Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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Esquerdas: dos escombros à reconstrução?, por Aldo Fornazieri

Imagem: Grafite de Banksy

Esquerdas: dos escombros à reconstrução?

por Aldo Fornazieri

As eleições municipais – primeiro e segundo turno – tiveram o efeito de uma bomba termobárica sobre o PT em particular e sobre a esquerda em geral. Com os resultados, as estruturas institucionais de poder foram drasticamente reduzidas. Isto importa perda de capacidade de articulação, de mobilização e de interação política e social. No segundo turno, a derrota do PT foi ampliada: não venceu em nenhuma prefeitura que disputou e do chamado cinturão vermelho da Grande São Paulo não sobrou nada. Em que pese as boas votações no Rio de Janeiro e em Belém, o PSol não consegui se viabilizar como a alternativa de esquerda que imaginava ser.

Das eleições emergiu um cenário que já se tornou mais ou menos óbvio: o grande vitorioso é o PSDB, com o fortalecimento de Alckmin e enfraquecimento de Aécio Neves; partidos pequenos e médios, situados ao centro e à direita, se fortaleceram, o que poderá dificultar a reforma partidária e a introdução da cláusula de barreira; com a vitória de Crivella se fortalece o projeto político da Igreja Universal e o conservadorismo no âmbito dos direitos civis e individuais e no terreno dos valores e costumes; o bloco de sustentação do governo Temer deverá prolongar a sua unidade reforçando a tendência de aprovação de reformas conservadoras; com  viabilização do governo Temer, seja pelas vitórias eleitorais do campo que o apóia seja pela aprovação da PEC 241 por ampla margem na Câmara dos Deputados, a ameaça de afastamento do presidente  pela via de decisão do TSE foi praticamente afastada.

A contraparte do avanço do conservadorismo é a desmobilização, a desorganização, a desorientação, a fragmentação e a cisão das esquerdas. O “fora Temer” perdeu a capacidade mobilizadora e se tornou uma espécie de lamento de inconformados. O combate à PEC 241 foi pífio e as esquerdas e movimentos sociais não foram capazes de apontar uma alternativa. As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo vivem um momento de perda de capacidade de articulação e mobilização. Os novos movimentos sociais, dos estudantes que ocupam escolhas aos movimentos de periferia, dos grupos feministas e LGBTs aos círculos e grupos sociais, o que há é uma rejeição e críticas aos partidos de esquerda. Das lideranças democráticas e progressistas, o único que saiu ileso e relativamente fortalecido desse processo foi Ciro Gomes.

As ilusões das esquerdas e os difíceis caminhos da reconstrução

A maior ilusão do PT consiste em alimentar a crença de que um possível fracasso do governo Temer poderá significar a sua ressurreição em 2018. Muitos petistas não se deram conta do que aconteceu com o partido: ele é odiado, rejeitado pelas pessoas em geral e por parcela grande de trabalhadores e classes médias. A recuperação do PT demandará anos. A derrota eleitoral poderá se ampliar em 2018, com uma grave redução de sua bancada federal e com o quase desaparecimento de sua força no Senado. Dos 10 senadores do partido, 8 terão que buscar a reeleição nesse quadro difícil.

Convém lembrar que se o PSDB vencer as eleições em 2018, terá demorado 16 anos para voltar ao poder. O PSDB saiu do governo enfraquecido, mas não destruído. Manteve estruturas de poder e a condição de ser um dos polos da disputas presidenciais em todas as eleições. O PT enfrenta graves limitações de poder e de capacidades políticas e intelectuais. Se nada de extraordinário acontecer, terá que passar uma geração para que o partido possa adquirir maior potência política.

A grande ilusão do PSol é a de que ele poderá ocupar o espaço e a importância que o PT teve. Ocorre que o processo de ascensão do PT se deveu à combinação de uma série de singularidades, ocasiões, circunstâncias, capacidades e lideranças, força política e social e virtuosidades que dificilmente se repetirá na história. O lugar que cada ator pretende ocupar no espaço político não depende apenas da vontade, mas da ocorrência dessas singularidades. Ademais, as idiossincrasias internas do PSol também são um fator limitante ao seu crescimento. O partido deveria se dar por muito satisfeito, levando em conta o que ele é hoje, se um dia chegasse a 10% dos votos nacionais. Já o PC do B, com seu aguçando senso de realismo, parece compreender melhor o espaço político que pode ocupar.

Em que pesem essas ilusões e a paralisia dos partidos ocorrem algumas importantes iniciativas com o objetivo de encontrar novos caminhos para as esquerdas. Duas delas são confluentes numa perspectiva estratégica. A primeira delas diz respeito à ideia da organização de uma frente democrática e progressista, não só para enfrentar as eleições de 2018, mas para criar um campo unificado de partidos e movimentos sociais, mantendo as respectivas pluralidades,  tendo em vista uma perspectiva de futuro. A segunda propõe a realização de um processo de prévias, com filiados e não filiados aos partidos progressistas e de esquerda, visando definir as candidaturas para 2018 e elaborar um programa de governo. Esse processo poderia servir também como instrumento de organização de uma frente. A dificuldade dessas iniciativas reside na pouca propensão dos partidos de esquerda de se unirem, mesmo na desgraça.

Outras iniciativas articulam a estruturação de institutos de estudos e debates, grupos e movimentos políticos e reunião de entidades e movimentos visando enfrentar a pauta conservadora e construir uma agenda política em face da paralisia dos partidos. Os movimentos sociais autônomos devem continuar crescendo e se mobilizando em torno de pautas específicas. Mesmo que sejam refratários aos partidos há a necessidade de construir um diálogo democrático com os mesmos com o objetivo de elaborar um programa universalizante. Os movimentos autônomos que surgiram nos últimos anos, em vários países, foram importantes nas mobilizações, mas mostraram os seus limites nos embates contra as estruturas de poder existentes.

Os imponderáveis da conjuntura

A esmagadora vitória dos partidos conservadores poderá encontrar alguns percalços na caminhada para a sua consolidação rumo as eleições presidenciais. O maior dele são as imponderalibilidades e incertezas que podem brotar da Lava Jato, com as delações da Odebrecht e, possivelmente, de Eduardo Cunha. Essas delações podem provocar estragos nas lideranças nacionais do PSDB e do PMDB. É certo que há movimentos para frear a Lava Jato, anistiar o “caixa 2” e limitar as investigações de corrupção. Alguns desses movimentos são, inclusive, respalados pelo PT em mais um de seus equívocos na vã esperança de que poderá salvar alguns de seus líderes. Essas limitações, anistias e freios visam salvar os políticos do PSDB e do PMDB já que estes ainda não se tornaram réus. Mesmo que essas limitações e anistias venham as ser implementadas, não beneficiarão os petistas, alguns já condenados e outros já réus por imputações que não são de “caixa 2”.

As esquerdas precisam distinguir o que são arbitrariedades da Lava Jato da necessidade de investigar e punir também os políticos do PSDB e do PMDB. Devem exigir a renúncia dos ministros citados e denunciar a proteção que se procura estabelecer para o atual governo. Se é verdade que a indignação contra a corrupção foi seletiva, caso não haja uma forte campanha de denúncias contra essas manobras protecionistas, o PT passará para a história carregando com exclusividade o ônus da corrupção do nosso tempo.

O segundo percalço que pode ocorrer é o fracasso do governo Temer e a cisão do seu bloco de sustentação. O programa do governo, sem dúvida, deverá aumentar o desemprego, precarizar as relações  de trabalho, reduzir direitos e provocar o fechamento de fábricas e indústrias. Este tipo de programa, mais radical do que os anos de neoliberalismo de FHC, tende a cindir a base e provocar mobilizações sociais. Dada a crise econômica, o governo tem pouca margem de manobra para enfrentar essa possível situação. O que poderá sobrevir dessas imponderabilidades é imprevisível. Não de pode descartar a possibilidade de um candidato outsider ou aventureiro triunfar em 2018.

Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política.  

41 Comentários

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  1. O CAMINHO DA ESQUERDA BRASILEIRA

    Nos países desenvolvidos da Europa a esquerda – sem mais problemas de fome e miséria para combater – é ecológica, modernosa e global, tendendo para o ambiente neoliberal através do mercado de consumo e sem fazer muita questão sobre a nação, considerando que a nação já existe e está consolidada dentro da globalização. Assim, já com a nação autônoma (ou unida em algum bloco) e consolidada, com cidadãos bem educados e com assistência social ampla, restou então a discussão política de costumes, de atitudes, de sexo, de pensamentos tranquilos que surgem com o estomago cheio, de criatividade etérea, dentro de zona de conforto. Aquela esquerda modernosa de roupa colorida em mesa de boteco.

    No terceiro mundo a coisa é bem diferente, com esquerda mais morena, mais próxima da revolução cubana que do boteco europeu; mais perto de Simon Bolívar do que Jean Paul Sartre. Há primeiro que salvar a nação e consolidar a verdadeira independência. Em seguida, tirar gente da miséria e estabelecer justiça social, antes de sequer discutir as modernidades da esquerda global.

    O Brasil se atropelou um pouco. A sequência devia ser garantir primeiro a nação, com Brizola; seguindo pelos direitos sociais, com Lula; e, apenas bem depois, oferecer ao povo – não na urna, mas na convivência social – a esquerda carnavalesca do mundo moderno. Lula e Brizola acabaram criando um “Brizula”, que no começo deu certo, pois avançou acima das duas primeiras prioridades: a nação e a inclusão social. Esta mensagem foi apoiada pelos nacionalistas, pelas esquerdas programáticas ou ideológicas, pelos sindicatos, pelos ecologistas, pela esquerda mais modernosa e até pelos evangélicos.

    Que aconteceu?

    Junto com os equívocos que o PT possa ter cometido (assim como toda a classe política), o poder global com base no Brasil (poder financeiro, PIG, rede Globo, judiciário, poderes paralelos e etc.) ajudou a dividir ainda mais a esquerda:

    ·         Com coxinhas ridicularizando desde Miami o nosso sentimento de nação. Culpando o PT pela sua opção terceiro-mundista e bolivariana; utilizando as cores nacionais para defender – paradoxalmente – o “entreguismo”, e etc.;

    ·         Com o desprestigio da classe política, com ênfase na persecução ao PT; e, ainda,

    ·         Com o mundo neoliberal turbinando a esquerda modernosa e carnavalesca, criando um divisionismo dentro do povo que acompanhou os primeiros governos do PT.

    Depois de uma tentativa mal sucedida de tentar fantasiar o PSDB como se fosse de esquerda, foi procurado o divisionismo de legitimas forças de esquerda, inclusive com muitos líderes saindo do próprio PT, atraídos pela inveja e pelo desejo de aparecer. Veio uma onda da Europa, através dos verdes, que se projeta posteriormente com a Marina e logo o Eduardo Jorge. Também nasceram no nordeste os tucanos carcará, do PSB. O PSol veio a assumir as bandeiras mais modernosas da esquerda global, como uma nova esquerda, numa tentativa de trazer um new look à população brasileira, um novo e colorido “brazilian way of life”, pulando a tarefa chata de administrar e salvar a nação e promover a justiça social.

    Com isso, dividiram-se as esquerdas e, pior ainda, conseguiram afugentar das fileiras populares um enorme contingente de cidadãos ingênuos e evangélicos, que se assustaram ao cair em discussões modernosas de um modelo de sociedade que ainda falta muito por chegar ao Brasil.

    Foi evidente o apoio da rede Globo a Freixo em RJ. Essa é a esquerda que a direita gosta; que luta pelas baleias, pela mudança de sexo e pela liberdade de ir ao shopping.

    A minha sugestão é de, depois desta serie de equívocos, voltarmos para retomar o caminho do Lula, levantando as bandeiras que unem o povo, da nação e da justiça social, e não as bandeiras que levam o sexo dos anjos para ser discutido nas urnas. A eleição do RJ mostra que um Brizola teria ganhado todos os votos de Crivella e do Freixo, de uma única vez, junto com os votos do PT e muitos outros. No Brasil é a mesma coisa.

    Convido a refletir sobre isso. Não quero condenar ou discutir as necessidades legitimas da nossa criatividade intelectual e da esquerda que surge desse exercício, mas, quero imensamente ver de volta, nas filas da esquerda de terceiro-mundo, todo esse pessoal do Brejo da Cruz que negligenciamos e entregamos de graça para as forças da direita.

    1. Certíssimo

      Análise correta. O problema que o atual campo da esquerda brasileira (e da extrema) não só se divide desde sempre orientado pela direita por mais ingenuo que aparente ser, como é incapaz de uma análise ampla da situação atual no mundo onde nosso país está inserido e ambicionado pelo seu petróleo e outros recursos minerais. O golpe foi dado com $$$ e orientação direta do exterior e não por culpa de erros do PT. Este foi o discurso da direita que a esquerda brasileira enguliu e que passou pelas campanhas eleitorais. A população em geral não está interessada em análises intelectuais de opções tais e quais para a esquerda, mas sim em entender os motivos pelos quais seus direitos estão sendo jogados pela janela. Enquando a esquerda não entender que esse é o discurso que deve fazer a partir de agora vai perder espaço. É bom olhar para a juventude que vem fazendo isso sem ideologia A ou B predominando. O momento atual é de união de interesses, não de apontar erros aqui e ali.

      1. “Sobre Esses ppessoal acha

        “Sobre Esses ppessoal acha que o problema do PT foi ter “afundado na corrupção”, eles são tão cretinos (são burros mesmo, moralistas) que reduzem uma briga geopolítica pelo petróleo a uma merda de roubo de caixa 2. Que a direita pegou o partido nisso, é uma coisa, que passem, a ignorar o problema real do ataque ao país, é cretinice deles e não relevo isso.”

        Comentário de um colega meu, que traduz perfeitamente o que penso e vai no mesmo sentido do seu…

  2. E viva!

    Viva seletivamente a Lava-jato! 

    Agora sim, agora vai, Aécio e Serra vão ser comidos, e a esquerda dando mais um cheque em branco.

    Já que a lavajato só pega petista, agora que está “chegando” a Temer, portanto, a esquerda deve pedir que continue…

    Peraí, ela não pega somente petista? Ela vai começar a pegar os outros partidos, porque queremos (depois da Dilma o Aécio, o Temer e o Cunha, serialmente…), mas não é esse o mesmo pensamento positivo que derrubou Dilma?

  3. Gostem ou não o futuro da esquerda e do campo progressista passa

    Gostem ou não o futuro da esquerda e do campo progressista passa pelas mãos de Ciro Gomes. O ex-ministro é esperto o suficiente para saber que a destruição do PT e do Lula prejudica seu próprio projeto político, assim como inviabiliza a própria esquerda por décadas. E o PT sabe muito bem que se errar a mão nesse momento delicado da história talvez nunca mais terá relevância alguma.

    O Ciro Gomes é justamente o outsider capaz de virar o jogo. E mais do que isso, no curto prazo ocorrerá agressões ainda mais violenta aos direitos e conquistas dos brasileiros. Dependendo de como for a resposta da esquerda e do campo progressista, é capaz de reverter esse quadro desolador.

    Já passou da hora de ampliar campanhas contra a entrega do pré-sal, a PEC-241, a reforma trabalhista e previdenciária.

    1. Ciro é uma Ciranda

      Ciro Gomes tinha tudo para ser um bom candidato. O problema é que Ciro é uma pessoa extremamente instável emocionalmente. Ciro é capaz de transformar um santo em diabo num piscar de olhos e vice versa. Isso lhe tira um pouco de confiabilidade que um presidente deveria ter. Ciro nesse aspecto é muito mais centralizador e mandão que Dilma Roussef. Mais apesar dos pesares eu ainda acho que é preferível ele a Alkimin ou Marina metamorfose ambulante. Sem esquecer é calro do fator Lula.

    2. Isso é simplismo, não simplicidade!

      Trocar uma pessoa (ou varias pessoas) e colocar outra. Acho o seu raciocínio simplista demais e, ainda, equivocado.

      Roberto Requião fala também sobre o nosso nacionalismo (a primeira bandeira a defender pelas esquerdas), mas, fica a desejar o partido do Requião (PMDB). Já o Ciro fala bonito também na primeira bandeira que a esquerda deveria defender: a nação brasileira, mas, ocorre que escolheu mal o partido, pois os seus deputados e senadores foram pelo golpe e, ainda hoje, pela PEC 241.

      Ciro é relativamente aceito, pois assume claramente a mais importante da esquerda: a nação brasileira, bandeira esta hoje escondida entre bandeiras verdes, laranjas e arco-íris. Ciro, ao falar apenas da nação, ganha a torcida do Brizola e não tem rejeição de evangélicos ou de outros grupos que procuram distância da esquerda carnavalesca, mas Ciro não passa segurança no quesito de inclusão social e de esquerda política e, muito menos nas suas atitudes extremamente machistas ou, no mínimo, deselegantes em diversos aspectos perante uma sociedade tão diversa como a nossa.

      Um Ciro mais cuidadoso nos seus comentários e, ainda, dentro do PT, que garantiria o viés social a ele, aos políticos ligados a ele e ao povo eleitor, poderia sim somar-se a vários outros bons representantes da esquerda brasileira, esquerda que hoje anda um pouco confusa com tanta bandeira, mas que se deverá organizar nas suas três prioridades: as duas primeiras de ordem político (nação e inclusão social, a discutir na urna) e a outra para praticar no cotidiano, no dia-a-dia, longe das urnas (minorias, raça, gênero, religião e etc.).

      1. O Ciro derrete rápido de

        O Ciro derrete rápido de mais, vai falar um palavrão, vai mandar alguém se foder ……….. assim como o irmão, o Ciro é político de 5 minutos 

        O Requião, assim que lançado a nível nacional, vai ser levantado o fato dele ter usado terras públicas, funcionários públicos e maquinas públicas para cuidar de seu gado e cavalos

        A inexpressividade do Requião pode ser avaliada pelo desempenho de seu filho, é um oligarca que conseguiu atrair a simpatia dos petistas, até porque os petistas atuais são oligarcas tal qual 

      2. A aliança entre o Ciro e o PT representaria justamente a converg

        A aliança entre o Ciro e o PT representaria justamente a convergência de duas forças políticas fundamentais. Do lado do PT os setores ligados aos movimentos sociais e da esquerda organizada. Já do lado do Ciro Gomes, contempla a classe média. O grande problema do PT foi justamente ter perdido a classe média. Ou seja, sem o apoio dessa parcela significativa da população brasileira, qualquer projeto de poder e de nação é inviável.

        O Ciro dialoga muito bem com a classe média e possui o mínimo de comprometimento com a esquerda. Não é uma questão de encontrar o candidato ideal, mas sim o candidato mais viável e possível para impedir a ascensão reacionária na política. O Ciro pode repetir o Lula de 2002 e inaugurar um novo ciclo para a esquerda e o campo progressista.

  4. PT Saudações

    Esqueça isso, a Lava jato já era. Cunha jamais fará qualquer delação contra o PSDB e o PMDB. Ou seja, tá tudo bem arrumado e dominado. Resta ao PT fazer reuniões de final de semana com Rui Falcão no comado procurando um culpado. As lideranças que ai estão são um fracasso. Cadê Carina Vitral? Onde anda Boulos? Stédille?Esses caras do PT são tão corporativistas que jamais farão o que deveria ser feito, ou seja, uma reformulação geral no partido  uma busca de novas lideranças e novas alianças deixando para trás a sombra amarga do PMDB. Precisa rever também a sua relação com os sindicatos pois estes ainda podem ser passíveis de outro escândalo. Os sindicaos são uma verdadeira caixa preta. Não se assustem, mais lá no PT haverá ainda muita gente boa defendendo a continuação das alianças espúrias com Renan, Sarney, Jader Barbalho e cia.  Só tem uma pessoa que pode salvar o partido e se chama Lula. Lula porém, precisa dizer se vai continuar dando tapinhas na costas do PMDB para continuar a tal da governabilidade que deu no que deu ou vai descobrir novas lideranças e costurando alianças com partidos de esquerda comprometidas com os movimentos sociais e a defesa da soberania brasileira. 

  5. Não sei o que anda comendo o

    Não sei o que anda comendo o professor Aldo,talvez suas constantes idas a programas da emissora golpista o tenha afetado.

    O presente post parece um resumo da página inicial do UOL com as análises dos de sempre com dizeres muito semelhantes ou iguais ao do professor,com o diferencial que ali ninguém se exibe como professor (pode ser que se achem deuses)

    É preciso entender que houve um golpe de Estado engendrado de fora para dentro e que as circunstâncias econômicas advindas destas condições foram imperativas para a consecução deste golpe.

    Não trata-se de avaliar se o PT ou o governo erraram. Como diria o camisa preta do Paraná,isto não vem ao caso.

    A realidade é que o golpe está custando muito cara ao país e a democracia. Isto não atende aos interesses de nenhuma classe social.É disso que estamos falando.

    Análises como a do professor,que procura colocar o país entre esquerda e direita,só fortalece os interesses do grupo golpista,ainda hoje,um sujeito indeterminado. Fantoches existem muitos mas a cabeça do golpe ainda está para surgir.

    É preciso,antes de mais nada,refletir sobre o que vem acontecendo com o país neste pós golpe.

    De nada adianta falar de esquerda ou direita. O povo não é de esquerda ou de direita. O povo luta para sobreviver em condições dignas e acredita em quem melhor pode representar seus anseios.

    A discussão,portanto,deve ser de como reagrupar o próprio povo na luta de seus interesses e não em dividí-lo entre esquerda e direita.

    O professor já foi melhor.

    1. O professor insiste em

      O professor insiste em tratrar uma disputa da geopolítica do petróleo como um caso de caixa 2. É a narrativa conveniente para seu grupo capitulador e traidor.

  6. Sou de esquerda e não vejo condições de votar na esquerda

    Divido o comentário em dois pontos: 1) As barbeiragens na administração e na economia, assim como a completa cegueira em enxergar os próprios erros, me impedem de votar na esquerda. Os erros em economia e administração foram fartamente denunciados desde antes de 2013, mas as críticas foram rejeitadas como coisa de neoliberais malvados. Deu no que deu, e não voto de maneira alguma em uma esquerda com uma visão tão míope e perniciosa para a economia e as finanças do país. Além disso, nossa esquerda não promoveu NENHUMA reforma institucional, administrativa ou fiscal enquanto esteve no poder: a esquerda deixou para a direita fazer depois, ao invés de assumir o papel histórico que deveria ter na modernização do país. Agora teremos reformas à direita, ao invés de reformas à esquerda. 2) Tendo por base a certeza arrogante de ser a infalível dona da verdade e das boas intenções, nossa esquerda afastou a classe média. A classe média em geral entende um pouco mais de contabilidade para não cair nas malandragens fiscais em que nossa esquerda nos meteu. Mas o mais impressionante é ser realmente notável a forma como um partido que chegou à presidência com os votos da classe média ter passado a presidência inteira falando mal da classe média… vai entender as razões desse tipo de suicídio eleitoral… Basta ver que o Freixo ganhou apenas na zona sul do Rio para entender o que digo. O “povo” não é essa coisa idílica e fofinha que nossa esquerda supõe. O povo é reacionário, preconceituoso, obscurantista e intolerante, tanto quanto as igrejas evangélicas que ele frequenta. Mas a nossa esquerda tem por esporte predileto falar mal da classe média, talvez por um exercício de má-consciência, já que a maior parte do progressismo em nossa sociedade está na classe média…. vai entender….

    1. Você não vota na esquerda. Mas tb não vota na direita. Vota?

      Quer dizer que a crise na qual estamos submersos decorreu das barbeiragens na administração e na economia, não sendo, tais crises, inerentes ao modo de produção capitalista? Em outras palavras, o problema não é o capitalismo, é o PT?

      Com um esquerdista desses, os parasitas sociais não precisam de direitistas para manter seus privilégios intactos.

      1. Ruy, não precisa destruir a economia pra fazer programas sociais

        Equador e Bolívia não arruinaram as finanças de seus respectivos países, ao contrário do que fizeram Brasil, Argentina e Venezuela. Arrebentar a economia e a contabilidade pública leva a retrocessos violentos no projeto da esquerda, como vemos aqui e nos países que mencionei. Retrocessos inclusive sociais, óbvio. Enquanto a nossa esquerda não aprender o beabá em economia e em contabilidade pública não dá para votar nela. Basta ver a força que a direita radical ganhou com isso. Melhor votar ao centro do que numa esquerda que destrói nosso mercado e com isso joga o poder no colo da extrema direita.

  7. Nossa senhora, o Fornazieri

    Nossa senhora, o Fornazieri tirou isso tudo, a tragédia das esquerdas, das eleições para prefeito, que é a menos ideológica de todas. É como votar para síndico. Tanto é assim que ao mesmo tempo que a “esquerda era dizimada” nas eleições o Lula recuperava em parte sua popularidade.

    As vezes o acadêmico tem dificuldades em entender a cabeça do povão. Conversei com alguns que ao ver meu botom Fora Temer, concordaram, defenderam Lula, dizendo que querem impedir que ele volte, e que votariam no Crivella.  

    Isso não quer dizer que o PT não esteja em crise. Sua derrota nas urnas nem é o mais preocupante, é consequência de algo mais grave, sua acomodação burocratizada e mais, sua incapacidade de se defender, que não através de “notas oficiais”.

    É por isso que vemos ao mesmo tempo movimentos vigorosos da sociedade civil, nas escolas, das mulheres, e LGBTs e o enfraquecimento do PT. O partido se distanciou desses movimentos e ficou confabulando em gabinetes.

    Mas isso não significa que a direita, o PSDB virou uma potência eleitoral. E que o PT “acabou” e muito menos as esquerdas. O que pode acabar com o PT e oprimir a esquerda é a ditadura judicial que se consolida, não o povo. O povo muda e pode voltar a votar no PT ou em alguém da esquerda.

  8. Aldo está certo

    Prezado Aldo,

    Não ligue para o que dizem alguns dos comentários a seu ótimo texto. É que muita gente ainda prefere repetir, por pura inércia intelectual, o discurso produzido por algum apparatchik em vias de perder o emprego.

    A esquerda não se livrou, infelizmente, da sina da lei de ferro da oligarquia de que falava Robert Michels. E nada indica que poderá se reinventar, ao menos enquanto não for capaz de abandonar a praga do “centralismo democrático” interno e reintroduzir uma verdadeira democracia interna – capaz de guindar lideranças do século XXI (e não estas “que aí estão”) à testa do(s) partido(s).

    Um sinal grave da desorientação reinante e da total perda de credibilidade das lideanças tradicionais no campo da esquerda é o fascínio com que muitos (na universidade inclusive) acompanham a ocupação de escolas em todo o país. Jovens de 15, 16 anos seriam a nova vanguarda política! Enquanto os partidos de esquerda soçobram nas urnas, a garotada produz um occupy com delay e confunde revolução com rave. O tempo há de mostrar que a “doença infantil” do esquerdismo, como dizia Lênin, é ainda o caldo de cultura política dominante entre os nossos progressistas.

     

  9. no parágrafo que se inicia

    no parágrafo que se inicia com “A grande ilusão…ascensão do PT se deveu à combinação de uma série de singularidades, ocasiões, circunstâncias, capacidades e lideranças, força política e social e virtuosidades que dificilmente se repetirá na história”. 

    Esse parágrafo escrevi ele há 11 anos num livro (noutras palavras, claro), no qual critiquei a forma desatrada de poder que o PT impos na sua forma pragmática de administrar. Deu no que deu.

  10. Saiu do armário mais um Oportunista!

    Sinceramente esta matéria não está a altura do GGN, pífia narrativa  de acontecimentos seletivos, parece que a lava jato está contaminando muita gente! Por favor o quadro da esquerda brasileira é delicado mesmo e as disputas pioram a situação, mas o artigo passa longe de olhar a conjuntura dos fatos, o país sofreu uma ruptura democrática os marcos de análise são outros, não há normalidade em nada. Ao contrário o ilustre articulista devia situar o ambiente econômico , pois é este que vai dar o tom do que vem pela frente e Temer queira ou não é mais frágil que o Sr. quer ver, muitos empresários o querem longe do governo e o povo não tardará a começar a bradar vigorosamente contra os ataques à falta de recursos na saúde e ducação!  

    1. O articulista está envolvido

      O articulista está envolvido nas disputas internas do PT, daí, necessariamente, o diagnóstico de terra arrasada.

      Evidente que a atual direção do PT é uma porcaria, mas o PT tem se encontrado sob intenso fogo amigo, o quue praticamente inviabilizou a resistência ao golpe. 

      Essa ala que se acha cheia de razão, fala do alto de nada, pois o desempenho dela charfundou na mesma lama do partido… Taí o segundo turno entre PMDB e PSDB em Porto Alegre não me deixa mentir…

      A ala capituladora do PT, que capitula perante as críticas da mídia, acha que o PT caiu pelos seus erros ( e não pelos seus acertos), e que é e sempre foi adepta do republicanismo imbecil que nos trouxe a essa situação, é ess a turma do articulista. Evidente que uma coisa ou outra nos textos terá fundamento, mais devemos saber a posição do articulista antes de ler o texto.

    2. Onde está se embasando?

      Onde está se embasando? Porque se for pela conjuntura do resultado das eleições de 2016 , que é onde imagino que Aldo está se embasando, não tem nenhuma perspectiva diferente do articulista. Basta ver o resultado catastrófico, parecido com o que sobrou de Hiroshima em fins de agosto de 1945, que sobrou do PT em Tucanistão.

      Ou seja: a população desse país, está muito feliz, com a quantidade de hospitais que foram construídas ali, com a quantidade de casa populares que foi construída com 1/17 avos do ICMS que é cobrado ali, está feliz com segurança púplica que tem, está achando que os pedágios ali cobrados podiam aproveitar para dar uma subida de preço, assim ele construiria mais algumas dezenas de rodovias, e ampliava aquelas que não cobra pedágios ainda.  Sem contar a qualidade de ensino que melhorou 200% nos últimos 24 anos. Tucanistão era mais conhecido como pedagistão, mas agora, depois era lulopetista, resolveram mudar para o atual nome. Parabéns ao povo que sempre foi sábio!

  11. A esquerda não conseguiu

    A esquerda não conseguiu reconstruir o país, pois se recusou a destruir a direita.

    A direita, por outro lado, não tem medo de destruir a esquerda e o país.

    Vem daí a impossibilidade da esquerda sair dos escombros em que se meteu.

    Em algum momento, porém, cansado de ser pisoteado pela direita o país se levantará novamente.

    Quando isto ocorrer ninguém, nem mesmo um Lulinha paz e amor, conseguirá organizar e moderar o desejo de justiça e de vingança de um povo odiado e pisoteado pela direita.

    Rumamos para uma radicalização semelhante à que existe no Oriente Médio.

    Não por acaso um dos novos componentes da realidade brasileira é justamente a politização da religião como ocorreu naquela região amaldiçoada por ter o petróleo cobiçado pelos EUA (exatamente como o Brasil).

     

     

    1. É, mas depois disso daí,

      É, mas depois disso daí, quero ver enfrentar a 4ª frota e “roubar” o pré-sal dos americanos na mão-grande…

      O problema é que se o povo não se levantar agora, depois será tarde demais…

      Viraremos um imenso campo de experimento para artefatos bélicos americanos. 

      Enquanto isso, os cirandeiros que jogaram nesse abismo vão sumir…

  12. outra vez

    O que vai se tornar mais dificil para os analistas de redaçoes é a entrada em cena da esquerda nao eleitoral, nao amordaçada pelo republicansimo, nao submetida ao calendário enjaulado…essa ja faz seus lideres nas escolas e universidades ocupadas, nos campos, nao envaidecida pelo que sai nos jornais….

  13. Você não assiste ao JN? Não lê a revista Veja?

    Lamento mas pelo menos por enquanto o vulgo não tem acesso às análises e sínteses elaboradas e refinadas na, pela e para a Academia. O voto do vulgo se dá unicamente pelo que dita a propaganda, tanto a explicitamente eleitoral quanto a ideológica-comercial. Subestimar o poder das empresas privadas que se dedicam à comunicação em massa, a chamada “imprensa” (mas também a indústria de entretenimento) é tirar da equação que pretende explicar e projetar cenários políticos a variável mais importante. A prática política não se realiza unicamente na Academia¹, política se estuda na Academia mas é praticada pelo vulgo, no dia-a-dia, eis o que o resultado das eleições municipais nos esfrega na cara.

    Não há como pensar em reconstrução da ordem democrática. Só o que é possível é uma nova construção. E que leve em conta o poder da mídia como um todo e de imprensa especificamente.

     

    ¹ – Não só o número de eleitores que frequentam a Academia é infinitamente menor do que o de votantes como na Academia se pratica, sim, tanto a política quanto a “politicalha”, em que egos e vaidades pessoais também não podem ser excluídos da equação que pretende explicar hierarquias e funcionamentos. Adorno, não o filósofo e sim o professor da FFLCH da USP, entre tantos outros diretores de academias, que o diga…

  14. Eleições 2016!

    Parece que uma análise das eleições deste ano não pode ser feita sem levar em consideração as abstenções, os votos nulos e os em brancos. O PSDB pode ter até saído vitorioso nas presentes eleições municipais, mas, como não tenho dados, não sei se o partido cresceu, se permaneceu do mesmo tamanho ou se diminuiu!

    Por outro lado, o problema crônico do PT, a meu sentir, é que o partido simplesmente orbita a figura de seu expoente máximo: Lula! Ou então: o partido simplesmente tem um único expoente para, “pleonasticamente” falando, ao seu redor orbitar!

    Vivermos sob a liderança de alguém ou, ainda, vivermos um sistema cuja sobrevivência pressupõe a presença líderes não revela consistência suficiente a tanto!

    E, como as coisas andam, haveremos, em futuro não muito distante, de nos encontrar dentro de um grande templo, vivendo da fé e da crença!

     

  15. O PT não se reerguerá se não defender emprego, salários, etc

    Se quiser se reerguer, o PT deve lutar contra o desemprego, contra a desvalorização dos salários, a defesa da educação, da saúde, etc.

    O PT nasceu nas ruas, tem que se desencastelar, sair da frieza dos gabinates burgueses para o calor das ruas. Senão, seu destino é a lata de lixo da história.

  16. O PT tem que servir a quem venceu os vencedores

    Os Tucanos cuidam que ganham mesmo tendo perdido para brancos/nulos e abstenções. Em outras palavras, os vencedores fpram derrotados pelos votos brancos/nulos e pelas abstenções. O PT se reeguerá com um ato de amor, em contrapartida ao ódio tucano: deve servir a quem venceu o vencedor.

    1. Mas aí pré-sal já foi e PEC

      Mas aí pré-sal já foi e PEC 241 tb.

      Com a PEC 241 não dá apra servir a quem vencu o vencedor… só aos vencedores mesmo.

      É isso que as pessoas que foram votar nulo não perceberam.

      Jogaram o país para o alto pra os cretinos. E não adianta se arrepender em 2018, já que ó vão poder tomar uma atitude em 2038.

  17. Marielle: fazendo diferente e fazendo diferença

    http://agoraequesaoelas.blogfolha.uol.com.br/2016/10/31/marielle-fazendo-diferente-e-fazendo-diferenca/

    Por #AgoraÉQueSãoElas

    Por Marielle Franco*

    “Eu não sou mulher, não sou negro e não sou favelado. É por isso que votarei em você, Marielle”. Essa foi a declaração de voto que mais me inspirou durante a campanha eleitoral para vereadora do Rio de Janeiro. Mas essa frase, ao mesmo tempo que dá credibilidade e legitimidade às nossas propostas e ao simbolismo de nossa representação política, também é desafiadora. Tanto que as pessoas teimam em perguntar: Como explicar os 46.502 votos? Ainda é “prematuro” apresentar uma avaliação que traga uma resposta “concluída”, com o mapa eleitoral cruzado com a diluição da campanha pela cidade. Mas há pistas que permite uma qualificada análise inicial.

    Um dos elementos que nos ajuda a pensar é o gargalo que existe entre a política institucional e a participação das pessoas nos espaços de decisão. Sim, trata-se da tal representatividade que a conjuntura política exige. Com a campanha foi possível colocar em foco a delegação da representação, criando expectativa do exercício do mandato institucional manter a mesma proximidade que levaram aos mais de 46 mil votos.

    As minhas identidades, enquanto feminista, negra e cria da favela foram ressaltadas na campanha, porque é o que me compõe enquanto sujeita política e humana. São a partir dessas vivências, por vezes subjugadas por nossa sociedade predominantemente machista, racista e desigual, que experimento a cidade em sua complexidade. E nosso programa, nossas propostas e o simbolismo ético e estético se apresentaram cerzindo debates e identificações com essas especificidades.

    Trata-se de diferenças e alternativas políticas em um quadrante no qual o conservadorismo, principalmente nas Casas Legislativas, amplia-se. Lideradas por homens brancos, que, na maioria das vezes, colocam suas opções religiosas acima dos interesses públicos, as casas parlamentares, no ano de 2015, notabilizaram-se por atentados aos direitos das mulheres. No âmbito federal, o projeto de lei 5.069 de Eduardo Cunha buscou criminalizar ainda mais as mulheres que sofrerem aborto. Na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro foi criada uma CPI do Aborto que tentou fazer com que todos os hospitais que recebessem mulheres com quadro de aborto, natural ou não, notificassem à polícia. A repulsa e a onda de protestos contra a tentativas de legislar sobre o corpo das mulheres ecoaram por todo o Brasil e mexeram nessas eleições. Como contradição desse processo, um dos quadros visíveis foi a enxurrada de votos em candidatas declaradamente feministas, como Áurea Carolina, a mais votada na capital mineira com 17.420 votos e Talíria Petrone, a mais votada em Niterói, com 5.121 votos. Ambas do PSOL.

    No Rio, recebemos votos do Jardim Botânico à Maré. Sim, a classe média alta votou em nossa proposta. Nossos votos não estão geolocalizados nas favelas e nos confirmaram como uma parlamentar da cidade e não de um “distrito” específico. Mas o Ubuntu regeu a nossa campanha. De qualquer forma, é possível acreditar que são pessoas que estão distantes da política institucional e nos enxergaram como uma aproximação democrática. Esse foi um desafio que nos fortaleceu no trilho junto ao Freixo, o que também foi uma das marcas de identidade das campanhas proporcionais e majoritária. Chegamos ao segundo turno e conquistamos a segunda maior bancada para a próxima legislatura na Câmara do Rio.

    Os votos nas urnas expressam vitórias política, simbólica e programática.

    Eu sou vereadora porque nós somos necessárias.

    *Por Marielle Franco, Vereadora eleita com a quinta maior votação da Cidade do Rio de Janeiro.

  18. Freixo preferiu Globo à Lula. Perdeu

    A derrota das esquerdas, como comemoraram ontem os ex-jornalistas da Globo News, inclusive aquele um que chorou quando a honrada venceu em 2014, parece mais uma daquelas vitórias de Pirro das direitas.

    No RJ, houveram mais brancos, nulos e abstenções que votos no vencedor. Direita que vence com Dória, Crivella e Grecca, em importantes capitais do Sudeste merece um sonoro PQP. Depois vêm dizer que o Nordeste é que não sabe votar.

    Concordo com Aldo: união das esquerdas urge. O caminho é olhar pra frente.

    1. Vitória de Pirro serão as

      Vitória de Pirro serão as eventuais vitórias da esquerda se a PEC 241 passar… só servirá para pegarmos a bomba social que a direita armou.

      Vitória para a esquerda agora só adianta com 2/3 do senado e 2/3 da Câmara… e isso é impossível.

  19. Desonestidade intelectual a serviço da fraqueza conceitual?

    Ou vice-versa?

    Desconstruir esses modorrentos textos do aldo já passaram a validade faz tempo. 

    Só que ele agora tentou “inovar”, usando artifício caro ao “pig”, quer dizer, quem lê o título imagina que ele vá seguir um caminho um pouco diferente, ampliando o limitado escopo de suas preocupações, além dos ressentimentos típicos da esquerda-alice.

    Truque barato apenas.

    Duas informações destróem tudo, e poupam você, meu caro colega assíduo desse blog:

    1- O PT ainda é o partido preferido da maior parte da população, ebora sua rejeição, é fato, tenha subido. Algo em torno de 15 ou 16% (senão me engano, os dados são do Vox Populi, e são recentes – acho que li na Carta Capital).

    O problema é que o aldo considera essa crescente rejeição muito mais um problema só do PT, ao invés de considerar como consequência da mais infame campanha midiática que se tem notícia no Ocidente, desde o século XX e a própria “invenção” do termo comunicação de massas;

    2- Seguindo uma lógica sistêmica, para conectar o esse item 2 ao primeiro, é preciso informar que em quase todo o Brasil, as ausências, os votos nulos e brancos ganharam os dois turnos, onde houve, e os pleitos de turno único.

    Então, minha gente, o problema não é só da Esquerda, mas da própria concepção de representação liberal democrática, e talvez, o aldo só acerte (sem querer, é claro) quando fala da Esquerda, porque desde que conhecemos o Estado de Direito como tal, só a Esquerda o respeite e aceite suas regras (até mesmo quando essas regras são subvertidas para demolir o campo progressista)!!!

     

    PS: continuar a citar ou legitimar os processos que condenaram petistas, como a ação 470 e lava-jato, não merece réplica publicável.

     

     

    1. O aldo tem razao no que fala

      Desculpe, o Aldo tem razao no que escreve.

      Sobre o PT partido que eu defendi e cansei de levar desaforos da direita nao fez um vereador na minha cidade na grande SP . O PCdo B, incrivel, fez um.

      O prefeito que tentou se reeleger era do PT e trocou pelo PDT., Perdeu no mesmo jeito.

      Trabalhei num escritorio ate recentemente e das 15 pessoas que la estavam 14 odiavam o PT. A excepção era eu.

      (não sou do PT mas me recuso a fazer parte da direita).

  20. Nassif, ainda refletindo, mas

    Nassif, ainda refletindo, mas o embate PSOL X PRB no RIo, foi entre uma parte expulsa do PT e um partido criado depois das eleições do ano 2000, quando o PT faz uma aliança com a IURD e leva políticos para lá, entre eles o saudoso José Alencar que foi alçado a vice-presidente na chapa no Lula. Vc sabe Nassif, que foram dadas até cargos na cidade de São Paulo para rubustecer o mesmos, o PRB este junto no projeto de aliança com o Marcelo Alencar e depois Paes no Rio de Janeiro, tanto Dilma quanto Lula estiveram no palanque nas eleições municipais de 2012 contra o Freixo.

    Outro grande vitorioso, ou pelo menos cresceu, é o PSD do Kassad que foi criado como uma alternativa de centro ao PMDB já com Lula governamento, se entrou até o Ministério do Interior.

    O PMDB  em grande e PSDB parte estivaram unidos no projeto até 2010, o Aécio que teve seu partido diminuindo em 4 prefeituras no Estado este ano e perdendo BH, apoiou junto com o Pimentel o Marcio Lacerda (que era assessor do Ciro), o quadro me parece é nos enganarmos sem ver o retrato de anos atrás e deparamos com vários “companheiros” de palanque. Inclusive em POA a candidata a vice na chapa do Melo era a neta do Brizola (PDT).

    A própria grande mídia criticada agora foi parceira, quantas matérias vc mesmo fez nesse espaço?  

    Muitos dos derrotados hoje pela esquerda ou foram expulsos ou segregados do PT, e muito do que está do outro lado foram apoiados, crescendo a sombra protetora, inclusive com recursos públicos, falo de cargos distribuidos. 

    Todos deviam saber que um dia essas alianças acabariam, quando esses parceiros tivessem chance de impor sua agenda, é assim que se ocorre em qualquer lugar,  o que vimos ontem,  é que a maioria passou em número e importância de prefeituras o PT,  o projeto hegemonico que muitas vezes sacrificou diretórios cobra seu tributo, vide  PT-RJ obrigado a anos a alianças de ocasição (Brizola, Garotinho, Marcelo Alencar, Paes ) agora ficou a 1 prefeitura, BH foi entregue em nome de um do pragmatismo político,  

    Quer dizer as conquistas dadas no último tiveram apoio em grande parte dessa direita vitoriosa, e muitas das bandeiras de esquerda inclusive por democracia da mídia silenciadas, o que se perdeu até aqui são cargos e verbas para grupos, até boa parte do projeto conservador do Temer são políticas que infelizmente já ouviamos no governo Dilma que só não foram implementados em alguns casos por que houve a ameaça de impeachment e tivemos uma guinada dentro do governo à esquerda.

    Concluindo nem os vencedores são assim tão adversários, nem o dia a dia da administração parece ser tão diferente, já que os projetos foram gestados durante a administração Dilma, por isso agora o discurso de esquerda não pegou, não adianta dizer que esses são seus ideias, se no dia a dia do seu governo sua política é outra.

     

     

     

     

     

     

     

     

  21. Uma iniciativa: o PT-RS Congresso de Renovação Já

    http://www.sul21.com.br/jornal/pt-rs-lanca-manifesto-pedindo-congresso-para-mudar-direcao-e-politica-do-partido/. Me atrevo aqui: pena ser muito tardia iniciativa. Como simples cidadão via e vejo que há erros que vêm desde a fundação do partido (não é hora de falarmos em acertos): os mais evidentes são o purismo (o povo perdoa o pecador, mas não o pregador, diz um ditado); a omissão e tergiversação ou cegueira diante de algumas coisinhas; o ódio (vide Chauí aplaudida imediatamen te ao destilar ódio contra a classe média – ora, há várias classes médias); a arrogância de portadores da verdade e da luz; a resistência à autocrítica (a de verdade, a que dói na carne) e a infinita resistência ou imediato repúdio a críticas de fora.

  22. pequena errata sobre PRB

    O saudoso José Alencar é eleito pelo PL de vice-presidente em 2003, ele sai com parte do PK com outro ligado a IURD, mas já antes a IURD participa de administrações municipais petistas. Caso seja, aprovado o comentário anterior, a semente da IURD se juntar ao projeto se faz depois das eleições de 2000 que era um modo de ter o eleitorado conservador cristão na coalizão montada para eleição do Lula.

     

    O PL acho que acaba com a fusão com o Prona e é agora o PR.

     

     

  23. Aprender as lições e disputar a cabeça do povo!…

    Não tem outro caminho senão disputar a cabeça do povo. Este votou nos maiores corruptos e ladrões comprovados!….

    Por que esse moralismo pra cima do PT?….O Mensalão foi e é uma farsa. As acusações e prisões da Lava Jato contra o PT e petistas são com base em ilações e convicções. Até agora não apresentaram uma prova factual!….Nada.

    O que determinou essa situação foi a cegueira política que tomou conta do PT, levando-o a acomodação e perda do instinto político, por dirigentes embriagado pelas sucessivas vitórias nas Eleições Presidenciais e os sucessos de seus governos. Não virão o perigo para prevenir a avassaladora ofensiva de seus inimigos contra o Partido e seu governo. As circunstâncias atiraram-lhes pelos olhos a calamidade que não viram.

    No texto abaixo de um sábio e preparadissimo georgiano,denegado por muitos – o que é uma lástima – pode se aprender algo, que os seus sucessores ignoraram e permitiram a destruíção da URSS.

    A questão é que nossos camaradas de Partido têm estado totalmente absorvidos no trabalho econômico nos anos recentes, têm estado envolvidos até o limite com os sucessos econômicos e, estando embrenhados em todas essas coisas, têm esquecido todas as outras, verdadeiramente todas as outras.

     A questão é que, levados pelos sucessos econômicos, eles começaram a considerar isto como o começo e o fim de tudo e simplesmente prestam pouca atenção a coisas como a posição internacional da União Soviética, o cerco capitalista, o fortalecimento do trabalho político do Partido, a luta contra a destruição, etc., supondo que todas essas questões são assuntos secundários e terciários. Os sucessos e realizações são certamente uma grande coisa. Nossos sucessos, na esfera da construção socialista, são verdadeiramente enormes. Contudo, os sucessos, como todas as outras coisas sob o sol, têm seu lado ruim. Entre as pessoas que não estão acostumadas aos grandes sucessos políticos e às grandes realizações, não é pouco frequente surgirem descuido, complacência, auto-satisfação, excessiva autoconfiança, exibicionismo e fanfarronice. Vocês não podem negar que as bravatas ultimamente têm crescido tremendamente entre nós. Não é surpreendente, nessas circunstâncias de grandes e sérios sucessos na esfera da construção socialista, que sentimentos de jactância sejam criadas, sentimentos de demonstração exibicionista de nossos sucessos e sentimentos sejam criados de subestimação da força de nossos inimigos, sentimentos de superestimação de nossa própria força e, como resultado de tudo isso, aparece a cegueira política. Devo aqui dizer umas poucas palavras acerca dos perigos ligados aos sucessos, acerca dos perigos ligados as realizações. Sabemos pela experiência dos perigos relacionados com as dificuldades. Durante anos estivemos lutando contra tais tipos de perigos e, devo dizer, não sem sucesso. Entre as pessoas que não são firmes, os perigos ligados às dificuldades não pouco frequentemente dão surgimento a sentimentos de desolação, ao debilitamento de suas forças, aos sentimentos de pessimismo. E, ao contrário, quando é uma questão de lutar contra os perigos que surgem das dificuldades, as pessoas temperadas nesta luta emergem da luta realmente como bolcheviques de granito. Tal é a natureza dos perigos ligado as dificuldades. Tais são os  resultados de superar as dificuldades. Porém, há outro tipo de perigo, o perigo ligado aos sucessos, o perigo ligado as realizações. Sim, sim camaradas, perigos ligados as realizações, aos sucessos. Este perigo consiste no fato de que entre pessoas pouco tarimbadas na política e de pouca visão, as condições criadas pelos sucessos – sucesso após sucesso, realização após realização, cumprimento de planos após cumprimento de planos – dão surgimento  a sentimentos de negligência e de auto-satisfação, cria-se uma atmosfera de ostentação de triunfos e congratulações mútuas que embotam o sentimento de proporção e obscurecem o instinto político, tiram o ímpeto do povo e o levam a descansar sobre os seu lauréis. Não é surpreendente que, nesta atmosfera narcótica de arrogância e auto-satisfação, esta atmosfera de ostentação e autoconfiança espalhafatosa, as pessoas esqueçam alguns fatos essenciais que são do maior significado neste nosso país: as pessoas começam a perder de vista fatos desagradáveis como o cerco capitalista, as novas formas de destruição, os perigos ligados aos nossos sucessos, etc. O cerco capitalista? Uma mera bagatela! Que significado pode um ou outro cerco capitalista ter, se cumprimos e superamos nossos planos? Os estatutos do Partido, a eleição dos órgão do Partido, o relatório dos dirigentes do Partido para as massas dos membros do Partido – é realmente necessário tudo isso? Vale a pena dar importância a todas essas ninharias, se nossa economia cresce e a situação material dos operários e camponeses se torna cada vez melhor? Meros detalhes! Nós superamos os Planos, nosso Partido não está mal, o Comitê Central do Partido também não está mal – de que nós precisamos? É gente engraçada sentada lá em Moscou, no Comitê Central do Partido.Eles inventam todo tipo de questões, falam sobre uma outra destruição, não dormem e não deixam as outras pessoas dormirem. Este é um exemplo perfeito para se ver como facilmente e simplesmente alguns de nossos camaradas inexperientes estão infectados com a cegueira, como resultado de um arrebatamento estonteante por nossos sucessos econômicos. Tais são os perigos relacionados com os sucessos , com as realizações. Tais são as razões pelas quais nossos camaradas de Partido estão se deixando levar pelos sucessos econômicos, esquecendo fatos de caráter internacional e interno que são da maior importância para a União Soviética e não têm notado toda um série de perigos circundando nosso país. Tais são as raízes de nossa negligência, indiferença, complacência e cegueira política. Tais são as raízes das deficiências em nossa economia e no trabalho do Partido. Defects in PartyWork and Measures for Liquidating Trotskyites and Other Double Dealers – Relatório ao Comitê Central do CPUS(B) – 3/5 de Março de 1937.

     

  24. Esquerdas

    Olá, Nassif! 

    Ótima análise. Também acho que o Ciro Gomes está bem fortalecido. Agora quanto a situação da esquerda eu acho que ela continua sendo o que sempre foi no Brasil, meia dúzia de estudantes com o complexo de PSOL, uns intelectuais que vivem bem distantes do que a esquerda defende lendo os editoriais do apartamento e pensando como os vizinhos são direitistas escrotos.

     A esquerda sempre foi o Lula, e nunca foi por ser esquerda, foi por ser o Lula, foi por ter disputado muitas eleições até encontrar um bom marketeiro que o tornasse palatável para ser votado pelas pessoas que ele sempre defendeu. Foi o Lula que fez o PT e o PT e o Lula. E vale lembrar que nem o Lula governou como esquerda. Não tem como separar.  É triste mas o eleitor brasileiro ainda não aprendeu a descernir sobre direita e esquerda e quando tenta fazer isso, acaba caindo no abismo da herança da ditadura que diz associa a esquerda ao comunismo, e o comunismo à falta de liberdade.

    Mas o que é mais interessante desse processo é que pela primeira vez uma parte da população que viu e viveu o governo Lula passou a se identificar com os avanços sociais, as pequenas políticas de distribuição de renda e as gestões humanistas. Disso vemos o crescimento do Fernando Haddad. A esquerda do Brasil tem que nascer, nascer principalmente no Brasil profundo e esse momento reune as melhores condições para isso. Mas como não custa nada ter os pés no chão, eu já ficaria bem feliz com uma candidatura Ciro e Haddad nas eleições de 2018.

  25. SOLUÇÃO TEM! MAS A CORRUPÇÃO PARTIDÁRIA ACEITARÁ!

    O PSOL seria uma boa opção, mas é inviável, devido ao eleitorado brasileiro, se não se posicionar um pouco mais à direita. Além do que, precisa diminuir a ênfase que dá às causas das minorias. Não que não seja justa e necessária, mas porque acaba gerando mutiíssimo mais rejeição, do que simpatia ao partido. As próprias minorias deveriam perceber isso. Porque se estão se sentindo representadas no partido, sendo resguardadas por seu estatuto e programa de governo, e têm as portas abertas em sua administração; deveriam contentar-se com isso. Afinal, é uma questão matemática, a eleição é vencida por maioria de votos. Ou seja, defender as minorias é excelente e uma medida de justiça; mas fazer uma campanha em cima disso, como se o PSOL fosse “o partido das minorias, para as minorias”, jamais trará bons resultados. E, é claro, acaba prejudicando as próprias minorias. O PSOL, em vez de defender em demasia as minorias, e perder votos com isso; deveria realçar a necessidade de se federalizar efetivamente o Brasil, dando mais autonomia aos estados e municípios; além de defender o direito do povo convocar PLEBISCITOS em todos os níveis, possibilitando inúmeras conquistas às minorias, a partir dos municípios, que poderiam ser estendidas ao nível estadual e federal!

    O governo Temer, pra desespero do PT, dada a boa administração petista, que o próprio PT omitiu-se em defendê-la através de pronunciamentos de ministros na cadeia nacional de TVs; pode chegar com a economia a todo o vapor em 2018, e destruir de vez o PT! Pois os efeitos da desnacionalização da cadeia produtiva de petróleo serão sentidos apenas mais pra frente…

     

    O DEBATE POLÍTICO FUNCIONA! GLEISI HOFFMANN propõe emenda no congresso à PEC 241 (PEC 55 no senado), para que o povo deva aprová-la por REFERENDO. O REFERENDO ainda não está convocado pelo congresso, foi apenas proposto; e, por isso, devemos exigi-lo nas ruas, em nossas faixas e cartazes, para que possamos derrubar essa lei no voto popular! Estamos debatendo há meses sobre isso, praticamente sozinhos, uma ONG que conta com apenas meia dúzia de colaboradores. Imaginem como ficaria, se toda a sociedade começasse a DEBATER política pra valer…

    Resta saber se o PT colocará a campanha pelo REFERENDO nas ruas, blogs, camisetas, grandes faixas, carros de som, etc… Ou fará como com a Dilma, abandonada à própria sorte, sem receber apoio ao PLEBISCITO POR NOVAS ELEIÇÕES, que ela propôs! Porque o PT pode ter políticos extraordinários, mas a maioria de sua cúpula apodreceu… Leia, estude, debata mais sobre política. Entre no link abaixo, veja suas informações preciosas, e COMPARTILHE: https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/873013156167681/?type=3&theater

     

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