“Eu acuso!”: FHC é personagem diminuto na (grande) História, por Romulus

“Eu acuso!”: FHC é personagem diminuto na (grande) História

Por Romulus

– Atrevo-me a julgar FHC.

– A hipótese (a ser testada): após a “grande reflexão” sobre a sua vida, o homem tende a tirar o foco de sua dimensão individual e a agir de maneira (mais) altruísta.

– Não vejo em FHC em geral – e nessa entrevista à Al Jazeera em particular – nenhum sinal dos frutos da tal reflexão.

– Pior: vejo o contrário.

– FHC é um ser mesquinho, vaidoso e apequenado, que coloca o seu legado – o narrado e não o real – acima do próprio país.

– Aceita sacrificar a democracia brasileira e os avanços dos últimos 30 anos para fabricar revisionismo histórico que o favoreça na foto – embora não na realidade.

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O Diário do Centro do Mundo noticiou, no fim de semana, o desmonte de Fernando Henrique Cardoso na entrevista que concedeu à Rede Al Jazeera.

Kiko Nogueira dissecou, em sua análise, o impiedoso atropelo – de um senhorzinho! – por uma retroescavadeira:

FHC está mal acostumado com a imprensa brasileira e quando sai dessa zona de conforto toma um susto. Ele foi o convidado do Up Front, atração da Al Jazeera comandada por Mehdi Hasan, premiado jornalista britânico, radialista, escritor e comentarista político, autor de dois livros. Hasan foi ouvir FHC como ex-presidente do país, portanto com autoridade para falar, e também como um dos “apoiadores do impeachment”. O que se seguiu foi um embate em que um dos lados saiu irremediavelmente exposto em sua fragilidade de argumentos, nu com sua farsa — e não foi Mehdi.

No início, Fernando Henrique tenta explicar que Dilma “cometeu erros contra a Constituição”, que não é “um crime no senso penal”, mas de “falta de responsabilidade com a “Constituição”. Aquele blábláblá sem sentido.

A seguir Kiko trata, um por um, dos pontos mais relevantes do atropelamento, digo, da entrevista. Recomendo que leiam o relato, caso não falem inglês, pois o vídeo não foi ainda legendado.

Ao final, conclui:

A questão não é só o golpe. A questão são os advogados do golpe. Aqui, a palhaçada pode ser vendida como dentro da normalidade, algo resumido no mantra “as instituições funcionam”. Gente como Mehdi Hasan sente o cheiro de farsa no ar e não está disposta a fazer esse papel de trouxa.

 

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O que me interessa: o subtexto

Não pretendo analisar o varejo das declarações de FHC, a mensagem do “texto”. Isso Kiko Nogueira já fez. E muito bem.

Quem lê o blog já sabe que, em geral, o que me anima a escrever é a análise de outras camadas do discurso, mais profundas. Interessa-me o subtexto, as mensagens subjacentes que o emissor transmite – voluntariamente ou não. Essa leitura cifrada é o desafio a que me proponho, às vezes com mais, às vezes com menos sucesso.

Um exemplo de insucesso, reconhecido em um post, foi a leitura, demasiado otimista, que fiz dos movimentos de alguns Ministros do STF.

Disse então, no meu mea culpa:

Os demais leitores certamente sabem que o post “Latim gasto em vão…” é, na verdade, eu dando a minha mão à palmatória e admitindo que errei profundamente em várias das minhas avaliações nos últimos meses.

Corro o risco de errar novamente.

Mas nem por isso me nego o exercício, que me fascina.

Interessam-me a natureza humana, os caminhos que o homem traça neste plano, as paixões que o influenciam, o crescimento interior que proporcionou ao caminhante, o legado desse caminhar e o lugar na (grande) História em que se situa.

É sob essa perspectiva – bastante ambiciosa, admito – que me proponho a comentar a entrevista de FHC à Al Jazeera.

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A hipótese (a ser testada): após a “grande reflexão” sobre a sua vida, o homem tende a tirar o foco de sua dimensão individual e a agir de maneira (mais) altruísta

Inicialmente, devo dizer que meu objetivo não é a detração. Pelo menos não a desmotivada. Evidentemente, tenho preferências e sucumbo também eu a paixões. Mas, em geral, quando me proponho esse tipo de análise, tento afastá-las, o máximo possível, da minha lente. Aqui, mais uma vez, faço esse esforço. Julguem vocês se fui feliz ou não.

Já fiz análises sob essa perspectiva em alguns posts tratando de alguém que conheci pessoalmente, o Min. Barroso, do STF.

Da primeira vez, descrevi a maior provação por que ele passou. E, pela primeira vez aqui no blog, descrevi uma hipótese que formulara sobre o tema, abstratamente, tratando dos efeitos de semelhante drama no comportamento humano:

Não posso esquecer que ele [Barroso] é alguém que “nasceu de novo” há poucos anos. Fora desengano pelos médicos em 2012 com um câncer raro e agressivo. Já se despedia deste mundo e dos seus, fazendo a sua paz.

Uma última tentativa de tratamento experimental nos EUA inesperadamente o salvou.

Depois disso ele chega ao local que ambiciona há décadas: o STF.

Pode ser ingenuidade minha, pois nem sempre isso se confirma (vide comportamento de Roberto Jefferson em seu “retorno triunfal” nesse episódio do impeachment), mas tendo a achar que a pessoa que é forçada a fazer um balanço da vida com o fim absoluto batendo à porta tende a, se ficar, passar a dar menos importância a coisas menores e a focar nas maiores. Principalmente no seu legado e em que ele vale para as novas gerações.

Para mim, a pessoa tende a tirar o foco de sua dimensão individual e a avaliar como a sua vida se encaixa na História.

Ficaria menos egoísta – em sentido estrito e em sentido lato.

Lembro-me, p.e., da tardia conversão de Teotônio Vilela à oposição à ditadura, virando um dos símbolos das “Diretas” enquanto era internamente devorado por um câncer.

Mais recentemente, em um longo – e dolorido – post, dirigi-me diretamente ao Min. Barroso. Nessa oportunidade voltei ao tema (quase) tabu:

Perdoe a deselegância de tocar em tema ainda mais sensível, mas nem voltar do prognóstico médico mais sombrio possível o faz se animar a se atrever mais com relação ao legado que deixa para as próximas gerações. Está em paz com o que faz nesta segunda vida que lhe foi oferecida.

Gozado… mesmo sendo uma geração mais jovem e não tendo passado por situação tão dramática de balanço da vida, esse tipo de preocupação já povoa a a minha mente e influencia as minhas ações. Não por outra razão ignorei fuso-horário, demandas do trabalho e da família e o risco de (mais) retaliações profissionais para dedicar boa parcela do meu tempo e da minha energia a escrever este blog.

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E FHC com isso (1)?

Não padece de nenhuma enfermidade grave, é certo.

Mas é, no entanto, um homem de recém completados 85 anos. Não o agouro, bem entendido. Minha fé e minha criação o impedem.

Que viva mais 20!

Contudo, tendo a crer que, talvez com menos agudeza, o tipo de reflexão e de balanço que descrevo há de povoar a mente de alguém que chega a essa altura da existência. Ainda mais alguém que, queira-se ou não, foi um personagem relevante da (grande) História.

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Nosso lugar nessa tal (grande) História: lição de humildade

Frente à determinação do afastamento de Dilma pelo Senado, em maio, escrevi o seguinte aos seus apoiadores, confrontados com aquela dura derrota em sua ação política:

A utopia, como o horizonte, cada vez que a gente avança um passo, avança um passo também adiante, num balé infinito.

Vamos perseguindo a utopia e no caminho fazemos uma obra coletiva indo na direção que almejamos.

Como aprendemos com os anos, o caminho não é linear. Muitas vezes ficamos parados ou andamos só de lado. Pois hoje aprendemos que nem mesmo o sentido é único: às vezes andamos para trás sim.

Paciência.

Apesar da dor do orgulho ferido, essa é uma lição de humildade.

Não podemos nunca perder de vista a dimensão histórica da luta: nós, como indivíduos, somos apenas como grãos de areia no deserto [Acréscimo: uns grãos em posição mais acima, outros mais embaixo, nas dunas em forma de… pirâmides!]. Ao longo dos anos e décadas nós todos juntos podemos fazer as enormes dunas se moverem alguns metros. E assim sucessivamente a cada geração.

É preciso aceitar isso com humildade. E encontrar realização em ser só aquele grão de areia. Um grão sim, mas que divide o peso da duna, a luta e a sina com outros milhões de grãos de areia – mais iguais do que diferentes.

Talvez equivocado, cria que essa humildade fosse mais clara para pessoas confrontadas com a morte iminente ou em idade muito avançada.

É contra esse ideal, criado por mim, com todas as limitações – necessárias – de um arquétipo abstrato, que contrasto o FHC da entrevista à Al Jazeera.

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FHC é (mais uma) negação da minha hipótese

E qual o resultado?

Infelizmente, constatei mais uma vez meu erro ao formular a hipótese da “grande reflexão” e do seu resultado nas derradeiras ações dos homens.

Ou pelo menos, ao formar a tese a partir da hipótese, tenho de fazer as devidas ressalvas e anotar o escopo limitado da segunda.

Se for regra, FHC é claramente mais uma exceção à mesma.

Ainda quero crer que, como no ditado francês, seja a exceção (mais uma!) que confirma a regra.

Meu otimismo assim determina.

E por que FHC contradiz a minha hipótese?

Porque não vejo em FHC em geral – e nessa entrevista à Al Jazeera em particular – nenhum sinal dos frutos da tal reflexão.

Não vejo, por exemplo, sinais dessa minha afirmação:

[A] pessoa tende a tirar o foco de sua dimensão individual e a avaliar como a sua vida se encaixa na História. Ficaria menos egoísta – em sentido estrito e em sentido lato.

Pior: vejo o contrário.

FHC se apequena (mais) ao usar a plataforma de “ex-presidente com trânsito internacional” em um esforço – vão – de tentar mudar a narrativa de que “há um golpe em curo no Brasil” no exterior. Digo que o esforço é vão porque essa percepção está totalmente consolidada – sou testemunha privilegiada – nos círculos das Organizações Internacionais, dos governos e da academia, mas também da grande imprensa estrangeira.

FHC propõe-se o impossível. Tenta mudar a narrativa corrente fora do Brasil para aquela combinada por ele com os seus: o tal “este impeachment não é golpe”. Acrescido do não menos importante “as instituições estão funcionando”. Há um grande obstáculo, contudo, que FHC não chega nem perto de ultrapassar em suas declarações: a narrativa que promove é contra-fática.

Simples assim.

Evidentemente o jornalista faz o óbvio – ou o que deveria ser o óbvio – para alguém que exerce o seu ofício: questiona FHC toda vez que suas declarações se chocam, frontalmente, com fatos de conhecimento geral.

O resultado dessa confrontação já foi resumido por Kiko Nogueira:

O que se seguiu foi um embate em que um dos lados saiu irremediavelmente exposto em sua fragilidade de argumentos, nu com sua farsa — e não foi [o jornalista] Mehdi.

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Não quero ter razão, quero ser feliz

Ferreira Gullar – cuja militância anti-petista todos conhecemos – disse certa vez em uma FLIP frase que se tornou célebre.

É frase da qual muito:

As palavras às vezes servem para confundir as pessoas, mas servem também para esclarecer as questões – do contrário, viveríamos numa Babel. Elas são apenas um meio, o que importa é a disposição das pessoas, que sempre querem ter razão, sem considerar as razões do outro. Isso não dá certo nem no casamento. Você insiste em que está com a razão, briga e depois vai para o quarto, cheio de razão, mas sozinho, triste. Então, de que serve ter razão? De minha parte – disse eu – desisto, não quero ter razão, quero ser feliz.

Gosto tanto da citação que busco repetir como mantra no dia-a-dia. E usei, inclusive, como epígrafe em um trabalho acadêmico.

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E FHC com isso (2)?

Para mim, parte do “ser feliz” é fazer a minha paz com aquela “grande reflexão”. E ver como positivo o saldo da minha existência neste plano. Se assim me for dado, evidentemente. Inclusive, buscando ainda o maior saldo possível. Mesmo que o tempo para aumenta-lo se torne inexoravelmente (cada vez mais) escasso.

Pelo menos essa é a tal da utopia. Aquela mesma do deserto das dunas, a que me referi acima. Ou seja, o ideal que foge de mim conforme ando, tal como miragem no deserto.

E que, no entanto, faz, ainda assim, eu andar para frente.

Para frente até o dia em que cair com a boca seca, quando finalmente me for dado descansar. Ali no deserto mesmo. E virar areia no sentido “concreto” (se estiver mesmo num deserto) e não mais figurado.

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A entrevista

Após ouvir FHC, arrisco-me a dizer que no seu caso há apenas duas alternativas:

(i) Padece de uma grande falha ou viés cognitivo (como traduzo, livremente, cognitive bias) – talvez até agora desconhecido – e creia realmente que apoiar o golpe no Brasil contribui para aumentar o saldo da sua existência na grande História.

Digo “viés” e não “déficit” cognitivo porque FHC certamente não padece do último. FHC pode ser tudo menos estúpido. Goste-se dele ou não, não se pode negar que é inteligente.

Assim, resta-me a segunda alternativa, por incrível que pareça bastante pior:

(ii) FHC é um ser mesquinho, vaidoso e apequenado, que coloca o seu legado – o narrado e não o real – acima do próprio país.

Aceita – quero crer com algum pesar! – sacrificar a democracia brasileira e os avanços dos últimos 30 anos – dos quais foi um dos protagonistas! – para ajudar a consolidar certa situação político-jurídica.

E que situação é essa?

– Ora, o Brasil do golpe!

O Brasil onde seria possível promover o revisionismo histórico por que FHC anseia. Revisionismo esse em cuja narrativa seu governo seria tratado com (muita) condescendência, fazendo-o crescer (extemporaneamente). Se não na realidade, ao menos no imaginário que visa a fabricar.

Ajuda ainda, nesse crescimento, derrubar os referenciais de onde se mira o seu governo, “lá no alto”. Ou seja, desconstruir no imaginário coletivo a imagem que existia do comparador: Lula e os governos do PT.

Sabem o que, inevitavelmente, a empreitada de FHC e seus associados me lembra?

Os trabalhos do “Ministério da ‘Verdade'”, do romance “1984”, de George Orwell.

Talvez, até mesmo, atreva-me a dizer que a expressão que inaugurou o newspeak, ou “novilíngua”, nesse Brasil orwelliano foi a tal “pausa democrática”. Essa foi a “expressão” com que o Ex-Min. Ayres Britto, do STF, definiu o golpe no Brasil.

Aliás, por onde anda Ayres Britto?

Será que sumiu para dedicar-se tardiamente àquela “grande reflexão”?

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Tiro no pé: provoco a minha própria danação

Sim, atrevo-me a julgar: FHC é um ser mesquinho, vaidoso e apequenado. Definitivamente personagem diminuto na grande História.

Em o fazendo, acabo por incidir em ditame bíblico: como disse, atrevo-me a julgar FHC.

Dessa forma, terei de arcar com as consequências da narrativa judaico-cristã. Ou seja, conforme o ditame, assim como julgo, serei julgado.

Portanto, advertindo previamente pelo antigo Livro, aguardarei o julgamento supremo. Isto é, o verdadeiro. Não as atuais falsificações grosseiras do “Supremo” Tribunal Federal, em Brasília.

Não só aguardo o supremo julgamento como também o aceito desde já.

Mesmo porque o primeiro a me julgar serei eu mesmo, ainda em vida, se assim me for dado, naquela minha tal “grande reflexão”.

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Nota (1):

Uma parte da mensagem na entrevista de FHC foi, “deliberadamente”, perdida por mim: não vi as imagens. Apenas ouvi o som, como se fora uma entrevista para o rádio.

Não vi as imagens porque não podia.

Não consigo.

Não desde que observei, em casa, alguém que tinha a seguinte limitação: virava o rosto quando algo muito constrangedor aparecia na TV.

Fiz o mesmo uma vez e nunca mais consegui voltar a ver a imagem de algo muito constrangedor. Isso porque apenas ouvir, em vez de ouvir + ver, alivia (um pouco) o desconforto – que em mim chega até a ser um tanto físico.

Aviso:

– “Meninos, não repitam isso em casa”.

Não virem nunca o rosto diante de algum vídeo constrangedor. A não ser que estejam dispostos a nunca mais conseguirem voltar atrás. Pelo menos foi isso que aconteceu comigo.

E foi assim que “assisti” à entrevista de FHC à Al Jazeera.

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Nota (2):

Pergunto:

O FHC da fala truncada da entrevista é o tal que, em viagem às homenagens fúnebres a Nelson Mandela, zombou de um tal inglês ruim “inteligível apenas para Lula”?

Seriously?

Tenho que concluir que parte da minha conclusão acima resta (ainda mais) comprovada:

– Haja vaidade!

Nesse caso, bastante indevida.

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Nota (3):

Essa não foi a primeira vez em que FHC entrou em apuros ao dar entrevistas a jornalistas britânicos respeitados.

Pergunto:

– Lembram-se da – também embaraçosa – entrevista ao programa Hard Talk, da BBC, em 2007?

Está disponível no link.

Virei, naquela oportunidade, a cara para diminuir o desconforto do constrangimento.

Como disse, repeti o gesto agora, diante das imagens produzidas pela Al Jazeera.

Concluo, das duas entrevistas, que FHC deveria evitar encontros com jornalistas britânicos!

Ou melhor: com jornalistas que pratiquem, efetivamente, jornalismo. Esse é o caso de Mehdi Hasan, o premiado jornalista britânico – e ainda radialista, escritor e comentarista político, com dois livros de sucesso publicados, que o entrevistou para a Al Jazeera.

Nota (4):

Aliás, Al Jazeera?

FHC e sua assessoria desconhecem a linha editorial da emissora do Catar e as análises (bastante) críticas a que se propõe?

Caso não desconheçam, estão realmente tão tomados pelo esforço de reescrever a História – de ontem e de hoje – que aceitam até mesmo descer à cova dos leões?

“Cova dos leões”?

Mais uma citação bíblica…

O inconsciente me trai.

Claramente essas narrativas e ditames bíblicos me vêm à mente quando penso e falo sobre a tal “grande reflexão” e sobre o “julgamento supremo”.

Cacoete da minha criação, certamente.

Como já disse por aqui, uma das coisas que notei como efeito secundário de escrever este blog foi justamente externar sentimentos e pensamentos (para exorcizá-los?).

Assim, perdoem-me caso tenham sido feitos reféns dessa minha busca interior. Desse meu soul searching

“A culpa é [sim] do FHC!”

Redação

59 Comentários

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  1. Politico mediocree nefasto,

    Politico mediocree nefasto, não á toa o mais rejeitado da história do país, mesmo com toda a blindagem cinica e calhorda que a midia quadrilheira e corrupta lhe oferece; mais incrive é não o esquecerem e deixa-lo no limbo inde deveria estar e permanecer, muito chato essa insistencia que querer coloca-lo nos centros dos debates, pior foi Lulça e Dilma sempre lhe prestarem homenagens o convidando para eventos importantes e hoje serem verem o lado hipocrita desse senhor aflorar, merecido; o que não merecemos é começar mal a semana tendo que ouvir esse senhor.

      1. PARECE-ME  QUE ESTE TEMPO DE

        PARECE-ME  QUE ESTE TEMPO DE ESPERANÇA FOI TOTALMENTE DESMONTADO E SÓ FICOU O ÓDIO ABSURDO, O ENTREGUISMO DESLAVADO E O GOLPISMO SEM LIMITES.

        1. Por ai msm…

          Caso único no mundo em que a própria imprensa, e em parte o empresariado, se não fabricou, em grande medida alimentou a depressão econômica no próprio país.

          Os negócios devem estar indo muito bem hoje, né?

          SQN

  2. Francamente

    Alguém me responda, ex-presidente não deveria andar acima dos mortais, afastado da política – acima do “bem ou do mal”?

    Ou ex-presidente deve ficar por aí, dando entrevista pelo skype com um fone de ouvido? 

    Francamente, ex-presidentes deveriam se afastar da política e dar lugar a políticos mais jovens.

      1. Legenda

        Para ativar a legenda, é necessário clicar no ícone da engrenagem que é uma pequena roda localizada no canto inferior direito, bem ao lado do ícone do youtube. Fazendo isto, vai aparecer a opção de incluir legenda em português.

  3. Confirmado de experiencia propria:

    “Não virem nunca o rosto diante de algum vídeo constrangedor. A não ser que estejam dispostos a nunca mais conseguirem voltar atrás. Pelo menos foi isso que aconteceu comigo”:

    Eh viciante.  E olhe que eu ja faco isso desde Ed Koch nos anos 80.

    Quanto ao assunto em si…  FHC faz papel ridiculo toda vez que se ve cercado de brancos.  Tanto que ele responde pra eles o que jamais sequer permitiria que lhe fosse perguntado por brasileiros (nao-brancos pra ele).

  4. Putz! que texto chato. Não

    Putz! que texto chato. Não cheguei à metade da longa introdução. A cada linha que lia, me perguntava: quando ele vai começar o texto?

  5. Romulus, FHC como todos os

    Romulus, FHC como todos os políticos cometeu muitos erros.

    Mas ele não cometeu o ERRO CAPITAL, que foi executado por Dilma, ao dar excessivo poder a corporações do Estado que não se mostrarão com responsabilidade para tal.

    O Estado que o Brasil se encontra atualmente é resultado das políticas da Dilma e não de FHC.

    Ficar procurando pelo em ovo agora não irá resolver nada.

    O PT e as esquerdas devem é reconhecer seus erros e trabalharem para se recuperar. O primeiro passo seria formar uma aliança com o atual Governo, seja as claras ou nas sombras, contra a LJ, que hoje é principal problema do País, de longe.

    Me desculpe, mas o resto é perfumaria, que não irá resolver os nossos problemas.

  6. ele não vai mudar nunca é o principe do ridiculo

    O pensamento de FHC analisado por Millôr Fernandes

    LIÇÃO PRIMEIRADe uma coisa ninguém podia me acusar — de ter perdido meu tempo lendo FhC (superlativo de PhD). Achava meu tempo melhor aproveitado lendo o Almanaque da Saúde da Mulher. Mas quando o homem se tornou vosso Presidente, achei que devia ler o Mein Kampf (Minha Luta, em tradução literal) dele, quando lutava bravamente, no Chile, em sua Mercedes (“A mais linda Mercedes azul que vi na minha vida”, segundo o companheiro Weffort, na tevê, quando ainda não sabia que ia ser Ministro), e nós ficávamos aqui, numa boa, papeando descontraidamente com a amável rapaziada do Dops-DOI-CODI.Quando, afinal, arranjei o tal Opus Magno — Dependência e Desenvolvimento na América Latina — tive que dar a mão à palmatória. O livro é muito melhor do que eu esperava. De deixar o imortal Sir Ney morrer de inveja. Sem qualquer partipri, e sem poder supervalorizar a obra, transcrevo um trecho, apanhado no mais absoluto acaso, para que os leitores babem por si:“É evidente que a explicação técnica das estruturas de dominação, no caso dos países latino-americanos, implica estabelecer conexões que se dão entre os determinantes internos e externos, mas essas vinculações, em que qualquer hipótese, não devem ser entendidas em termos de uma relação “casual-analítica”, nem muito menos em termos de uma determinação mecânica e imediata do interno pelo externo. Precisamente o conceito de dependência, que mais adiante será examinado, pretende outorgar significado a uma série de fatos e situações que aparecem conjuntamente em um momento dado e busca-se estabelecer, por seu intermédio, as relações que tornam inteligíveis as situações empíricas em função do modo de conexão entre os componentes estruturais internos e externos. Mas o externo, nessa perspectiva, expressa-se também como um modo particular de relação entre grupos e classes sociais de âmbito das nações subdesenvolvidas. É precisamente por isso que tem validez centrar a análise de dependência em sua manifestação interna, posto que o conceito de dependência utiliza-se como um tipo específico de “causal-significante’ — implicações determinadas por um modo de relação historicamente dado e não como conceito meramente “mecânico-causal”, que enfatiza a determinação externa, anterior, que posteriormente produziria ‘conseqüências internas’.”Concurso – E-mail:Qualquer leitor que conseguir sintetizar, em duas ou três linhas (210 toques), o que o ociólogo preferido por 9 entre 10 estrelas da ociologia da Sorbonne quis dizer com isso, ganhará um exemplar do outro clássico, já comentado na primeira parte desta obra: Brejal dos Guajas — de José Sarney.LIÇÃO SEGUNDAComo sei que todos os leitores ficaram flabbergasted (não sabem o que quer dizer? Dumbfounded, pô!) com a Lição primeira sobre Dependência e Desenvolvimento da América Latina, boto aqui outro trecho — também escolhido absolutamente ao acaso — do Opus Magno de gênio da “profilática hermenêutica consubstancial da infra-estrutura casuística”, perdão, pegou-me o estilo. Se não acreditam que o trecho foi escolhido ao acaso, leiam o livro todo. Vão ver o que é bom!Estrutura e Processo: Determinações Recíprocas“Para a análise global do desenvolvimento não é suficiente, entretanto, agregar ao conhecimento das condicionantes estruturais a compreensão dos ‘fatores sociais’, entendidos estes como novas variáveis de tipo estrutural. Para adquirir significação, tal análise requer um duplo esforço de redefinição de perspectivas: por um lado, considerar em sua totalidade as ‘condições históricas particulares’ — econômicas e sociais — subjacentes aos processos de desenvolvimento no plano nacional e no plano externo; por outro, compreender, nas situações estruturais dadas, os objetivos e interesses que dão sentido, orientam ou animam o conflito entre os grupos e classes e os movimentos sociais que ‘põem em marcha’ nas sociedades em desenvolvimento. Requer-se, portanto, e isso é fundamental, uma perspectiva que, ao realçar as mencionadas condições concretas — que são de caráter estrutural — e ao destacar os móveis dos movimentos sociais — objetivos, valores, ideologias —, analise aquelas e estes em suas relações e determinações recíprocas. (…) Isso supõe que a análise ultrapasse a abordagem que se pode chamar de enfoque estrutural, reintegrando-a em uma interpretação feita em termos de ‘processo histórico’ (1). Tal interpretação não significa aceitar o ponto de vista ingênuo, que assinala a importância da seqüência temporal para a explicação científica — origem e desenvolvimento de cada situação social — mas que o devir histórico só se explica por categorias que atribuam significação aos fatos e que, em conseqüência, sejam historicamente referidas.(1)  Ver, especialmente, W. W. Rostow, The Stages of Economic Growth, A Non-Communist Manifest, Cambridge, Cambridge University Press, 1962; Wilbert Moore, Economy and Society, Nova York, Doubleday Co., 1955; Kerr, Dunlop e outros, Industrialism and Industrial Man, Londres, Heinemann, 1962.”Comentário do Millôr, intimidado:A todo momento, conhecendo nossa precária capacitação para entender o objetivo e desenvolvimento do seu, de qualquer forma, inalcançável saber, o professor FhC faz uma nota de pata de página. Só uma objeçãozinha, professor. Comprei o seu livro para que o senhor me explicasse sociologia. Se não entendo o que diz, em português tão cristalino, como me remete a esses livros todos? Em inglês! Que o senhor não informa onde estão, como encontrar. E outra coisa, professor, paguei uma nota preta pelo seu tratado, sou um estudante pobre, não tenho mais dinheiro. Além  do que, confesso com vergonha, não sei inglês. Olha, não vá se ofender, me dá até a impressão, sem qualquer malícia, que o senhor imita um velho amigo meu, padre que servia na Paróquia de Vigário-Geral, no Rio. Sábio, ele achava inútil tentar explicar melhor os altos desígnios de Deus pra plebe ignara do pequeno burgo e ensinava usando parábolas, epístolas, salmos e encíclicas. E me dizia: “Millôr, meu filho, em Roma, eu como os romanos. Sendo vigário em Vigário-Geral, tenho que ensinar com vigarice”.
    LIÇÃO TERCEIRAHá vezes, e não são poucas, em que FhC atinge níveis insuperáveis. Vejam, pra terminar esta pequena explanação, este pequeno trecho ainda escolhido ao acaso. Eu sei, eu sei — os defensores de FhC, a máfia de beca, dirão que o acaso está contra ele. Mas leiam:“É oportuno assinalar aqui que a influência dos livros como o de Talcot Parsons, The Social System, Glencoe, The Free Press, 1951, ou o de Roberto K. Merton, Social Theory and Social Structure, Glencoe, The Free press, 1949, desempenharam um papel decisivo na formulação desse tipo de análise do desenvolvimento. Em outros autores enfatizaram-se mais os aspectos psicossociais da passagem do tradicionalismo para o modernismo, como em Everett Hagen, On the Theory of Social Change, Homewood, Dorsey Press, 1962, e David MacClelland, The  Achieving Society, Princeton, Van Nostrand, 1961. Por outro lado, Daniel Lemer, em The Passing of Traditional Society: Modernizing the Middle East, Glencoe, The Free Press, 1958, formulou em termos mais gerais, isto é, não especificamente orientados para o problema do desenvolvimento, o enfoque do tradicionalismo e do modernismo como análise dos processos de mudança social”.Amigos, não é genial? Vou até repetir pra vocês gozarem (no bom sentido) melhor: “formulou (em termos mais gerais, isto é, não especificamente orientados para o problema do desenvolvimento) o enfoque (do tradicionalismo e do modernismo) como análise (dos processos de mudança social)”.Formulou o enfoque como análise!É demais! É demais! E sei que o vosso sábio governando, nosso FhC, espécie de Sarney barroco-rococó, poderia ir ainda mais longe.Poderia analisar a fórmula como enfoque.Ou enfocar a análise como fórmula.É evidente que só não o fez em respeito à simplicidade de estilo.Tópico avulso sobre imodéstia e pequenos disparates do eremita preferido dos Mamonas Assassinas.Vaidade todos vocês têm, não é mesmo? Mas há vaidades doentias, como as das pessoas capazes de acordar às três da manhã para falar dois minutos num programa de tevê visto por exatamente mais ou menos ninguém. Há vaidades patológicas, como as de Madonas e Reis do Roque, só possíveis em sociedades que criaram multidões patológicas.Mas há vaidades indescritíveis. Vaidade em estado puro, sem retoque nem disfarce, tão vaidade que o vaidoso nem percebe que tem, pois tudo que infla sua vaidade é para ele coisa absolutamente natural. Quem é supremamente vaidoso, se acha sempre supremamente modesto. Esse ser existe materializado em FhC (superlativo de PhD). Um umbigo delirante.O que me impressiona é que esse homem, que escreve mal — se aquilo é escrever bem o meu poodle é bicicleta — e fala pessimamente — seu falar é absolutamente vazio, as frases se contradizem entre si, quando uma frase não se contradiz nela mesma, é considerado o maior sociólogo brasileiro.Nunca vi nada que ele fizesse (Dependência e Desenvolvimento na América Latina, livro que o elevou à glória, é apenas um Brejal dos Guajas, mais acadêmico) e dissesse que não fosse tolice primária. “Também tenho um pé na cozinha”, “(os brasileiros) são todos caipiras”, “(os aposentados) são uns vagabundos”, “(o Congresso) precisa de uma assepsia”, “Ser rico é muito chato”, “Todos os trabalhadores deviam fazer checape”, “Não vou transformar isso (a moratória de Itamar) num fato político”. “Isso (a violência, chamada de Poder Paralelo) é uma anomia”. E por aí vai. Pra não lembrar o vergonhoso passado, quando sentou na cadeira da prefeitura de São Paulo, antes de ser derrotado por Jânio Quadros, segundo ele “um fantasma que não mete mais medo a ninguém”.Eleito prefeito, no dia seguinte Jânio Quadros desinfetou a cadeira com uma bomba de Flit.E, sempre que aproxima mais o país do abismo no qual, segundo a retórica política, o Brasil vive, esse FhC (superlativo de PhD) corre à televisão e deita a fala do trono, com a convicção de que, mais do que nunca, foi ele, the king of the black sweetmeat made of coconuts (o rei da cocada preta), quem conduziu o Brasil à salvação definitiva e à glória eterna. E que todos querem ouvi-lo mais uma vez no Hosana e na Aleluia. Haja!Millôr Fernandes

  7. Ô Romulus vc se empolgou
    Ô Romulus vc se empolgou muito neste artigo,falou bastante de suas percepções
    ficou “meio chato e cansativo”a leitura,mas deu o recado profundo proposto,vou
    ser AUTOCRÍTICO TB,é questão de me adaptar ao seu estilo de escrita!,vaaleu!

  8. ERUDIÇÃO

    Prezado Romulus, sequer uma fração de sua erudição tenho para tentar acrescentar ou, menos plausível ainda, contestar sua análise. Mas, conhecedor de sua postura democrática, ouso admitir que me permite o pitaco. O homem é julgado pela sua obra, mesmo incoerente com sua vida. Politicamente é deplorável aceitar o “rouba mas faz”, mas é incomparavelmente melhor que o “rouba e não faz” e, creio, ainda um pouco melhor que o “não rouba e não faz”.  Não pretendo discutir o “rouba”, apenas realçar que o que fica é o “faz”, é isso que permanece na (grande) História. E FHC com isso? Toda manhã, quando se levanta, e seu maior castigo é continuar se levantando por muito tempo ainda, se vê no espelho, e pergunta: “Por que não eu, da Academia, bem nascido, estudado, bonito, príncipe da mulherada, etc., etc., e sim ele, o sapo barbudo, o cachaceiro, o apedeuta, o retirante etc., etc. ?”  Me abstenho de discutir a psicopatologia dessa postura comparativa diária, mas é o legado de cada um diante da (grande) História que o mortifica, e arrisco dizer que ele não é apequenado, ele é pequeno, e por isso jamais fará uma “grande reflexão”.  Não há como comprovar, mas imagino que se Lula tivesse sido um fiasco, tivesse sido apenas o retirante apedeuta cachaceiro, e que tivesse sido vítima de um processo de impedimento, FHC teria sido seu defensor ferrenho, o que agraciaria seu ego e esconderia a pequenez. Abraço e continue nos brindando com suas análises.

    1. “ocasião faz o ladrão”?

      Obrigado pelo seu comentário.

      Vc traz uma provocação bastante interessante:

      >> imagino que se Lula tivesse sido um fiasco, tivesse sido apenas o retirante apedeuta cachaceiro, e que tivesse sido vítima de um processo de impedimento, FHC teria sido seu defensor ferrenho, o que agraciaria seu ego e esconderia a pequenez.

      Ou seja, até que ponto a “ocasião faz o ladrão”?

      Quantos “ladrões” escaparam do juízo da História por causa da falta da tal “ocasião”?

      1. Comento pouco
        e com isso to em falta contigo pois há muito quero te dizer que vc escreve um dos melhores textos da blogosfera.

        Mas agora, na sua resposta ao excelente comentário acima, foi impossível não lembrar do Balzac no “primo pon”.

        Ao explicar o porquê uma personagem passa a ser uma víbora, ele faz uma descrição que, em resumo, pode ser dita assim: “a maioria das pessoas só são boas porque não tiveram a oportunidade de serem más”

        É um pouco deprē, mas não consigo discordar.

        Assim, na hipótese levantada pelo colega, o FHC seria ” bom” por falta de oportunidade, mas aproveitaria o ensejo pra mostrar , como sempre, seu lado falso e pavão, lado este que só engana aos inocentes aparvalhados.

        1. Comente mais, pois!

          Nao pelo seu elogio – exagerado – mas pela excelente citação e reflexão.

          Abraços de quem veio da outra margem da Baía de Guanabara.

  9. Ótimo texto como sempre. Dá

    Ótimo texto como sempre. Dá um prazer mórbido ver esse tipo de agente expondo sua pequenez. 

    Me identifiquei muito com a questão da vergonha alheia, tenho a mesma limitação, não consigo ver a imagem de algo muito constrangedor, às vezes é até difícil ouvir.. Me causa um desconforto insuportável.. Seria excesso de vaidade e arrogância?

  10. Belo Tratado. As Instituições [Não] Estão Funcionando…
    Bom dia.
    Vós citais Jefferson, o Bob, e Teotônio. Citaria eu, ainda, Cazuza, aquele que, diante da intransponível moléstia, passou a ver a vida que ainda lhe restava por um prisma bem mais social. A inflexão altruísta fica bem clara…
    Quanto à — “As Instituições Estão Funcionando”, no tempo de Jesus, Herodes Antipas e Pilatos, idem. Na década de ´40, em pleno nazismo, ibdem. Não é o caso de estão ou não funcionando, e sim a que e ou a quem o estão.
    Quanto ao homúnculo FHC, quando Serjão lhe disse a famosa frase — “Não se apequene”, já não lhe era possível falar isso, ao homem da Ford, sem o uso de uma lupa. FHC é inimigo do Brasil. Um deles; este é o problema.

      1. Pedante

        A cara do pedantismo da elite brasileira.

        E sua forçada pseudo-erudição.

        Pois é esse do “ingreis” que debocha do (não) inglês de Lula.

    1. Nao engulo

      Pois é, amigo.

      Nao engulo o tal “as instituiçoes estao funcionando”.

      Felizmente meu pai, tucano (no momento) envergonhado, aposentou essa frase desde aquela infame votação do “golpeachment” na Câmara de Eduardo Cunha.

      De la para ca nao fala mais nada.

      So apoia o golpe em silêncio.

      Assim, pelo menos, nao preciso mais contraditar em interminaveis trocas de mensagem por Whatsapp.

  11. FHC é um pulha

    Romulus,

    FHC é um pulha, o maior de todos os lesapátrias da história do país.

    É tão, mas tão medíocre que pediu, e foi atendido por Lula, para sair pela porta dos fundos no dia da posse do seu sucessor. Como se pode ver, não faltam motivos para explicar a impressionante inveja que o sujeito metido a filósofo, mas que nunca passou de bajulador ridículo dos “homens brancos”, sente do grande Lula.

    O idoso irresponsável, que não fosse a exagerada proteção que recebe da grande mídia já estaria preso há muitos anos, tem participação em um rol de cretinices suficiente para deixar qualquer um perplexo, como a entrega da Base de Alcântara para USA, palhaçada irresponsável que só não se concretizou graças ao Congresso; permitir, depois de 8 anos de trono, que 16 milhões de brazucas permanecessem sem energia elétrica; retirar as obras da Petrobras do âmbito da Lei 8666 – é por este motivo que ocorreram tantas lambanças naquele ambiente e, no entanto, o importantíssimo detalhe passou ao largo, e por aí segue a longa lista de pilantragens cometidas pelo sociólogo de araque e seu governo.

    A jóia da coroa foi a assinatura do TNP de acordo com o texto enviado por USA, sem nenhuma modificação, cretinice que foi a pá de cal para qualquer interesse do país em armamento nuclear, ou seja, condenou o país a ficar em segundo plano para a eternidade, além de sujeito a um ataque militar no futuro – cabe lembrar  que nenhum país que tenha armamento nuclear sofreu qualquer ataque até hoje, Khadafi tinha armamento nuclear, e quando resolveu acabar com tudo, em pouco tempo foi degolado.

    FHC é um pulha, não serviu e nem serve prá nada, afinal, quanto ele pagou prá Miriam Dutra calar a boca ? Por que ninguém da grande mídia foi atrás dos detalhes ? 

    1. Jamais de [sa – FHC] vie!

      >> FHC é um pulha, não serviu e nem serve prá nada, afinal, quanto ele pagou prá Miriam Dutra calar a boca ? Por que ninguém da grande mídia foi atrás dos detalhes ? 

      Miriam Dutra, no final, foi sem dúvida a parte mais constrangedora.

      Por isso, sou incapaz de comentar.

      Vc bem lembra o TNP.

      À época dizia-se que vendeu o Brasil em troca do apoio americano para que fosse secretário-geral da ONU.

      Problema (1): seu segundo governo foi o fiasco que foi, diminuindo seu cacife.

      Problema (2): seu padrinho, Bill Clinton, nao fez o sucessor.

      >> retirar as obras da Petrobras do âmbito da Lei 8666 – é por este motivo que ocorreram tantas lambanças naquele ambiente e, no entanto, o importantíssimo detalhe passou ao largo, e por aí segue a longa lista de pilantragens cometidas pelo sociólogo de araque e seu governo.

      Sei bem do que vc fala, por ter advogado para empresas de petróleo para as que prestam serviços ou fornecem bens para elas.

      Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRÁS é de 1997.

      Saiu semanas depois da “Lei do Petróleo”, a lei 9.478.

      Aquela que quebrou o monopolio da Petrobras e criou a ANP.

      ANP essa em cuja diretoria-geral FHC colocou o…

      – Próprio genro!

      Certamente um diploma é cara e o outro coroa.

      Faces da mesma moeda.

      As majors do petróleo vinham finalmente atuar em larga escala – e nao mais como parceiras da Petrobras nos “contratos de risco”.

      Certamente, como foi de fato o caso, entrariam em muitas parcerias com a Petrobras em diversos campos de petróleo.

      Imagine o escrutínio da Lei de Licitações, a 8.666, colocando luz nas contratações desses novos consórcios!

      Jamais de [sa – FHC] vie!

  12. Infelizmente, caro Romulus,

    Infelizmente, caro Romulus, sua tese é furada. Tem exceções demais para ser regra. Enquanto lia seu texto, me apareceu a imagem do nonagenário Plínio aplaudindo pateticamente o bizarro show da Janaina Pascoal. 

    1. Plínio não! Hélio!

      Plínio (de Arruda Sampaio) foi da direita para a esquerda ao longo da vida.

      Mais ainda no final.

      O nonagenário em questão é outro:

      Hélio Bicudo.

      Não por acaso, alguém que foi grande e sucumbiu no seu ocaso à vaidade (excessiva) e ao orgulho – ambos feridos pelo “ingrato” Lula, que não fez as “devidas reverências”.

  13. Haa Romulus já que quando se
    Haa Romulus já que quando se trata de FHC há bastante assunto,vc
    poderia elaborar uma série tipo “xadrez do Nassif”mostrando suas
    pilantragens à época? Até mesmo para todos conhecermos mais
    claramente o desmonte ocorrido e o que poderá ocorrer pior ainda!
    OBS:Por favor moderação não bloqueiem este meu post,sei que é
    o quinto só hj,mas seria importante para mim postar esse! Obrigado!

    1. Meu interesse é outro

      Acredito que muitos ja escreveram com mais competencia sobre esse tema, fazendo o devido registro histórico.

      Como disse no texto:

      >> Quem lê o blog já sabe que, em geral, o que me anima a escrever é a análise de outras camadas do discurso, mais profundas. Interessa-me o subtexto, as mensagens subjacentes que o emissor transmite – voluntariamente ou não.

      >> Interessam-me a natureza humana, os caminhos que o homem traça neste plano, as paixões que o influenciam, o crescimento interior que proporcionou ao caminhante, o legado desse caminhar e o lugar na (grande) História em que se situa.

      1. Certo Romulus entendí,mas até

        Certo Romulus entendí,mas até Charles Chaplin quando convidado pelos estúdios Keystone não QUERIA

        mais fazer comédia pastelão,QUERIA INTERPRETAR HAMLET,e lógico ele não pode fazer isso,pq a

        proposta da Keystone não era Hamlet,não limite seu potencial,veja o quanto rendeu este assunto aqui

        no blog e o encaixe QUASE perfeito em suas “provocações”, mas vc é q sabe onde aperta o seu calo!!!

  14. O autor parte de pressuposto

    O autor parte de pressuposto que as pessoas têm o mínimo de caráter,  infelizmente meu caro a ausência total de caráter hoje é mais comum que se imagina, infelizmente.

  15. “Cada um chora à sua maneira o tempo que passa”*

    Sobre a condição humana, em particular a ja conhecida megalomania de Fernando Henrique Cardoso, lembro de uma simples frase de Louis-Ferdinand Céline em Viagem ao Fim da Noite: “Não ha inteligência na vaidade”.

    Il n’y a pas de vanité intelligente.
    (Voyage au bout de la nuit, p.122, Folio n°28)

    * Céline

  16. Se FHC é personagem tão diminuto assim…

    Se FHC é de fato um personagem diminuto e desprezível como você diz, então por que suscita um artigo tão extenso e um frenesi tão grande de comentários? Isso é contraditório.

    Claramente, FHC mexe com alguma coisa lá no fundo da alma dos petistas, Já observei isso várias vezes. Tipo um sentimento de humilhação por saber que devem tudo a ele: não houvesse FHC concluído a estabilização da economia com o Plano Real, o governo de Lula teria conduzido o país para um caos hiperinflacionário que terminaria com popularidade zero para o PT, tal como aconteceu com Alan Garcia no Peru e com todos os outros governos populistas que subiram ao poder na América Latina antes do ajuste dos anos 90. O grande avanço social nos anos de Lula foi consequência sobretudo da expansão do crédito que permitiu aos pobres aumentar enormemente seu consumo, e ninguém precisa dizer que juros baixos só existem onde a inflação foi suprimida. Também foi FHC quem concedeu as indenizações milionárias aos perseguidos da ditadura, sancionou as leis que criaram as cotas nas universidades e criou as bolsas que depois Lula rebatizou com outros nomes e apresentou como criação sua. Também é de FHC a emenda da reeleição, que o PT combateu furiosamente na ocasião, mas depois (que estranho!) usou-a para reeleger Lula e Dilma.

    Bom ou mau, certo ou errado, FHC foi um daqueles líderes responsáveis pelo fim de uma era e o começo de outra. O último antes dele foi Vargas, que enterrou o federalismo da República Velha e iniciou uma era de centralismo e dirigismo bancado por emissão de moeda, o conhecido imposto inflacionário. FHC pôs fim à Era Vargas e iniciou a etapa atual. Dilma tentou ressiscitar a Era Vargas e fracassou, o que mostra que o legado de FHC veio para ficar. A História andou.

    1. será!

      Duvidas minhas!

      1-O plano de estabilização da economia é obra de Itamar (são os presidentes que levam o credito e não os ministros, isso é regra no Brasil)!!!

      2- Porque nenhuma palavra sobre a desvalorização do real em 1999. A  ida ao FMI!!!

      3- Porque nenhuma palavra sobre a valorização do real, que nos custou muito em termos da divida publica,  para que o plano real não naufragasse! 

      4- Nenhuma palavra sobre a compra da reeleição!

      Podia escrever muito mais!

      FHC teve a oportunidade de fazer um grande governo, mas não o quis! 

      Só se preocupou em ter boas e lucrativas  relações com os poderosos, a imprensa e os empresarios!

      FHC será no futuro somente o nome de rua, nada mais!

       

       

      1. Argumentos fracos

        A implicância com FHC chama mesmo a atenção, e no mais das vezes só conseguem reunir argumentos bem fracos, como esse de que a estabilização da economia não é obra de FHC, mas de Itamar. Esqueceu-se quem era o ministro na época.

        FHC pegou um país sem reservas, por isso a economia foi tão vulnerável na crise de 1997. Mas ele soube desvalorizar o real na hora certa, ao contrário do que fez a Argentina na mesma época, com os resultados conhecidos. Desvalorizando o real em 1999, FHC arcou com os custos políticos da decisão e queimou qualquer possibilidade de vitória do PSDB em 2002. Tivesse ele segurado mais um pouco o real valorizado na marra, como fez a Argentina, talvez o PSDB houvesse ganho em 2002, mas uma bomba imensa iria estourar no colo de seu sucessor.

        Sobre a compra da reeleição, fico curioso de saber porque o PT, sendo contra a reeleição, não revogou a emenda e ainda utilizou-a para reeleger Lula e Dilma.

        1. Hora do leitinho.

          Pedro, o mundinho: hora de tomar seu leitinho. O FHC levou uma surra nesta entrevista que lhe doerá até a eternidade. Pena que poucos lerão ou ouvirão. A Globo não reproduzirá.

    2. Xeque-mate?

      Caro,

      Aprecio a divergência, principalmente quando formulada de maneira educada, como vc faz aqui.

      *   *   *

      – Equívocos:

      Contudo, devo anotar que o seu comentário padece de erros fáticos:

      1) “Nova Era”

      – Fernando Henrique não “inaugurou” a “nova era”. Não introduziu o neoliberalismo no Brasil. Quem o fez, como já demonstrou o Nassif varias vezes, foi Collor.

      FHC seguiu a agenda por inercia. Alias, em nada determinou rumos econômicos do seu governo, função delegada exclusivamente aos economistas do Real, da PUC-Rio.

      2) Vargas vs. FHC – comparação com a qual FHC é obcecado (vc também?)

      – Sei que contradiz a associação que tenta, a duras penas, fazer entre centralização/dirigismo e inflação.

      No entanto o problema do aumento significativo dessa ultima não começou na Era Vargas, mas no governo JK, em parte devido à construção de Brasília. Lembremos do conflito publico de então entre JK e o FMI, ao ponto de ruptura.

      Podemos ter sérias restrições a posições e, principalmente métodos jurídico-políticos de que Vargas se valeu.

      Mas negar a transformação que promoveu na economia do Brasil é impossível. A tal “federação” – na verdade um pacto de oligarquias locais – que você reconhece na República Velha manteve o país que pegou.

      E que país era esse?

      Agrário-exportador, com um Estado liberal em moldes clássicos: sem direitos positivos dos nacionais diante do Estado e dos agentes econômicos, como direitos trabalhistas e sociais. Havia apenas direitos negativos: obrigação do Estado de não invadir determinadas esferas, deixadas a cargo dos nacionais.

      E a partir de 30?

      Vargas transformou o Brasil num país industrializado em 15 anos. Promoveu uma revolução político-jurídico-econômico-social que deixou ou Brasil (bem) mais moderno. Ou, ao menos, (bem) menos arcaico.

      Simples assim.

      Tem saudades da República Velha?

      Eu não.

      Aliás, o Estado liberal clássico de então teve o surto inflacionário provocado pelo “Encilhamento” de Rui Barbosa. Como disse o Nassif ainda outro dia, os equívocos de então atrasaram nosso desenvolvimento em 30 anos!

      Já foi tarde.

      3) 1985 vs. 2002??

      – Alan Garcia pegou a crise da dívida e a “década perdida” da América Latina. Compara-lo com o governo Lula, de 2002, em conjunturas completamente diversas, é totalmente inadequado.

      O comparador, no caso, é Sarney.

      *   *   *

      Não tenho tara por FHC. Será que não é você que a tem por Lula?

      >> Se FHC é de fato um personagem diminuto e desprezível como você diz, então por que suscita um artigo tão extenso e um frenesi tão grande de comentários? Isso é contraditório. Claramente, FHC mexe com alguma coisa lá no fundo da alma dos petistas, Já observei isso várias vezes. Tipo um sentimento de humilhação por saber que devem tudo a ele.

      Uma hipótese. Corrija-me se estiver equivocado:

      – a tal tara, a tal “humilhação”, o tal “mexe com alguma coisa lá no fundo” e, por fim, o tal “frenesi de comentários” que você projeta na suposta relação que enxerga entre mim e FHC não seria uma projeção – indevida! – daquela que você – e FHC também! – tem com o Presidente Lula?

      – Se ler o texto com atenção verá alguns erros de interpretação que traem esse grito do seu inconsciente.

      Ajudo com alguns trechos do meu post:

      >> Ainda mais alguém [FHC!] que, queira-se ou não, foi um personagem relevante da (grande) História.

      >> Aceita – quero crer com algum pesar! – sacrificar a democracia brasileira e os avanços dos últimos 30 anos – dos quais foi um dos protagonistas! – para ajudar a consolidar certa situação político-jurídica.

      A pequenez que vejo em FHC não é em relevância (ou não) histórica, mas moral e política.

      É pessoa que inspira pena no ocaso de sua vida.

      *   *   *

      E por que artigo “tão extenso”?

      Se ler com atenção mais uma vez o post, há de notar os seguintes trechos:

      >> Quem lê o blog já sabe que, em geral, o que me anima a escrever é a análise de outras camadas do discurso, mais profundas. Interessa-me o subtexto, as mensagens subjacentes que o emissor transmite – voluntariamente ou não.

      >> Interessam-me a natureza humana, os caminhos que o homem traça neste plano, as paixões que o influenciam, o crescimento interior que proporcionou ao caminhante, o legado desse caminhar e o lugar na (grande) História em que se situa.

      Queira você ou não, a entrevista extremamente constrangedora de FHC à Al Jazeera – que você se eximiu (propositalmente?) de comentar! – é material de primeira para suscitar esse meu interesse e permitir o exercício que me fascina: decifrar o subtexto das mensagens de personagens públicos, principalmente políticos.

      *   *   *

      Xeque-mate?

      1. A divergência educada (embora petulante)

        Também aprecio a divergência quando colocada de forma educada, embora petulante ao achar que me deu um xeque-mate…

        1) “Nova Era”

        De fato foi Collor quem lançou o marco zero da nova era pós-Vargas, mas fez de um modo tão desastrado que omitir o seu papel não prejudica muito a narrativa histórica. Foi tão ruim que nem conta. Agora, dizer que FHC só seguiu a agenda por inércia é brincadeira. Quem lançou a agenda foi o próprio FHC, pois de Collor não se salvou nada.

        2) Vargas vs. FHC

        Dizer que o aumento significativo da inflação só começou com JK é uma meia verdade. De fato, só tomou mesmo impulso com os gastos de JK após haver rejeitado empréstimos do FMI, mas se acompanharmos o gráfico veremos que a era inflacionária no Brasil inicia-se nos anos 40, lentamente.

        Uma época histórica não pode ser julgada separada de seu contexto específico, portanto não faz sentido perguntar-me hoje se eu tenho saudades da República Velha, ou de feudalismo, ou do império romano. Não nego a importância do papel de Vargas. Mas foi um papel que só pôde ser desempenhado no contexto específico de sua época. De fato, eu um país agrário e loteado entre fazendeiros, um poder central forte se fazia necessário para dar partida na industrialização. Financiar essa industrialização mediante emissão de moeda também fazia sentido, pois o Brasil na época era um país predominantemente jovem e com baixa carga tributária – assim, havia muito futuro para ser hipotecado ao presente, e havia uma certa margem para se criar um “imposto inflacionário”. O Brasil atual é um país já meio idoso e com alta carga tributária, repetir o receituária de Vargas hoje é a receita para o desastre.

        O República Velha passou. A Era Vargas também passou.

        3) 1985 vs 2002

        Alan Garcia pegou a “década perdida” da América Latina, tal como Sarney. Mas nem ele, nem Sarney quiseram fazer os ajustes necessários para sair da crise – quem efetivamente virou a página da década perdida foi FHC. Lula só surgiu em 2002, e portanto não pode ser responsabilizado por nada. Mas fica a pergunta no ar: se Lula tivesse tido a infelicidade de vencer a eleição em 1989, que rumo ele tomaria? Alan Garcia ou FHC?

        Ele só teria duas alternativas: fazer mais ou menos o mesmo que FHC fez, ou naufragar junto com Alan Garcia.

        Não tenho tara por Lula, e até considero-o um bom presidente. Haja visto que não desmontou a macro-economia deixada por FHC, quem fez isso foi sua sucessora, com os resultados que estamos vendo. Quanto à moralidade de FHC, não acho ele pior nem melhor que a média dos políticos brasileiros. Mas seu papel histórico foi relevante, ao fazer a transição entre duas eras bem distintas.

        1. Truco? (Limitações da Web 2.0)

          O que toma por petulância era uma tentativa – frustrada ao que parece – de brincadeira.

          Sou assim…

          E, como sabemos, a web 2.0 não permite entonação.

          Sobre o conteúdo, discordo de tudo e acho que carregou um pouco na subjetivismo com os argumentos, como, p.e., em:

          >> [Collor ] Foi tão ruim que nem conta.

          No mais, como dizem os americanos, “concordamos em discordar”, OK?

          Nota: ainda se recusa a comentar a entrevista de FHC à Al Jazeera… por quê?

          Truco?

  17. Caro Romulus, caso lhe

    Caro Romulus, caso lhe console: Meu pai e minha mãe são a prova de que a idade mantém intacta a personalidade, sem reflexões sobre atitudes passadas e (espertamente/maliciosamente) reescrevendo os acontecimentos. A partir deles comecei a obervar com mais atenção outros idosos e digo-lhe: Não tem jeito, FHC é regra. 

  18. FHC é um produto da velha mídia.

    Seria saudável pensar a realidade de FHC, Aécio, Serra, Alckmin, Moro, Gilmar Mendes, Cunha, alguns mais, e agora, Temer dentro de uma lógica de VALE-TUDO a eles oferecida em seus cotidianos, porque estes personagens da Política ou ligados à ela por afinidades ideológicas defenderam e defendem desde sempre os interesses do 1% da sociedade, o mesmo procedimento de defesa ativado pela Velha Mídia capitaneada pela Rede Globo e algumas poucas mídias mais desde tempos remotos.

    Quando falo em VALE-TUDO falo da blindagem excessiva de seus atos em terras brasileiras, primeiramente, blindagem midiática e, segundamente, blindagem da Justiça.

    FHC está dentro da classe política ligada ideologicamente à velha mídia.

    Por exemplo. Moro, Igor de Paula e Gilmar Mendes têm a possibilidade de fazer o que fazem porque estão, também, ideologicamente ligados à velha mídia.

    Os meios de comunicação oligopolizados no Brasil capitaneados pela Rede Globo & Cia., que o Nassif chama de velha mídia, são detentores de mais de 80% de todas as fontes de informação possíveis para a população brasileira saber dos acontecimentos diários do Brasil e do Mundo e no idioma nativo: o Português.

    Bem sabemos, ou quem não sabe com um pouco de desprendimento e observação pode saber, há um procedimento padrão neste oligopólio midiático, a proteção e valorização dos políticos e membros do Judiciário que estiverem ao lado da velha mídia, ou seja, que defendam seus interesses e de seus aliados na Economia e na Sociedade.

    Um aliado da velha mídia pode cometer todos os erros administrativos, pode ir contra os interesses nacionais e pode agir de maneira nada Ética no trato do dinheiro público, pode ainda enriquecer de forma ilícita e fazer da corrupção um modo de Governar e de vida. Ele será blindado e, ainda, tratado como um sujeito de respeito e capacitado, uma pessoa que quer o bem dos brasileiros, mesmo que não queira e, ainda, faça tudo diferente, aja  em direção oposta aos interesses nacionais.

    E, como se pode dizer que a blindagem é eficaz?

    Imaginemos termos no Brasil quase todos os meios de comunicação nas mãos de apenas 5 ou 6 famílias, defendendo um mesmo interesse Econômico e Social para o Brasil, sem a menor preocupação em dissociar o interesse de uma empresa privada e seus aliados na Economia e na Sociedade dos interesses públicos e dos brasileiros?

    É o que ocorre neste País. Os interesses privados e de aliados na Economia e na Sociedade da Rede Globo & Cia. e seu oligopólio midiático sobrepõem-se aos interesses do Brasil. Se eu tenho uma força brutal de controle da informação e consequente formação da opinião pública brasileira, via monopólio da notícia, eu posso defender meus interesses e cooptar dentro das instituições que formam a sociedade meus aliados e defensores.

    Na Política e no Judiciário a velha mídia coopta seus aliados e defensores. E, estes, ao lhe defender e agir conforme os interesses do oligopólio midiático ficam imunes ao noticiário negativo, ao controle de seus erros administrativos, e atos eticamente reprováveis. Até a corrupção é tolerada; esconde-se do noticiário os fatos reprováveis do Juiz, do Político e pronto.

    A grande maioria da população não fica sabendo dos atos reprováveis de um aliado da velha mídia. E a prova mais cabal do que digo é Aécio Neves, campeão de delações na Lava-Jato, quase se tornou Presidente do Brasil com um discurso de combate à-corrupção pela blindagem às suas corrupções na velha mídia e no Judiciário, que sempre fez vistas grossas às denúncias contra ele.

    Aécio, um Político e aliado midiático do Século XXI, como FHC foi da última década do Século XX.

    Com o oligopólio midiático a realidade brasileira vira uma realidade de mão-única. Todos os acontecimentos desembocam na direção de escolhas, minha Ideologia e meus aliados e defensores eu defendo até o último fio de cabelo, se este seguir à-perfeição meus quereres; já quem estiver do outro lado da ponte, for um não aliado eu ataco, eu retiro da pessoa a honradez, o direito de exercer a Política, de exercer a justiça com imparcialidade atacando-o, ou ameaçando/ agindo para um assassinato de sua reputação, até produzindo uma prisão arbitrária midiática. Sendo honesta ou não a pessoa.

    Inventar corrupção e erros administrativos da pessoa honesta não é nenhum constrangimento. 

    No Brasil da Era Lula e Dilma este procedimento chegou ao seu limite máximo. A velha mídia foi se especializando em não mais separar o interesse particular/privado dela e o Jornalismo.

    E, assim, foi possível colocar em prática uma realidade jornalística que não obedecia aos fatos, como eles são! Mas, segundo, como eles deveriam ser para, que a realidade fosse capaz de gerar um espelho dos desejos da velha mídia e, não, gerar: uma realidade expressa no mundo concreto e nas necessidades do País e dos brasileiros.

    Imaginemos 13 anos de construção de uma realidade paralela, distante dos fatos reais que aconteceram com o PT no Poder e saberemos como foi possível FHC estar impune de qualquer constrangimento maior e de uma investigação mais apurada e imparcial da Justiça, e como foi possível o Golpe de Estado em andamento contra a Presidenta Dilma, sabidamente, uma pessoa honesta, e que não cometeu nenhum crime de responsabilidade, medida necessária para haver, na Constituição brasileira, a possibilidade de Impeachment.

    Um PIB nacional 5 vezes maior em 13 anos de Governo petista, a retirada do Brasil Mapa da Fome da ONU, a ascensão social de mais de 40 milhões de pessoas rumo à classe média, o ingresso de mais do dobro de estudantes nas universidades brasileiras do que toda a História Universitária do Brasil juntada, etc. noticiados/relatados como fatos insignificantes, e, porque não dizer: inexistentes, para a velha mídia, porque ideologicamente quem os produziu na realidade do País não foram seus aliados políticos e não são fatos a serem conseguidos e do interesse da velha mídia, que tem Ideologia outra, Ideologia que defende outra Economia e Sociedade para o Brasil.

    Eis, então, a realidade paralela se sobrepondo ao mundo concreto.

    Como o mundo real contradizia a vontade da realidade paralela a velha mídia e seus aliados construíam uma narrativa outra e para si mesmos, e dentro dela, se podia vivenciar o BRASIL deles, e a ser perseguido, diariamente, de dentro de uma Bolha, rigidamente construída e indestrutível internamente no país, e feita para autodefesa contra o inimigo externo a ela: o PT, Lula e Dilma.

    FHC é um personagem desta bolha. Ele se acostumou a poder fazer de tudo, porque tinha a blindagem total da velha mídia.

    Casos como o da Brasif e a Mirian Dutra, que foi Jornalista da Globo; a Agropecuária no centro de Osasco; a compra de votos para a sua reeleição, etc. nunca precisaram ser esclarecidos. A velha mídia e o Judiciário nunca o cobraram. E FHC se acostumou/ acomodou nesta situação de uma realidade paralela, onde, tudo pôde e pode, porque ninguém o incomoda, tanto no oligopólio da velha mídia como no Judiciário.

    Imaginemos anos e anos seguidos de sossego, de camaradagem e de liberdade para fazer o que bem entender sem precisar prestar contas à sociedade brasileira? Sem ser investigado e cobrado por seus erros?

    Tendo, ainda, todos os microfones da velha mídia para dizer o que bem entender, para falar mal do PT, de Lula e de Dilma, sem que os mesmos possam se defender nos mesmos meios de comunicação, que FHC escreve, fala, é entrevistado e que são as fontes possíveis e conhecidas de informação da grande maioria dos brasileiros?

    FHC, como Aécio, Moro, Gilmar Mendes, Temer, etc., acabou preso na Bolha, na realidade paralela e foi perdendo a noção de limite e de senso de ridículo. Pôde e pode tudo.

    E pôde e pode até participar da orquestração, que se tornou real, do Golpe de Estado.

    FHC foi perdendo a noção do que produz. Estacionou na realidade paralela da qual é um integrante e se perdeu no/do mundo real, onde, os fatos do cotidiano do Brasil e do mundo não pertencem exclusivamente à velha mídia. 

    Entrevistas dele fora da realidade paralela como a para a Al Jazeera acabam desnudando FHC, sem ele se dar conta.

    FHC não está imunizado na Al Jazeera do vírus da blindagem, que a Bolha fabricada na parceria com a velha mídia produz. E a realidade se impôs. Não há um muro blindado de proteção, impedindo que ele precise sair da “casinha” e se contradizer, gaguejar, defender o indefensável. 

    O desnudamento de FHC e sua falta de maior capacidade de argumentação, quando questionado, quando pego em contradição, o que não ocorre no mundo paralelo que vive no Brasil da velha mídia é, também, o desnudamento da velha mídia brasileira, é a ruptura, novidade alvissareira do Golpe de Estado em andamento, da Bolha, da realidade paralela, que se fez construir no Brasil do gritante oligopólio das comunicações.

    FHC, Aécio, Serra, Moro, Gilmar Mendes, Temer, Rede Globo, Otávio Frias, etc. se desnudam aos olhos e ouvidos do Mundo inteiro.

    Este desnudamento, pelo despropositado das suas formas de agir, ações sem limites externos da Sociedade e do Judiciário para coibi-las, ações sem responsabilidade para com a verdade e sem o medo da Lei os punir acaba sendo benéfico para o Brasil. 

    Pensar FHC é pensar uma criança que nunca levou um puxão de orelha, que nunca foi cobrada por pôr os pés calçados no sofá da sala ou por gritar e pular sem parar no transporte coletivo e sempre pôde fazer tudo o que quis, sem haver cobranças dos pais; transferindo para a realidade adulta, sem prestar contas dos seus atos para com a Sociedade brasileira. Ele nunca foi cobrado pelas privatizações marcadas por fraudes, por preços irrisórios de empresas públicas, como o caso absurdo da venda da Vale do Rio Doce por, talvez, menos de 1% do seu valor de mercado.

    FHC se tornou, como a velha mídia e todos os seus aliados e defensores pessoas sem os freios da vida em sociedade, e necessários em todo País civilizado.

    Ausentes deles as noções de limite para os atos praticados se enredaram na realidade paralela, onde, o VALE-TUDO impera, talvez, em grande parte, tornado realidade paralela, mais inconsciente do que premeditada, e, certamente, prejudicial ao extremo para o Brasil e sua frágil Democracia.

    FHC é um produto midiático e a sua produção em série existe em figuras como Serra, Aécio, Moro, Gilmar, etc., produto que se deveria reprovar, se apresenta aos olhos e ouvidos dos brasileiros que se prenderam na teia da velha mídia como normal e, FHC, consegue até ser visto como um Político competente e um bem-intencionado Senhor a partir da realidade paralela e que se alastrou Brasil afora.

    E desta realidade paralela que nos assusta e nos deixa preocupados é triste constatar o fato de que quem deveria impedir a realidade paralela de existir, da qual FHC, velha mídia capitaneada pela Rede globo & Cia. adentrou  nela, se tornou vítima, acredita que ela é real e necessária para o Brasil do Futuro; e bem sabemos que não é.

    A volta de uma Ditadura, do Brasil quintal dos Estados Unidos, do Estado mínimo, da “Escola sem Partido”, de um novo AI-5, do neoliberalismo ultrarradical na Economia, do fim dos programas sociais, do aliviamento do combate á corrupção, etc. não é nada saudável para o País e sua população, certo?

    Enfim, passamos, nós! Sociedade! A sermos reféns de partes significativas do STF, do Ministério Público, da Polícia Federal, que são integrantes, hoje, inconscientemente, muitas das vezes, da realidade paralela construída pela velha mídia nos anos de PT no Governo Federal.

    Eles têm o Poder da Justiça nas mãos. Prendem, soltam quem quiserem, decidem sobre legalidades e ilegalidades na nossa frente e pouco podemos fazer.

    Quase todos tornados anti-petistas de carteirinha. 

    1. Opa! Esse é dos meus… desce a caneta!

      >> FHC, Aécio, Serra, Alckmin, Moro, Gilmar Mendes, Cunha, alguns mais, e agora, Temer (…) defendem desde sempre os interesses do 1% da sociedade, o mesmo procedimento de defesa ativado pela Velha Mídia capitaneada pela Rede Globo e algumas poucas mídias mais desde tempos remotos.

      No caso específico do Brasil, usaria “interesses do 1%” entre aspas mesmo. A elite brasileira é tão limitada que não enxerga os próprios interesses para mais do que 2 meses à frente.

      Pergunta:

      – Mídia e empresários que contribuíram decisivamente para a atual depressão econômica estão com faturamento alto?

      >> Na Política e no Judiciário a velha mídia coopta seus aliados e defensores. E, estes, ao lhe defender e agir conforme os interesses do oligopólio midiático ficam imunes ao noticiário negativo, ao controle de seus erros administrativos, e atos eticamente reprováveis. 

      Você já leu o romance “Império”, de Gore Vidal?

      É fascinante ver a história de fundo: a transformação da protagonista em uma baronesa da mídia, em trajetória completamente deliberada e planejada. Vê-se como ela fica cada vez mais inebriada com o poder de “fazer” o noticiário e influenciar os rumos da política e da economia.

      >> FHC, como Aécio, Moro, Gilmar Mendes, Temer, etc., acabou preso na Bolha, na realidade paralela e foi perdendo a noção de limite e de senso de ridículo. Pôde e pode tudo.

      Já escrevi no blog sobre o efeito bolha, potencializado em muito pelo avanço das redes sociais. Creio que isso contribuiu decisivamente para a atual polarização (“A” vs. “anti-A”) e radicalização (“É ‘A’ ou nada!” vs. “É ‘anti-A’ ou nada!”).

      Isso no Brasil e no mundo.

      O outro lado da moeda foi o derretimento e desaparecimento do “centro” político.

      E o que era esse “centro”?

      O poder moderador que compunha com a parte vencedora, no embate entre os opostos. Assim, dava-lhe governabilidade e estabilidade, evitando o golpismo do lado perdedor, ou seja, as saídas fora da institucionalidade.

      Da mesma forma, ao requerer uma moderação do discurso e das ações do polo vencedor, o “centro” coibia excessos, contribuindo ainda mais para a estabilidade do sistema.

      Hoje essa dinâmica desapareceu.

      No Brasil e no mundo.

      Pergunto, temendo a resposta:

      Estaremos fadados a eleições radicalizadas e polarizadas, na base do “51% vs. 49%” – França/2012, Brasil/2014, Argentina/2015, Áustria/2016, “Brexit”/2016, etc.?

      >> O desnudamento de FHC (…) é, também, o desnudamento da velha mídia brasileira, é a ruptura, novidade alvissareira do Golpe de Estado em andamento, da Bolha, da realidade paralela, que se fez construir no Brasil do gritante oligopólio das comunicações.

      Concordo.

      Como disse no texto:

      >> Concluo, das duas entrevistas, que FHC deveria evitar encontros com jornalistas britânicos!

      Ou melhor: com jornalistas que pratiquem, efetivamente, jornalismo.

  19. Blog: em apenas 3 meses já somos mais de 2 mil no twitter

    Blog: em apenas 3 meses já somos mais de 2 mil no twitter… obrigado!      

    ROMULUS            SEG, 04/07/2016 – 18:53            ATUALIZADO EM 04/07/2016 – 19:08

    Por Romulus

    “Blog: em apenas 3 meses já somos mais de 2 mil no twitter… obrigado!”

    Obrigado, leitores e seguidores.

    Em três meses – desde que comecei este blog em abril – já somos mais de 2 mil no twitter.

    Discutindo política, economia, direito, relações internacionais e muitas outras coisas.

    Além da vida, é claro.

    Não posso deixar de agradecer a Eduardo Cunha, Temer, Janot, Moro e toda a cúpula – ou seria o fosso? – do PMDB e do PSDB.

    Além, é claro, da velha mídia familiar e da “Força Tarefa” da Lava Jato no MPF e na PF.

    Sem vocês não teríamos tido manipulação política de investigações, condução coercitiva do Pres. Lula, nem o “golpeachment” na Presidente Dilma.

    Notem bem:

    Vocês estão de um lado.

    Estarei – eu e meus seguidores e leitores – sempre do outro.

    Mas nem por isso posso deixar de agradecer a vocês.

    Afinal, sem o golpe no Brasil, com o seu atacado de infâmia e o seu varejo de absurdos, nunca teria sido empurrado a criar este blog.

    E assim, nunca teria conhecido certas pessoas, tão especiais e caras a mim.

    Nem lembro como vivi até aqui sem elas.

    E não precisarei mais saber, posto que nunca as deixarei em paz.

    Sejam vocês “do bem” ou “do mal”, obrigado a todos os envolvidos!

    *   *   *

    (i) Acompanhe-me no Facebook:

    Maya Vermelha, a Chihuahua socialista

    (perfil da minha brava e fiel escudeirinha)

    *

    (ii) No Twitter:

    @rommulus_

    *

    (iii) E, claro, aqui no GGN: Blog de Romulus

    1. Ótimos textos!
      Não tinha lido

      Ótimos textos!

      Não tinha lido esse do Mino Carta ainda.

      Perto dos deles, acho que o meu tá muito leve. Rs

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