O Brasil possível, por Jorge Folena

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Foto: EBC

Por Jorge Folena

Comprometo-me com os leitores que, a partir de agora, não irei mais escrever sobre as diversas maldades que o governo ultraliberal de Michel Temer e Henrique Meireles tem feito contra o Brasil, de forma a provocar, no curto espaço de um ano e meio, um retrocesso de mais de oitenta anos, o que é reconhecido por mais de 95% do brasileiros que reprovam o governo golpista.

Neste curto período de tomada do poder, a associação dos que assaltaram o governo com um grupo de parlamentares que escarnecem do povo e representam interesses diversos dos seus eleitores, só trouxe tristeza, destruição e desesperança ao povo brasileiro, sendo os projetos por ele aprovados bons apenas para o mercado financeiro e os muito (muito mesmo!) ricos. Só não vê quem não quer!

Sendo assim e porque, para mim, abordar essas questões tornou-se lugar comum, não vou mais criticar as medidas ultraliberais aprovadas pelo governo, que visam acabar com todo o arcabouço de solidariedade construído no Brasil a partir da década de 1930, para benefício exclusivo do mercado e dos interesses de empresas estrangeiras (que se encontram no país apenas para explorar nossos recursos e se escondem quando os atos por elas praticados atingem destrutivamente as populações, como no caso da Mineradora Samarco, em Mariana).

Penso que precisamos resgatar com urgência a autoestima e a esperança do povo brasileiro e acredito que é possível fazê-lo pela demonstração das diversas potencialidades do país, a começar por sua própria população.

Em março de 2007 lancei, em conjunto com a Dra. Verlene Tavares, o livro “Um Brasil dos brasileiros”, publicado pela editora ARC Editor, cujo objetivo era apresentar a proposta de um Brasil viável e possível.

Naquele trabalho, submetido em outubro de 2006 ao Ministério do Planejamento sob o pretensioso título de “Uma nova independência do Brasil”,   apresentamos diversas propostas que pretendiam inspirar ações para o desenvolvimento do país e empregar o povo brasileiro diretamente na construção de um modelo diferente de nação.

Uma das propostas por nós apresentadas tratava de um grande projeto nacional de construção de casas populares, com o objetivo de permitir o acesso a um item fundamental a qualquer ser humano, qual seja, o direito à habitação salubre, para, desta forma, iniciar o processo de desmonte das favelas brasileiras.

Para a execução desse grande projeto de construção de casas populares, revelamos onde estavam os recursos financeiros disponíveis, de titularidade dos próprios trabalhadores: no Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço e no Fundo de Amparo do Trabalhador.

Apresentamos um modelo de casa sustentável, projetado pela faculdade de arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a um custo razoável e justo, na qual uma família de cinco pessoas pudesse viver com dignidade; sugerimos, inclusive, que o projeto da casa poderia ser adaptado conforme as características de cada região do grande Brasil.

E o melhor de tudo: a construção das casas seria executada pelos trabalhadores das diversas regiões do país e de forma que eles pudessem, posteriormente, adquirir a casa financiada, a preço justo, para nela residir com suas famílias.

Surpresa foi que em 2009/2010 o Governo Federal lançou o projeto “Minha Casa minha vida”, porém entregando a construção das casas a empreiteiros espertos, que, na maioria dos casos, executaram as obras sem nenhuma preocupação com a qualidade, durabilidade e segurança das habitações.

Mesmo assim, com muitos erros, o programa “Minha casa minha vida” possibilitou que milhares de famílias pudessem realizar o sonho da casa própria, mesmo em condições humildes.

Dessa forma, a construção de casas populares possibilitou a geração de milhares de postos de trabalho e contribuiu para o desenvolvimento da economia, pois incentivou toda a cadeia de produção relacionada à construção civil.

A partir deste singelo exemplo começamos a enxergar que o Brasil é um País pleno de boas possibilidades e, a partir dos próximos textos, nos dedicaremos a demonstrar que um Brasil Grande, soberano, justo, inclusivo e solidário é possível!

A todas as famílias, nossos votos de Boas Festas.

 

Jorge Folena é advogado e cientista político

 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. O Brasil…..

    90% dos municípios brasileiros tem até 25 mil habitantes. 95% dos municípios brasileiros tem até 50 mil habitantes. Não dá um estádio de futebol cheio. Sem especulação imobiliária, sem pressão populacional, sem grandes concentrações e pressões sociais, sem valor especulativo agregado às construções. Fora absurda mediocridade em políticas nacionais nestes 40 anos de farsante redemocracia, mais nada explica que praticamente todo o país (não toda população que em grande parte vive em grandes metrópoles) não  tenha casas confortáveis, iluminação pública, grandes parques e áreas públicas, excelentes serviços de creche, escola, transporte público, segurança, ciclovias, calçadas largas,seguras e arborizadas, moradias fora de áreas de risco contra deslizamentos e enchentes, a total inexistência de favelas e sub-moradias, fiação elétrica subterrânea,…Vamos parar de dar desculpas a parasitas, vagabundos e incompetentes. Seja de direita ou de esquerda. Não existe uma única desculpa para cidades de até 50 mil habitantes não ter toda infraestrutura com padrão de vida elevado.   

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador