Inimigo de Estado: Os EUA negam vistos aos filhos Glenn Greenwald, por Arnobio Rocha

A criminalização da Política ou de fazer política, é o outro par da desconstrução do Estado de Direito. Sem democracia por que ter política? A corrupção é a forma de ataque e que ganha fácil apoio, é quase um suicídio, e é.

Inimigo de Estado: Os EUA negam vistos aos filhos Glenn Greenwald

por Arnobio Rocha

O Glenn Greenwald é inimigo de Estado, dos EUA e de alguns outros países, por extensão, seus familiares também são considerados inimigos, portanto não entendo a surpresa de algumas pessoas com a negativa dos EUA de conceder aos filhos de Glenn o visto para visitar o avó com câncer.

Esqueçam ato dignos e humanitários, os principais países do mundo optaram pelo Estado de Exceção e não escondem de ninguém, nem disfarçam.

Por várias vezes trouxe ao debate as razões fundamentais da Economia, pós-2008, que explicam por que a Democracia e Política se tornaram estorvo ao Kapital.

A questão central é a Taxa de Lucro, como ampliá-la com o Estado de bem-estar social em vigor? Ainda que capenga em alguns lugares do mundo, as políticas públicas pesam na recomposição do lucro.

Ademais, Democracia custa dinheiro, significa negociar, ouvir demandas, atender apelos humanitários e isso não sensibiliza os 734 grupos econômicos que dominam 81% PIB mundial, estão se lixando para o mundo e para as pessoas.

A criminalização da Política ou de fazer política, é o outro par da desconstrução do Estado de Direito. Sem democracia por que ter política? A corrupção é a forma de ataque e que ganha fácil apoio, é quase um suicídio, e é.

Quando da virada do século XXI, a tese de que a história tinha acabado, que era o farol da política dos EUA pós-muro de Berlim, ruiu com as torres gêmeas e, principalmente, com explosão da Crise econômica 2005-2008, a crise de superprodução de kapital.

O Estado que se impõe ao mundo, pós-crise, é de supressão da Democracia e da Política, a questão é que desigual, não é movimento único e imediato, é contínuo e é feito de forma global, para se estabelecer em todos os lugares, assim como o capitalismo se impôs,

Guantánamo, Abu Ghraib, Black Gate ou carceragem de Curitiba são signos dos novos tempos, do sombrio Estado Gotham City que se implanta no mundo.

Negar vistos, impedir entrada de refugiados na Europa, campos de concentração de crianças na fronteira com o México, expulsão de famílias nos EUA, portaria 666 são parte da paisagem.

O que podemos fazer para resistir, sem ilusões ou sem perder a sensibilidade?

Eis o Ponto.

Redação

4 Comentários

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  1. Sugiro verificarem tais informações, pois numa das suas entrevistas o Glenn disse claramente que toda a sua família possui cidadania americana. Ele alegou que poderia, se desejasse, deixar o Brasil, pois seus filhos e companheiro têm cidadania por ele ser um cidadão americano, entretanto não o faria. Algo está errado

  2. “O que podemos fazer para resistir, sem ilusões ou sem perder a sensibilidade?”

    Depois do intenso bombardeio ideológico, moral e psicológico, há uns 200 anos, martelando que Socialismo é ruim e que Capitalismo é bom, o pessoal não consegue relacionar bem estar social, evolução humana e civilizatória ao Socialismo. Já percebeu que o Capitalismo não apenas não entrega o que promete como sabota todo iniciativa de mitigar a barbárie e o vandalismo em nossa sociedade, em nossas consciências mas ainda tem muita dificuldade em conceber, vislumbrar e até em arregaçar as mãos para conceber e projetar uma sociedade socialista e funcional. Fica passando o pano, contemporizando, tentando alterar a natureza do Capitalismo, a natureza predatória essencial aos capitalistas.

    Mas tenho certeza de que há a possibilidade de um Socialismo com histórias felizes, de prosperidade e soberania, de realização dos potenciais humanos e de evolução. É questão de criá-las no imaginário popular…

  3. Nassif: Esse jornalista queria o quê? Tem sorte de só (e até agora) isso ter acontecido. Onde você acha que o Ato-da-Besta (666), esse AI-5 curitibano, foi redigido? E não deve-se estranhar for ele posto à ferros, como se fazia antes da LeiÁurea. DaBala já cantou a caçapa. É o risco que corre quando se mora num Pais que tem parte de sua força armada subalterna ao estrangeiro, tipo Capitão-do-Mato, que tem um Judiciário corrupto, um Legislativo ladrão e um Executivo envolvido com todo tipo de crimes e maracutais. Os donos do quintal estão certos em impor o cumprimento de suas ordens. O terreno é deles. De Alcântara ao PréSal e Amazônia. E até que estão bonszinhos. Com aquela vereadora do Rio o tratamento foi rápido e certeiro. Como diz na Bíblia, “quem tem ouvidos, ouça”. Essa de barrar os infantes parece ser só o começo.

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