Fim de um Ciclo, por Jorge Arbache

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Coluna publicada no Valor Econômico, 23/9/2015 e enviada pelo autor ao Jornal GGN

Fim de um Ciclo, por Jorge Arbache

O Brasil está passando por uma das maiores crises econômicas da sua história. A crise tem causas mais imediatas associadas à crise política e à exaustão do crescimento recente baseado no consumo e nos gastos públicos, mas, também, causas muito mais profundas associadas à baixa produtividade e competitividade da economia.

Entre 1950 e 2014, a produtividade do trabalho no Brasil cresceu modestos 197%. Já as produtividades da Coreia e da China cresceram, respectivamente, 1605% e 2176%. Em 2005, a produtividade do trabalhador brasileiro correspondia a apenas 16% da produtividade do trabalhador americano, mas os preços médios em dólar aqui correspondiam a 61% dos preços médios de lá. Portanto, a nossa produtividade é relativamente baixa, enquanto os nossos preços são relativamente altos. A consequência não poderia ser outra: indicador de competitividade internacional elaborado para 42 países avançados e emergentes mostra que o Brasil tinha a pior competitividade.

De onde vem essa tão baixa produtividade e competitividade? As causas são, obviamente, variadas, mas a mais importante delas está associada ao modelo de economia altamente cartorializada, estatizada, protegida e voltada para dentro inaugurado no pós-guerra e que viria a dar origem à baixa eficiência alocativa, mercados disfuncionais e custos de produção elevados. Esse modelo, avesso a riscos, desencorajou a competição, a formação de capital humano, a inovação, a internacionalização de empresas e o investimento de longo prazo e tem no orçamento público e na proteção a garantia última da formação de lucros.

No topo daquela economia já pouco competitiva, introduziram-se, com a Constituição de 1988, muitos direitos e benefícios sociais sem a contrapartida em receitas. A combinação de baixa eficiência dos gastos públicos, ampliação significativa da população com acesso a benefícios e envelhecimento populacional iriam requerer uma economia muito mais produtiva e competitiva para dar conta do aumento das despesas sem comprometer o crescimento econômico.

O modelo começou a mostrar os seus limites à medida que, primeiro, o Brasil foi se integrando mais à economia mundial a partir da década de 1990, o que viria a revelar e expor a nossa baixa competitividade internacional, e, segundo, à medida que a carga tributária foi alcançando patamares muito elevados sem correspondência na qualidade dos serviços públicos e na infraestrutura. Cedo ou tarde, esse modelo mostraria fadiga.

A crise econômica de 2008 e as políticas equivocadas dos últimos governos viriam a precipitar o fim de um longo ciclo. De fato, o esgotamento do modelo já se manifesta em vários indicadores críticos, incluindo a tendência de crescimento do endividamento público, juros reais elevados, queda da densidade industrial, queda do indicador de complexidade econômica, reprimarização da economia, queda da participação do país nas exportações mundiais, baixa participação do país em cadeias globais de valor, pressões inflacionárias crônicas, alta volatilidade da taxa de crescimento e queda da taxa de crescimento do produto potencial.

Em razão do caráter estrutural da crise, é improvável que ajuste fiscal e correções pontuais sejam capazes de, isoladamente, dar sobrevida longa ao atual modelo. Para realizar todo o seu imenso potencial e voltar a crescer, será preciso que o Brasil reconheça que políticas “mais do mesmo” estão perdendo eficácia e que terá, por isso, que partir para políticas que o levem a fazer “mais com o mesmo”. Ou seja, teremos que partir para um modelo de desenvolvimento em que produtividade e competitividade sejam os motores do crescimento.

Nesse modelo, o Estado terá que ser menor, mas muito mais eficiente e estratégico. Precisaremos desenvolver instituições pró-crescimento, melhorar a governança e a transparência, promover um ambiente de confiança e de segurança jurídica para encorajar os investimentos e intervir de forma inteligente em áreas como a social, educação, saúde, ciência, tecnologia e infraestrutura. E será preciso que o Estado seja mais ágil e que as suas políticas estejam apontadas para o futuro.

Dentre as reformas do Estado que se poderia considerar estão a migração das compras públicas de um modelo em que agregação de valor para a sociedade, qualidade e inovação, ao invés de menor preço, orientem as licitações, e em que a alocação de recursos públicos a programas e políticas seja condicionada a resultados.

O aumento da produtividade e da competitividade vai requerer reformas que garantam marcos regulatórios bem definidos, promovam a competição, fortaleçam os mercados, aumentem a densidade industrial, encorajem a realocação dos recursos de atividades de mais baixa para atividades de mais alta produtividade, promovam a diversificação produtiva e encorajem a poupança.

Mas é preciso ter em conta que, hoje, essas reformas são necessárias, mas não suficientes. Numa economia global cada vez mais interdependente e complexa, na qual novas tecnologias de produção e de organização da produção já mostram que produtividade sistêmica e características específicas dos mercados são os principais determinantes dos investimentos, enquanto arbitragem de custos de produção perde importância, conhecimento, capacidade de aprendizagem e interação estão se tornando as variáveis fundamentais da criação de valor. Por isso, o conhecimento deverá estar no centro da nossa estratégia de promoção da produtividade e da competitividade.

Um novo modelo de desenvolvimento já tarda e quanto mais procrastinarmos, maior será a dificuldade para garantirmos um lugar ao sol no século XXI. A mudança para o novo modelo vai requerer, inevitavelmente, muitos sacrifícios e escolhas difíceis. Visão de futuro, ousadia, espírito público, liderança política, transparência, muito diálogo e comunicação serão elementos cruciais para que possamos atenuar a jornada da transição e acelerar a volta do crescimento.

1 Professor de economia da UnB. Email: [email protected]. Em 22/9/2015.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

20 Comentários

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  1. concordo plenamente

    Qualquer pessoa conhecedora da situação concorda ocm o diagnostico. Mas o que fazer agora?

    Não é só tarefa para governo federal.

    Congresso, Judiciario  tem que fazer sua parte. Os empresarios,funcionaios publicos  e entidades sindicais também.

    O problema começa quando os agentes passam a cobrar sacrificios para os demais e não assumem a sua parte.

    Congresso e Judiariario contar mordomias:  issso não….

    As  elites pagarem os impostos sobre seus rendimentos  justamente: isssso Não…

    acabar com monopolios, oligopolios: isssso não.

    Reduzir os privilegios, todos os tipos se subsidios:  issssso não…

     

    e assim vai…

     

    Resumindo o custo vai cair nas costas do povo mais humilde: baixos salariso, desemprego, custo de vida alto, sem diretos sociais.

  2. Para mim, a falta de

    Para mim, a falta de crescimento do Brasil se deve, também, a outros fatores além do modelo escolhido. Tem que pesar o fato de os principais estados da federação estarem sendo governados pelo PSDB que nada contribuiram para o crescimento do PIB (SP,MG,PR), o único que se destacou foi GO de Marconi Perilo que teve crescimento do PIB acima da média nacional, enquanto o governador de GO trabalhava e buscava apoio do governo federal, os demais faziam oposição e apostavam no quanto pior melhor. Portanto, na minha opinião, não houve apenas esgotamento de um modelo e erros estratégicos na alocação do orçamento federal, houve também politicagem com má-fe e incompetência, tudo junto e misturado.

     

     

  3. Mais um!

    “No topo daquela economia já pouco competitiva, introduziram-se, com a Constituição de 1988, muitos direitos e benefícios sociais sem a contrapartida”. 

    Tal argumentação deixa sempre transparecer uma crítica ao Estado. Só quem, como muitos de nós, trabalhamos empregados da iniciativa privada podemos entender um “outro lado”, como diria certo jornal em decomposição.

    Ô Zelão, Cida, Jovina, Mermão Moisés, preparem-se aí para nova rodada de sacrifícios. Viram no que dá a preguiça? Ô 1%, vocês vão ajudar a encurtar o tempo de perrengue dos 99%. É só seguirem o Arbache, ele sabe o que fazer:

    Visão de futuro, ousadia, espírito público, liderança política, transparência, muito diálogo e comunicação serão elementos cruciais para que possamos atenuar a jornada da transição e acelerar a volta do crescimento.

    Pronto! Como se ouve no Nordeste. Mercadorias que você encontra facilmente e baratas na quitanda do seu Takashi. 

    1. Pois é!
      E já começa apelando

      Pois é!

      E já começa apelando contra o Nacional-Desenvolvimentismo ao colocar o Estado interventor como “OBRA DE VARGAS”, quando deve muito bem saber como se deu o processo de ocupação (colonização é outra coisa) por aqui.

    2. Pois é, mais um bla-bla ideológico,

      provavelmente a serviço de algumas “partes interessadas” (a turma chique e culta chama isto de “stakeholders”).

  4. Sim… e não!

    “(…)mas a mais importante delas está associada ao modelo de economia altamente cartorializada, estatizada, protegida e voltada para dentro inaugurado no pós-guerra e que viria a dar origem à baixa eficiência alocativa, mercados disfuncionais e custos de produção elevados.”

    Dentro do manual de economia, perfeito! Só que o problema é mais embaixo. E esse modelo não foi inaugurado no pós-guerra: ele foi retomado. Os primeiros engenhos de açúcar por aqui já eram subsidiados. Das atividades primitivas econômicas brasileiras, apenas a criação de gado não foi subsidiada. No mais… tudo! Outra coisa é que há que se observar o seguinte:

    Em primeiro, nossa distribuição geográfica no planeta nos torna diferente dos chamados países centrais, todos no hemisfério norte, próximos uns dos outros, ou de logística facilitada. Nosso maior mercado para intercâmbio é a Argentina, e fora da América do Sul, considerando a região brasileira mais industrializada, o mais próximo é a África do Sul. E é preciso lembrar que o homem se move no meio geográfico;

    Segundo, nossos vícios de origem, que são exatamente os descritos pelo autor, não nos permite ter a economia liberal como é a americana. Mem de Sá, em carta à rainha de 6 de março de 1570, 21 anos depois de estabelecido o governo, já alertava que as coisas por aqui não poderiam ser como ocorria em Portugal (RIO BRANCO, Barão do. Ephemérides brazileiras. Revista do IHGB Tomo 82, 1917, p.168). E, no mesmo 1876, depois de uma boa olhada no funcionamento da sociedade americana, da Exposição Internacional da Filadélfia daquele ano, o próprio Gabinete do Imperador reconhecia ser difícil se estabelecer por aqui o modo capitalista de produção dado a inapetência do empreendedor da elite brasileira (Revista do IHGB, n° 292, pp.79-80. Rio de Janeiro.1876).

    Em terceiro, é impossível estabelecer-se a economia por decreto. O que o governo pode – e deve – é estimular, descobrir os veios exploráveis e estimular. De resto, é coisa de ditador. E não sai do lugar.

    O governo fez quase tudo certo, dentro do que poderia fazer. O Brasil ia sofrer uma “marolinha” da crise. O esquema por trás de Moro transformou isso em tsunami. Só isso. Destruíram a capacidade do Estado bem intervir na economia. Um juiz, a serviço de alguém, transformou o país nisso que agora se desenha. Ah, o quase tudo, em relação ao governo, é porque se não cria o veneno sem antes ter à mão o antídoto.

  5. Fica parecendo que o

    Fica parecendo que o responsável pela baixa produtividade é o trabalhador brasileiro, quando na verdade o “organizador dos meios de produção” é o empresário que não investe em modernização da produção e aumento da eficiência produtiva.

    A organização empresárial brasileira é rentista, acomodada e exploradora ao extremo, tira da produção para aplicar no mercado, não moderniza a produção e explora o trabalhador até o fim de suas forças.

  6. Começou com um erro.

    Dizer que: “O Brasil está passando por uma das maiores crises econômicas da sua história.”  é uma imensa bobagem, daí por diante a maionese desandou.

    O Brasil é um país de industrialização tardia, sendo que só foi se industrializar durante as grandes guerras pois faltavam produtos para importar. Esta influência histórica poucos levam em conta, mas um professor da UnB dizer isto é um verdadeiro escândalo (coitado dos alunos!).

    As nossa oligarquia, que por séculos teve o poder absoluto no Brasil, sempre viveu da exportação de produtos primários, e sempre preferiu produtos importados aos produzidos no país.

    Se fossemos comparar o Brasil com o sul dos USA veríamos porque da falta de produtividade do país, o que salvou daquela região não estar pior foi a guerra civil norte-americana.

    Estes “ténicos” que não levam em conta que durante o século XX o crescimento do PIB Brasileiro foi de 110 vezes, maior do que o crescimento dos seguintes países ícones o Japão, Taiwan, Finlândia, Noruega e Coréia. Ou seja, esquecem que quem parte de uma base menor por mais que cresça leva uma desvantagem sobre os outros.

    A falta de visão histórica é algo surpreendente, mas o que vamos fazer?

    1. Maestri, sempre afiado.

      Maestri, sempre afiado.  Concordo com vc.  Aproveito para relatar uma passagem vivida por mim.  Em 2005, trabalhava em banco público numa cidade com um forte polo calçadista.  Viemos para SP aprender uma nova modalidade de empréstimo via BNDES, hoje acho que é o FINAME, ou algo assim.  Era responsável pelas contas jurídicas e, depois do curso, fui visitar alguns clientes para que conhecessem essa nova modalidade  para aquisição de novos maquinários etc….  A grande maioria dos empresários não via necessidade em trocar seu maquinário pois me diziam: “pra que “mexer” com isso?  Nossas máquinas dão conta de nossa produção.  Depois, compro máquina nova, tem que ensinar funcionário….deixa quieto”!  Essa, pelo menos quando trabalhava lá, era a mentalidade de uma boa parte dos empresários que visitei. 

      1. Jeitinho brasileiro

        Na mesma linha, vivo numa região que se desenvolveu como polo moveleiro, sempre muito satisfeita em vender suas peças de mobiliário a preço de ouro, em mercado mais que cativo.

        Exportavam inclusive, de forma maravilhosa – como nosso setor calçadista, inicialmente no RS – enquanto nossa moeda vivia desvalorizada artificialmente para garantir saldos na balança comercial.

        Quando a China começou a comer o mundo, com seus salários baixíssimos e maquinário moderno, e quando o nosso Real deixou de estar tão baratinho assim para o dolar, nossos moveleiros começaram a ver a água bater no nariz, perdendo todo o mercado externo e sentindo o apuro também no próprio quintal.

        Em desespero, tentaram todas as formas de “socorro” estatal, com financiamentos, mudança no câmbio, proteção tributária, pois seus equipamentos não permitiam competir com os produtores estrangeiros…

        Salvaram-se os melhores, mas a situação nunca mais foi a mesma.

        Curioso sempre foi observar que os donos dessas fábricas de móveis, sempre tiveram sob seu comando as máquinas mais modernas e vistosas do mundo… Pois SEMPRE foram vistos em suas cidades morando nas melhores casas e dirigindo os carros importados mais luxuosos e avançados…

        Enquanto issso, suas fábiras….

        1. A Itália nunca perdeu mercado para a China em calçados.

          A Itália que investiu em qualidade nunca perdeu mercado para a China, já o Brasil que investiu em mão de obra barata ….

          1. Perfeito!!

            Inclusive, nossas melhores marcas não perderam para a China.. Perderam as ineficiente..

            Mesmo caso com toda a indústria.

            Têxteis a mesma coisa.

            Só quis demonstrar como, no caso dos moveleiros, ficar sentado sobre  própria fama, sugando a empresa enquanto se está artificialmente protegido do concorrente nao é nada produtivo.

            Quem sobe cuidar das suas fábricas subsistiu e evoluiu.

          2. Nunca mesmo.  A Itália leva

            Nunca mesmo.  A Itália leva isso muito a sério, não só com sapatos mas com roupas e outros produtos.  Prima pela qualidade excelente de seus artigos.  além de investir muito em design.  Enquanto isso, nosso empresariado adora lucros de 100% ou mais e reclamar dos impostos.  A grande maioria nao investe nos funcionários e o discurso recorente é que se investem, o funcionário vai embora.  Com essa mentalidade, fica complicado mesmo.  

            E você tem razão…todos os empreśarios primam por carros de luxo, casa, fazendas, chácaras, amantes….mas na hora de investir na empresa, chora que dá dó.  

      2. Dê vou colocar mais duas referências…

        Apesar de tudo o Brasil no século XX caminhou muito mais rápido do que todos pensam, é só ler estes dois artigos 

        O Brasil no final do século XX: Um caso de sucesso. e Pib cresceu 110 vezes, mas a renda per capita só 12 no século XX.

        As pessoas esquecem que o Brasil no início do século XX tinha somente 17,4 milhões de habitantes e passou para 169,6 milhões no fim do século. Ou seja, o país literalmente teve que se construir durante um século.

        Lembro que durante o século XX o PIB brasileiro cresceu mais do que o Japão, Taiwan, Finlândia, Noruega e Coréia, porém esquecem que vivíamos numa sociedade escravocrata, analfabeta e completamente desindustrializada, esta tal de professor da UnB não merece o seu título, pois esquecer o passado é a pior coisa que um acadêmico pode fazer.

  7. Bebe-se água salgada?

    Bom dia a todos.

     

    Debatedores, 

    no geral, estou concordando com o autor do texto.

    Também concordo que o nosso Estado pode e deve ser menor e mais produtivo., mais ágil, transparente, eficiente, eficaz e efetivo, com boa governança, prestação de contas, accoutability. Enfim, com todas essas teses em voga. 

    Considerando-se as regras do jogo atual ( instituições do Brasil e do mundo) também  estou de acordo que  os  aumentos da produtividade e da competitividade são necessários. 

    Todovia, descordo da visão de  futuro. Não me venha com um “bolo” já neste início de século. ( pergunte ao Delfin, confeiteiro econômico do AI-5 recheado de milagres duvidosos)

    Sei o que significa a tal “visão” do futuro alinhando com   a “missão”  e estas coisas; mas não me refiro a isso.

    Refiro-me ao tempo mesmo. A noção de tempo. O passar do tempo. 

    Nesse sentido,  o futuro é agora e não no futuro e muito menos num lugar qualquer no século XXI.

    “Vender”   a ideia de futuro para o futuro ( ou para as próximas gerações) não me convence. Isso é papo de conservador travestido de progressita.

    Ora, ora, ora, no futuro todos nós estaremos mortos, diria um economista que já morreu e que com ele, “morreu” ou vem morrendo o Estado providência.

    Curiosamente, o estado providência nasceu quando morreu o estado mínimo. No entanto, hoje, agora, neste momento,questiona-se se o não estaria renascendo aquele Estado( instituição) que  vinha morrendo. Vai entender…

    Em  suma, é um tal de vai-e-vem infindável.

    E nesse vai-e-vem, ao contrário da famigerada música, a gente se dá mal.

    Por que? Eis a questão!

    Ora, a resposta parece-me clara.

    O que está em “jogo” não é a técnica, não é o método. Não se trata de instrumento. 

    O mérito da questão é o uso ( ou abuso) do poder, sobretudo, o poder que se diz econômico. 

    O que é poder econômico? Para que serve? Ele busca a “felicidade” de Filadéfia? 

    Perguntemos ao jesuita que se encontra com o Obama.

    Por fim, sabemos que as “respostas” nem sempre são dadas. Nem sempre são “claras” e muito menos “escuras”.

    Assim, partiremos para as perguntas.

    Portanto, indaga-se:

    Estaria o  poder econômico a pretender reduzir o tamanho do Estado? 

    Qual é a ÉTICA do poder econômico?

    Quais os valores ( para vivermos em sociedade) queremos prestigiar agora com a ajuda do poder econômico?

    Exemplificando:

    Tire  uma “foto” do “Brasil” de hoje, do agora, do presente.

    Tirou?

    Indaga-se: 

    O que você vê?

    O que você não vê?

     

    Avançando um pouco mais para o indivíduo, indaga-se:

    Qual é a MORAL que parece prevalecer hoje?

    Explique-nos o que é boa-fé e o que é má-fé, sobretudo, na “segurança jurídica” de um contrato de adesão do tipo caracu, no qual a cara não é sua. Exemplo: telefonia.( se preferir: “comunicação”). Caso prefira, rádio difusão e televisão.

    Faça um paralelo entre   poder econômico e comunicação. 

    Pergunta-se:

    A comunicação social no  Brasil e no  mundo leva o que extamente para a cabeça das pessoas? Informação?

    E por falar em “comunicação” pergunta-se:

    A globalização é geral, cultural ou apenas “econômica”?

    Somos Bolivarianos? Simon Bolivar na veia!? Sério mesmo?!

    Ou será que endurecemos mas não perdemos a ternura?

    Ainda na “globalização” ( mercantilista ou não) indaga-se:

    Uma possoa  qualquer – um ser humano – pode transitar pelos “Estados mínimos” com seus  bens( ou sem bens) e com sua  “família” sem qualquer  problema ou impedimento?

    Ou terá que  “beber” sua comida?

    Por fim, indaga-se:

    Bebe-se muita água salgada atualmente?

     

    Saudações 

     

     

     

     

     

     

     

     

  8. O problema que o fim de um

    O problema que o fim de um ciclo global. Os emergentes tão perdendo seu poder no mundo. Rússia tá quebrada, Brasil tá quebrando, China tá crescendo menos do que antes. 
    Só quem tá bem nos Brics é a Índia, por enquanto.

    A China como líder do bloco tem a responsabilidade de acertar as coisas. O Brasil está começando a passar por um ataque especulativo e os cupins do “capetalismo selvagem” vão procurar outro alvo depois se fartarem por aqui se nada for feito. Lembram dos atques especulativos na década de 90? Podemos ter outra rodada dessa bizarrice.

    Sugiro que o Brasil pense em pedir um empréstimo de longo prazo pra China para recompor suas reservas. A notícia disso pararia a sangria especulativa do Real.

  9. Paraguay

    Tai o vizinho geográfico do Brasil para mostrar aos sabichões e historiadores do Brasil como se desenvolve a industria em um país que sai praticamente do nada.

    Enquanto ficarmos olhando para a tragédia econômica do passado e não nos preocuparmos em dar Rumo, Norte e Estrela para o Brasil vamos continuar marcando passo no desenvolvimento e esgotando nossas riquezas sem perspectivas melhores à frente.

    Fora a tragédia demográfica que sobra por nossa incompetência em melhorar as condições da economia.

    Dilma, acorda!

  10. Não concordo que o ciclo de

    Não concordo que o ciclo de desenvolvimento tenha terminado e, ainda, pelas causas apontadas acima.

    O desenvolvimento econômico precisa, sim, ser ancorado, nas matizes progressista dos movimentos sociais de apoio e sustentação do governo, na ampliação da defesa das micro e pequenas empresas, da agricultura e dos negócios familiares e de vizinhança; nas políticas sociais, na educação, saúde e segurança publica; nas reformas políticas e tributária; e no abandono ao ranço neoliberal do juros elevado e consubstanciado no tripé do câmbio flutuante, meta de inflação e superavit primário.

    Tivemos apenas uma meia política econômica progressista e desenvolvimentista. Esse período exauriu-se pela própria inconsistência. Valeu para a fase de transição mas não vale para a do real desenvolvimento.

     

  11. Como bem dito, a falta de

    Como bem dito, a falta de melhorias na produtividade não são culpa do trabalhador brasileiro, como fica a parecer. O trabalhador brasileiro aumentou muito sua produtividade, quem não trabalhou para esse aumento foi o empresariado, que se utiliza do aumento de produtividade que tem o trabalhador como agente para manter sua produção na semi-obsolescência. Eles lucram o aumento da produtividade e o trabalhador, que aumentou sua produtividade, continua com as mesmas 44 horas semanais, conquistadas quando da Constituição de 1988, 27 anos atrás! Se as Centrais Sindicais não forçarem a mão, as 40 horas nunca chegarão.

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