Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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Liberdade e liberdade de expressão, por Aldo Fornazieri

O Ocidente, de forma manipuladora, transformou o ataque terrorista ao Charlie Hebdo em um ataque à liberdade de expressão. A confusão contaminou intelectuais, articulistas e jornalistas de todas as partes. Não há dúvida de que o Charlie foi o causador do ataque pelas charges, muitas vezes odiosas e desrespeitosas que vinha publicando. Isto não quer dizer que ele seja o responsável pelo ataque. Causa e responsabilidade são conceitos diferentes. Se os terroristas quisessem atacar a liberdade de expressão teriam alvos mais significativos, como o Arco do Triunfo, “A Liberdade Guiando o Povo” de Eugène Delacroaix etc. Um ataque ao Le Monde ou ao Libération produziria mais espetacularidade.  

O presidente François Hollande e outros representantes do ocidentalismo elevaram a liberdade de expressão à condição de pináculo da civilização ocidental. Eles vêm usando, de forma recorrente, a retórica da guerra em nome da defesa desse valor, caindo na mesma esparrela usada por George W. Bush em 2001. Subliminarmente, reforçam o conflito civilizacional, o que redundará em mais perseguição a imigrantes na Europa, em mais intervenções militares, em assassinatos seletivos de líderes insurgentes que são um incômodo para o Ocidente, em aumento da islamofobia fascista na França e em crescimento da reação jihadista dos radicais islâmicos em detrimento do islamismo moderado.  

De forma mais equilibrada, o Papa Francisco também defendeu a liberdade de expressão, mas advertiu que da mesma forma que não se pode matar em nome de Deus, não se deve desrespeitar as religiões. Claro que o Papa não equiparou as duas atitudes. Mas o fato é que o desrespeito às crenças dos outros, a ridicularização e a manifestação recorrente do preconceito se instituem em formas de violência moral que machuca, humilha, degrada e suscita ódio nas vítimas dessas práticas. O humor não é uma expressão humana sempre neutra, assim como a piada não o é. Ele pode estar a serviço de lutas libertadoras contra a opressão, bem como, pode ser usado como instrumento de humilhação dos outros. Pode fazer rir à custa da disseminação do preconceito e da violência moral, desrespeitando e ofendendo.

A polêmica toda coloca a necessidade de se discutir o conceito de liberdade. No mundo contemporâneo, a liberdade foi elevada à condição de valor absoluto da democracia. Nem sempre foi assim. Tocqueville, por exemplo, entedia que a igualdade era o valor característico da democracia e que a liberdade era um valor fundamental para impedir que a igualdade pudesse degenerar e trazer males como, por exemplo, a tirania. Do ponto de vista político, havia uma interdependência entre esses valores, sendo que a liberdade não era apresentada como uma variável independente, como o é hoje.

O filósofo Nicola Abbagnano compila três grandes acepções do conceito de liberdade que se desenvolveram ao longo da história: 1) Liberdade como autodeterminação e como ausência de condições e limites externos; 2) Liberdade como necessidade autodeterminante decorrente de uma totalidade identificada no Mundo, em Deus, na Substância ou no Estado; 3) Liberdade como possibilidade, inserida sempre num contexto de condicionalidades que a tornam limitada e finita.

As duas primeiras acepções são praticamente iguais. A principal diferença se situa na identificação da causa original da liberdade. No primeiro caso, ela se localiza na vontade individual, pois livre seria aquilo que é causa de si mesmo; no segundo, a liberdade se origina no todo supraindividual que é identificado em diferentes seres de acordo com a especificidade de cada filosofia (Absoluto, Deus, Universo, Substância, Estado etc.). Em ambos os casos, trata-se de uma liberdade sem limitações e incondicional. No segundo caso, como há o problema da capacidade de acessar o todo pelo conhecimento, somente os sábios seriam verdadeiramente livres.

Do ponto de vista político, a conseqüência dessas noções absolutistas e necessitaristas da liberdade seria a anarquia, pois elas implicam a ausência de regras, limites e leis. Não é mero acaso o fato de que no mundo capitalista anárquico pós-moderno, marcado pelo ultraindividualismo, busca-se afirmar uma noção de liberdade sem limites e, igualmente, sem responsabilidades. Existem inúmeras advertências dos filósofos políticos no sentido de que a liberdade sem limites redundará na tirania e no fim da própria liberdade. No mundo em que vivemos, hoje estamos submetidos a vários aspectos sutis ou explícitos de dominação e de imposição e de restrição à liberdade.

A Liberdade Limitada e a Necessidade de Diálogo Entre Civilizações

A terceira concepção de liberdade destoa das duas primeiras por entender que ela é dimensionada pela medida de necessidade ou como “justa medida”. Ou seja, quando se age, deve-se evitar a deficiência e o excesso. Livre, nesse contexto, é aquele que possui determinadas possibilidades de escolhas, inseridas sempre num âmbito complexo de condicionalidades. Quanto mais possibilidades de escolha um indivíduo dispõe, mais aumenta seu grau de liberdade. As possibilidades objetivas de escolhas e a ordem dos motivos limitam a liberdade, indica Abbagnano.

As possibilidades objetivas são definidas pela existência dos outros, da natureza, das regras e pelas condicionalidades dos contextos social, econômico e político. Na vida social, a liberdade política é delimitada por leis e pelos conflitos. Desta forma, a liberdade é um problema sempre em aberto, que depende das condições e circunstâncias específicas de cada sociedade e de cada indivíduo.

Se a liberdade fosse absoluta, conceitos como justiça, igualdade, equidade, mérito, honestidade se tornariam irrelevantes. Podemos praticar a nossa liberdade à custa da infelicidade, da opressão, da humilhação e da miséria dos outros? Se a liberdade é absoluta como poderíamos respeitar as pessoas que pensam diferente de nós na nossa sociedade? E como poderíamos respeitar as outras sociedades e culturas que têm sistemas de valores diferentes dos nossos? Hollande afirmou que os muçulmanos não entendem a importância que a liberdade de expressão tem para os franceses. Mas os franceses entendem a importância que o profeta Maomé tem para os muçulmanos? Reconhecer o outro e suas demandas legítimas e a promoção do diálogo inter-civilizacional e intercultural são as únicas saídas razoáveis que restam. A base desse diálogo são os valores comuns que existem entre as diferentes civilizações. Samuel Huntington tinha razão quando observava que é nas religiões onde se localizam mais valores comuns entre as diferentes culturas e civilizações.

A liberdade de expressão é um aspecto da liberdade enquanto tal e, consequentemente, também é um valor que é exercido num contexto limitado e definido de possibilidades de escolha. Liberdade de imprensa, de pensamento, de religião, de expressão, de consciência, de reunião, entre outras, são definidas pelos especialistas como instituições estratégicas da liberdade. “Instituições”, pois são garantidas pelas Constituições e leis nas democracias.

A liberdade de expressão, do ponto de vista de sua efetivação pública, é um direito que deve ser exercido sem agredir os direitos dos outros, sem ofender, desrespeitar, degradar, humilhar, desonrar, sem manifestar preconceitos ou incitar a violência etc. Tal como na liberdade em geral, na liberdade de expressão o autor das escolhas é cada indivíduo e elas são delimitadas pelas possibilidades objetivas e pelas motivações que também são condicionadas pelas circunstâncias, pelo modo de vida, pelos costumes etc.

Para haver paz mundial, o Ocidente precisa reconhecer a multiplicidade e a historicidade dos valores de forma efetiva. Precisa reconhecer também a superioridade do pluralismo sobre qualquer forma de monismo, como asseverou Isaiah Berlin. Os Direitos Humanos não podem ser entendidos como uma autorização para atacar populações não ocidentais. São uma construção histórica que precisa ser permanentemente refeita pelo diálogo entre os povos. Ou, recorrendo mais uma vez a Huntington, o Ocidente precisa reconhecer-se como uma civilização particular e não universal. O mundo de hoje, de fato, é multipolar e multicivilizacional. A suposição do universalismo do Ocidente não deixa outra saída que não seja a guerra. O universalismo ocidental é um equivalente de sinal oposto ao jihadismo fundamentalista dos grupos radicais islamitas.

Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escola de Sociologia e Política.

19 Comentários

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  1. Primeira parte de um comentário em duas partes

    Quando o Professor Aldo identifica Charlie Hebdo como o causador do ataque, está afirmando que se Charlie Hebdo não tivesse publicado os cartuns o ataque não teria acontecido. Os cartunistas, jornalistas, de Charlie Hebdo julgavam, os sobreviventes julgam, que era, é, um direito deles e de todo ser humano a livre expressão e que o tratamento que as religiões merecem é o tratamento que qualquer ideologia merece.

    Estavam, estão, convictos disso: religiões são ideologias como outras quaisquer. 

    Portanto, a partir desta certeza de Charlie Hebdo, de estarem usando seu direito à livre expressão, que, é bom lembrar, segundo eles deve ser universal, publicaram os cartuns. 

    Os terroristas certamente concordam com o Professor Aldo que as charges eram “muitas vezes odiosas e desrespeitosas” e que o que Charlie Hebdo fazia, faz, é “desrespeito à crença dos outros, a ridicularização, e a manifestação recorrente do preconceito”, agindo assim com “violência moral que machuca, humilha, degrada e suscita ódio nas vítimas dessas práticas”.

    Daí, os terroristas fizeram o que fizeram. Com seu ato, disseram aos cartunistas e jornalistas: não, voces não têm o direito de publicar isso, voces não têm o direito de expressar isto, voces não têm o direito de se expressar desta maneira. E foi também um aviso a todos que fazem humor no mundo inteiro: fizemos isso em um país laico, mexa conosco e nos aguarde.

    Sobre isso, uma das primeiras preocupações do cartunista brasileiro Ique, por exemplo, foi temer que uma das consequências do ocorrido seja a autocensura. O cartum de Crumb, feito para o Libération e correta e corajosamente republicado pela Folha (muitos jornalões mundo afora não tiveram essa postura), trata disso também.

    Foi um ataque à liberdade de expressão.

    Mas, e isto é importante ter bem claro, o cartum que mais provocou ódio nos terroristas foi o que foi capa de uma edição de Charlie Hebdo de há alguns anos, em que o Profeta Maomé, com a cabeça curvada entre as mãos, exclama: “É duro ser amado por idiotas”. Note-se que não é crítica à religião, mas sim a quem usa a religiosidade do povo para fazer política, até mesmo usando de violência e também é uma crítica a quem não entende a própria religião.

    É importante também lembrar que a publicação dos cartuns não era gratuita. Quando Charlie Hebdo saía, sai, de seu campo maior de interesse que era, é, a política francesa é porque no mundo estava acontecendo, está acontecendo, algo que chamava, chama, muito mais a atenção.

    Foi quando publicaram o cartum a que me referi que Charlie Hebdo sofreu o primeiro atentado.

    Para se entender corretamente o caso, a gente poderia, por exemplo, imaginar um cartum satirizando pastores que peçam dinheiro na tv e que sejam picaretas. Um cartum assim não seria um ataque à religião evangélica, seria um ataque a quem usa a religião evangélica para benefícios próprios ilegítimos.

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    Fim da primeira parte

     

     

     

    1. Dois pesos e duas medidas

      E como entender se um cartunista resolvesse debochar e humilhar o holocausto, a CIA, o ataque as torres gemeas nos EUA?

    2. Corrigindo

      Há um erro factual em meu texto, queria corrigi-lo.

      Na verdade o cartum que teria servido de pretexto para o primeiro atentado não foi o que descrevi no texto, e sim um em que o Profeta Maomé aparece sorrindo na capa, como editor convidado daquela edição, que tinha como nome “Charia Hebdo”. A legenda do cartum dizia: “Mil chicotadas se voce não morrer de rir!”

      O cartum que está no comentário, o do Profeta Maomé lamentando-se, foi motivo de um processo judicial que foi movido na França contra Charlie Hebdo por não me recordo agora qual organização  francesa. A Justiça deu ganho de causa à Charlie Hebdo.

      Espero ter feito a correção a tempo e que não tenha induzido ninguém a erro. Peço desculpas.

       

  2. Guerra e liberdade de expressão

    A liberdade de expressão é um aspecto da liberdade enquanto tal e, consequentemente, também é um valor que é exercido num contexto limitado e definido de possibilidades de escolha. Liberdade de imprensa, de pensamento, de religião, de expressão, de consciência, de reunião, entre outras, são definidas pelos especialistas como instituições estratégicas da liberdade. “Instituições”, pois são garantidas pelas Constituições e leis nas democracias.

    A liberdade de expressão, do ponto de vista de sua efetivação pública, é um direito que deve ser exercido sem agredir os direitos dos outros, sem ofender, desrespeitar, degradar, humilhar, desonrar, sem manifestar preconceitos ou incitar a violência etc. Tal como na liberdade em geral, na liberdade de expressão o autor das escolhas é cada indivíduo e elas são delimitadas pelas possibilidades objetivas e pelas motivações que também são condicionadas pelas circunstâncias, pelo modo de vida, pelos costumes etc.

    Para haver paz mundial, o Ocidente precisa reconhecer a multiplicidade e a historicidade dos valores de forma efetiva.

    Ai que esta o problema. A paz sera algo dificilmente alcançado, mantido o paradigma de comportamento e de relação socio cultural, entre individuos e entre as nações.

    Existe uma amplíssima distância que separa a maioria da população, de um lado, e as elites governantes, de outro…

    Existe uma guerra velada entre as elites economicas e os povos de forma geral. Os povos, não seus governantes, são sistematicamente humilhados e roubados pelas elites que verdadeiramente governam. É como se estivesse acontecendo uma guerra mundial, existem ilhas de prosperidade e bem estar social, cercadas de miserias e injustiça por todos os lados.

    Não é possivel tentar analisar os inumeraveis conflitos que acontecem neste momento, pelo mundo todo, regionalizando-os.

    Os conflitos, como sugere todos os conflitos, são mais complexos, do que interesses pontuais e a compreensão intelectual restrita e incompleta, que é gerada pelo preconceito e discriminação.

    Repetindo o post, de ontem por nelsonz:

    Não está em jogo a liberdade de expressão, o que está em jogo é como deve ser a GUERRA, e novamente o ocidente quer escolher pelos outros as armas, os lugares, o tempo e os alvos pelo seu inimigo. Se o ocidente fosse um jogador de xadrez melhor seria jogar sozinho e temer todos os resultados.

     

     

    1. “A causa fundamental de problemas” (Bertrand Russell – cit.)
      “The fundamental cause of the trouble is that in the modern world the stupid are cocksure while the intelligent are full of doubt.”     – Bertrand Russell, Mortals and Others

  3. Concordo, mas em … http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/

    jornalggn.com.br/noticia/os-grupos-de-midia-e-o-desrespeito-as-religioes ,  e ontem minhas opiniões, não só minhas (vaidades nossas tb) inclusive sobre uma manpulação do budismo e alguns seguidores do Budismo. Comparem-se a edição internacional completa que inclui, ainda que em pequeno espaço que leva a link externo, com o panfleto da wikipedia em português. Pus uma nota na de portugues (Wikpedia é colaborativa logando ou não) alertando pro panfleto da última, mas logo foi eliminado A W PT não cita nenhuma crítica de outros pensadores). Tb coloquei um documentário longo sobre a história , na verdade Os diversos Alcorões. Desta vez, concordo com o Fornazieri, mesmo ele sendo um raivoso anti-PT, de há muito tempo – o conheci em casa de estudante, é um aspecto psicológico), o que não qeur dizer que às vezes ele diga aguma coisa boa, inclusive quando bota dedos em feridas do PT (do qual sou eleitor quase sempre). E sou ateu (não a caricatura, o estereótipo de ateu, esta minoria mais discriminada e mal comreendida em países predominantemente religiosos ou católicos, mas tb. acho militâncias ateistas uma bobagem, se parecem muito com nova forma de religião. Têm valor e papéis imortantes na demoracia, mas tb há segidores com as mais diversas interpretações que me parecem religiosas, fundamentalistas. Há os desenvolvedores do pensamento de Marx, por incrível que pareça, há a direita e amantes do capitalismo que sacam melhor e mais correamente o marxismo – ou marxiano pensamento pra não cairmos em novos “istas…”. Não percam o q Nassif postou ontem e principalmente o e mais completo e primeiro blog que foi além de Fornazieri e do Nassif e meio mundo depois, inclusive uma desonestidade intelectual de Leonardo Boff (novamente, veja-se o post de Nassif e alguns comentarios não cadastrados ou cadastrados. http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/ Também postei um longo vídeo sobre a história doss alcorões (há um outro excelente pelo canal CURTA! por outros pesquisadores inclusive coj descobertas recentíssimas sobre a história dos Alcorões). Em tempo: todos nós temos nossas espiritualidades, vida interior, esperança por um mundo melhor, ou fé pura e simples.

  4. Segunda parte

    O Professor Aldo estabelece um limite para a liberdade de expressão que, em sua visão, teria que ser exercida sem “agredir os direitos dos outros, sem ofender, desrespeitar, degradar, humilhar, desonrar, sem manifestar preconceitos ou incitar a violência, etc…”.

    Perguntado por um jornalista alguns meses após o primeiro atentado sobre quais seriam os limites à liberdade de expressão que Charlie Hebdo respeitava, se é que respeitava algum, Charb, o editor que foi um dos assassinados, respondeu: os limites estabelecidos pela lei francesa. 

    http://www.africafundacion.org/spip.php?article1927

    O Professor Aldo há de concordar, talvez possa parecer até impertinência de minha parte dizer isso, que ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer algo a não ser por fôrça da lei.

    Então o que na verdade aqui estamos discutindo é qual lei nos contemplaria a todos.

    Ora, se assim é, o limite estabelecido pelo Professor Aldo é inócuo, por subjetivo, e deixaria a questão de estabelecer os limites à liberdade de expressão exclusivamente para os juízes, o que seria um risco para todas as partes envolvidas em um eventual processo, além da insegurança jurídica da sociedade. 

    Cito novamente, como fiz em outro comentário neste mesmo blog, o exemplo mais atual. Nassif foi condenado em primeira instância por ter chamado Kamel de manipulador. Augusto Nunes foi absolvido (não sei em qual instância) por ter chamado Collor de bandido. O mesmo país, sob o teórico amparo da mesma Lei, em um mesmo momento da história, considera “manipulador” mais grave que “bandido”. Independentemente da fôrça política dos querelantes e da postura dos dois juízes, o fato é que a lei permitiu que fosse interpretada de duas maneiras tão diferentes. 

    E note-se que este recentíssimo episódio não está no campo do humor, que defendo ser estudado à parte.

    No caso do humor, insisto na pergunta: quais os critérios que escolheremos para determinar seus limites? 

    A “gota d’água”, o “aí também já é demais”, são diferentes para cada um, uma, de nós. Teve muita gente aqui no Brasil que se indignou, por exemplo, com um episódio dos Simpsons dos anos 90 que se passava no Brasil. Muita gente aqui no Brasil achou muito engraçado e gostou.

    Lembram-se? A coisa chegou a bater até no Palácio do Planalto, na época ocupado por FHC.  E aí, como resolver esse caso, por exemplo?

     

     

     

     

     

    1. Na boa ?

      Você não leu nem a denúncia e nem a decisão judicial dos casos KamelxNassif e NunesxCollor.

      Está formando opinião “por ouvir falar”.

      1. Claro que na boa. Por que seria diferente?

        Não se preocupe comigo, sou incapaz de formar opinião por ouvir falar, oxalá continue assim. 

        E não tenho vergonha em aprender, tenho o costume até de agradecer a quem me ensina.

        Não suporto mentiras, calúnias e difamações. Te confesso: me irritam profundamente.

        Acabei de acender um cigarro. 

        Je suis Charlie.

        E porque até agora só falei de mim? Por que me pareceu ser eu o verdadeiro motivo de teu comentário, já que em vez de discutir o tema, preferiu desqualificar quem o trouxe. Por que isto, não faço a menor idéia e sinceramente não me importa.

        É como eu falei para um outro colega deste blog, que nem me lembro mais quem foi, não sei se foi voce: eu não tô fazendo nada, voce também, faz mal bater um papo assim gostoso com alguém? Grande Jair Rodrigues.

        Se bem me lembro, voce é um dos dois ou três figuras que a e em toda hora ficam trazendo uma ou duas cartas de Olivier Cyran e trazendo a e em toda hora o caso Maurice Sinet. 

        Sinceramente não me lembro se voce é da G.R.E.S. Academicos de Cyran ou é da G.R.E.S. Unidos de Siné. Ou sai nos desfiles das duas escolas, pode ser. Não me lembro.

        Mas o fato é que voces trazem esses temas, e são respondidos. Trazem de novo os mesmos temas, e são respondidos. E assim vai. Se uma tese não convenceu e se é verdadeira, por que voces ao menos não trazem mais evidências? Por que não se esforçam mais? Ou já não estão acreditando no que disseram e por orgulho e vaidade não reconhecem o erro?

        Não entendo.

        Sobre o processo Kamel x Nassif e, preste atenção, por favor, no que lê e escreve, o processo Collor x Augusto Nunes, realmente não li as denúncias, e até vou te ajudar, nem as teses da defesa, as atas dos debates, se é que aconteceram, e, como voce disse, tampouco a íntegra das decisões das excelentíssimas juízas. Neste ponto voce tem razão. Viu como é fácil dizer isto para alguém que voce sabe que tem razão? Não te diminuirá, pelo contrário. Voce é livre para fazer isto, não acredite em quem lhe diz o contrário.

        Voce não tem razão quando diz que formei minha opinião “por ouvir falar”, a menos que voce diga que acreditar em um jornalista em quem voce confia é “ouvir falar”. 

        http://www.diariodocentrodomundo.com.br/kamel-versus-nassif-a-diferenca-de-tratamento-que-a-justica-da-a-casos-semelhantes/

        Mas, e digo sem ironia nenhuma, mesmo, se voce tem alguma informação verdadeira que desminta Paulo Nogueira, desde já agradeço se a apresentar. 

         

         

         

         

          1. Sem problemas, leiamos as duas

            Veja, se voce fizesse o que me aconselha, não poderia acreditar em Olivier Cyran.

            Isto posto, o que escrevi no comentário requer a comparação das duas decisões.

            Eis a de Collor x Augusto Nunes:

            http://s.conjur.com.br/dl/sentenca-collor-abril.pdf

            Lerei as duas, vejamos o que é que houve, até qualquer hora.

            E agradeço, mesmo.

             

             

  5. De Mauro Santayana, via

    De Mauro Santayana, via Jornal do Brasil :

     

    O TERROR, O “OCIDENTE”, E A SEMEADURA DO CAOS

    Há alguns dias, terroristas franceses, ligados, aparentemente, à Al Qaeda, atacaram a redação do jornal satírico parisiense Charlie Hebdo, em represália pela publicação de caricaturas sobre o profeta Maomé.

    Doze pessoas foram assassinadas, entre elas alguns dos mais famosos cartunistas e intelectuais do país, e dois cidadãos de origem árabe, um deles, estrangeiro, que trabalhava há pouco tempo na publicação, e um membro das forças de segurança que estava nas imediações.

    Logo em seguida, houve, também, outro ataque, a um supermercado kosher na periferia de Paris, em que 4 judeus franceses e estrangeiros morreram.

    Dias depois, milhões de pessoas, e personalidades de vários países do mundo, se reuniram nas ruas da capital francesa, para protestar contra o atentado, e se manifestar contra o terrorismo e pela liberdade de expressão.

    Na mesma primeira quinzena de janeiro, explodiram carros-bomba, e homens-bomba, também ligados a grupos radicais islâmicos, no Líbano (Beirute), na Síria (Aleppo), na Líbia (Benghazi), e no Iraque (Al-Anbar), com dezenas de mortos, em sua maioria civis.

    Mas, como sempre, não seria normal esperar que algum destes fatos tivesse a mesma repercussão do atentado em Paris, capital de um país europeu, ou que a alguém ocorresse produzir cartazes e neles escrever Je suis Ahmed, ou Je suis Ali, ou Je suis Malak, Malak Zahwe, a garota brasileira, paranaense, de 17 anos, que morreu na explosão  de um carro-bomba, junto com mais 4 pessoas (20 ficaram feridas), no dia 2 de janeiro, em Beirute.

    No entanto, os homens, mulheres e crianças, mortos, todos os dias, no Oriente Médio e no Norte da África, são tão frágeis e preciosos, em sua fugaz condição humana,  quanto os que morreram na França,  e vítimas dos mesmos criminosos, criados pela onda de radicalização e rápida expansão do fundamentalismo islâmico, nos últimos anos.

    Raivosas, autoritárias, intempestivas, numerosas vozes se alçaram, em vários países, incluído o Brasil, para gritar – em raciocínio tão ignorante quanto irascível – que o terrorismo não tem que ser “compreendido” e, sim, “combatido”.

    Os filósofos e estrategistas chineses ensinam, há séculos, que sem conhecê-los, não é possível vencer os eventuais adversários, nem mudar o mundo.

    Além disso, não podemos, por aqui, por mais que muitos queiram emular os países “ocidentais”, em seu ardoroso “norte-americanismo” e “eurocentrismo”, esquecer que existem diferenças históricas, e de política externa, entre o Brasil, os EUA, e países da OTAN como a França.

    Podemos dizer que Somos Charlie, porque defendemos a liberdade e a democracia, e não aceitamos que alguém morra por fazer uma caricatura, do mesmo jeito que não podemos aceitar que uma criança pereça bombardeada pela OTAN no Afeganistão ou na Líbia, ou porque estava de passagem, no momento em que explodiu um carro-bomba, por um posto de controle em Aleppo, na Síria.   

    Mas é preciso lembrar que, ao contrário da França, nunca colonizamos países árabes e africanos, não temos o costume de fazer charges sobre deuses alheios em nossos jornais, não jogamos bombas sobre países como a Líbia, não temos bases militares fora do nosso território, não colaboramos com os EUA em sua política de expansão e manutenção de uma certa “ordem” ocidental e imperial, e, talvez, por isso mesmo – graças a sábia e responsável política de Estado, que inclui o princípio constitucional de não intervenção em assuntos de outros países – não sejamos atacados por terroristas em nosso território.

    As raízes dos atentados de Paris, e do mergulho do Oriente Médio na maior, e, com certeza, mais profunda  tragédia de sua história, não está no Al Corão ou nas charges contra o Profeta Maomé, embora estas últimas possam ter servido de pretexto para ataques como o que ocorreu em Paris.

    Elas começaram a se tornar mais fortes, nos últimos anos,  quando o “ocidente”, mais especificamente alguns países da Europa e os EUA, tomaram a iniciativa de apoiar e insuflar, usando também as redes sociais, o “conto do vigário” da Primavera Árabe em diversos países, com a intenção de derrubar regimes nacionalistas  que, com todos os seus defeitos, tinham conquistado certo grau de paz, desenvolvimento e estabilidade para seus países nas últimas décadas.

    Inicialmente promovida, em 2011, como “libertária”, “revolucionária”, a Primavera Árabe iria,  no curto espaço de três anos, desestabilizar totalmente a região, provocar massacres, guerras civis, golpes de Estado, e alcançar, por meio da intervenção militar direta e indireta da OTAN e dos EUA em vários países, a meta de tirar do poder,  a qualquer custo, regimes que lutavam para manter um mínimo de independência e soberania em suas relações com os países mais ricos.

    Quando os EUA, com suas “primaveras” – que não dão flores, mas são fecundas em crimes e cadáveres – não conseguem colocar no poder um governo alinhado com seus interesses, como na Ucrânia e no Egito, jogam irmão contra irmão e equipam com armas, explosivos, munições, terroristas, bandidos e assassinos para derrubar quem estiver no comando do país.

    O objetivo é destruir a unidade nacional, a identidade local, o Estado e as instituições, para que essas nações não possam, pelo menos durante longo período, voltar a organizar-se, a ponto de tentar desafiar, mesmo que em pequena escala, os interesses norte-americanos.

    Foi assim que ocorreu com a intervenção dos EUA  e de aliados europeus como a Itália e a França – contra a recomendação de Brasil, Rússia, Índia e China, no Conselho de Segurança da ONU –  no Iraque, na Líbia e na Síria.

    Durante décadas, esses países – com quem o Brasil tinha, desde os anos 1970, boas relações – viveram sob relativa estabilidade, com a  economia funcionando, crianças indo para a escola, e diferentes etnias, religiões e culturas, dividindo, com eventuais disputas, o mesmo território.

    Estradas, rodovias, sistemas de irrigação, foram construídos – também com a ajuda de técnicos, operários  e engenheiros brasileiros – com os recursos do petróleo, e países como o Iraque chegavam a importar automóveis, como no caso de milhares de Volkswagens Passat fabricados no Brasil, para vender aos seus cidadãos de forma subsidiada.

    Na Líbia de Muammar Kadafi, segundo o próprio World Factbook da CIA, 95% da população era alfabetizada, a expectativa de vida chegava, para os homens, segundo dados da ONU, a 73 anos, e a renda per capita e o IDH estavam entre os maiores do Terceiro Mundo, mas esses dados nunca foram divulgados normalmente pela imprensa “ocidental”.

    Pode-se perguntar a milhares de brasileiros que estiveram no Iraque, que hoje têm entre 50 e 70 anos de idade, se, naquela época, sunitas e xiitas se matavam aos tiros pelas ruas, bombas explodiam em Basra e Bagdá todos os dias, como explodem hoje, a qualquer momento, também em em Trípoli ou Damasco,  ou milhares de órfãos tentavam atravessar montanhas e rios sozinhos, pisando nos restos de outras crianças, mortas em conflitos incentivados por “potências” estrangeiras, ou tentavam sobreviver caçando, a pedradas, ratos por entre escombros das casas e hospitais em que nasceram.  

    São, curdos, xiitas, sunitas, drusos, armênios,  cristãos maronitas, inimigos?

    Antes, trabalhavam nos mesmos escritórios, viviam nas mesmas ruas, seus filhos frequentavam as mesmas salas de aula, mesmo que eles não tivessem escolhido, no início, viver como vizinhos.

    Assim como no caso de hutus e tutsis em Ruanda, e em inúmeras ex-colônias asiáticas e africanas, as  fronteiras dos países do Oriente Médio foram desenhadas, na ponta do lápis, ao sabor da vontade do Ocidente, quando da partilha do continente africano por europeus, obedecendo não apenas ao resultado de Conferências como a de Berlim, em 1884, mas também à máxima de que sempre se deve “dividir para comandar”, mantendo, de preferência,  etnias de religiões e idiomas diferentes dentro de um mesmo território ocupado pelo colonizador.

    Eram Saddam Hussein e Muammar Kadafi, ditadores? É Bashar Al Assad, é um déspota sanguinário?

    Quando eles estavam no poder, não havia atentados terroristas em seus países.

    E qual é a diferença deles e de seus regimes, para os líderes e regimes fundamentalistas islâmicos comandados por xeques e emires, na mesma região, em que as mulheres – ao contrário dos governos seculares de Saddam, Kadafi e Assad – são obrigadas a usar a burka, não podem sair de casa sem a companhia do irmão ou do marido,  se arriscam a ser apedrejadas até a morte ou chicoteadas em caso de adultério, e não há eleições, a não ser o fato de que esses regimes são dóceis aliados do “ocidente” e dos EUA?

    Se os líderes ocidentais viam Kadafi como inimigo, bandido, estuprador e assassino, por que ele recebeu a visita do primeiro-ministro britânico Tony Blair, em 2004; do Presidente francês Nicolas Sarkozy – a quem, ao que tudo indica, emprestou 50 milhões de euros para sua campanha de reeleição – em 2007; da Secretária de Estado dos EUA, Condoleeza Rice, em 2008; e do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi em 2009?  

    Por que, apenas dois anos  depois, em março de 2011 – depois de Kadafi anunciar sua intenção de nacionalizar as companhias estrangeiras de petróleo que operavam, ou estavam se preparando para entrar  na Líbia (Shell, ConocoPhillips, ExxonMobil, Marathon Oil Corporation, Hess Company)  esses mesmos países e os EUA, atacaram, com a desculpa de criar uma Zona de Exclusão Aérea sobre o país, com 110 mísseis de cruzeiro, apenas nas primeiras horas, Trípoli, a capital líbia, e instalações do governo, e armaram milhares de bandidos – praticamente qualquer um que declarasse ser adversário de Kadafi – para que o derrubassem, o capturassem e finalmente o espancassem, a murros e pontapés, até a morte?

    Ora, são esses mesmos bandidos, que, depois de transformar, com armas e veículos fornecidos por estrangeiros, a Líbia em terra de ninguém, invadiram o Iraque e, agora, a Síria, e se uniram para formar o Estado Islâmico, que pretende erigir uma grande nação terrorista juntando o território desses três países, não por acaso os que foram mais devastados e destruídos pela política de intervenção do “ocidente” na região, nos últimos anos.

    Foram os EUA e a Europa que geraram e engordaram a cobra que ameaça agora devorar a metade do Oriente Médio, e seus filhotes, que  também armam rápidos botes no velho continente. Serpentes que, por incompetência e imprevisibilidade, depois da intervenção na Líbia,  a OTAN e os EUA não conseguiram manter sob controle.   

    Os Estados Unidos podem, pelo arbítrio da força a eles concedida por suas armas e as de  aliados – quando não são impedidos pelos BRICS ou pela comunidade internacional – se empenhar em destruir e inviabilizar pequenas nações – que ainda há menos de cem anos lutavam desesperadamente por sua independência – para tentar estabelecer seu controle sobre elas, seu povo e seus recursos, objetivo que, mesmo assim, nunca conseguiram alcançar militarmente.

    Mas não podem cometer esses crimes e esses equívocos, diplomáticos e de inteligência, e dizer, cinicamente, que o estão fazendo em nome da defesa da Liberdade e da Democracia.

    Assim como não deveriam armar bandidos sanguinários e assassinos para combater governos que querem derrubar, e depois dizer que são contra o terrorismo que eles mesmos ajudaram a fomentar, quando esses mesmos terroristas, além de explodir bombas e matar pessoas em Bagdá, Damasco ou Trípoli, todos os dias, passam a fazer o mesmo nas ruas das cidades da Europa ou dos próprios Estados Unidos.

    O “terrorismo” islâmico não nasceu agora.

    Mas antes da balela mortífera da Primavera Árabe,  e da Guerra do Iraque, que levou à destruição do país, com a mentirosa desculpa da posse, por Saddam Hussein, de armas de destruição em massa que nunca foram encontradas – tão falsa quanto o pretexto  do envolvimento de Bagdá no ataque às Torres Gêmeas, executado por cidadãos sauditas, e não líbios, sírios ou iraquianos – não havia bandos armados à solta, sequestrando, matando e explodindo bombas nesses 3 países.

    Hoje, como resultado da desastrada e criminosa intervenção ocidental, o terror  do Estado Islâmico, o ISIS, controla boa parte dos territórios e da sofrida população síria, iraquiana e líbia, e, a partir deles, está unindo suas conquistas em torno da construção de uma nação maior, mais poderosa, e extremamente mais radical do ponto de vista da violência e do fundamentalismo, do que  qualquer um desses países jamais o foi no passado.

    O ataque terrorista à redação e instalações do semanário francês Charlie Hebdo, e do Mercado Kosher, em Vincennes, Paris, foram crimes brutais e estúpidos.

    Mas não menos brutais, e estúpidos, do que os atentados cometidos, todos os dias, contra civis  inocentes, entre muitos outros lugares, como a Síria, o Iraque, a Líbia, o Afeganistão.

    Quem quiser encontrar as sementes do caos que também atingiram, em forma de balas, os corpos dos mortos do Charlie Hebdo poderá procurá-las no racismo  de um continente que acostumou-se a pensar que é o centro do mundo, e que discrimina, persegue e despreza, historicamente, o estrangeiro, seja ele árabe, africano ou latino-americano; e no fundamentalismo branco, cristão e rançoso da direita e da extrema direita norte-americanas, cujos membros acreditam piamente que o Deus vingador da Bíblia deu à “América” do Norte o “Destino Manifesto” de dirigir o mundo.

    Em nome dessa ilusão, contaminada pela vaidade e a loucura, países que se opuserem a isso, e milhões de seres humanos, devem ser destruídos, mesmo que não haja nada para colocar em seu lugar, a não ser mais caos e mais violência, em uma  espiral de destruição e de morte, que ameaça a sobrevivência da própria espécie e explode em ódio, estupidez e  sangue, como agora, em Paris, neste começo de ano.

     

    1. discordo, em parte, do eminente jornalista

      Nã há 1 Alcorão, e sim diversos alcorões, e diversas interpretações. https://jornalggn.com.br/noticia/os-grupos-de-midia-e-o-desrespeito-as-religioes#comment-556698 Vejam vídeo documentário e alguns comentários/comentaristas no link. O autor se equivoca. Há ataques do governo francês na Santa Aliança com outros, os EUA, p ex. O CH já expulsou 2 jornalistas anteriormente. Todos os serviços de segurança e informação acopanhavam os terroristas e… é incrível como não se adiantaram. A cada charge do CH contra governos ou religião cristã, etc, havia – força de expressão minha – 100 que publicavam sobre Maomé, sabendo que parte dos mulçumanos interpretam os versos de violência em todo e qq lugar. Uma charge de um dinamarquês ligado a neonazistas foi publicada em alguma edição. Tem mais no primeiro a dar histórico e o Por que Não Sou Charlie. O buraco é bem mais embaixo do que o absolutismo, o Absoluto liberdade de expressão.

      1. http://emtomdemimimi.blogspot.com.br/

        no Link está o primeiro a se manifestar, e melhor, bem antes de Leonardo Boff, Nassif (q atinge parte do público ou informado, ou desinformado ou manipulado, que não citava a primeira fonte. Sob protestos, Boff remendou… e então deixou os comentários e somente pra quem for ao próprio site dele. Também correm modificações do texto inicial, q Boff se refere. Leiam os 3 posts do mimimi. Se saco houver, alguns comentários e vídeo sobre as origens e as diversidades de interpretação pelos próprios mulçumanos, as partes chamando para a violência em qq lugar é de inteiro conhecimento pelos órgãos de informação. Assim como é o maior pecado divulgar figura de Maomé, mesmo chorando e pedindo perdão. Há um filme americano, se nao me engano, em que os peersonagens são mulçumanso, mas a câmera jamais mostra Maomé, e se justifica em letreio final de que foi proposital em respeito. A câmera funcionou como sendo os olhos de Maomé vendo o mundo e seus adetos, jamais mostrava a figura, o personagem.

  6. Discordo


    Considero a maior parte do texto equivocada.

    No atual momento, quem está querendo ser universal não são os ocidentais, e sim os jihadistas (o que não quer dizer islâmicos em geral). Afinal, eles se sentiram no direito de dentro da França impor a não islâmicos a sacrosantificação de Maomé. Ocidentais respeitam que alguns países proíbam fazer charges de Maomé. O Ocidente não quer invadir países que proibem charges de Maomé para impor a permissão. Os EUA invadiram o Iraque, que era uma ditadura laica, por outros motivos, econômicos e geopolíticos. E abriram o país para o fundamentalismo islâmico.

    Ainda que fosse justa a reinvindicação de proibir charges de Maomé no mundo inteiro, falar disso agora é virar boneco falante de terrorista.

  7. Discurso bem esperável da parte desse sujeito

    Na minha opiniao ele nao dá uma dentro. Agora mostra bem claramente seu lado conservador. Voltamos à Idade Média, blasfêmia é crime. Argh! 

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