Incongruências no Plano Antivírus, por Andre Motta Araujo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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É preciso MUITA RACIONALIDADE na tomada de medidas contra a propagação do vírus porque a crise econômica resultante dessas medidas pode causar, por suas consequências, a curto e longo prazos, MAIS MORTES QUE A EPIDEMIA

Incongruências no Plano Antivírus

por Andre Motta Araujo

Se o vírus é coisa séria não é por isso que todos devem enlouquecer. O mundo convive com vírus dessa categoria desde que o homem passou a viver perto, ao lado, criando e consumindo animais, os vírus vêm de animais em mutações que se processam deles para os seres humanos. Não é novidade, ocorre desde quando o homem passou a deixar de ser caçador para se estabelecer fixado à terra como lavrador ou aldeão.

O mundo vive com epidemias como parte de sua aglomeração em urbes e com o trânsito de pessoas de um lado para outro, a peste negra na Alta Idade Média já foi produto dessas transmutações, matando cerca de um terço da população da Europa de então, tendo se originado na Ásia assim como o novo Corona 19.

Mas para enfrentar vírus e doenças há modos e meios que recorrem à ciência e ao bom senso, a loucura não cura doenças, ela é uma outra doença.

Potencializada pelos novos meios de comunicação estamos vendo uma reação desproporcional ao novo vírus vindo da China, junto com medidas sanitárias corretas aparecem sinais de demência coletiva desmesurada e desproporcional aos próprios riscos da epidemia, pior ainda, algumas reações PIORAM a própria doença. É preciso uma análise ponderada de RISCOS E NÚMEROS sobre essa nova epidemia, para que o remédio não seja pior que a moléstia.

Vejamos algumas dessas incongruências:

1.FECHAMENTO DE FRONTEIRAS, de forma abrupta, bloqueando milhares de pessoas em lados errados, sem poder voltar a suas casas, ISSE PREVINE O QUÊ? QUAL A LÓGICA DO PONTO DE VISTA DO ESPRAIMENTO DO VIRUS? Bloqueadas em países estrangeiros, sem poder voltar, em que ponto isso é vantajoso para o País retentor dessas pessoas e para o País para onde elas deveriam regressar? NÃO TEM A MÍNIMA LÓGICA do ponto de vista do combate ao vírus.

2.SUSPENSÃO DE AULAS DE CRIANÇAS – Crianças são um grupo de não-risco, ao contrário do que disse irresponsavelmente o patético diretor geral da OMS, que alardeou que uma criança morreu em algum lugar do mundo por causa do vírus, sem explicar que a criança já estava doente antes da epidemia.

Estudo divulgado pela Universidade da California em Berkeley no último dia 13, testando 7.337 crianças informou que o risco do vírus em crianças é praticamente zero, então a OMS alarmou além do que já tinha alarmado. Crianças pobres em países emergentes DEPENDEM DA ESCOLA para tudo, da alimentação à higiene e saúde. Elas estão mais seguras nas escolas do que em suas casas, onde muito provavelmente não estarão os pais, que precisam trabalhar. SUSPENDER AULAS DE CRIANÇAS É UM ABSURDO E COLOCA EM RISCO AS CRIANÇAS, MAIOR PATRIMÔNIO DE UM PAÍS.

3.FECHAMENTO ARBITRARIO DE EVENTOS, JOGOS, RESTAURANTES, MUSEUS – Um mega exagero, por quanto tempo? Quem pode calcular essa lógica?

Vamos viver confinados por meses? Milhões de pessoas das camadas mais pobres das populações VIVEM DE SERVIÇOS nesses locais e estabelecimentos, suas vidas são tão preciosas como as das potenciais vítimas do vírus e essas vidas entrarão na faixa de risco POR FALTA DE MEIOS DE SUBSISTÊNCIA.

Veja-se o caso da madame de classe alta que deixa de ir a restaurantes para não se contagiar com pessoas da mesma classe social. Sua faxineira continua vir ao apartamento porque depende dessa diária para alimentar seus filhos e ELA VEM DE TRANSPORTE COLETIVO onde pode se contagiar e ser portadora de contágio. Da mesma forma, os funcionários das portarias e limpezas dos edifícios continuam trabalhando e se transportando em COLETIVOS onde podem se contagiar e ser portadores de vírus. Então o NÃO FREQUENTAR RESTAURANTES não garante o não contágio, mas causa mega desemprego nas camadas mais vulneráveis da população e pode inviabilizar milhares de pequenos negócios, que fecharão, desamparando famílias e quebrando seus proprietários.

4.A LETALIDADE É BAIXA PARA 99% DOS CONTAMINADOS – É CRUCIAL o cálculo da LETALIDADE REAL do vírus, o que não está sendo apresentado de maneira lógica. A taxa de letalidade deve ser calculada sobre a TOTALIDADE DOS INFECTADOS COMPROVADOS e não sobre os que recorrem a hospitais. No primeiro grupo é muito menos que 1%, nos que são internados fica entre 1,7 a 2,3%, o que é mais baixo do que internados por enfarte, câncer, outras viroses, pneumonias resultantes de outras gripes, portanto o vírus tem uma letalidade MUITO MAIS BAIXA do que a maioria das viroses, lembrando que a “gripe espanhola” tinha letalidade altíssima entre os contaminados. O cálculo da letalidade é central no CÁLCULO DO RISCO para a tomada de medidas que vão causar mais recessão mundial semelhante à Grande Depressão de 1929 se as restrições durarem muitos meses, no Brasil o PIB deve afundar em 5 a 8%, nos EUA prevê-se 5%, tudo isso vai causar MEGA DESEMPREGO, FOME E MAIS DOENÇAS DE OUTRAS TIPOS.

É preciso MUITA RACIONALIDADE na tomada de medidas contra a propagação do vírus porque a crise econômica resultante dessas medidas pode causar, por suas consequências, a curto e longo prazos MAIS MORTES QUE A EPIDEMIA ao inviabilizar a vida e o futuro de milhões de famílias vulneráveis e que não tem paredes de proteção contra falta de condições de subsistência. As políticas de contenção do vírus parecem desenhadas especificamente para proteger pessoas com situação de classe média para cima, esquecendo, esse plano de contenção, que a maior parte da população, no caso do Brasil, vive em comunidades onde o isolamento É IMPOSSÍVEL, pelo contexto em que vivem. Então, essas políticas, ao confinar crianças em habitações precárias. AUMENTAM A VULNERABILIDADE e desprotegem ao invés de proteger esse grupo que no Brasil corresponde a dois terços do total da população.

Museus, restaurantes, fronteiras, voos internacionais, exposições e feiras empresariais não fazem parte do mundo de frequentadores da maior parte da população brasileira, mas os afetam porque eles vivem de muitos desses setores enquanto prestadores de serviços, é preciso pensar neles.

AS POLÍTICAS SANITÁRIAS NÃO SÃO E NÃO PODEM SER DESLIGADAS DO PLANO ECONÔMICO QUE GARANTE O ALMOÇO DA POPULAÇÃO.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

42 Comentários

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    1. Ao Brasil, apesar da epidemia ser global cada Pais esté estabelecendo sua estrategia, o post refere-se
      à hossas medidas que devem e podem ser analisadas, muita coisa ainda vai ter que ser feita e outras
      medidas serão alteradas, esamos numa fase de tentativas e correções.

      1. Mais uma vez, André, falas um monte de besteiras, que pretende vir de uma mente racional, porém quando as hipóteses são falsas os modelos dão soluções completamente absurdas. Mas como também sou alguém racional vou procurar demonstrar todas os erros nas tuas hipóteses iniciais.
        O primeiro e grande erro é que partes de uma hipótese que não é correta, a taxa de mortalidade do vírus, pois não levas em conta os pré-requisitos para calcular corretamente este valor, mas vamos aos fatos.
        1) Condições para a determinação da taxa de mortalidade.
        Há várias pré-condições que não estás levando em conta, as taxas de mortalidade dependem não somente da idade dos pacientes, mas sim de dois fatores, quais sejam, o grau de atendimento básico dos pacientes e as condições de comorbidade. Explico melhor:
        1.1) Pessoas mesmo jovens com quarenta mesmo menor idade, geralmente não precisam chegar a fase do tratamento final, ou seja, respiração forçada para recuperar-se da doença, porém elas precisam de tratamento básico de controle da INFLAMAÇÃO causada pela pneumonia desenvolvida ao longo da doença e mesmo no estágio de recuperação do paciente quando o vírus se encontra sob o ataque feroz dos anticorpos das pessoas, geralmente as pessoas morrem ou por problemas cardíacos ou talvez pelo próprio efeito dos Glóbulos Brancos que “entopem” os pulmões. Quando passa a situação crítica em termos de quantidade de vírus ainda ativos, os anticorpos do paciente atuam violentamente gerando uma inflamação no paciente que deve ser tratada para que esta reação não destrua os pulmões, isto pode ocorrer em pessoas idosas como em pessoas jovens, inclusive grande parte da mortalidade se dá nessa fase.
        1.2) Os mais velhos tem maior índice de mortalidade por dois motivos, primeiro porque a capacidade de produzir anticorpos pode estar diminuída, logo a ação do vírus não sofre resistência, por outro lado, há um detalhe que ninguém explica bem, o grau de comorbidade, que geralmente pessoas mais idosas possuem. É muito citado nos trabalhos técnicos que pessoas com diabetes, com problemas cardíacos crônicos e mais doenças renais crônicas e outras situações, são sujeitas a maior taxa de mortalidade. Para explicar melhor em função das modernas descobertas ainda neste ano da forma de penetração nas células humanas do vírus Covid-19 e seus assemelhados da mesma família de Coronaviridae, utilizam a sua proteína S (spike) para penetrar preferencialmente nas células pulmonares mas, conforme a referência de “Structure analysis of the receptor binding of 2019-nCoV”, outros tecidos do corpo humano (vide figura 4 do artigo, retirada do The Human Protein Atlas) como por ordem de preferência, além do pulmão, as células do intestino delgado, do cólon, dos testículos, vesícula biliar, músculo do coração, glândula tireoide e demais tecidos em ordem decrescente de afinidade. Isso necessariamente não quer dizer que as pessoas somente tem maior dificuldade porque essas doenças enfraquecem a pessoa, mas sim que também o vírus não se aloja somente no pulmão, não saberia dizer exatamente o tipo de tecido que os vírus se alojam, mas há uma correlação entre o tipo de tecido humano e os locais onde estas doenças atuam. Isso quer dizer que uma pessoa jovem com boas condições imunológicas, mas com estas doenças pré-existentes terão que ter tratamento secundário para essas para que a pessoa não morra.
        1.4) Em estudo totalmente preliminar “Communicating the Risk of Death from Novel Coronavirus Disease (COVID-19)”, uma série significativa de médicos japoneses chegam a conclusão que detecção precoce da doença, variando de 1 dia a 5 dias pode representar um aumento da “infection fatality risk” (IFR), atenção, não é case fatality risk (CFR), pois entre uma e outra há o problema do denominador, entre 0,02 a 0,1 ou entre 0,05 a 0,27. Independente da sensibilidade do estudo estatístico, fica demonstrado que a detecção precoce, que só pode ser obtida em condições ideais, pode variar cinco vezes em termos de mortaidade.
        1.3) A mortalidade, conforme se pode ver nas situações anteriores, vai depender não somente na idade dos pacientes, mas também na capacidade do corpo médico agir sobre o que ele sabe e tem soluções para agir, ou seja, se o corpo médico tiver as condições ideais, poucos pacientes, esteja descansado, saiba de evolução da doença poderão agir pontualmente nas condições secundárias do desenvolvimento da doença. Caso ele estiver sobrecarregado, cansado, não tenha tempo para acompanhar o paciente e da evolução do paciente, ele não conseguirá agir sobre o que ele tem condições de agir, como a inflamação nos pulmões ou problemas em outros órgãos.
        2) Reflexos da condição (1.4).
        Conforme poderemos ver última condição, devido ao desconhecimento da doença e a incapacidade de atuar em problemas subjacentes as taxas de mortalidade, que em situações ideais podem ser extremamente baixas, quando em situação de colapso, estas taxas poderão ser multiplicadas por dez, ou seja, podemos ir de valores em torno de 0,5% a 5%.
        Em resumo: Os médicos precisam de tempo para achar soluções e apesar de todos os esforços que estão sendo feitos por médicos e pesquisadores em todo o mundo, não se sabe o que pode ocorrer se deixar a doença correndo solta sem o mínimo tratamento como sugeres.

  1. Concordo com as consequência e fico apavorado coma sobrevivência desta turma que se vira nos 30. É muito fácil tomar medidas drásticas recebendo polpudos salários e privilégios do Estado. Não acredito em democracia, política e República no Brasil , apenas um vasto espectro de hipocrisia da extrema esquerda à extrema direita. Pelo menos deveria ser aprovado agora, em medida de urgência, a aplicação do teto salarial. Ninguém neste país desigual deveria ganhar mais que R$35.000,00. Para início de conversa. Justiça social, solidariedade, altruísmo, mas quem as tem? Comunistas, socialistas, cristãos, leitores de Marx, Russeau ou Montesquieu, todos calados, ensimesmados em seu egoísmo. Fornazieri e Mota são excessão, mas nonguém os escuta. Vão no e-Senado, incluí uma idéia legislativa para o teto salarial. É só assinar.

    1. A turma que “se vira nos 30” não viaja ao exterior. É mais fácil que ocorra infecção nas rodas de classe média – Higienópolis, Morumby, Jardins, cercanias da Chácara Flora etc. – do que em Paraisópolis. Se bem que a turma de Paraisópolis pode muito bem pegar o vírus indo trabalhar em casa “de família”.

      Dessa vez o foco inicial da doença está nos mais endinheirados…

    2. O problema no Brasil são os salários baixos, não os salários altos. Ora, o que faz os salários serem baixos não são salários altos, mas lucros (e juros e renda da terra exorbitantes.

      Aqui no Brasil, são os lucros, e não os salários, que devem ter teto. Os salário devem ter piso. Aqui, ninguém deveria ganhar menos de 15 mil reais por mês. Aqui, nenhum patrão deveria ter um lucro superior a 10% do capital investido.

      Esse tal de Luiz Cezare deve ser daquele tipo de gente que critica os socialistas porque estes não dividem os seus salários. Não sabe o Mané de Minha Tia que se trata de socializar os meios de produção, e não os frutos do trabalho individual.

  2. Teria que haver uma espécie de renda mínima pra toda população de baixa renda pra poder ficar em casa na quarentena – assim como Keynes propunha pagar pessoas pra abrirem um buraco e depois de concluído fecharem esse mesmo buraco pra depressao de 29 Aliás a madame que paga num sapato novo o valor de meses da sua diarista poderia fazer isto pagando a diarista mesmo ela nao indo. Porem aí o drama seria ela ver um tutorial pra ver como lava uma calcinha parte 1. Mas é mais facil
    O bolsonaro falar uma frase com sentido do que isso acontecer. Quanto ao tamanho do problema, e só ver a catástrofe na Itália. O sistema de saúde colapsou. Quem sabe a sugestão do Andre pra que isso não acontecesse é deixar claro que quem tem 65 anos ou mais não será atendido pelo sus – se confine em casa e diga o mantra aquilo que não me mata me fortalece. Claro que a família do Andre seria poupada desse drama com seus planos de saúde megaplusgolden.

    1. Parece que os donos de firmas privadas de saúde estão escondendo que óbitos estão acontecendo seus hospitais… Sabe como é, para não pegar mal, né?

  3. André é preciso ter cuidado nesse momento. Economia é uma atividades imprescindível, mas ela não pode preponderar sobre as demais, ainda mais sobre questões sanitárias e de saúde. A Itália tentou fazer algo parecido as suas sugestões e viu os casos da doença explodirem. Por isso, atualmente é considerado um fracasso no combate ao vírus. É verdade que a doença não é tão letal, mas tem uma capacidade de contaminação em progressão geométrica. Além disso, não ser tão letal, não significa que não precise de cuidados médicos, pois precisa. Já que a falta de cuidados médicos podem levar a morte, inclusive de pessoas jovens. Outra coisa, a super lotação em hospitais já super lotado poderia levar-nos ao caos social. Pois, impediríamos também que pessoas com problemas mais graves, deixam de receber atendimento. Visto que, Brasil em especial as grandes cidades brasileiras já tem um sistema hospitalar caótico, inclusive privado. Isso é muito fácil notar em qualquer surto de gripe ou de dengue no Rio de Janeiro. Não acredito que seria tão fácil cancelar eventos como NBA, F1 e outros grandes eventos, se não houvesse um risco eminente de catástrofe.

  4. O fechamento das escolas não é para proteger jovens e crianças do vírus pois este raramente é fatal para eles. A medida objetiva impedir que eles se tornem vetores do vírus. Uma criança infectada tem potencial de contaminar dezenas de crianças e estas vão levar o vírus para outros ambientes, para sua casa, seu prédio, o clube de futebol, a piscina do prédio e por aí vai. Criancas e jovens são vetores perfeitos da doença justamente pq não são derrubadas mas vão andando por todo lado enquanto são transmissoras ativas.

    1. As crianças que estudam em escolas publicas, são 4,5 milhões em SP, ficarão nas suas comunidades
      EM GRUPOS de crianças nas ruas, não ficarão isoladas em casas sozinhas, se forem vetores de
      contaminação SERÃO AINDA MAIS fora das escolas, porque se pretende que criança sem aula
      seja imune ao contagio?

      1. Concordo com a visão de que as medidas de contenção, mitigação ou como forem, devem ser balanceadas contra os demais danos, nunca esquecendo que vidas . merecem o maior dos respeitos.
        Mas a frase “…se pretende que criança sem aula seja imune ao contagio?” levanta uma questão que está longe de ser bolsonária, digo, binária.
        Não se trata de pretender imunidade, mas de reduzir probabilidade, já que o contágio é exponencial. Como sabemos, 40^4 é bem menos que 4^3, porque em “casa”, além de se reduzir a base, melhora-se o controle, pois lida-se com um círculo menor e mais conhecido (primos, vizinhos, etc.). Como a ideia (necessária) é “aplainar” o pico, ainda que ele dure mais, para viabilizar a capacidade disponível de tratamento, não parece ser uma medida “preto ou branco”.
        Os danos à economia (e outros) serão (já são) imensos, mas assim como por ex. a Alemanha e o Japão arrasados na WWII se recuperaram para a ponta das economias mais avançadas, o mundo terá que aprender (e está aprendendo) a lidar com esta “novidade” em tempo real e o excesso e congestionamento de informações (talvez a maior novidade) que, espera-se, dure como crise mais uns 2 a 6 meses.
        Aí aprenderemos (mais uma vez) a recuperar os danos.
        Pena que sempre com os oportunistas à frente, é claro.

      2. e você se esqueceu do professor que lida com alunos todos os dias. que usa transporte publico todos os dias… o professor corre riscos sim. já entrou numa sala de aula numa escola publica? faça a experiência e depois conte aqui.

      3. O Sr parece ignorar que o Brasil optou por reduzir a possibilidade de contágio drasticamente em vez de continuar na linha tradicional consagrada em Saúde Pública. É um trade-off baseado no descontrole experimentado em algumas regiões italianas e o consequente incremento de idosos mortos por falta de leitos e/ou ventiladores e respiradores.

  5. É um dilema. Mas os homens devem encontrar uma solução. Não é si só porque crianças não são grupos de risco que elas devam ficar expostas, até porque as que eventualmente forem infectdas nas escolas vão voltar para suas casas após o término das aulas.
    Pode-se distribuir os alimentos nas escolas para os pais e se os dois trabalharem, libera-se um, sem prejuízo de sua remuneração, para cuidar dos filhos. Se as crianças tiver e apenas um dos genitores, libera-se este do trabalho, igualmente sem prejuízo do seu salário, área que o vírus seja contido
    Há jeito pra tudo, exceto para a morte
    É ninguém larga a mão de ninguém
    O governo, a sociedade e o mercado unidos jamais serão vencidos pelo Covid

  6. Infelizmente as medidas adotadas por certos municípios irão fechar muitas lojas. Ajudei uma amiga a abrir uma pequena confeitaria, agora no segunda mês de funcionamento enfrenta essa crise. Amanhã mesmo não poderá abrir devido ao decreto municipal, só poderá fazer delivery. Ela está preocupada, não sabe como fazer pra contornar a situação. Disse pra ela tentar vender pelos apps de entrega, no última caso vender na frente dos ministérios. Infelizmente não dá pra parar.

  7. Lá vamos nós de novo. É sempre importante sempre repetir as informações dessa pandemia da COVID-19 causado pelo novo coronavírus. Primeiro, explicar que COVID-19 é o nome da doença, o nome do vírus é SARS-COV-19. SARS significa Síndrome Respiratória Aguda Grave. Coronavírus não causa gripe, ela (a gripe) é causado pelo vírus Influenza, então a COVID não é gripe é uma SARS apesar de terem sintomas parecidos.
    Pelos dados disponíveis hoje (isso pode alterar durante a pandemia) tem alta taxa de transmissibilidade e uma taxa de mortalidade relativamente baixa. A pessoa infectada transmite o vírus mesmo sem apresentar os sintomas (isso estava em dúvida mas a OMS já declarou como correta essa informação). Das pessoas infectadas 80% não apresentarão sintomas ou terão sintomas leves, 20% necessitarão de auxílio hospitalar e 5% (do total) necessitarão de suporte (UTI). A taxa de mortalidade da doença varia muito por conta da idade e também da qualidade e da disponibilidade do tratamento. Ainda é cedo para termos uma taxa correta, mas a OMS admite uma taxa de mortalidade em torno de 3%.
    As medidas de isolamento são realmente necessárias, mesmo que cause um grande impacto econômico porque sem as medidas restritivas os casos aumentarão geometricamente a ponto de em pouco tempo o número de pessoas que necessitarão de auxílio hospitalar ultrapassará a capacidade de atendimento do local. Caso isso aconteça a mortalidade aumentará drasticamente, pois não haverá socorro para todos. Um exemplo bem claro disso está na na Itália que seguiu a linha de não intervenção e acabou virando um caos completo na saúde do país mesmo tendo um excelente sistema, e outro a Coreia do Sul, cujo país tomou atitudes severas bem no início da crise e tem uma baixíssima taxa de mortalidade.
    Um estudo datado de 16 de março de 2020, da Imperial College de Londres, estima que sem cuidados o número de infectados nos EUA poderá chegar até 81% da população infectada e a taxa de mortalidade de 1%, assim, morrerão aproximadamente 2,2 milhões de pessoas nesse país. um número que não se pode desprezar. Esse estudo pode servir como base para qualquer país, inclusive o Brasil, mas com o agravante que aqui temos condições sanitárias inferiores podendo essa taxa de transmissão e mortalidade ser bem maior do que nos países desenvolvidos. Esse estudo inclusive fez o presidente dos EUA e o PM do Reino Unido mudarem seus discursos e suas posições a respeito da pandemia. Veja que taxa de mortalidade admitida não é tão alta (1%) mas os números absolutos se tornam assustadores. Imagine isso sendo transposto a nível mundial.
    Portanto não se trata de impacto econômico apenas, trata-se de impacto social gigantesco, enorme caos sanitário, podendo levar o país ao colapso, podendo, aí sim, ter um choque econômico pior do que com as medidas controladas que estão sendo implementadas.

  8. Ai, ai, ai… o bozo baixando por aqui? Será que também foi a manifestação do dia 15?
    O amigo não está acompanhando o que acontece na Itália?
    In un giorno 475 vittime: neanche in Cina così tanti morti in 24 ore. Stazionario il trend dei contagiati (28.710). Borrelli: https://www.repubblica.it.
    O amigo sabe como a China está contendo a epidemia e já enviando auxilio aos outros países? E a Coréia?

    1. https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2020/03/holanda-rejeita-confinamento-como-estrategia-contra-o-coronavirus.shtml
      Defendo essa avaliação de estrategias de combate ao virus desde o inicio da crise, nada tem a ver com Trump ou Bolsonaro, trata-se de um exercicio de logica para debate. A Italia partiu para o confinamento e nem porisso tem tido sucesso. Há varias estrategias, as do Japão e da Coreia do Sul são bem especificas, cada qual com sua logica, é preciso SEMPRE REAVALIAR e não fechar questão.

      1. A Itália partiu para o confinamento porque não obteve sucesso sem ele. Entretanto o André Araújo tenta nos convencer do contrário: ele tenta nos convencer que a Itália não obteve sucesso no combate ao coronavirus porque partiu para o confinamento.

  9. Em relação às crianças, elas são um risco de contaminação para os mais velhos. São fator replicante do vírus, pois maior parte permanece assintomática. Por tanta coisa relevante que já escreveu por aqui, merece nosso total “desconto”. Contudo, o tempo revelará que se trata do seu pior artigo, até onde eu saiba. Cuide-se!

    1. E porque AS CRIANÇAS FORA DA ESCOLA terão menor possibilidade de contagio do que na escola?
      As crianças nas comunidades de baixa renda vai se agregar, não vão ficar isoladas em cada casa mesmo porque os pais precisam trabalhar, as ações foram DESENHADAS PARA A CLASSE MEDIA ALTA, sem levar em conta a REALIDADE DE 180 MILHÕES DE BRASILEIROS, O FUNDÃO DO BRASIL.

  10. As estatísticas atualizadas praticamente de minuto a minuto são apresentadas no sítio https://www.worldometers.info/coronavirus/ .
    Até agora, apenas um país conseguiu reverter a epidemia (ou seja, o contágio entre residentes praticamente terminou): a China. Aparentemente, o país que teve maior sucesso em conter a contaminação foi a Rússia, apesar de proximidade geográfica e econômica com a China. Rússia e China são casos de forte intervenção estatal, a qual, no início, foi criticada nos países ocidentais (no NYT, etc.).
    A taxa de mortalidade estimada (algo difícil de fazer com uma epidemia em andamento) pela WHO é de 3,4%; a taxa em Wuhan é de 5,8%. Como se sabe, as taxas de mortalidade efetivas são maiores para a população com mais de 50 anos.
    Na verdade, ninguém sabe qual será a estimativa da taxa de mortalidade dessa epidemia; o que temos agora é o que melhor os estudiosos do assunto conseguem fazer com os dados e os modelos disponíveis. Há evidentemente outras variáveis importantes além da idade (notadamente condições preexistentes, como doenças cardiovasculares, etc.).
    Deve observar, também, que as estimativas referem-se principalmente às populações de países que têm a capacidade (e a vontade) de fazer exames, diagnósticos, estatísticas e prover um bom tratamento médico, tudo isso em larga escala. Seguramente, nós não estamos nessa categoria. Parece-me temerário dar um palpite sobre o que seria a mortalidade num país como o nosso.
    Posto isso, não acredito que, com este governo, controlemos a epidemia como a China o fez. Acho que sequer conseguiremos ter um quadro claro da sua dimensão no nosso país.
    Também não acredito que os atuais governantes sejam capazes de formular estratégias minimamente racionais e efetivas diante da inevitável crise econômica. Alguém realmente crê na capacidade do Guedes e do Mansueto de lidar com uma crise econômica como essa?
    Temos, parece-me, duas perspectivas: um governo de salvação nacional (novo governo, é claro), nascido de um forte pacto social, ou o laissez-faire proposto por alguns neoliberais, notadamente na Inglaterra, que pode se impor por aqui como decorrência da nossa incapacidade de construir uma alternativa. No segundo caso, resta-nos torcer para as taxas de mortalidade por aqui não sejam muito maiores do que as estimativas para países mais afortunados. E como o povo reagirá? Uma evangélica, conhecida da minha empregada, ao ser informada sobre epidemia, disse-lhe: “Deus é mais”.

  11. Pela primeira vez não concordo (e veementemente) com um texto do grande AMA. Como já foi dito, hipersensibilizou-se com a questão econômica deixando passar um caminhão de aspectos que merecerem ou mereceriam muita análise fria. As crianças fora das escolas, por exemplo, é mais pra impedir que passem a ser hospedeiros propagadores do vírus do que outra coisa. O sobrecarregamento das UTIs e seus efeitos colaterais também não foi muito bem considerado por AMA nesse texto.
    Não sei, mas minha sensibilidade mais profunda não gostou nada do texto.
    Saudações, mestre.

    1. E porque crianças fora da escola deixariam de ser vetores? Elas podem pegar o virus na escola ou com muitas mais probabilidade nas ruas das comunidades ONDE ESTARÃO SEM ESCOLA.
      Os pais dessas crianças TRABALHAM, como cuidarão dos filhos? Quem os alimentará?

  12. Pela primeira vez não concordo (e veementemente) com um texto do grande AMA. Como já foi dito, hipersensibilizou-se com a questão econômica deixando passar um caminhão de aspectos que merecerem ou mereceriam muita análise fria. As crianças fora das escolas, por exemplo, é mais pra impedir que passem a ser hospedeiros propagadores do vírus do que outra coisa. O sobrecarregamento das UTIs e seus efeitos colaterais também não foi muito bem considerado por AMA nesse texto.
    Não sei, mas minha sensibilidade mais profunda não gostou nada do texto.
    Saudações, mestre.

    1. Meu caro, o afundamento da economia MATA tanto ou mais que o virus MAS mata apenas os pobres
      já nas classes medias e alta o virus é mais letal que a economia.

  13. Andre, a única coisa que faz sentido agora é o confinamento total. Poderia propor o seu plano de jogar trilhões de reais na economia, por que ninguém pensa nisso!!!

  14. André, entre as medidas da Itália e da China, sou chines desde criancinha. Criticaram a China, vergonhosamente, porque estava construindo um hospital com 1000 leitos em 10 dias. Eles responderam construindo outro com 1500 leitos em 7 dias.
    A China já estabilizou os efeitos do covid-19. Ocorreram 3450 mortes na China com uma população de 1,4 bilhões. A China já está ajudando os italianos. Com apenas 0,061 bilhões de habitantes, já registrou mais de 4.500 mortes.
    A economia se recupera pois ela depende de gente viva e comida para as pessoas, bons governantes sabe como resolver, basicamente criando empregos, sem contar a solidariedade e capacidade do povo de reconstruir e ajudar o outro na reconstrução.

    1. A China, com 1,380 bilhões de habitantes, confinou 30 milhões na provincia epicentro da crise e só.
      Não confinou o resto do Pais e nem paralisou toda a economia, seu PIB vai cair 1 a 1,5% se tanto.

  15. e você se esqueceu do professor que lida com alunos todos os dias. que usa transporte publico todos os dias… o professor corre riscos sim. já entrou numa sala de aula numa escola publica? faça a experiência e depois conte aqui.

  16. Concordo que o dito é totalmente irresponsável! E sob muitos aspectos. E é, em outros termos, o que querem os genocidas Trump e Bozo. É falácia, por exemplo, querer mandar crianças à escola, por crianças não serem suscetíveis ao tal de vírus (ou a outros). Especialistas estão roucos de dizer que jovens e crianças podem não adoecer, mas podem se infectar; e, quando isso acontece, se tornam transmissores! Questões de apoio financeiro durante a quarentena e de alimentação fora da escola se podem resolver, é só querer. E nem se precisa buscar inspiração em outros paises (v., em todo o caso, a Argentina, ou países europeus) : governadores e prefeitos, no próprio Brasil, já tomaram medidas visando, tanto a remunerar o trabalhador para que possa enfrentar a quarentena, quanto a alimentar crianças fora da escola . Até mesmo o pessoal da rua está sendo atendido (veja, por exemplo, o DF, Brasília). Falácia – e enorme – é priorizar a economia, quando se sabe muito bem quem lucra neste país (e em outros), especialmente num momento em que todos os direitos estão sendo roubados aos que não têm, enquanto se prioriza, nem só apenas a elite financeira, mas também, e sobretudo, a pior delas, a rentista. *

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