O erro estratégico dos generais sob Bolsonaro, por Nilson Lage

Estão empenhados agora em seu voo de galinha. Ganham, de imediato, nos contracheques engordados em tempos magros e com novos brinquedos aéreos, navais e terrestres. Perdem adiante.

Oito refinarias podem ser vendidas pela política de privatizações do governo federal / Fernando Frazão/Agência Brasil

O erro estratégico dos generais sob Bolsonaro

por Nilson Lage

Basta uma olhada na execução orçamentária de 2019 para avaliar o brutal erro estratégico dos generais que colocaram no poder essa cambada de malucos evangélicos, especuladores e milicianos.

Estão empenhados agora em seu voo de galinha. Ganham, de imediato, nos contracheques engordados em tempos magros e com novos brinquedos aéreos, navais e terrestres.

Perdem adiante.

A capacidade de defesa de um país depende da unidade de seu povo, da educação científica e humana, da saúde e da confiança no futuro, que é outro nome de estabilidade. E aí que a segurança da Pátria está sendo minada.

Outra conclusão óbvia é que a única saída para o Brasil é crescer até o tamanho que ocupa no mapa. Só crescendo haverá o que repartir e se disporá de poderio bastante para sair da virtual ocupação estrangeira a que nos submetemos. O governo atual, empolgado por um usurário anacrônico como Paulo Guedes, faz exatamente o contrário.

Quanto às despesas militares, crescem nos soldos e investimentos em armas.

Fabricantes, intermediários e beneficiários de vantagens indevidas, atuais ou futuras, foram contemplados. O pretexto costumeiro — e antes válido — de que de tais despesas resultam acréscimo tecnológico se desmonta diante da fritura do ensino superior (em volume e qualidade), o desinvestimento nas indústrias e a circunstância de que qualquer resultado promissor que alcancemos será imediatamente apropriado pelos norte-americanos, como aconteceu recentemente com a descoberta do pré-sal e os excelentes aviões da Embraer.

Ficou faltando a vigilância de fronteiras e uma “operação ajuda” para os milhões de brasileiros que estão sendo jogados à miséria.

Redação

9 Comentários

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  1. E desde quando os militares brasileiros pensam estrategicamente ?

    Só sabem engraxar botas, prestar continência a bandeira americana e passar cal no meio fio.

    1. Eu não conseguira escrever melhor.
      E a história prova e comprova mais: incompetentes, despreparados, entreguistas, covardes, ignorantes e preconceituosos.
      Batem e matam gente indefesa e pobre. Se pra lutar contra iguais saem correndo com o rabo no meio das pernas.

  2. Os militares sabem de tudo isso., Mas o que lhes importa de imediato é o contracheque no final do mês. Quem prestou serviço militar sabe muito bem: qualquer tenente tem à disposição, pelo menos meia dúzia de ajudantes de ordem que fazem o papel de motorista, jardineiro, cozinheiro, faxineiro e o que bem mais aprouver ao jovem milico, e isso sem mencionar a casa fornecida na Vila Militar. Além disso, eles tem o poder de coerção sob os governos- quaisquer governos, que porventura pretendam instalar a seriedade nas FA, com treinamento e estudos duros e rígidos.Portanto, invadir favelas ou prender jovens idealistas desarmados ou com armas miúdas, e oriundos das classes médias é o que de mais heróico pretendem fazer. Ademais, qualquer tentativa do país de promover um desenvolvimento autônomo e célere, vai bater de frente com os amados US e disso eles querem distância!!

  3. Texto esquisito hein! Afinal,. onde eles perdem? Poderia ser mais claro? Pois se a fritura na Educação poderia significar perda, os fardados não perdem pois estão nem aí para a qualidade da educação, da ciência. O desinvestimento nas indústrias não os fará perderem, pois ganham nacos do orçamento mesmo à custa do desemprego, isto porque são armados e quem controla orçamentos os teme. Ter que dividir riquezas com norte americanos, também não significa perda….aliás, os cafajestes ajudam a entregar cada vez mais….são entreguistas e ponto. Mas o autor poderia explicar melhor o que quiz dizer com “perdem adiante”.

  4. Nassif: só espero que o Nilson não se zangue com dois pitacos que vou dar. Primeiro, “evangélicos” somos todos os cristãos que têm no NovoTestamento seu rumo de fé. Romanos, Ortodoxos ou Protestantes, cada um a seu modo, são “evangélicos”. Não confundir, portanto com o que se pode denominar de “vangélicos”, normalmente abrigados em congregações “avivadas”, chamadas de Igreja, que têm na “prosperidade” pecuniária (e só nela) salvação e o rumo. Como aquele GogoboyDePatoBranco. Até alguns ligados a CaifásDoBras. Outra coisa é o AltoComando dos VerdeSauvas. Não verdade, da forma como agem, muito se parecem com guardadores de rebanho, zelando atentamente, pelo que o dono do Quintal onde moramos lhes garantes algumas bugigangas com espelhinhos e colares de plástico colorido. Cabral fez assim e se deu bem. Por isto, te digo, não perde coisa alguma quem nada tem.

    1. Caro jcordeiro.
      No dia que eu ver uma passeata, procissão ou qualquer evento público com mais de mil pessoas falando contra aqueles que distorcem a fé, vou pensar em começar acreditar no que escreves, até lá és uma agulha no meio do palheiro.

      1. Regério: Como diz o Profeta, há “Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras espalhadas; tempo de abraçar e tempo de se afastar do abraço.” (Ec. 3:5). Acredite, tem mais agulhas nesse palheiro.

  5. Com a classe dominante que temos… as FA q temos… a mídia q temos…
    o parlamento q temos… o judiciário q temos… a polícia q temos… a classe média q temos… pode haver esperança??? para quem???

    1. Robson: “não há mal que dure sempre”, diz o ditado. O diabo é encurtar esse tempo. Vá devagar, com a forma que puder. Não esmoreça nem desista…

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