Jogado fora em um oceano de ineficiências, desperdícios, incompetência, malversação, falta de prioridades, corrupção.
Sem usar os critérios de auditoria do Tribunal de Contas vamos ver alguns gastos que continuam navegando sem ser incomodados.
ALUGUEIS
Só a União gasta mais de R$ 3 bilhões por ano em alugueis. A quantidade de prédios que a Justiça Federal de São Paulo ocupa é impressionante, sempre em zonas nobres, de aluguel caro, enquanto nos centros tradicionais de São Paulo há prédios vazios com aluguel simbólico, além de prédios do poder público desocupados a espera de uso. Em princípio, poder público pode estar em qualquer lugar porque os demandantes de sua atenção irão a qualquer lugar para cumprir suas obrigações com o Estado, seja qual for. Um negócio, um banco precisa conquistar clientes com imagem, o poder público não.
Dou um exemplo: a Secretaria de Aviação Civil estava instalada no Centro Cultural do Banco do Brasil longe do centro de Brasília, um local perfeitamente adequado e provavelmente de graça ou muito barato. Mudou para uma luxuosíssima torre de vidro no centro financeiro de Brasilia, tipo de prédio de banco de ricos, para quê? Eu respondo: para conforto dos burocratas. Não há um controle centralizado de contratos de locação da União, cada órgão aluga o que quer, pelo preço que quiser, não há parâmetro de controle centralizado, gasta-se muito e mal em alugueis.
O GGN prepara uma série inédita de vídeos sobre a interferência dos EUA na Lava Jato. Esse tipo de jornalismo só é viável quando a sociedade apoia junto, pelo interesse público. Quer se aliar a nós? Acesse: www.catarse.me/LavaJatoLadoB
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Aluguel de imóveis, sobretudo por prefeituras, muitas vezes é para agradar correligionários com imóvel encalhado ou que vale pouco (alugando por muito). Creio que na burocracia federal o modus operandi deve se repetir.
Outros gastos que não entendo ainda existirem atualmente:
– Gráfica do Senado;
– Cavalaria no Exército;
– Diário oficial em papel;
Outro desperdício é em contratos de vigilância terceirizada (segurança privada) para prédios públicos, coisa que alcança secretarias, tribunais, museus, escolas, hospitais, depósitos e até canteiro de obras. Seria melhor pegar a verba e aplicar em convênio com as polícias de estado para fazer a vigilância. Além de mais barato, equipa e aumenta o contingente do policiamento ostensivo, melhorando a segurança no entorno do edifício público vigiado. Mas não renovar esses contratos, pelo menos no Rio de Janeiro, em muitos casos, é colocar a vida em risco.
Por isso que a lei que limita os gastos públicos é tão importante.
Não podendo ficar aumentando as despesas sem parar, o próximo passo será o de começar a cortar os desperdícios.
Chegou a ora da virada.
Desperdício, para o governo e mídia, é gasto social para a população carente. Tudo isso que o AMA citou não é encarado como “desperdício”, muito pelo contrário, e jamais será afetado por cortes de despesas.
A “hora” da virada começou com a compra de um monte de carros blindados, com a reforma de uma sala para dona Micheque, com o carguinho do filho de Mourão, com o almoço de mil dólares de 03.
Tu é burro de nascimento ou bateu a cabeça?
Nas Forças Armadas é uma farra com carros oficiais e motoristas.
Não sei se entendi direito, mas o autor parece sugerir a via da precarização do serviço público, trata funcionários públicos como um amontoado de burocratas inúteis, que podem ficar em prédios carcomidos pelo tempo e sem acesso a transporte público. Além disso, crítica investimentos em TI sem qualquer embasamento ou prova. Ao menos os neoliberais vêem investimentos em TI como forma de dar maior eficiência e automatizar tarefas, o autor consegue ser mais primata que os neoliberais: jogue os funcionários em prédios degradados, sem ar condicionado e com computadores Celeron e “vai se ajeitar isso daí”. Não vou conseguir falar de tudo, mas ele crítica as terceirizações, o que ele sugere? O retorno dos concursos para motoristas e faxineiros? Eu não tenho nada contra, mas a terceirização foi lançada exatamente para o que propõe o autor, diminuir custos. O ressentimento é grande com os procuradores e juízes, mas acredito que não é o caminho a precarização dos serviços. De alternativas regressivas já estamos fartos.
Censura? Que lamentável, ainda mais partindo de Mente tão privilegiada.