedade que disseminou o ódio e todo o tipo de preconceito, contra a volúpia especulativa do mercado financeiro e contra um bombardeio intermitente e impiedoso de setores da mídia. Dilma deveria saber aproveitar a potência desse auto-resgate para fazer ajustes profundos em seu governo, com o objetivo de produzir resultados profícuos, passadas as dificuldades iniciais do seu segundo mandato. Será a coragem de mudar e o alcance das mudanças que dimensionarão o lugar que Dilma terá na história.

 

O PT Deve Mudar

A campanha eleitoral de 2014 foi marcada por um forte antipetismo em setores expressivos do eleitorado. De acordo com as pesquisas, o PT perdeu a adesão nas classes médias, e da maior parte dos mais jovens e dos mais escolarizados. Mesmo entre aqueles que têm o ensino médio, 49% têm uma imagem negativa do partido. Ao perder a adesão dos jovens, o partido perde a perspectiva de futuro.

As razões do antipetismo são de duas ordens. A primeira diz respeito ao ressentimento de setores da classe média que perderam status social pela ascensão das camadas sociais excluídas. É nítido o incômodo da classe média tradicional com a presença da chamada classe C em aeroportos, nos shoppings, nas universidades, nos cinemas e até com o aumento do número de pessoas proprietárias de carros. O ressentimento social fomenta o ódio que esses setores, que se sentem ameaçados, destilam contra o PT por identificar o partido como promotor da ascensão dos debaixo. A violência verbal e, às vezes física, e até mesmo atitudes neofascistas são alimentadas e radicalizadas pelos representantes midiáticos do conservadorismo. O ressentimento preconceituoso se expressa num coquetel explosivo: antipetismo, homofobia, preconceito contra pobres, negros, nordestinos e mulheres.

A outra face do antipetismo é estimulada pela a corrupção de membros do partido e pela arrogância de petistas. O próprio presidente Lula reconheceu, durante a campanha, que o partido se corrompeu, que se transformou “numa máquina de fazer dinheiro”. Os filósofos políticos clássicos sempre advertiram que a corrupção é o principal mal das repúblicas. Na história das esquerdas democráticas ocidentais, particularmente na América Latina, a corrupção foi a causa da erosão de muitos partidos e governos. O fato é que o PT vem sendo identificado como um partido corrupto nos mais variados setores sociais. Mesmo na classe C, a mais beneficiada pelos governos petistas, a imagem do partido só é positiva para 36%. O PT encontrou uma forma estranha para lidar com a corrupção em suas fileiras e em seus governos: se defende e se justifica atacando a corrupção dos outros partidos. Se o partido quiser renovar-se e sair da vala comum da maioria dos partidos terá que lidar de forma intransigente com o problema da corrupção, promovendo uma limpeza interna e propondo mecanismos institucionais capazes de reduzir a corrupção estrutural que graça no Brasil.

A arrogância e a falta de humildade dos petistas também são combustíveis que alimentam o antipetismo. Invoque-se aqui, novamente, a autoridade do presidente Lula que asseverou que o partido se tornou “um partido de gabinetes”. Na medida em que o PT foi se consolidando como partido do poder, escavadeiras potentes escavaram fossos profundos entre os dirigentes e políticos petistas e o povo. Até mesmo a militância do partido foi sendo afastada de uma relação mais direta com seus líderes, com exceção dos momentos de campanha, é claro. Registre-se que há notórias e honrosas exceções nessas condutas.

Mas não resta a menor dúvida que muitos políticos petistas foram assumindo a ideologia e a conduta do “novo rico” a partir das vitórias eleitorais e do desfrute das comodidades do poder. O partido fechou-se para o diálogo e para as críticas. Fechou muitas portas à participação da militância e dos movimentos sociais. Eleitores e integrantes do partido que ousam criticá-lo são estigmatizados como inimigos – agentes do PIG. Invariavelmente, o debate aberto e crítico, de idéias e propostas, é substituído pelas adjetivações desqualificadoras. Uma pessoa que queira realmente contribuir com a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e solidária não pode apresentar-se como um similar de sinal trocado do radicalismo de direita. Essa arrogância petrificante fez com que setores mais politizados buscassem opções de voto no PSol, por exemplo. O esmorecimento das virtudes políticas e morais no PT paralisou até mesmo sua capacidade de inovar nas políticas públicas. Se o PT quiser recuperar a perspectiva de futuro terá que fazer uma profunda reforma política e moral interna.

Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escola de Sociologia e Política.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

93 Comentários

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  1. Não estou de acordo com a análise das políticas econômicas

    Concordo com sua análise política, afinal você é cientista político. Não concordo com sua avaliação da política econômica. Achei rasa e baseada em chavões disseminados pelos meios de comunicação. Keynes dizia que a taxa de juros é uma tradição de uma sociedade, um costume. Dilma rompeu com esse hábito e praticou a menor taxa de juros real dos últimos tempos. Angariou inúmeros inimigos com isso. No entanto, economizou dinheiro público gastando menos com juros. Não há nada de confuso aqui. Você acah que o mundo está uma maravilha e a recessão acabou há anos como querem Fraga e Leitão?

  2. Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri

    Aldo

     

    Parabens ! 

    Análise está perfeita. so falta agora A presidenta e o PT efetivarem o que voce escreveu. acredito que eles vão fazer

     

  3. se fosse para mudar alguma

    se fosse para mudar alguma coisa o povo teria votado em Aécio. Pelo contrário, o povo exigiu que ficasse exatamente como estamos. Mais do que isso, é obrigação

    1. Cuma ??? digo eu

      Como assim, “o povo exigiu que ficasse exatamente como estamos” ?  Uma vitória apertadíssima por apenas 3% não autoriza essa conclusão de forma alguma. Os 48% de brasileiros que votaram no Aécio devem ser simplesmente ignorados, como se não existissem ?  O Aldo e o Nassif têm razão sim, a Dilma do segundo mandato precisa ser bem diferente da do primeiro, e o PT idem. Ou isso, ou a direita levará em 2018, com ou sem Lula.

    2. Em momento algum o texto diz

      Em momento algum Aldo Fornazieri  diz que Dilma deveria descambar para o conservadorismo. Releia o texto, dessa vez mais desarmado.

  4. Embora reconhecendo a

    Embora reconhecendo a pertinência de algumas críticas, penso que o diferencial dessa eleição foi São Paulo. Dilma ganhou no Rio de Janeiro e em Minas, além do norte e nordeste de lavada. No sul foi o de sempre, com o RS mais equilibrado. É hora de saudarmos nossa presidenta, que conseguiu suportar umas das campanhas mais articuladas (e sórdidas) entre os barões da mídia. Infelizmente o ódio continua. Manifestações preconceituosas contra pobres e nordestinos estão bobando na internet. Então, é hora de união e de apoio à Dilma para que consiga fazer as reformas que tanto precisamos!

  5. Paulistas

    Festa na Paulista ignora pedido de Dilma por união e ataca tucanos e mídia

    Sem união efetiva de natureza política e não partidária, os petistas poderão ficar  marcados como torcida organizada dentro do Estado de São Paulo. Não esqueçamos a história dos paulistas, onde o trabalho é a marca principal do seu cotidiano.Implicitamente é o emprego o seu partido político, razão pela qual o poder central sempre é responsabilizado pelas suas diretrizes de política econômica, cujos resultados é que influenciam a decisão dos seus eleitores.Política social  tem seu peso relativo porque é sempre fragmentado entre os poderes antagônicos que governam este poderoso Estado.

    1. União é com o povo e entre 0o

      União é com o povo e entre 0o povo. Não significa dormir com  o inimigo mais uma vez. Não tem que contemporizar com golpistas. A mídia oligopolizada representa o atraso, é aética, parte para o tudo ou nada em defesa dos seus interesses, é capaz de defender golpes e ditaduras.

  6. A Dilma não muda!

    Essa éa essencia do problema. A Dilma não muda e isso já esta mais do que comprovado. Não fosse a esperteza do seu mago marqueteiro, teria sido engolida, não pelo PSDB e aliados, mas pelo forte sentimento de anti-petismo. Vai insistir com ministros medíocres por são suportar e admitir que subalternos não ofusquem sua luz pálida, assim como manterá a gestão da economia. Fez uma campanha, com a ajuda do tucanato, pregando o ódio entre as classes e as urnas manifestaram clara e nitidamente o quão dividido está o país. O problema da Dilma é de ordem SUBJETIVA e aí, não há conselhos ou conselheiros que a atinjam de modo a alterar suas idéias. Seu temperamento egocentrico e de autoafirmação, vão conduzindo seus destemperos e agora, diante de um cenário mundial desfavorável e de uma oposição que já constatou suas fraquesas, será novamente tragada pelo sempre oportunista PMDB. No plano da administração pública, terá fortes atribulações com um funcionalismo público de oposição e antagonico. Sua margem de erros esta cada vez mais estreita, porém, esbarra na sua teimosia e falta de jogo de cintura. Todos os brasileiros queremos e merecemos uma melhor administracão, mas repito, esbarra na própria Dilma…ela foi, é e será incapaz de se reenvitar, lembram-se da parábola do escorpião?   

  7. O discurso de Dilma após sua

    O discurso de Dilma após sua vitória nas urnas dá a todos que nela votaram o sentimento de que Dilma não sera a mesma no novo mandato. Só o fato dela não arredar o pé da reforma política, tomando-a como seu foco principal, e não acreditando isso ser possível apenas em parceria com o Congresso (sabe ser imposível), mas por meio de plebiscito, quando toda a sociedade civil terá participação efetiva. Creio firmemente que ela dará conta do recado, e terá feito o que ninguém ousou fazer antes, porque aos parlamentares nunca interesseria essa reforma, que envolve seus interesses próprios.

    O Ministro da Fazenda já sabemos que não mais será Guido Mantega. Que seja subsituído por pessoa mais ativa, mais capaz de sair dessa linha de estaganção, e que possa articular-se com os setores da Economia, desde empresas, indústrias até os setores financeiros. Isto também disse Dilma que fará.

    O episódio-VEJA, bem como o voto escancarado da imprensa ao adversário, enquanto se martelava diuturnamente o terror contra a Presidenta e o PT, incluindo Lula, episódio pelo qual Dilma, acertadamente recorreu à Justiça, e saiu vitoriosa, coincide com os conselhos de Lula. Este andva dizendo que Dilma tinha que usar mais a rede nacionald  televisão para estar mais ao lado do povo, uma vez que a imprensa só lhe tira as oportunidades. Ela saberá como agir doravante nesse sentido. Algo terá que ser mudado na postura dela. Não me admiraria se amanhã Dilma se negasse a atender convites da Globo, pelo menos aqueles em que ela, e o mndo mineral, sentem o cheiro de golpe.

    Dilma promete atacar de frente a questão da violência. Repetiu isso em todos os seusdiscursos. Não há um estado da federação, incluindo o DF, capaz de negar a acolhida da Presidente que tenha essa finalidade, de enfrentar a violência. A Segurança foi um dos pontos mais considerados pelos eleitores. Nesse contexto, não apenas entra a repressão, a punição aos criminosos, sejam eles quais forem, mas também terá que se ter olhar mais atento às penitenciárias, ao estado das prisões e dos prisioneiros. 

    Saúde é outo tema recorrente em todas as eleições. Tá tudo muito precário, pra variar, e não apenas nos hospitais públicos. É preciso que o Governo Federal também tome medidas contra a saúde privada. Segurança e Saúde são dois pontos muito mais importantes no momento, em especial porque, para se sanar tantos problemas envolvidos, é necessário muito investimento, e saber se existe dinheiro pra tanta coisa. 

    Em nenhum discurso de campanha vi algum candidato citar o indígena. Esta classe não pode ficar de lado. Ela também vota, também é constituída de cidadão brasileiros, que deveriam ser os primeiros, e não os últimos a terem suas reinvindicações atendidas. 

    Há muita corporações com ódio de Dilma, ódio que se estende a todo o PT, que, por sinal, compram a VEJA. Citaria apenas duas delas: Polícia Federal e a classe médica. Essas pessoas se encarregaram de expandir muito ódio pelas redes sociais, edentre elas, tenho certeza que a maioria negou o voto a Dilma, votando em Aécio sem convicção, mas apenas para, como dizem, podrem tirar o PT do seu lugar. 

    Tenho um sobrinho, representante de medicamentos de uma empresa no Nordeste, que já disse não ser possível se comunicar pela Internet porque acha que a empresa que o contratou está de olho em seus comentários. Ele viu pessoas serem demitidas por votarem em Dilma. Viu médicos, que atende, demonstrarem todo ódio contra o PT, e dizerem, como manipuladores, que se algum representante entrar em seu consultório com idias petistas, estarão proibidos de voltarem lá. Uma coisa jamais vista, senão ao tempo da ditadura.

    Por fim, claro fica que Dilma será infinitamente mais atingida com o novo Congresso. O próprio aécio, de mãos dadas a aloysio Nunes, Álvaro Dias, Agripino Maia, entre outros tantos do mesmo time, se já eram uns verdadeiros abutres ontem, hoje, com essa derrota, irão às últimas consequências, tendo em vista que a palavra Empeachment prossegue no dicionário deles como a única solução para destruir o PT.

    Se Dilma ouvir os conselhos de Lula; deixar que seus assessores diletos se encarreguem de ler a imprensa golpista, e entender que os blogues sujos são os que estão a seu lado o tempo todo, numa campanha acirrada, sobretudo que é partindo deles que ela poderá melhor aquiliatar o que se passa na cabeça dos abutre jornalistas, já terá feito um bem danado a ela mesma, e ao seu novo governo.

  8. Este governo faz, ou será domesticado mais uma vez

     

    Não dar nenhum centavo do governo, CEF, BB, BNDES, Petrobrás sob qualquer forma para a Abril e assemelhados.

    Nomear um nome para o STF, leal com tres bolas.

    E isto tem que ser já.

    O novo mandato de Dilma começou ontem.

    Quem defendeu este governo, se estrepou para elege-lo como sempre serão mais uma vez esquecidos. Espero que implante seu programa

    A cúpula do PT olha para quem decidiu esta eleição, os seus apoiadores militantes, independentes de outros partidos de esquerda, sindicatos,  jornalistas, blogs que deram o seu suor e sangue. Hoje os já esqueceu.

    E a cupula do partido se acha com o rei na barriga está enganada.

    O perigo mais uma vez os moderados darão as cartas neste governo?

    Está na hora de um movimento dos autênticos dentro do PT.

    A direita está por tudo inclusive no PT.

    Este partido está muito apaulistado,e vejam no mapa do Brasil quem garantiu a vitória.

    Gilberto Carvalho, Paulo Bernardo, Eduardo Cardozo, toda equipe da SEcom devem deixar o barco.

    Roberto Requião para o ministério das comunicações, que sua trajetetória o credencia, por sua práxis de enfrentamento do PIG.

     

     

     

  9. Aldo, o incansável que só nos cansa…

    Os erros do Aldo:

    01- O primeiro mandato não termina aquém do que poderia, termina bem além, a não ser que não importe 4,9% de desemprego, enquanto todas as economias parecidas com a nossa (EUA, Rússia, Índia, Zona do Euro, etc), e não nanicos do cone sul, acumulam desemprego em níveis de 1929, e compressão dalarial crescente.

    Se considerarmos a possibilidade de um novo ciclo de expansão capitalista, com fluxos de capital saindo dos centros em busca de taxas de acumulação nas beiradas do mundo, encontrará um país com reservas cambiais fortíssimas, capaz de preveir-se da apreciação da moeda, caso decida enfrentar de vez a chantagem juros contra inflação. Um mercado consumidor em expansão, obras de infra-estrutura a todo vapor (energia, principalmente), reservas de petróleo, etc.

    Em 1998, 2000, ou 2002, em crises brandas (pequenos espirros de fuga especulativa), esse país se colocou de joelhos, e seu povo estava em frangalhos.

    Em 2008, ou desde 2008, nenhum investimento social, nenhum setor da sociedade brasileira sofreu qualquer redução de sua capacidade de compra ou teve seu conforto diminuido, aí incluídos os chamdos “tradicionais” da classe mé(r)dia.

    02- O mercado não emitiu sinais de desconfiança por causa da tibieza do governo, ao contrário, o mercado fez (e faz) beicinho quando lhe tomam a tete dos juros, e foi isso que Dilma fez, portanto, a tese de repetição do governo Lula é falsa, mentirosa mesmo.

    Talvez possamos dizer que a presidenta não suportou a pressão, e recuou, cedendo à banca…é em parte verdade. Mas dizer que ela manteve os vetores intactos é desonestidade, das bravas.

    Dilma sofreu mais pelo que fez, e isso está claríssimo, caso contrário, porque o mercado reclamaria?

    Dado: O IED, investimento estrangeiro direto, manteve em crescimento no governo Dilma.

    03-  O PT não se fechou as críticas. O problema é encontrar com quem conversar sem ter que ouvir os chavões (iguais a esses repetidos pelo pobre Aldo). E aí, é claro, que qualquer pessoa tende a se defender, ainda mais com o que está em jogo.

    Não dá para discutir o menu com canibais, quando o prato principal é sempre você.

    04- As reclamações moralistas do aldo dão nojo. Não é possível um cara ter sido bancado pelo meu imposto, ter estudado com dinheiro do povo e vociferar asneiras desse tipo. Uma coisa é um taxista falando isso, outra é quem reivindica alguma “qualidade intelectual”.

    05- Engraçado é ler que o aldo repete os que, aparentemente, diz discordar (os coxinhas): Ora bolas, o aldo sabe que os problemas da corrosão institucional do Estado frente ao assédio do capital não é problema do PT, nem invenção dele. Sabe também que esse governo corta a própria carne quando solta as rédeas da PF e do MPF, ao contrário de outros governos, os números são claros nesse sentido.

    Esse é um problema do capitalismo mundial, seja com a Siemens, Enron, Taxa Eurolibor, Madoff, subprimes, etc.

    Mas ainda assim, o aldo coloca a rejeição e os problemas do PT com sua imagem como resultado de sua “queda moral”, e não como efeito da mais grave e escrota campanha de difamação e instrumentalização partidária da mídia da História desse país, com denúncias sem provas, vazamentos seletivos, e invenções jurisprudenciais, como na ação 470.

     

    Enfim, tem tanta incongruência nesse texto, que o melhor seria dar a chance do aldo voltar a sua urna, lá em sua seção eleitoral, e dar um voto no aécio.

    Quem tem eleitor como o aldo, não precisa de inimigo. 

    Se o aldo tivesse alguma densidade eleitoral, eu proporia seu nome como vice de Serra em 2018.

     

    1. A eleição acabou, será que dá para parar com a propaganda?

      Primeiro, me causa espécie a expressão “nanicos do cone sul” para alguém que defende um governo que tem prezado tanto pela integração sul-sul. Para que queremos nos integrar com nanicos então? Além disso, o México, por exemplo, não tem nada de “nanico”, é um país ainda em desenvolvimento como a gente e tem crescido mais que o Brasil nos últimos anos. Além disso, o “cherry-picking” de indicadores está cada vez mais difícil, porque só resta falar do desemprego. E o PIB ? E a desigualdade de renda medida pelo IR, conforme estudo recente publicado pelo prof. Marcelo Medeiros da UnB ? E a dívida bruta em relação ao PIB? Sem falar na inflação …

      Eu não sei se o PT se fechou às críticas, mas está claro que o governo da Dilma foi excessivamente centralizador. Também me parece muito arrogante insinuar que não havia interlocutor do outro lado: quer dizer que só há vida inteligente dentro do partido?

      Também falar que tem nojo das reclamações moralistas do Aldo é um “ad hominen” da pior espécie. Quer dizer que não se pode reclamar da corrupção? Antes de chegar ao poder, a idoneidade moral era uma das grandes bandeiras do PT. Ele não pode ser questionado por isso? Também estou estranhando a citação à corrupção como sendo problema do “capitalismo mundial”. Será que não existe corrupção em Cuba? Um estudo recente diz que os antigos moradores da ex-Alemanha Oriental são mais lenientes com a corrupção que seus pares que nasceram na Alemanha Ocidental – a suspeita é que, nesses sistemas, devido à disfuncionalidade dos mercados, a população acabava dependendo mais de “favores” e de patronagem para tarefas do dia-a-dia. Afinal, se há uma fila de 8 anos para se comprar um carro, é natural que haja corrupção para que pessoas tentem furá-la.

      Portanto, faria bem o comentarista relaxar, comemorar a vitória do seu partido, mas finalmente parar para refletir sobre tudo o que deu errado no primeiro mandato da Dilma e, se possível, colaborar construtivamente para que o segundo seja muito melhor – e deixar a propaganda para 2018…

      1. bat aldo e marcos robin

        Marcos, com todo respeito, vamos a dissecação de seu comentário:

         

        Primeiro, me causa espécie a expressão “nanicos do cone sul” para alguém que defende um governo que tem prezado tanto pela integração sul-sul. Para que queremos nos integrar com nanicos então? Além disso, o México, por exemplo, não tem nada de “nanico”, é um país ainda em desenvolvimento como a gente e tem crescido mais que o Brasil nos últimos anos. Além disso, o “cherry-picking” de indicadores está cada vez mais difícil, porque só resta falar do desemprego. E o PIB ? E a desigualdade de renda medida pelo IR, conforme estudo recente publicado pelo prof. Marcelo Medeiros da UnB ? E a dívida bruta em relação ao PIB? Sem falar na inflação …

         

        Resposta: Marcos, se vamos ter o México como parâmetro, paramos por aqui. O índice de desemprego e desnacionalização do seu setor produtivo são tão dramáticos que dá até pena. O PIB como indicador tem sido cada vez mais abandonado por gente séria. Olha, filho, eu nunca vi medição de desigualdade medida pelo IR, até porque, dadas as tantas variáveis que incidem sobre o cálculo dos impostos (retidos, devolvidos, etc) e o enorme contingente de isentos, etc, deduções e outros pontos, não sei como ele consdeguiu esta mágica estatística, mas gostaria de aprofundar o tema, que eu sei, não cabe aqui.

        Fiote, dívida bruta em relação ao PIB é um dado preocupante, mas só tem sentido se analisado dentro do quadro todo: Ela está maior ou menor? Houve aumento de investimento social? Há obras em andamento? Qual é o perfil da dívida, ela ameaça nosso balanço de pagamentos? Estamos a beira da quebra, com U$ 17 bi de reservas, qual o tamanho das reservas cambiais? Pois é.

        Quanto ao nome nanico, lembre-se, isso aqui é um blog, não uma rodada diplomática. São nanicos e não podem ser comparados ao Brasil.

        Eu não sei se o PT se fechou às críticas, mas está claro que o governo da Dilma foi excessivamente centralizador. Também me parece muito arrogante insinuar que não havia interlocutor do outro lado: quer dizer que só há vida inteligente dentro do partido?

        Resposta: Meu filho, a realidade é como lhe parece. Eu até acho que há vida inteligente fora do partido. Tem Delfim, Beluzzo, Nassif, Bresser, etc. Mas estamos falando de disputa eleitoral e política, da luta por hegemonia. Me aponte um quadro da oposição que tenha construído um diálogo e que tenha prevalecido dentre os seus? Ou será que a oposição se resumiu aos chavões moralistas de sempre, como desse pobre texto?

        Também falar que tem nojo das reclamações moralistas do Aldo é um “ad hominen” da pior espécie. Quer dizer que não se pode reclamar da corrupção? Antes de chegar ao poder, a idoneidade moral era uma das grandes bandeiras do PT. Ele não pode ser questionado por isso? Também estou estranhando a citação à corrupção como sendo problema do “capitalismo mundial”. Será que não existe corrupção em Cuba? Um estudo recente diz que os antigos moradores da ex-Alemanha Oriental são mais lenientes com a corrupção que seus pares que nasceram na Alemanha Ocidental – a suspeita é que, nesses sistemas, devido à disfuncionalidade dos mercados, a população acabava dependendo mais de “favores” e de patronagem para tarefas do dia-a-dia. Afinal, se há uma fila de 8 anos para se comprar um carro, é natural que haja corrupção para que pessoas tentem furá-la.

        Resposta: Fiote, você não entendeu nada, mas eu vou explicar de novo. O PT abandonou o moralismo (que é diferente da luta contra a corrupção) desde 2002, e o povo entendeu (só você que parece que não, junto com o aldo). Combater a corrupção é dotar as instituições de condições para tanto, com provas, ampla defesa, etc, não esse jogo esroto de acusação sem provas, que faz a mídia e o pobre aldo…isso tem nome, moralismo, lacerdismo, ou janismo (vassourinha).

        Esses estudos sobre corrpução na Alemanha, e ocomentário sobre Cuba eu passo. Não vou descer aí embaixo, porque aí você tem mais experiência.

        O nojo não é do aldo, em si, porque não o conheço, mas do seu cinismo intelectual, é simples assim. E se ele tem o direito de vomitar as mesmas asneiras, para nos ganhar pelo cansaço, tenho meu direito de refutá-lo da maneira que melhor entender, goste você ou não.

        Portanto, faria bem o comentarista relaxar, comemorar a vitória do seu partido, mas finalmente parar para refletir sobre tudo o que deu errado no primeiro mandato da Dilma e, se possível, colaborar construtivamente para que o segundo seja muito melhor – e deixar a propaganda para 2018…

        Resposta: Dispenso seus conselhos. “Conselhos” dos derrotados costumam vir cheios de ressentimentos e recalques.

        Não serão os coxinhas e outros do tipo que nos dirão o que fazer, isto é certo. Sigamos na disputa pela hegemonia na sociedade, sabendo divisar que para alguns (como você) não adianta perder tempo.

        Tome um chop na Oscar Freire, quem sabe encontra o aldo por lá.

    2. Aldo Fornazieri é acadêmico com muita informação equivocada

       

      El Fuser. (segunda-feira, 27/10/2014 às 11:59),

      Depois da análise de Fernando Henrique Cardoso sobre os eleitores do PT, eu leio alguns textos com o viés da fala dele. Não é porque são pobres que eles não sabem é porque são mal informados. A expressão pobres talvez devesse ser esclarecida com algo como “de espírito” e se dizer não é porque são pobres de espírito que eles não sabem, mas é porque eles são mal informados. O Aldo Fornazieri parece-me alguem que está mal informado.

      Atualmente eu não sou tão crítico de Aldo Fornazieri como eu era há mais tempo. Lembro aqui um dos posts em que eu me insurgir contra as idéias que ele defende. Trata-se do post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 10/03/2014 às 09:18, aqui no blog de Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/clientelismo-e-corrupcao-do-sistema-politico-por-aldo-fornazieri

      Como eu disse em meu comentário enviado segunda-feira, 10/03/2014 às 20:07, lá no post “Clientelismo e corrupção do sistema político, por Aldo Fornazieri”, Aldo Fornazieri deveria ser criticado por ter corrompido “o sentido das palavras representação, prática legislativa e corrupção”. E ressalto que a corrupção do sentido das palavras, quando feita por leigo, é escusável, mas feita por quem tem doutoramento na área política depõe não só contra a pessoa como também contra o nosso ensino.

      Bem disse que não sou tão crítico como antes porque queria fazer o contraponto com o que você diz a respeito dele. Mesmo quando eu era muito crítico de Aldo Fornazieri, eu, talvez por ser leigo, era condescendente com ele e não o acusava tão fortemente como você o faz no seu comentário.

      O que mais me irritava no texto de Aldo Fornazieri era, por se tratar de pessoa com conhecimento acadêmico aprofundado, vê-lo fazer idealizações da política e do sistema econômico. No texto deste post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri” de segunda-feira, 27/10/2014 às 10:57, aqui no blog de Luis Nassif parece que há um trabalho em quatro mãos no desenvolvimento da concepção idealista que impregna os textos de Aldo Fornazieri. Ele dá as bases acadêmicas para a idealização na política que é típica em Luis Nassif e Luis Nassif dá a Aldo Fornazieri boas informações sobre a economia para Aldo Fornazieri fazer suas idealizações econômicas. E assim textos de Luis Nassif sobre Política e de Aldo Fornazieri sobre economia não dizem respeito ao mundo em que vivemos mas sim ao mundo que eles idealizam.

      Bem, recentemente eu diminui o tom crítico dos meus comentários para com Aldo Fornazieri. A razão para isso foi a constatação de que ele é um grande conhecedor de Maquiavel. Diferentemente dos acadêmicos que mencionam Platão, Max Weber etc, quem utiliza Maquiavel possui uma boa dose de realismo. Há apenas que contextualizar, pois as duas grandes obras de Maquiavel, “O Príncipe” e os “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio”, devem estar completando quinhentos anos.

      Sobre o conhecimento dele a respeito de Maquiavel vale deixar o link para a tese de doutorado de Aldo Fornazieri, “Maquiavel e o bom governo”. A tese pode ser vista no seguinte endereço:

      http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-25052007-140157/publico/TESE_ALDO_FORNAZIERI.pdf

      Assim diria que de modo talvez um pouco mais ameno eu endosso as suas críticas a este texto de Aldo Fornazieri e que originou neste post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri”. E destaco uma frase que não se trata tanto de idealização, mas de uma grande falha no entendimento da questão inflacionária. Na frase que transcrevo a seguir assim Aldo Fornazieri se refere ao governo da presidenta Dilma Rousseff:

      “Adotou uma política monetária e cambial confusa que não conseguiu redirecionar recursos para investimentos produtivos e nem conseguiu manter a inflação baixa”.

      Sou leigo em economia para dar lições, mas relativamente à questão inflacionária eu avalio que os que alegam que o governo da presidenta Dilma Rousseff não conseguiu manter a inflação baixa não sabem o significado do que expressaram.

      A política econômica (Ai incluindo a política cambial e monetária) do governo Dilma Rousseff talvez nunca venha a ser analisada com objetividade. Ainda assim vale a pena supor que a inflação em torno de 6% com variação de 5,5% e 6,5% que perdurou durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, não tenha sido fruto de descontrole, mas ao contrário seja fruto de uma meta perseguida.

      Talvez no futuro se descubra que para uma economia com a dívida pública como a nossa, em um país continental como o nosso, uma inflação na faixa de 10% ao ano é muito mais recomendável do que a inflação de 4,5% ou menos como querem alguns. Esse meu entendimento de leigo sobre a inflação, eu o defendo desde a década de 80. Nos últimos anos eu tenho voltado a debruçar sobre este assunto. E não me surpreende ler vários textos que se propõem a criticar o inflação, mas conseguindo apenas reproduzir críticas à inflação com argumentos postos de modo genéricos e de modo pouco fundamentado.

      Menciono com frequência neste blog de Luis Nassif um texto de Alexandre Schwartman que fora publicado na Folha de S. Paulo de quarta-feira, 29/02/2012, intitulado “Por que?” em que ele um fervoroso defensor da inflação baixa traz como principal justificativa em defesa da inflação baixa a contra pergunta “Por que não?”. O artigo “Por que?” pode ser visto também no blog de Alexandre Schwartsman, A Mão visível no seguinte endereço:

      http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/02/por-que.html

      Só que recentemente buscando artigos sobre o que seria índice ótimo de inflação, eu acabei encontrando artigos defendendo inflação até mesmo negativa com base no que se denominou regra de Milton Friedman sobre a inflação proposta em 1969 em “The Optimaum Quantity of Money” e a seguir transcrita:

      “a regra para a quantidade ótima da moeda é atingida por uma taxa de inflação que torne a taxa de juro nominal igual a zero”.

      Essa regra de Milton Friedman foi transcrita do texto “Inflação óptima” de Isabel correia e Pedro Teles e publicado em março de 1999, no Boletim Econômico do Banco de Portugal.

      E na mesma busca sobre o que seria a inflação ideal, eu tive a sorte de encontrar no Blog de Brad DeLong dois posts que tratam desta questão de um modo bem diferenciado. Primeiro há o post “Over at Equitable Growth: What Would Be Convincing Evidence That 2%/Year Is too Low for the Inflation Target?: Hoisted from the Archives from 1992” de segunda-feira, 15/10/2014, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://delong.typepad.com/sdj/2014/10/over-at-equitable-growth-what-would-be-convincing-evidence-that-2year-is-too-low-for-the-inflation-target-hoisted-from-t.html

      Lá ele transcreve um texto dele e de Lawrence H. Summers de 1992 em que se fala de como é bem menos custoso reduzir uma inflação de 10% para 5% comparativamente a uma redução de 5% para 0%.

      E há ainda mais na análise sobre inflação no post “Over at Equitable Growth: What Would Be Convincing Evidence That 2%/Year Is too Low for the Inflation Target?: Hoisted from the Archives from 1992”. No post há um link para outro post no blog dele com o título de “A 2% Inflation Target Is too Low…” de segunda-feira, 09/05/2011, em que ele fala a respeito do problema de se ter inflação muito baixa de 2%. O endereço do post “A 2% Inflation Target Is too Low…” é:

      http://delong.typepad.com/sdj/2011/05/a-2-inflation-target-is-too-low.html

      E o segundo post que mostra outro tipo de entendimento sobre a inflação intitula-se “Over at Equitable Growth: On the Proper Inflation Target: Monday Focus for October” de segunda, 20/10/2014 e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://delong.typepad.com/sdj/2014/10/20141020-on-the-proper-inflation-target.html

      E o que há de melhor no post “Over at Equitable Growth: On the Proper Inflation Target: Monday Focus for October” é que Brad DeLong nos remete ao post “Chung, Laforte, Reifschneider, and Williams vs. Colbion, Gorodnichenko, and Wieland” de sábado, 08/01/2011, no qual Brad DeLong se propõe a discutir dois textos antagônicos sobre como tratar a inflação. Um é o artigo “Have We Underestimated the Likelihood and Severity of Zero Lower Bound Events?” de 07/01/2011 e de autoria de Hess Chung, Jean-Philippe Laforte, David Reifschneider e John C. Williams e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.frbsf.org/publications/economics/papers/2011/wp11-01bk.pdf

      E o outro artigo intitula-se “The Optimal Inflation Rate in New Keynesian Models” de junho de 2010 e de autoria de Olivier Coibion, Yuriy Gorodnichenko e Johannes F. Wieland e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.nber.org/papers/w16093.pdf

      O que mais chama atenção nos textos em defesa da inflação baixa é o grau de certeza e de argumentação técnica levada a cabo pelos defensores da inflação baixa. De todo modo, são textos datados, de uma época em que se tentou levar para os países do terceiro mundo ou em desenvolvimento um modelo de economia com inflação baixa sem se importar com o custo social que esta política ocasionaria.

      Quando se lê um acadêmico como Aldo Fornazieri dizer que o governo da presidenta Dilma Rousseff não “conseguiu manter a inflação baixa”, sabendo que nunca houve no Brasil um período tão longo em que a inflação tenha-se mantido em um patamar baixo com uma taxa de variação tão pequena como nos quatro primeiro anos do governo de Dilma Rousseff, percebe-se o quanto uma teoria tacanha e perversa aos interesses dos países em desenvolvimento conseguiu impregnar-se na mente de todo mundo.

      Não sou tão crítico do que eu esperaria ser o governo, se Aécio Neves tivesse ganhado a eleição para presidente da República. Em minha avaliação, a maioria das políticas de inserção social seriam mantidas. E já disse em outros comentários junto a outros posts que muito provavelmente Aécio Neves teria mais cacife político para aprovar uma alíquota de 35% no Imposto de Renda do que Dilma Rousseff.

      Em meu entendimento, a grande distinção que deveria ocorrer seria o aumento do juro para combater a inflação e a redução de determinados subsídios, principalmente em relação aos empréstimos concedidos pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES. Então muito provavelmente com Aécio Neves, o Brasil poderia ter taxas de inflação mais baixas e provavelmente haveria taxas de desemprego mais altas.

      O que mais eu temia na vitória de Aécio Neves é a deseducação do povo que a fala do PSDB representa e que Aécio Neves prometeu recuperar nessas eleições. Ao combater a inflação e associar este combate à luta contra a corrupção e contra a ineficiência do serviço público, e utilizar o discurso de que a inflação é o mais injusto dos impostos e ainda por cima prometendo retomar a política econômica adotada no governo de Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves faz um discurso falso. A inflação não é o mais injusto dos impostos, a inflação não está associada à corrupção e a ineficiência é um preço que se paga por buscar mais justiça.

      O grande mal do discurso do PSDB não é tanto porque ele é falso. O dano maior que este discurso produz decorre do fato de se tratar de um discurso que conta com o apoio popular e que quando dá certo, o discurso de certo modo mais presta a um trabalho de deseducação do povo. É um discurso que deseduca, porque ele utiliza de um defeito do ser humano que é a falta de solidariedade no sentido de que o povo prefere inflação mais baixa e desemprego menor, para ganhar a popularidade e também utiliza de um entendimento equivocado da população que é vincular a inflação com a corrupção do governo. Deseduca porque ao combater a inflação e dizer que também combate a corrupção ele incentiva que haja esta percepção popular de corrupção com inflação e ao obter êxito no combate à inflação, dá a impressão de se ter alguém que realmente combate a corrupção.

      Assim, em caso de vitória, Aécio Neves, provavelmente, a menos de uma crise econômica como a de 2008, iria ficar na graça do povo, pois o povo prefere inflação baixa com alto desemprego do que inflação alta com baixo desemprego. E todos os demais feitos de Aécio Neves seriam supostos alcançados.

      Há vários pontos deste texto de Aldo Fornazieri que eu gostaria de ter criticado, mas tenho que reconhecer que a maioria dessas críticas já foram ditas por você. É mais que certo que se não tivesse visto o seu comentário e fosse fazer as críticas, eu não conseguiria ser tão enfático. A questão da inflação, entretanto, é um ponto chave no entendimento do governo da presidenta Dilma Rousseff e no entendimento do que seria um possível governo de Aécio Neves. E a manifestação de Aldo Fornazieri a respeito da inflação serve apenas para mostrar que, se alguém com um título de doutor pensa como Aldo Fornazieri, vai demorar uma eternidade até que se mostre para a população o quanto equivocado é o entendimento que ela adquiriu sobre a inflação. De todo modo, a eternidade ficaria ainda mais distante em um governo do PSDB.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 27/10/2014

  10. [  A primeira diz respeito ao

    [  A primeira diz respeito ao ressentimento de setores da classe média que perderam status social pela ascensão das camadas sociais excluídas.]    Chauí ganhou mais uma por defender que ou petismo destrói essa parte a classe média ou essa irá destruir o petismo. O exemplo clássico é a ex-URSS, pois enquanto só tinha duas classes sociais, burocratas/milionário e operariado paupérrimo, tudo estava maravilhosamente bem, como reconfirma o caso cubano, mas logo que precisou ter classe méida para comprar Lada, um carro porqueira, versão do  nosso fusca piorado, a desgraça veio a galope.

     

  11. Retórica

    Entre todos os elogios que já fiz, só vou dizer uma coisa concordem ou não, se a Dilma fosse melhor oradora, ela teria ganhado muito mais tranquila, com uma margem muito grande de diferença. Entendo que ela fique desapontada e nervosa a ponto de passar mal, de ter que competir com um mentiroso falacioso, mas tem que estar melhor preparado. O PT tem que focar muito mais nisto, pra desmascarar com maior eficiência estes crápulas.

  12. PT e mudanças

    Ao longo de sus exsitência de 32 anos o PT foi o partido que de fato mais mudou a si mesmo.

    Num país com 202 milhoes de habitantes a permeabilidade de uma organização partidária é algo

    que se impõe diariamente. Sao milhares de pessoas das mais diversas matizes que se aproximam

    do partido com diferentes percepções e interesses buscando influenciá-lo.

    Um partido nao é um grupo fechado de pessoas, mas milhares de pessoas que sao influenciadas

    por tudo que acontece a volta.. Aos poucos em cada municipio vai se criando a direção que leva as pessoas

    a pensar o que se quer da sociedade a partir dos seu problermas e potenciais locais e se estabelecendo uma relação

    com o todo do mundo que a cada dia parece mais acessivel.

    Cada brasileiro hoje mesmo que nao esteja organicamente ligado ao partido espera que o PT vá em uma ou outra direção de acordo com sua visão de mundo. Isso nos leva ao locus de inúmeros e frutiferos debates. E a vida continua.

  13. Engraçado os nossos analistas

    Engraçado os nossos analistas políticos…. se aprofundam em tudo e na hora de tocar na ferida ( Mídia ) dão uma pinceladinha breve, como se passar por ela fosse pouca coisa. Primeiro falemos de mídia, caso contrário, não precisamos falar de mais nada. o ódio disseminado que entra no texto como Pilatos no credo e que foi o grande responsável pela expressiva votação de um Aécio Neves da vida, desaparece em meio a enormes parágrafos sobre o “desastre econômico”.  Digam o que quiseram, até aqui, o ÚNICO partido que se mostrou capaz de tratorar a mídia foi o PT e, isso, sem fazer qq regulamentação. Dilma foi eleita e o grande perdedor não foi Aécio e, sim os grupos de comunicação. Agora, é prá cima deles; o que fizeram ao país foi criminoso. Investiram pesado no racha; jogaram povo contra povo. Beleza, agora, vamos povo todo contra eles.  Mete o pé na porta, ontem, Dilma; não existe opção, vamos pagar o preço de qq forma. Melhor lutar contra mercenários de fora do que contra nós mesmos. Declare guerra e cada um que escolha seu lado.

    1. Mas o texto não é sobre a

      Mas o texto não é sobre a mídia, Cristiana. É sobre os erros do  goveno que permitiram que, entre outras coisas,  a mídia fosse relativamente bem sucedida na criação desse caldo de cultura antipetista. A mídia é o que é e todo mundo já sabe.

      Entre esses erros, está a excessiva condescendência de Dilma  com essa mídia bandida durante todo o seu  mandato. Essa postura passiva  tem que mudar. Tem que ser proativo e  cuidar da retaguarda. Ficar só culpando a mídia não resolve.

      1. É esse mesmo o meu ponto. O

        É esse mesmo o meu ponto. O maior erro dos governos petistas foi não enfrentar essa questão de maneira franca; explicando a sociedade o que, de fato, significa esse enfrentamento e as consequências que sofreremos a partir desse rompimento. O resto é nada, comparado ao governo paralelo que nunca elegemos e sempre está ali.

    2. Quem sempre fez questao de

      Quem sempre fez questao de separar a sociedade civil em guetos: negros, indios, gays, brancos de olhos azuis, pobres, ricos foi a esquerda moça.

      agora estao como se diz nas ruas:

      -Metendo o loko?!

      Acha paciencia…rs

    3. A mídia é realmente um grande

      A mídia é realmente um grande desafio, mas junto a ele,se não reavaliarmos nossa caminhada, vamos ver continuamente a perda de apoiadores e seguidores, antes naturalmente alinhados a nós. Acho que a eleição foi uma grande oportunidade  para o partido voltar o olhar para as suas origens e recolher atingas bandeiras abandonadas, durante estes anos de luta pelo poder. Acredito que o  PT e outros partidos progressistas são os capacitados a elevar o patamar de nossas conquistas. Mas, para isto, é fundamental, no caso do PT, ter inteligência e humildade de reconhecer os seus erros. Saudações e força, pois temos quatro anos de luta pela frente.

      1. André, eu não acho que o PT

        André, eu não acho que o PT não deva reavaliar sua caminhada, não. Acho que deve sim. Principalmente, precisa calcular os prejuízos que teve ao trazer a disputa interna para o país inteiro. Os resultados mais evidentes estão aí em SP e no Sul. Não podemos alegar surpresa.  Concordo com a retomada de bandeiras antigas, sempre lembrando que uma coisa é discussão partidária ( entre iguais ) e outra é um debate na sociedade ( que exige formação de consensos ). Com relação ao reconhecimento de erros, não acho que seja um dever, apenas no PT já que muitos de nós embarcamos em canoas evidentemente furadas e insistir em navegar com elas, apenas para simular um tipo de vitória, seria pior que não reconhecer erros. Acerca da perda de apoiadores e seguidores, eu acho ( só acho ) que o PT perdeu apoio entre movimentos organizados e ganhou apoio na população. A campanha de Dilma, levou pessoas e não movimentos às ruas na maioria das vezes. Esse eu acredito será o maior desafio, já que os movimentos tem reivindicações específicas e as pessoas, não. Aqui na rede, por exemplo, a briga foi o tempo todo com os grupos de comunicação e, por óbvio, as redes vão exigir do governo uma postura muito dura, nesse sentido. Gostemos nós ou não, quem fez oposição efetiva ao Governo foram os grupos de comunicação aliados ao MP e ao Judiciário. De resto, ficou uma coisa meio etérea, só para iniciados e ninguém é louco de trocar um projeto por algo que nem os que propunham sabiam explicar o que era. Derrubar governos só por derrubar e, depois ver como é que fica, é um risco que eu não quero correr, seja o governo que for. De qq forma e, concordando com vc, acredito que o PT precisa rever suas questões internas, INTERNAMENTE e decidir como fará a interlocução com os partidos mais progressistas e movimentos sociais,que tb devem fazer um mea culpa acerca de suas posições neutras ou de apoio à pauta midiática. Na minha opinião a bandeira que une movimentos sociais, partidos progressistas, a maioria das tendências do PT e blogosfera é a regulamentação da comunicação e, portanto, deve ser prioridade no segundo governo Dilma. Sem isso, nem adianta falar em saúde, educação, transporte, mobilidade urbana, etc… Tudo acaba numa matéria do JN, apresentando o Brasil como o penúltimo do mundo em cada segmento, independente de ser verdade ou mentira. Passou da hora de retormamos a discussão acerca do mito da liberdade de imprensa; esse blog já fez isso ( acho que foi o único ); é uma discussão que nem os acadêmicos querem fazer; MP e Judiciário fingem que o problema não existe; Legislativo é o menos interessado, Exceutivo aposta no controle remoto e os internautas e blogueiros que se danem para passar 24h/dia desmentindo boatos de mídia que prejudicam um grupo e servem de munição até aos mais “éticos” de preferem valer-se deles do que denunciá-los. Acabamos de sair de uma eleição com um resultado bem apertado, o que, por um lado é ótimo. Quem não se manifestou ou ficou em cima do muro, eu sinto muito… não acredito na boa-fé de quem entra em debates políticos sem tomar posição; parte expressiva da sociedade manifestou-se a favor de Dilma ( urnas e redes sociais ); outra parte com Aécio ou contra Dilma ( tb urnas e redes sociais ); ou seja, ninguém ficou fora do debate. A opinião pública esteve o tempo todo expressa para quem quiser ver, ler ou ouvir…Pois bem, por quem falam os meios de comunicação, então? Por um grupo? Pelo outro? Pelos em cima do muro? Uma estrutura bilionária de alcance nacional, financiada com dinheiro público, falando por sabe-se lá quem ( ou por um parte da sociedade ) pode ser considerada opinião pública para todos os efeitos? Se os grupos de comunicação formam a opinião pública, o que foi que acabamos de ver com a reeleição de Dilma? Não representam nem o apoio ao governo, nem os em cima do muro e nem os que espalham videos pelas redes atacando negros, pobres, nordestinos  mulheres e petistas (pelo menos, não escancaradamente, como o cidadão faz nas redes ) E, se o cidadão pode fazer, ou seja, expressar-se, livremente, nem esse segmento está então representado por esses grupos. O governo tem que explicar pq o $$$ do contribuinte é despejado em empresas que não prestam qq serviço à sociedade e representam apenas, eles mesmos ou seja lá quem seja. Isso é transparência. O grupo tal, recebe X de dinheiro público para prestar o serviço Y. Simples assim. 

         

      2. Vc se esqueceu de recomendar a compra de uma vara de condao

        Até parece que as regras políticas e o Congresso que temos permitiriam que algo muito diferente pudesse ser feito. Enche a paciência esse cultivo do Ideal, completamente desligado da realidade. 

  14. Uma crítica bastante paulista

    Aldo, apesar de concordar com a maioria das tuas críticas, acho que elas ficaram muito voltadas para a realidade de São Paulo, onde você vive. Concordo com quase tudo que você fala sobre o PT, mas não entendo que o PT não poderá definir sozinho a política de um governo de coalizão. Ou seja, vai ter que negociar para governar. Mas uma coisa é o governo e a outra é o partido…. Por isso, estou de acordo que o PT precisa entender isso e se reciclar. Por exemplo, deu para constatar que o PT de São Paulo está bastante fragilizado e não consegue elaborar políticas capazes de fazer um enfrentamento com a “máquina” montada por Alckmin… Mesmo com o estado vivendo uma escassez de água, os resultados foram negativos e equilibrou a eleição no país. Se Minas Gerais, o Rio de janeiro, Pernambuco e a Bahia reconhecem as políticas do Governo Dilma (e também quase a metade dos gaúchos), isso não quer dizer que eles reconhecem o PT como responsável por essas políticas. Por fim, acho fundamental analisarmos a influência da mídia nesta ojeriza ao PT. Entendo que se trata de uma campanha muito bem articulado pelos grupos econômicos norteamericasnos e mundias que atuam no Brasil. Claro! Apoiados pelos seus gerentes locais e patrocinadores dos meios de comunicação também locais. Sobre a sua análise econômica, tenho as minhas dúvidas, pois achei que você não apontou “como fazer” sem negociar com os demais partidos que dão sustentação a esse projeto de governo (não de partido). Mesmo assim, gostei das tuas críticas. Um abraço.

  15. Concordo com o texto. Mudança

    Concordo com o texto. Mudança é a palavra de ordem para que o PT continue no governo. Nunca mais quero correr o risco de ser governado pelo PSDB, verdadeiro inimigo do Brasil e dos brasileiros.

  16. Infelizmente o que o

    Infelizmente o que o Fornazieri critica eh confirmado pela maioria dos comentarios. Chega a ser desanimador o tapar o sol com a peneira adotado por estes religiosos.Espero que a cupula do partido seja mais racionalista.

  17. Discurso

    Sou jornalista, profissional em crônica política.

    O professor Aldo Fornazieri fez a mais exata e verdadeira crítica antipetista que já tive oportunidade de ler.  Um partido guiado por incompetentes, que afastou os jovens com educação dos seus quadros ou admiração e hoje sem qualquer nome de peso que possa restaurar os estragos feitos durante estes doze anos no poder.

  18. Pô, o Aldo leu meus posts

    Pô, o Aldo leu meus posts desde 2012 aqui no Blog do Nassif?

    Até a frase do “sinal trocado”…!

    Fico feliz que um Cientista Político respeitado de esquerda diga o mesmo que venho falando há anos. Torcer para que o governo dê certo não implica em fechar os olhos para o que está errado.

    Boa sorte à presidenta (torcendo para que ela leia o texto de Aldo).

    E aos militontos que sempre me apedrejam, destaco a frase dele “Eleitores e integrantes do partido que ousam criticá-lo são estigmatizados como inimigos – agentes do PIG.” (já apareceu um monte criticando o Aldo… Afinal, criticar o governo não pode, ele é infalível…)

    1.  Esqueça. O PT acaba mas não

       Esqueça. O PT acaba mas não muda. Vê ano a ano perderem até a identidade , mas  não aceitam críticas e nisso são extremamente parecidos com os tucanos. Mas os tucanos sobreviverão e todo mundo sabe os porquês. Já o PT… Eu desanimei há tempos de defender o PT.  E enquanto os petistas me chamam disso e daquilo o número de pessoas como eu só aumenta. Não vou para lado nenhum , mas me recuso a usar uma palavra que seja para ajudar porque para mim agora tanto faz. Os petistas estão fadados a voltarem para a oposição e isso acontecerá cedo ou tarde. O problema é que a onda que virá no lugar durará anos mais que esses 16 e essa conta será todinha do PT. Não adiantará querer dividir com ninguém. Mas eles na verdade  estão pouco ligando. Como acho que sempre estiveram. E quem é que liga afinal? Eu também não perco meu sono já faz tempo.

      1. Qual PT, cara-pálida?

        Bem, estou há mais de 30 anos, um pouco mais organicamente antes, um pouco mais afastado agora, mas o que não faltou nesse PT foi mudança.

        A principal dela, a Carta aos Brasileiros legou ao país um partido que disse em alto e bom som: “Não podemos nos colocar como mais realistas que o rei, e o povo sabe o que elege”.

        O partido de base moraloide, com pé fincado na Igreja e no determinismo operário acatou a visão conciliatória popular, do nosso estranho presidencialismo de coalizão, que unia no mesmo Congresso Genoíno e Sarney, Chico Alencar com Jader Barbalho.

        Certo? Errado? Não, democrático, com todos os defeitos e virtudes da nossa Democracia.

        Agora eu imagino que um partido como o PT não pode mudar tanto assim, sob pena de perder a identidade que o referenda ao seu eleitor, ainda que essa base social esteja sempre em movimento.

        Deverá o PT mudar ao sabor dos ventos eleitorais ou das “azias” de intelectuais como aldo? Não sei.

        Mas de verdade, como mudar o PT se a direita e seus adversários (e alguns “amigos”) continuam martelando as mesmas teclas amareladas do piano? Vamos inventar a roda?

        Outro ponto grave é confundir o PT com governo. Partidos mudam bem menos, aqui ou na França, que os governos. Isso é próprio de sua função nos estados de direito, manter premissas e princípios intactos dentro do espectro da luta travadas entre as classes.

        Ou acabou a luta de classes e ninguém me avisou?

    2. Uai?

      Então, não pode estigmatizar quem se apequena e enfeita uma crítica semelhante ao PIG…

      Mas pode estigmatizar quem defende o governo?

      Ah, sei, no meu estigma pode, no seu não…

  19. o discurso de Dilma: O PT NÃO FOI O ÚNICO

    qdo ela cumprimenta os partidos aliados,creio q é sincero e é amadurecimento,não são apenas palavras de praxe, pro-forma,isso é um achômetro meu,claro:O PT NÃO FOI O ÚNICO.Embora sob risco de generalizações,sou cético qto a acreditar q participantes do blog,simpatizantes,militâncias Brasil afora consigam diminuir postura de arrogância e de portadores da verdade e a luz(o “único” q alguém p/ aqui diz é uma amostra).É preciso repetir:isso é um dos fatores q realimenta antipetismo.

    1. Sobre trolls, provocadores, nossa cumplicidade (generalizações)

      Um recurso fácil,tolo,arrogante:classificar de trolls,de provocadores,etc.contribue pra afastar (ainda mais)potenciais e alguns atuais participantes.Não passarão de palavras ao vento o q se pretende repensar,renovar.Nassif num texto de ontem,em plena votação no país,só não foi taxado de troll,de provocador barato,pq há também o puxa-saquismo cego e cansativos elogios recíprocos entre uma Irmandade q tomou conta do blog,pelo menos na seção Posts Recentes.O dono do0 Blog- noutro deslize escancarado q a Irmandade só aplaudiu e reforçou -um dia desses se meteu a escrever texto generalizando tanto q mereceria dura resposta e não aplauso em massa se houvesse senso crítico muito maior do q pretendemos p/aqui).

      1. Acho que você confunde um pouco…

        Eu evito chamá-los de troll, mas sei quem eles são. Simplesmente evito por preferir tratá-los de outra maneira que julgo mais eficiente, e que varia de acordo com o momento. Só não dou o que eles querem: muito do meu tempo, ou minha revolta, quanto a isto estou vacinado, mas entendo que nem todos são. Por fim, Já conversei com alguns ‘trolls’, até mesmo pra ouvir com sinceridade um lado que eu ainda não havia ouvido, por mais absurdo (ou não) que pareça ser.

        Entretanto, aqueles denominados ‘troll’ pelo pessoal do Blog, vejo que são mesmo. Ou seja, são aqueles que dedicam seu tempo integral a fazer comentários que cansam pela repetitividade mesmo que carente em argumentos e mesmo após uma enxurrada de contra-argumentação, não se é possível citar um ‘trollzinho’ que tenha mudado uma fagulha em sua linha de raciocínio. Antes de ideologia própria, sempre são eternamente ‘anti’. É impossível citar um motivo honrado, pelo qual tal pessoa (troll) indaga por aqui. Estes geralmente são os que, volta e meia usam recursos de mídia ou piadinhas com o único intuito de tirar o leitor mais incauto, do sério. Nem entro no mérito principal, que é a nítida intenção de confundir argumentos plausíveis com lorotas, porque eu quero permanecer no plano ‘indiscutível’ quanto a personalidade deles. Fica a dica para alguns, na dúvida, o ideal é ignorá-los. Não vejo problema também em indagá-los.

        Porém, quando surgem argumentos honestos, ainda que ideologicamente contrários, vejo sim uma disposição muito grande do pessoal daqui em responder com generosidade. Salvo lógico, raras exceções. O Blog progrediu na maneira de tratar este assunto, e creio que continuará progredindo.

         

        1. sim, reconheço: talvez eu confunda um pouco

          seu comentário , sua manifestação são civilizadas. É bem melhor sua atitude do que os critérios de estrelinhas no escuro. Veja, por exemplo, e por outro lado, minha contribuição na postagem imediatamente abaixo. Creio que diminuíram, sim, os julgamentos ligeiros, mas ainda sinto (é subjetivo, também) que há e que provavelmente inibem a chegada e a participação dos que apenas visitam, olham as notícias, e passam por cima dos quase unânimes comentários. Maneirarei a tecla já surrada em que bato. Já saí dos posts recentes e do blog 2 vezes, e só voltei por achar que tem um papel positivo, pelo menos pra não mudar meu nick pela terceira vez (identidade que o blog e equipe conhecem desde sempre).Pra não dizer que sou ou estou acima dos falíveis seres humanos, reconheço sua observação e, acredite, diminuí bastante meus ataques e deboches ao que me pareceram, e ainda parecem, falhas de outros seres humanos.

      2. Já contou a quanti// de nao cadastrados novos neste tópico?

        Todos concordando com as análises do Aldo? Gente que nunca apareceu por aqui antes? Coincidência? É mesmo? 

        1. não contei, e não fico contando, e nem vigiando

          e não vejo nenhum problema de se manifestarem assim ou assado. Aqui não é convento, nem quartel pra se pensar tudo igual. Ou é, e estou enganado?

          1. A questao nao é essa.

            Claro que eles, ou qualquer um, têm o direito de se manifestar como quiserem. A questao é que vc busca desmerecer a percepçao da infiltraçao de trolls pagos, que é evidente para quem quiser ver. 

          2. não desmereço, Anarquista Lùcida

            só não fico olhando se tem ou não tem visitante infiltrado debaixo da cama antes de dormir. Pra te dizer a verdade (o q já falei mais de uma vez – vc saberia, se  ficasse me vigiando mais de pertinho): mal olho comentários e comentaristas, são muito iguais, basta ler um ou dois e se sabe o que o resto vai dizer. Mas agora dei uma olhada, ainda que novamente rápida, e achei q nem todo visitante é do Mal, Amém.

          3. Desmereceu de novo, agora…

            Ninguém fica vigiando troll debaixo da cama. É aqui mesmo neste espaço que eles aparecem. Vc talvez os perceba menos porque nao lê comentários. Agora, interessante, eu nao deveria vigiar trolls mas te vigiar? Quer atençao só para você? Que coisa! (rs, rs)

          4. Pat Boone era o inspetor da música Juventude Transviada

            Lembra? “[…] O mestre era o Elvis Presley, e o Pat Boone era o inspetor // na nossa primeira aula nós só dançamos o rock and roll… […]”

            Mas isso ainda é no fim dos anos 50, rs. 

  20. “Em busca de um novo horizonte utópico” / “histórico”

    “Para deter a onda conservadora, é preciso derrotar Aécio. Mas os limites da esquerda clássica ficaram claros nessa eleição. Saberemos ir além?”   –  Por Antonio Martins, com colaboração de Graziela Marcheti,    OutrasPalavras.

    [Uma análise sobre as eleições 2014 e o futuro. Para ler a série completa (cinco textos), clique aqui http://outraspalavras.net/brasil/em-busca-de-um-novo-horizonte-historico/#sdendnote1sym  ]

    > Anatomia de um erro grosseiro

    > Terá chegado, no Brasil, a hora de um partido-movimento?

    > Por um programa de mudanças profundas

    > Contra o retrocesso, o “voto Duvivier”

    (postado à 0:12 h no Fora de Pauta, p/achar + oportuno)

  21. Achei muito boa a análise,

    Achei muito boa a análise, principalmente a primeira parte do texto.

    O principal é Dilma montar um ministério de primeira linha.

    Acho que um bom nome para a Fazenda seria o de Jacques Wagner, isso é claro, com um bom time de técnicos abaixo dele. Poderia deixar o Mercadante na Casa Civil, trazer o Padilha para a articulação política, o Tarso Genro para a justiça.

    O Cardozo até pode ser indicado ao STF, mas da Justiça ele tem que sair com urgência.

    Esses nomes que estão circulando para a Fazenda não são nada bons: Trabucco, Josué acho que devem ser péssimos nomes. Mercadante também não sei se daria certo. Nelson Barbosa é um grande nome, mas não sei se tem extrutura política para o cargo.  Eu preferiria um politico do estilo do Wagner e o Barbosa abaixo dele.

    Dilma precisa também de um bom estrategista de bastidores, ela enfrentará ventos ruins no congresso e talvez problemas no STF e na PGR.  Sem falar nos problemas com a imprensa em especial com a veja.

     

     

    1. interesses
      Gostei.
      Somente penso que para fazer estas posicoes do primeiro escalao a Dilma e o PT tem de colocar junto inicialmente um interlocutor politico para fazer a composicao. Um tecnico politico e articulador muito bom. Nao podem esquecer que nesta composicao, ai entra o articulador, a base politica no congresso, o PMDB e o vice como parceiro deste articulador.
      Por fim nao deixar de fora os movimentos sociais e de base.
      Outro ponto, concordo com Barbosa mais creio que ele se queimou politicamente no caso da sua saida.
      Poderia ajustar ou fazer a reforma com os ministerios menor.
      Este articulador seria o meio do congresso e as organizacoes politicas fora dos partidos, movimentos.
      ha

    2. [  O Cardozo até pode ser

      [  O Cardozo até pode ser indicado ao STF, mas da Justiça ele tem que sair com urgência.  ]] não presta para ministro da Dilma , exeecutivo, mas seria legal se fosse para o judiciário, portanto, defendes que esse poder  fique até pior do que já é. Eis o petismo autêntico em carne de osso,. carne podre e osso idem

      1. Paixao cega só existe na sua cabeça…

        A questao é que o discurso do Aldo está sempre pronto a priori. Aparece um acontecimento qualquer que sirva de pretexto e ele o requenta. É sempre a mesma coisa. 

        O meu petismo se acirrou nos últimos tempos porque era uma questao de sobrevivência (como se verifica ao ver que até o PSOL fez campanha para Dilma no segundo turno). Quem é antigo no Blog se lembra das inúmeras críticas que fiz no início do governo Dilma, sobretudo quanto à gestao de Ana de Holanda no MinC. Mas percebi que nao era hora para perfeccionismo depois de ver a manipulaçao das manifestaçoes de 2013, que expressaram um descontentamento real sim, que precisa ser ouvido, mas que, além da alienaçao dos seus manifestantes, foram barbaramente desvirtuada pelos “intérpretes” aprovitadores. E o Aldo foi um deles, aproveitou a coisa para pôr a azeitona na sua empadinha.

        Uma coisa legal dessas eeiçoes foi exatamente a mudança de atitude de parte do PSOL. Espero que eles continuem fustigando o PT, mas PELA ESQUERDA, nao se aliando ao lacerdismo da mídia. E sem “sonhatismo”, por favor, que governante nenhum tem a varinha de condao do Hary Potter. Se bem que há horas em que é bom que alguém que nao está no governo e nao tem os compromissos que isso implica fale o que quem está no governo nao pode falar.  

  22. Dilma e o PT terão que mudar

    Quem salvou o PT foi a Esquerda, pois centenas, milhares, milhões de eleitores de Esquerda votaram não favoravelmente ao PT, mas contra o retrocesso tucano. A lição que fica ao petismo: não se deve abrir mais espaço a discusos conservadores no campo governista (Feliciano e sua bancada evangélica, Kátia Abreu e sua bancada ruralista etc. etc.). O principal adversário do PT nessas eleições foi o conservadorismo crescente na sociedade brasileira. E, como dito, não fosse o apoio do que sobrou da Esquerda (P-Sol, PSTU, PCB etc.), Dilma teria sucumbido, pois a imensa maioria dos militantes dessas forças políticas, mesmo abertamente defendendo o voto nulo, acabou aderindo ao clamor que visava barrar a reação conservadora. A reforma política é necessária, urgente, pois o descrédito da população com a política é enorme, e até o PT (o mais popular dos partidos) poderá sucumbir a essa onda reacionária, quanto mais os pequenos partidos de Esquerda.

  23. Mudanças na política econômica

    Um dos comentaristas, abaixo, não ficou satisfeito com a análise do prof. Fornazieri a respeito da condução da política econômica no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

    Para complementar essa visão, sugiro a leitura do artigo de Bresser-Pereira (acredito que vários já tenham lido, nesse caso vale a releitura) que lança algumas luzes sobre a questão: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/153416/Bresser-Pereira-explica-por-que-votar%C3%A1-em-Dilma.htm

  24. Pela demarcação das terras indígenas

    Boa análise do professor Aldo. Considero também que Kátia Abreu como ministra não dá. Dilma tem que reconhecer a diversidade étnica desse país e demarcar/homologar as terras indígenas. Mesmo que isso signifique ter que peitar a bancada ruralista/evangélica.

  25. na minha “profundíssima”

    na minha “profundíssima” análise da questão resumo

    numa frase, pois todo mundo sabe o resto.

    a dilma foi eleita pelos acertos destes últimos doze anos.

    vide por aí ,pois que seria cansativo rememorar

    tudo e comparar com o tempo tucano.

    concordo tb com os que dizem que é preciso

    partir da quetão do tal pig para poder falar em tudo neste país.,..

  26. A análise peca pelo enviesamento

    Mas,com tudo o que a mídia falou desde 2002 contra o PT não era natural que o antipetismo aumentasse mesmo que tivesse realizado governos inquestionáveis?

    O artigo falou dos erros; e os acertos?

    Foram poucas as realizações do PT no país que estava destruído?

    Sobre as políticas

    É possível, sem conflitos:

    – que haja possibilidade de pacto sem que o Ministro da Fazenda realize as políticas neoliberais que se opõem ao pensamento de Dilma e dos desenvolvimentistas?

    – que ainda é possível fazer o Brasil crescer dentro do pacto lulista que tornou ricos mais ricos ao mesmo tempo em que tirou milhões da miséria?

    – reforma tributária que onere renda e patrimônio?

    – reforma política que melhor distribua a representatividade?

    1. Amém.

      Bem, só depois que os fanáticos enxergarem que a maioria disse que as mudanças devem seguir o ritmo daquele que foi outorgada por eles, e cujo resultado, todos devem republicanamente se submeter, e não tegiversar sobre a decisão soberana da maioria.

      O nome disso é Democracia…é um troço chato e complicado de definir, mas que sabemos bem quando aparecem as seitas de anti-democráticos.

       

      O respeito a minoria não pode ultrapassar o tamanho da vontade da maioria.

  27. A competência do sr Fornazieri

    Li e pensei : esse homem sabe tudo. Credo, onde ele estava que não se candidatou ao supremo cargo da nação?

    Depois de uma “BRIGA” desse tamanho eu ainda tenho que ler tanta  arrogância. É como diz a DILMA  muda

    de canal. Cansei das pessoas que pretendem “ensinar” caminhos, quando ainda não fizeram nem ao menos trilhas!

    1. Clap, clap, clap!!! (E isso vale tb p/ o chefe, rs)

      Falou e disse. Todos sabem ser presidentes melhor que a Dilma. Presunçao e água-benta sao de graça mesmo. 

  28. Se a Dilma seguisse esse tipo

    Se a Dilma seguisse esse tipo de conselho teria se ferrado. E se tivesse o mau-humor do articulista teria cortado os pulsos. Isso aí dá azia em alka-seltzer.

  29. Um novo começo

    Concordo em número, gênero e grau com o professor  Fornazieri. O PT e  a presidente Dilma terão que se reinventar, em nome da República e do Estado de Direito. Os petistas, se desejam um futuro na política desse país, devem procurar entender bem o recado dado pelas urnas. Sair do estado da arrogância e da justificativa mórbida que procura legitimar um erro pelo outro. E a presidente Dilma precisa sair do seu isolamento, do centralismo, e compreender que a governância exige compreensão e despreendimento. Que em política às vezes precisa-se perder para avançar. E que às vezes vitórias podem se traduzir em fragorosas derrotas políticas.

  30. Tem razão o aldo e o puleiro de aves de agouro…

    Dilma perdeu mesmo ganhando.

    Quem inventou a corrupção foi o PT.

    A culpa do trensalão, da compra de votos para “inventar” a reeleição é do PT.

    O país está uma merda, com 2.3 trilhão de PIB, bom mesmo é quando tinha  500 bi.

    Falar em emprego e salário é detalhe, o que falta mesmo é gestão macroeconômica.

    Bom mesmo é aécio e o tucanato, o povo mineiro é que tá doidão de tanto comer pão de queijo.

    Esse país sempre foi unido e de uma paz social incrível. Não há pretos e pobres mortos, não há racismo, violência contra mulher, GLBTS ou índios, somos de uma cortesia só, e o PT é que dividiu esse país maravilhoso.

    Éramos unidos, quando pobre e rico se encontravam no aeroporto, um varrendo o chão e o outro no avião. Agora tá tudo uma merda.

  31. Quais as pesquisas indicam

    Quais as pesquisas indicam que os mais escolarizados não estiveram com a Dilma e não estão com o PT? Fiquei surpresa com essa afirmação, sem respaldo nem nos números nem na gigantesca mobilização protagonizada nos centros de pesquisa, graduação, pós graduação e ensino técnico, do país, pela reeleição da Dilma. No mais, o viés do texto isola Dilma e o PT das condições da crise mundial e da mídia oligárquica do país, que agiu e age partidariamente. Tampouco toca na relação da Dilma com o PT.

    1. Basta você ler as pesquisas

      Basta você ler as pesquisas detalhadas que tem em todos os sites de notícias, ou ir diretamente nos sites dos institutos de pesquisas. Quanto maior o nível de instrução, menor o apoio ao governo e ao PT.

      1. Estao esquecendo um leve “detalhe”

        A maioria dos mais escolarizados é das classes mais poderosas economicamente. Detalhe bobo, né? Nao explica nada… 

  32. As causas do anti petismo

    Tem algo a ver com crescimento do PIB, pois até o Lula foi aclamado por 84% da população como ótimo ou bom quando o crescimento do PIB chegou a 7,5%.

    Entre as causas do baixo crescimento do PIB, estão as externas, nas quais não podemos mexer, como a crise mundial econômica.

    E tem as internas também, as principais a alta carga tributária (que embora não tenha sido criada pelo PT, lhe é creditada por estar a tempo suficiente no poder para pensar em diminuí-la.)

    Agora, com o arrefecimento do PIB, o PT se vê obrigado a pensar no assunto. Não só a carga tributária, mas a maneira como ela está distribuida, pois o setor produtivo deveria ter isenções fiscais se é que queremos ressucitar nossa indústria e concorrer com os países do extremo oriente. Se é que queremos.

    Há países onde as empresas tem isenções fiscais por gerar empregos, deveriam considerar. Um exemplo bem claro de como a carga tributária afeta toda a sociedade é a alta dos preços imobiliários. Cada vez que alguém vende um imóvel, paga 27,5% de imposto de renda ( embora nenhuma renda tenha sido gerada, mas transferida de um bolso para o outro), o resultado é que o revender, o proprietário já inclui um ágio de 27,5% a mais no preço do imóvel; o proprietário seguinte faz o mesmo, e assim por diante, o preço vai aumentando a cada revenda; temos imóveis custando milhões, ninguém consegue pagar, logicamente as vendas cairam fortemente, e os imóveis ficam nas mesmas famílias, passando de pai para filho, como capitanias hereditárias.

    Muitos que gostariam de comprar para iniciar novos negócios não conseguem, pois não possuem capital o suficiente para comprar seus imóveis; as empresas continuam nas mãos das mesmas famílias que tem estado por décadas. E seria tão simples, somente dar isenção de imposto de renda sobre venda de imóveis a quem vendesse para uma empresa com CNPJ, assim se estimularia o setor produtivo, aumentaria a arrecadação, e o PIB também. Assim funcionaria em economias dinâmicas, mas não tentaram ainda em nosso país, foi algo herdado da constituição de 88 e na qual se evita de mexer.

    Assim são mil e um exemplos. Em países com economias dinâmicas, uma empresa tem grande isenção fiscal quando gera empregos e contribui com aumento do PIB.

    Agora, com a queda do PIB, com a oposição batendo perto nas urnas, o PT tem o dilema de fingir que não é com ele, e deixar ver o que acontece em 2018, ou se adiantar e desarmar a oposição com um crescimento de PIB espetacular e comparável ao da era Lula.

     

     

    1. Que mundo você vive? Precisa

      Que mundo você vive? Precisa se informar um pouco mais e vai perceber que desde 2012 o mundo se recuperou da crise e foi a partir dai que o Brasil começou a parar de crescer. Não há mais crise internacional. Também precisa estudar um pouco mais e iria perceber que um estado totalitário (ainda mais um com pretensões autoritárias) é incompatível com diminuição da carga tributária e facilitação à empresas por mais que gerem empregos e salvem a economia. Quanta ingenuidade!!!

      O PT não fará o país crescer mais porque o modelo econômico socialista bolivariano é impossível. Lula só fez o país crescer porque havia mais a liberdade e estabilidade econômica residuais do governo FHC. Como em qualquer economia socialista isso vem sendo propositalmente sufocado pelo estado e é justamente por isso que estamos perdendo capacidade de crescer. 

      O projeto do PT é fazer as reformas politicas (para que as regras joguem a favor do partido) e da segurança (para concentrar poder de fogo em suas mãos) para se manter no poder porque sabe que se depender da economia, do poder de consumo e produção e do IDH, 2018 já está perdido.

  33. “A outra face do antipetismo

    “A outra face do antipetismo é estimulada pela a corrupção de membros do partido e pela arrogância de petistas” Ok, ok! Mas por que a corrupção e a arrogância, por exemplo, do PSDB não cria ondas de anti-PSDBismo?

    O próprio Aldo indica o que não deve ser respondido, o que de certo modo censura a minha questão acima: “O PT encontrou uma forma estranha para lidar com a corrupção em suas fileiras e em seus governos: se defende e se justifica atacando a corrupção dos outros partidos”. Ok, ok! Deduz-se que alguns têm mais obrigação com compromissos éticos do que outros. Acho injusto, mas tudo bem. Mas mesmo assim, o mais engraçado é que, até nisso, o PT se sai relativamente bem.

    O problema do PT, nesse quesito, é basicamente comunicacional. Além de nunca ter sabido vender o peixe, também não pôde vendê-lo, em vista da camisa de força e dos ataques impostos pelo monopólio midiático.

    Vê-se claramente que Lula e Dilma foram obsessivos com os mecanismos dito republicanos. E sem ter feito sua parte num processo de educação política, ficou fácil para a direita antiética e pouco dada ao fair play ocupar os flancos abertos. Resultado: os governos do PT foram os que mais combateram a corrupção, mas deixaram correr solta a lenda de que foi o partido mais conivente com a corrupção, o que números do TSE (políticos cassados, fichas sujas etc.), operações da PF e liberdades concedidas a órgãos de investigação e acusação simplesmente desmentem.

     

    1. O problema é que os

      O problema é que os militantes dos partidos tradicionais, quando são pegos roubando rapidamente são expulsos e todo os outros fingem assombro com o ocorrido.  O PT ao contrário, abraça o ladrão e grita que ele é um herói do povo brasileiro. Vai para a porta da prisão bater palma e agitar bandeira para os bandidos. Se articula para protejer coletivamente o corrupto. 

      Assim fica difícil de se afastar da pecha de um partido umbilicalmente ligado à corrupção, ainda que os outros sejam tão corruptos quanto.

  34. E a Comunicação?

    Artigo bom, mas não focou comunicação. Esse tema ficou nas entrelinhas. E um dos erros mais colossais do PT e do primeiro governo Dilma Roussef foi de comunicação.

  35. Parece que 2013 não existiu

    Parece que 2013 não existiu né?

    Que a porrada que quem foi protestar contra o Cabral e Eduardo Paes no RJ jamais aconteceu.

    Que os protestos contra a condução da copa não foram reprimidos com RECURSOS E LOGISTICA federais, e que isso depois virou propaganda e projeto de governo querendo AMPLIAR essa barbárie contra a população travestindo-se de “Segurança pública”.

    Que em nome do “progresso” comunidades indígenas estão sendo pisoteadas, que em nome da “governabilidade” as florestas e margens de corpos aquosos perderam espaço para a bancada ruralista e agora geram a escassez de água que nossa elite administrativa não move um dedo para resolver pois a mão invisivel do mercado vai abastecer quem tem dinheiro para pagar.

    Enquanto se entricheirarem em seus gabinetes ignorando o auxílio da população, e não tenham dúvida que é a HORIZONTALIDADE que move o mundo e não canetadas em salões de palácios, as forças que querem explorar o país ganharão por W.O.

    Espero que caia a ficha na cabeça da gerentona e que ela delegue mais, e chame os “bons” que a Marina quis fazer para tocar as coisas, pois apesar de classe media e ensino superior e pós graduação, minha pinimba não é com os pobres saindo da miséria e tendo acesso a um novo mundo de oportunidades, minha reclamação é com a administração da coisa pública e a possibilidade de mudar o preconceito “Public-Ruim / Privado-Bom” que está sendo perdida através de centralizaçãocessiva, falta de diálogo com os atores sociais e verticalização do processo decisório em tempos de internet e crowdsourcing.

    Ou o Brasil aprende a fazer política e lidar com a Polis do século XXI, estimulando a “Democracia Liquida”, a horizontalidade e o empoderamento social, ou já já voltamos aos senhores de engenho colocando a população de volta na senzala para o prazer e lucro de poucos.

    Aproveite a segunda chance Presidente. O povo quer mudanças.

  36. Parabéns o Aldo pelo texto

    Parabéns o Aldo pelo texto totalmente neutro, explicativo e agregador,por outro lado li alguns comentário clichês sem qualquer adicional de originalidade.

     

  37. O buraco é mais profundo

    Cinco séculos se passaram. A população brasileira ainda se revela na sua maioria, para usar de eufemismo, distraída politicamente. Carece de maior compreensão da conjuntura política do país. É utilizada como objeto de pesquisas de opinião dos candidatos a cargos de eleição. Uma pesquisa de opinião análoga à relação de consumo e aos estudos de mercado. Ao domínio da relação com o outro. Uma vez no Governo, os antes candidatos mantêm a mesma relação mercadológica com a população.

    O PT apresentou-se, por anos, fechado no discurso do comportamento ético, espécie de moral burguesa cooptada pelos metalúrgicos do ABC paulista. Revelou-se em grupo voltado aos interesses dos seus membros, ao mesmo tempo que retribui a sua afirmação com programas sociais que não libertam, mas mantêm o alheamento dos mais pobres. Existe sua inclusão como consumidores, não como cidadãos críticos.

    Não é novidade do PT ou do PSDB, que o antecedeu na esfera federal. Esse modelo, reina no Brasil, desde o início da ocupação, aproximadamente, 30 anos depois do desembarque de Cabral em terras tupiniquins.

  38. Casal paranaense

    A Dilma deu muito espaço ao casa arrogante Paulo Bernardo e Gleisi, tinham o poder e não fizeram nada politicamente no Paraná, a senadora quis fazer campanha só agradando prefeitos, mas longe da militância, resultado, um fiasco de campanha.

    O PT não vai longe se ficar distante dos militantes, são eles que nos momentos difíceis vem acudir o partido.

  39. Ressentimento

    Acho que o professor faz uma análise retrógrada quando se refere a ressentimento. Não importa a classe média se A, B ou C viajam de avião, desde que eles continuem viajando. Isso é pragmatismo! O que incomoda mesmo a classe média é uma carga tributária altíssima e serviços pífios, inoperantes, horrorosos. Professor: pesquise, estude mais, busque informações, e não fique se apoiando em ideologias ultrapassadas.

  40. Ressentimento

    Acho que o professor faz uma análise retrógrada quando se refere a ressentimento. Não importa a classe média se A, B ou C viajam de avião, desde que eles continuem viajando. Isso é pragmatismo! O que incomoda mesmo a classe média é uma carga tributária altíssima e serviços pífios, inoperantes, horrorosos. Professor: pesquise, estude mais, busque informações, e não fique se apoiando em ideologias ultrapassadas.

    1. Ressentimento da Classe Média? Não concordo.
      No geral eu concordei com a análise, com exceção do ponto em que fala de um suposto ressentimento da classe média ao assistir a ascensão dos mais pobres.
      É um discurso generalizador, do qual a candidatura de Dilma abusou na campanha eleitoral. Criou a imagem demonizada de uma “elite” odiosa, que sequer teve a tabela do imposto de renda reajustada pelos índices de inflação.
      Outro ponto de discordância é que o autor ataca a campanha dos tucanos, não sem razão, mas deixa de reconhecer que o PT também jogou sujo e usou a maquina pesadamente. As bravatas de Lula não podem ser minimizadas.
      Por fim, continuo acreditando que a verdadeira mudança do PT viria com sua derrota, pois se veriam forçados a mudar.

  41. Para se informar a humanidade precisa sair da escuridão

     

    Luis Nassif,

    Fiz um comentário para junto do comentário de El Fuser. que ele enviou segunda-feira, 27/10/2014 às 11:59, aqui neste post “Dilma e o PT terão que mudar, por Aldo Fornazieri”. O meu comentário foi enviado segunda-feira, 27/10/2014 às 19:05, e ele era basicamente para concordar com El Fuser. O meu comentário e o de El Fuser., agora com 84 comentários, encontram-se no meio da segunda página. El Fuser. fez tanto na segunda página como também aqui na primeira página vários outros comentários, que eu endosso, embora eu não tenha cacife nem pretensão em bater tanto em Aldo Fornasieri como o faz El Fuser.

    Faço este destaque ao meu comentário por duas razões. Uma porque eu fiz menção a aproximação das suas idéias sobre política com as idéias de Aldo Fornasieri e a aproximação das idéias de Aldo Fornasieri sobre a política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff com as suas idéias. E outra porque eu faço referência no meu comentário à seguinte frase do texto de Aldo Fornazieri em que ele analisa o governo da presidenta Dilma Rousseff:

    “Adotou uma política monetária e cambial confusa que não conseguiu redirecionar recursos para investimentos produtivos e nem conseguiu manter a inflação baixa”.

    Busquei nessa frase a justificativa para a minha avaliação de considerar Aldo Fornasieri um típico representante da frase de Fernando Henrique Cardosos cunhada agora no segundo turno da eleição presidencial, quando ele diz referindo aos que votaram em outro candidato que não o dele. Disse então Fernando Henrique Cardoso: “Não votaram nos outros candidatos porque são pobres, mas porque são mal informados”.

    Transformando a palavra “pobres” na expressão “pobres de espírito”, Na verdade esta crítica de Fernando Henrique Cardoso poderia ser aplicada a ele se ele não fizesse parte daquele grupo de pessoas que agem de modo errado não porque estão mal informados, mas porque não querem bem informar os outros. Fernando Henrique Cardoso faz parte da trupe que, dentre muitas frases que enganam os que estão mal informados, inventou a frase para enganar os eleitores, qual seja, “a inflação é o mais injusto dos impostos porque recai sobre os mais pobres”.

    Esta frase não é ruim só porque ela é falsa e assim deseduca a população. Ela é ruim não é só porque ela confere aqueles que se põe contra a inflação como paladinos dos pobres. Ela é ruim porque ela utiliza de um sentimento ruim do povo que é a falta de solidariedade para encontrar mais campo de aceitação e de propagação.

    Não há do ponto de vista econômico grandes efeitos perversos da inflação. O grande problema da inflação é político. Isto é conhecido dos políticos há muito tempo. E é um efeito politicamente ruim em dois aspectos. Em um porque a crítica a inflação se baseia no interesse individual. E por dois porque se utilizam da inflação para lançar sobre o governante a pecha de corrupto. Para a população, a inflação é fruto de um conluio do governo com o grande empresário que obtém do governo a vantagem de aumentar os preços sem sofrer consequências. Este vínculo entre inflação e corrupção foi bem explorado por Jânio Quadros para se eleger presidente em 3 de outubro de 1960, como se pode ver no vídeo disponível junto ao post “O primeiro comercial político na TV” de terça-feira, 21/09/2010 às 08:49, aqui no seu blog em sugestão de Almeida e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-primeiro-comercial-politico-na-tv

    E o pior do efeito político da inflação é exatamente porque todos detestam a inflação porque ela atinge todo mundo enquanto um bem que a inflação pode estar causando a economia, como redução da dívida pública, redução da dívida das famílias e muito provavelmente redução do índice de desemprego atinge somente alguns. Então, a crítica a um governo com base no aumento da inflação, além de ser uma tentativa de enganar as pessoas, insufla um sentimento ruim no povo que é a falta de solidariedade.

    Creio, entretanto, que o povo é solidário. Só não é no caso da inflação porque ele é mal informado. E o povo aqui se refere a todos os cidadãos do mundo. E é isso que a frase de Aldo Fornasieri que eu transcrevi acima revela dele. Aldo Fornasieri é mal informado. Se ele fosse bem informado ele elogiaria o governo da presidenta Dilma Rousseff por ter elevado um pouco o patamar da inflação.

    Há quarenta anos, lendo aqui e ali alguns economistas e aqui destaco Ignácio Rangel, eu tenho sido menos crítico da inflação. Sei, entretanto, que politicamente, um governante não tem escolha. Enquanto não se conseguir educar um povo para ser mais admirador de um governante que não reduz a inflação para percentuais ínfimos, o governante não terá alternativa em um regime democrático do que atacar a inflação. E o instrumental de que dispõe um governante para reduzir a inflação é portentoso no seu êxito e danoso nos seus estragos.

    E a primeira etapa da função de esclarecimento é divulgar trabalhos que mostram como o povo reage politicamente diante da inflação e que mostram como a economia reage diante da inflação. No meu comentário para El Fuser. Eu fiz referência a textos que defendem sob o aspecto econômico uma inflação um pouco maior do que a que atualmente se persegue no mundo desenvolvido. E aqui eu gostaria de indicar um texto que mostra como a inflação é o indicador econômico que mais tem efeito político. Trata de reportagem de Vanessa Jurgenfeld publicada no Valor Econômico de hoje, quarta-feira, 29/10/2014, na página A10 e intitulada “Inflação influencia mais o voto do que aumento do PIB” e que pode ser vista no seguinte endereço:

    http://www.valor.com.br/eleicoes2014/3754938/inflacao-influencia-mais-o-voto-do-que-aumento-do-pib

    Infelizmente este texto só é acessível na íntegra para assinantes do jornal Valor Econômico, assim penso que valia bem a pena que esta reportagem tivesse o destaque de um post e assim pudesse ser lida por mais pessoas.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 29/10/2014

  42. A parte que Aldo avalia Dilma

    A parte que Aldo avalia Dilma e sua forma de governar, eu concordo integralmente, agora, quando se trata da questao do anti petismo, se eh assim que acontece em Sao Paulo, nao eh o que acontecia e acontece na Bahia.

    Na nossa regiao a situacao pior era o peso das informacoes ou deformacoes produzidas pela Midia. Nos ultimos dois anos eu, mesmo vivendo fora do Brasil, passei com poucos amigos a tentar fazer um servico de esclarecimento  aos nossos velhos grupos, de colegio, de Universsidade. Senti, pelos emais que recebia, que muitos outros amigos distantes  faziam o mesmo.

    No meio dos meus amigos, o anti petismo estava vigorando, o PSOL e Marina nadavam de bracada, alguns chegaram a votar em Grampinho para Prefeitura de Salvador. Nao se discutia politica, so factoides de corrupcao.

    Fizemos uma Campanha linda de politizacao ao nosso redor, principalmente sobre o papel da Midia e da Justica no Brasil.

     Conversar sobre politica com os amigos na Bahia, deixou de ser uma tortura, como estava sendo desde o massacre do mensalao.

    Sai da terrinha depois dessa eleicao, com um sentimento de que ganhamos, de novo, penetracao na classe media e nos meios mais intelectualizados do nosso Estado.

    A minha avaliacao eh, falta comunicacao! Na Bahia, comecamos a ganhar batalhas.

  43. O PT escolheu o caminho do

    O PT escolheu o caminho do abismo mas foi salvo na última hora pela militância do partido e pela mediocridade do que se convencionou chamar de oposição. O destino do PT  nacional é a lata do lixo como no Estado do RJ onde apoiou Garotinho, Sérgio Cabral Filho, o mais incompetente dos governadores após a fusão, em duas ocasiões além de Eduardo Paes para prefeito da Capital. O AntiPetismo histérico e imbecil não é recente sendo carcteristica marcante da sociedade brasileira, um sociedade violenta e racista que gosta de se fantasiar de tolerante. Falta ao Brasil um partido com propostas concretas para crescimento. Qualquer pessoa minimamente informada conhece as lambanças do PT infladas por Veja e Associados mas não quer entregar o país ao PSDB, um partido que quebrou o país três vezes em oito anos e teve que privatizar várias empresas para o país não falir. A lorota do momento é  a Reforma Política, uma papagaiada para esconder do público a roubalheira praticada pelo  empresariado Tapuia, que não gosta de inovar para competir mas de transferir dinheiro para executivos corruptos abrigados em estatais garantindo contratos de prestação de serviços que duram décadas.  Às senhoras paulistas e ao Lobão, viúvas da ditadura militar, resta o Ciência Sem Fronteiras para Burkina Faso onde um regime de coronéis acabou de se instalar.

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