Não vamos falar do traidor, mas sim do traído
por Estevão Mangueira
Mulher alerta ao vizinho que sua esposa tem recebido várias visitas masculinas durante o dia. Desconfiado, o homem chega em casa mais cedo e, arrasado, confirma a denúncia. Confrontada, a esposa infiel jura, aos prantos, que tudo não passa de uma invenção da vizinha. Procura convencer o marido traído – que observa, atônito, a fuga do “ricardão” ainda nu – que ela, a vizinha, é a fofoqueira do bairro, uma desonesta, que sempre conspirou para acabar com esse casamento.
Postei este texto há um ano (Whatsapp), motivado por mais um ataque do presidente à Imprensa (pra variar, valendo-se de fake news). Meu objetivo foi provocar o leitor a refletir sobre qual atitude tomar ao confrontar-se com a triste realidade de ver o outro como ele realmente é.
Esclareço que não me refiro àquele cônjuge que, num momento de fraqueza, tropeçou e caiu. Claro que não. Nesta analogia, trato do traidor contumaz, o sem vergonha, que mesmo pego em flagrante, jura não estar fazendo nada de errado, colocando toda a culpa na vizinha fofoqueira.
Mas o foco desta história não está no traidor; está no traído. Como ele reage? Ora, a vida nos ensina que muitos preferem fechar os olhos à realidade, apegando-se desesperadamente à imagem de esposa/marido perfeito(a) que construíram em sua mente. Reconhecer o que está diante dos seus olhos é reconhecer, dentre outras tantas coisas, que – mesmo depois de muitos alertas – escolheu mal. Preferem culpar a vizinha que, apesar de fofoqueira, desta vez não estava mentindo ou distorcendo.
O presidente tem mostrado desde sempre quem ele realmente é. Nunca se escondeu. Todos podem ver. Nem precisamos da fofoqueira – a “Grande Mídia”, pra quem ainda não percebeu – para nos informar o que ele pensa ou como age. Basta observá-lo diretamente em suas próprias redes sociais, na TV ao vivo ou nos canais oficiais do governo. Está tudo lá. O destempero, o despreparo, o nepotismo, a irresponsabilidade, a falta de diálogo, o ciúme dos que se destacam no seu governo, o elogio aos torturadores, o desrespeito pelos direitos humanos, o desprezo pelas minorias e etc (e etc), tudo direto da sua própria boca, sem cortes, sem edição.
Mesmo assim… Ainda há os que o defendem, mesmo quando fala ou faz o indefensável.
É mais fácil culpar a fofoqueira.
Estevão Mangueira – Teólogo e Pastor Batista
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Algo me diz que bozo vai cair. Ja tem americano pulando fora.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/04/25/boeing-anuncia-cancelamento-de-acordo-com-embraer.ghtml
Alegoria notável!
E muita gente “boa” votou nesse vagabundo por achar poderia ter uma arma de fogo na casa. Só por isso. Puta que pariu!
O $érgio Moro teria imposto uma única condição – pensão para sua família – para se tornar $inistro do Governo Miliciano, ou teria imposto mais de uma condição?
Com a palavra, o G1:
“Em matéria de 2019 intitulada “Bolsonaro promete STF ao Moro; Economistas acham que ano está perdido. Jornais de segunda (13)”, o G1 veiculou:
“Segundo o matutino carioca, ao aceitar abandonar a magistratura para se tornar ministro do governo Bolsonaro, Moro teria negociado dois pontos com o presidente: comandar o Coaf e se tornar Ministro do STF. Com o primeiro ponto da negociação ameaçado pelo Congresso, O Globo enfatiza que Bolsonaro tentou deixar claro que manterá seu compromisso com Moro.
“Fiz um compromisso porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura. Eu falei: ‘A primeira vaga que tiver lá, está à sua disposição'”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Bandeirante”.
Foram 3 condições impostas. Alguma foi cumprida?