Um ano depois de ter cometido um de seus piores erros de cálculo político, que foi confrontar a candidatura consolidada de Eduardo Cunha na Câmara, é de se esperar que o Planalto tenha aprendido a lição. No Congresso, não se conseguem as coisas na marra ou à base de voluntarismos. Agora, a sobrevivência e o futuro do governo dependem de sua capacidade de mudar de verdade esse script. Insistir em votar, de forma precipitada, propostas impopulares como a CPMF pode resultar em desastre bem maior do que a derrota do projeto, erodindo de vez as condições de governabilidade do Executivo.
O processo de impeachment está congelado e a articulação política do governo, sob novo comando, melhorou muito. O Planalto trabalhou bem na divisão do PMDB, deixando o vice Michel Temer enfraquecido e ocupado em correr atrás de conquista bem mais prosaica do que o lugar de Dilma Rousseff – sua recondução à presidência do partido. Eduardo Cunha, outra ameaça, anda mais preocupado em salvar a própria pele da cassação, na Câmara e no STF.
Abriu-se, portanto, uma janela de oportunidade para que o Planalto, neste início da sessão legislativa, tente retomar a iniciativa política. O discurso, delineado a partir da troca no Ministério da Fazenda, inclui o estímulo ao crescimento, mantendo a preocupação com o ajuste fiscal. Com ela, propostas inevitáveis como a CPMF, a DRU, a reforma da Previdência.
A esta altura, porém, o protagonismo político do governo só será recuperado com um sinal do Legislativo de que há um mínimo de apoio a elas, incluindo aí a principal, que é a recriação do chamado imposto do cheque, que representa dinheiro na veia do Tesouro, e a curto prazo. É aí que mora o perigo.
Dia sim, outro também, a presidente Dilma e ministros da área econômica defendem a volta da CPMF com o mesmo discurso de sempre: os recursos da contribuição, já incluídos no orçamento antes da criação do imposto, são essenciais para fechar as contas do ano. Oscript também não tem novidades: o governo manda ao Congresso um projeto com nome, endereço, prazo e alíquota definida. Deputados e senadores terão que aprovar, sob o risco de jogar as contas públicas, e o país, definitivamente no buraco.
Só que não. Sofre de autismo quem não tiver constatado que a CPMF, com ou sem razão, virou uma espécie de sigla maldita, cuja impopularidade bate a do próprio governo. É o que mostram as pesquisas, as campanhas dos empresários, os noticiários, as manifestações da sociedade. Por que raios então o Congresso apoiará?
Tentar aprovar o imposto dessa forma será voltar a dar murro em ponta de faca. E correr o risco de uma derrota com “D” maiúsculo, um tiro desestabilizador a mostrar que o Planalto não tem maioria para governar, trazendo de volta o fantasma do impeachment.
Para retomar o controle das coisas – o que, ao contrário do que muitos dizem, ainda é possível – o governo precisa, antes de tudo, inverter sua própria lógica. Ouvir mais do que falar. Aceitar propostas que venham de outros setores e de outras forças políticas, ainda que adversárias. Abrir a cabeça e ter a humildade de aceitar que, em política, nem sempre o trajeto mais curto entre dois pontos é uma linha reta, sobretudo se você ganha apoio nas curvas do caminho.
Nesta quinta-feira, ao ressuscitar o CDES, o Conselhão, a presidente terá uma excelente oportunidade de mostrar que mudou. Pode começar a reunião sem discurso, abrindo a palavra aos empresários e representantes da sociedade, pedindo a eles que lhe apresentem propostas – sobretudo uma alternativa para arrecadar os R$ 10,6 bilhões que a CPMF renderia em 2016.
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Helena Kim Chagas,nada de novo no front.
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Mas é EXATAMENTE disso que
Mas é EXATAMENTE disso que eu ia falar. Quem é ela, depois daquela gestão pavorosa na SECOM, para falar alguma coisa do governo federal??? Qualquer coisa???
Perdeu uma linda oportunidade de CONTINUAR calada.
Vc não entedeu
Pela sua “gestao” na SECOM é que hoje ela está onde está.
PROJETO: MADE IN BRASIL
PROJETO: MADE IN BRASIL Caros amigos (as) o Brasil pode gerar muitos empregos e sair da crise, se a industria voltar ser competitiva, para as exportações. Pensando nisso, gostaria de sugerir um projeto: O MADE IN BRASIL, onde o governo buscaria formas de aumentar as exportações, como fazer isso? Amigos (as) nós temos milhares de estudantes em inúmeros países, que com um bom treinamento do Sebrae (on line), eles poderiam no seu tempo livre serem os grandes representantes do Brasil, e ajudariam a vender os produtos brasileiros, para o mundo inteiro. Amigos (as) todo mundo ganha com essa iniciativa do bem, o pobre povo brasileiro, que está desempregado, teria um grande aliado (os amigos estudantes) que também poderiam ganhar um bom dinheirinho extra, por fazer esse belo trabalho, de ajudar o Brasil a sair da crise. Sei que tem gente, que ganha muito bem, para buscar soluções, para ajudar o Brasil e o mundo, mas não ligo, sou rico da graça de Deus, pois fazer o bem, faz bem. Atenciosamente:
Cláudio José, um amigo do povo, da paz, da ONU e um Beija-flor da floresta do Betinho.
CPMF, devia ser mais divulgado
Não acho tão impopular….se as pessoas soubessem que é um imposto distributivo, que irá arrecadar mais com as grandes movimentações de dinheiro, ou seja, uma pouca parcela mais rica da população.
Acredito que deva ser divulgada uma tabela para o povo ver ou, ainda, liberar da CPMF a quem movimenta menos de (por exemplo) 5 mil no mês. A campanha contra é promovida justamente pelos empresários e gente mais poderosa, com aquele patinho amarelo.
De onde você tirou essa conta ???
Primeiro temos que separar CPMF pessoa jurídica de CPMF pessoa física.
A CPMF pessoa jurídica, como qualquer outro imposto pago por uma empresa, vai para o custo do produto, e quem vai pagar é o consumidor. Sobre isso não háo menor risco de errar.
Sobra o CPMF pessoa física. Aí temos a seguinte situação :
Suponhamos aí um professor que ganha 3 mil reais por mes e gasta tudo, ou poupa muito pouco.Este pagará CPMF sobre TODO O SEU RENDIMENTO.
Agora suponhamos um Juiz Federal que ganha 40, as vezes 70 mil reais por mes, e não gasta nem 20% disto para viver. Este pagará CPMF exatamente proporcional aquilo que ele retirar do banco. O resto ??? O resto ele pode investir onde quiser sem sair do sistema bancário, pois enquanto não houver troca de titularidade, a seguir a regra anterior, não há cobrança de CPMF.
Ou então, que se inverta a cobrança do imposto para o momento em que o dinheiro entra na conta, e não quando ele sai. Porque aquele que precisa usar o dinheiro para sobreviver pagar e aquele que não precisa do dinheiro não pagar, é muita sacanagem.
Aliás, se fosse feito desta maneira, teria que se cobrar no primeiro dia do imposto, quando entrar em vigor, o valor da CPMF de todos os saldos em conta.Uma bela grana para o governo.
A CPMF deveria ter várias
A CPMF deveria ter várias alíquotas, progressivas, em relação a movimentação mensal, bem como servir de incentivo a poupança. Assim, o governo poderia resolver vários problemas num só, como de arrecadação, bem como reunir recursos para financiar a retomada do crescimento. O governo também pode usar recursos para comprar debêntures de estatais, melhorando as condições de financiamento.
Errado
Aquele imposto já existiu durante um tempo no Brasil y as suas consequências foram tabuladas.
Ainda, foi possível com isso rastrear as grandes transações. Pessoas mais pobres podem ser isentas.
Cunha, CPMF
Vamos supor que Dilma NÃO tivesse patrocinado a candidatura de deputado do PT à presidência da câmara e, consequentemente, tivesse apoiado o Cunha liminarmente. O que ganharia com isso? O Cunha teria sido mais amigável à agenda do governo? Acreidto absolutamente que não, eis que ele já estava comprometido com interesses diametralmente opostos à agenda do governo PT. E depois que suas falcatruas viessem à luz, com que cara ficaria o governo? MUITOS diriam que fora um erro político apoiar Cunha e não ter coragem de bancar um candidato PT. Portanto considero acerto político.
Quanto à CPMF, acho bom que o governo seja transparente e chame as coisas pelos seus nomes, sem tergiversar. Falta COMUNICAR que os interesses contrários à CPMF são os interesses contrários à parcela da população trabalhadora, que o PT representa.
Você se esquece que se Dilma e o PT não tivessem batido chapa
com Cunha, o PT não teria seria alijado de todos os cargos dirigentes do Congresso e de suas Comissões, cargos que dão poder para se barganhar muitas medidas a favor do executivo.
“Para retomar o protagonismo,
“Para retomar o protagonismo, o governo precisa inverter a própria lógica. Ouvir mais do que falar. Aceitar propostas de outros setores. Abrir a cabeça, ter humildade, entender que em política nem sempre o trajeto mais curto entre dois pontos é a reta”
Muita M* junta para uma pessoa só
Sugestões
O texto fala em ouvir os outros, mas não se arrisca a apresentar uma (ou mais) sugestão consistente. Fala-se tanto em diminuir os gastos públicos e em aumentar o caixa do governo, mas colunistas, políticos e outros batem em temas surrados, como a reforma da previdência que pune o mais frágil: o idoso. Sugestões com medidas que já poderiam ter sido executadas desde 2014: 1) reduzir drasticamente (em 50%) as despesas do executivo, do legislativo e do judiciário. Despesas essas com mordomias, benefícios indiretos agregados em salários (auxílio moradia, auxílio paletó, passagens), gastos com pães e croissants 2) Congelar salários públicos acima de 28 mil reais 3) Reduzir drasticamente subsídios diretos e indiretos (tipo via lei da renúncia fiscal), especialmente a subvenção para produções artísticas e culturais (meus colegas, cineastas, vão me matar). Nessa área, é dificil vigiar os malfeitos , as vantagens via prolabore , etc. 4) Ampliar a desburocratização 5) Cobrar gestão mais eficiente em áreas essenciais para a população, como a saúde , a segurança e a justiça. A primeira reunião do Conselho, na quinta, poderia incluir essas sugestões. Deveria enfatizar essas cobranças de redução do legislativo e do judiciário.
Para fazer metade do que você propõe,
a Dilma precisaria editar um AI5, pois estaria eliminando a independência dos outros poderes republicanos.
O foco que deveria ser
O foco que deveria ser destacado é o fato de que em momentos difíceis a oposição não apresenta nenhuma colaboração para ajudar o país a solucionar problemas, ao contrário, faz tudo para dificultar mais ainda, demonstrando uma sede de poder e de interesses pessoais acima de qualquer compromisso com o Brasil,
Este é o foco que os jornalistas analistas deveriam ter como principal fato a ser explorado.
CPMF só depende da disposição em dividir c/ Estados e Municípios
Se Dilma quiser uma CPMF só para a União ou preponderantemente para a União, ela não passa de jeito nenhum no Congresso. Mas, se tiver a humildade de dividi-la com Estados e Municípios, vai ser um trâmite rapidíssimo, dada a combalida situação dessas esferas de governo.
Seria a lógica, mas…
Qual o percentual de congressistas que é mais fiel ao seu financiador de campanha que a seu governador ???
É uma aposta, meio arriscada.
E mesmo se passar, não resolve o problema da impopularidade deste imposto imbecil.
Mesmo sendo aprovado pelo Congresso o peso da impopularidade vai cair nas costas do Planalto.
Toda e qualquer medida tomada pelo governo para minimizar …
Toda e qualquer medida tomada pelo governo , neste momento de crise econômica , para minimizar o rombo nas finanças será considerai impopular. Agora quando o governo resolveu desonerar a folha de pagamento, reduzir a tarifa da energia elétrica ou “congelar” o preço do combustível quando o barril do petróleo estava em U$120,00, a maioria da população não reclamou.
Toda e qualquer medida tomada pelo governo para minimizar …
Toda e qualquer medida tomada pelo governo , neste momento de crise econômica , para minimizar o rombo nas finanças será considerai impopular. Agora quando o governo resolveu desonerar a folha de pagamento, reduzir a tarifa da energia elétrica ou “congelar” o preço do combustível quando o barril do petróleo estava em U$120,00, a maioria da população não reclamou.
criticar é fácil…
E a solução? Ninguém propõe, né?! Sei…
Eu não me simpatizo nem um pouco com esta senhora,
mas o que ela diz faz sentido. Se o governo não tem certeza de que vai aprovar a CPF no Congresso, melhor nem tentar. Quanto a ouvir mais, muita gente, e o próprio Nassif, tem enfatizado isto. Não importa se a CPF goza ou não de popularidade, o que interessa é o que o Congresso pensa e a capacidade do governo de influenciar este pensamento, que eu acho que no momento é muito pequena. Eu sou a favor daCPMF, assim como fui contra o seu fim, mas isto não vem ao caso.
O que penso que é sério é que as únicas forças que seriam capazes de lançar um movimento a favor da CPMF, que eram as forças dos trabalhadores organizados, foram perdidas por Dilma com este atabalhoamento de insistir numa reforma da previdência sem antes negociar com os trabalhadores. O Skaf está livre para fazer o seu teatrinho e ninguém contesta que se há um pato na história, quem vai pagar proporcionalmente muito mais, são os ricos, os banqueiros, empresários e não os pobres e a classe média. Por não dialogar, Dilma tem perdido insistentemente toda a batalha da comunicação e de impor sua verdade sobre os fatos. Ela está refém da imprensa inimiga.
Eu penso que a primeira coisa que Dilma tem que fazer é retomar as rédeas do controle da PF e debelar a insurbordinação de seus membros. Ou ela mostra autoridade e exige o respeito, ou ela vai continuar refém. Dizer que ela vai ter toda a imprensa contra se fizer isto, é não perceber que ela já o tem, sem fazer.
Meu conselho a Dilma: ouça mais, pense antes de agir, e convide seu ministro da justiça a pedir sua substitição. Se por acaso ela tem conversado com o merdadante mais do que uma vez por mês, pare, e também peça para ele entregar o cargo e ir fazer política em São Paulo, onde será bem recebido.
Por fim, só um idiota não percebe o quão sediciosa é esta lava jato. Basta um congressista dar indícios de apoio ao governo, e lá vem chumbo contra ele. Vejam o caso do Renan Calheiros, uma pessoa importante por se o presidente do Senado. Até a pouco estava sendo bombardeado, agora tem respirado um pouco mais. Eu pergunto a vocês, estes congressistas são mais corruptos dos que os empresários que vem sonegando bilhões de impostos? São mais corruptos do que os Marinhos? Não são! Então diga isto ao povo e vamos trocar o disco porque o Brasil quer andar para a frente e não para tráz e é isto o que o povo quer.