O grande salto para trás de Michel Temer, por Wanderley Guilherme dos Santos

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Wanderley guilherme dos Santos

No Segunda Opinião

Um grande salto à frente lembra a fracassada tentativa da China, entre 1958-1961, de impulsionar o crescimento da economia além do fisicamente possível. O grande salto para trás de Michel Temer tem tudo para dar certo: uma burguesia econômica tíbia, profissionais liberais (engenheiros, médicos, dentistas, advogados, etc.) conservadores em sua maioria, heterogêneo apêndice do terciário de mão de obra rudimentar e reacionária (balconistas, caixas e congêneres), categorias intermediárias entre o assalariamento e a incapacidade de crescer – pequenos comerciantes, escritórios periféricos do setor de serviços – igualmente reacionárias e um operariado de baixo poder ofensivo, exceto em alguns momentos da trajetória econômica, majoritariamente caudatário de lideranças partidariamente comprometidas. No passado, excepcionais lideranças, conduzindo um estamento político ainda pouco contaminado pelo vírus acumulativo das gerações capitalistas, empurraram um empresariado gaguejante em direção à modernidade. Contaram com auxílio de uma burocracia estatal de alta competência e valores nacionalistas, formada desde os anos 30, e que atravessou com dignidade, com exceção minoritária, o período ditatorial. A imprensa, nos intervalos de liberdade, era ideologicamente plural e economicamente competitiva. Não havia lugar para cenas como a do dia 17 de abril de 2016, na Câmara dos Deputados, nem mesmo sob a vigilância de olhos e ouvidos fardados.

Hoje, Michel Temer dá o tempero insosso ao caldeirão reacionário em que se misturam os pelotões de sempre da retaguarda. Dos políticos vertebrados poucos restam, paralisados pelo nível de despudor explícito das negociatas entre Legislativo e Executivo, com participações especiais do Judiciário, noticiadas como rotina por uma imprensa concentrada, chantagista e vingativa. A burocracia estatal espatifou-se em tribos predatórias e ameaçadoras: polícia federal, procuradores públicos, fiscais aduaneiros, auditores, juízes e todas as demais gangues, medindo-se semanal, mensal, anualmente, em campeonato de extorsões da renda nacional à vista do público desarmado, sem refúgio e sem nicho de apelação. A população brasileira está sendo sistematicamente estuprada por folhas de pagamento em que os penduricalhos de benefícios laterais a título de todos os auxílios de que ela própria é desvalida, transformados no meu champanhe, minha vida dos casamentos-ostentação de políticos, juízes, empresários, banqueiros e chalaças.

O governo de Michel Temer dá as primeiras passadas, acelerando para o grande salto para trás e a grande queima de estoques. A massa assalariada brasileira está sendo vendida a preços de saldo, com as liquidações iniciais dos programas educativos e sociais. O patrimônio de recursos materiais, como antes, será oferecido como xepa. A repressão à divergência não será tímida. Não há nada a esperar.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

17 Comentários

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  1. Soltemos nossas feras!!!

    Quisera que minha Presidenta pudesse fugir do protocolo e, no dia de amanhã, soltar suas feras e apontar os corruptos que irão julga-la! Como já se pronunciou a imprensa internacional, por meio de vários veículos, um bando de ladróes e corruptos julgarão uma Presidenta honesta. E com minha passionalidade gritante nesses tempos de trevas e horrores dou o meu grito:  FORA GOLPISTAS!

    [video:https://youtu.be/2bKGQviApT4%5D

     

    1. Falar com o povo Brasileiro é

      Falar com o povo Brasileiro é dersperdício !!!

      Só aprenderemos com bombas em cima de nossas cabeças !!!

      Nosso povo é nmmuito imbecil !!! E o problema não é falta de estudo !!! OS com mais estudo são os ais imbecis !!!

  2. Nossas feras

    Já deveríamos ter soltado nossas feras desde 2013..Acordamos tarde.Também espero que a presidenta Dilma solte suas feras amanhã.mas se o impeachment passar teremos que continuar a soltar nossas feras com a consciência que a Polícia Militar vai ter liberdade de agir.Vai ser muito mais difícil, mas não impossível.

  3. Os movimentos terão de ser calculados, senão..

    E é isso mesmo, uma grande queima de estoques: a preços de saldo a massa assalariada brasileira, e na xepa o patrimônio de recursos materiais. Desmonte é mesmo total. E como a repressão à divergência não poderia dar mole, prá começar, a prisão sem o transito em julgado, menoridade penal para 16 anos e lei antiterrorismo manobrada para servir a qualquer frente. Mas muito mais vem por ai, e logo. E ainda tem gente hipócrita o suficiente dizendo que golpe é uma palavra muito dura ao referir-se ao impeachment sem crime de responsabilidade. É ou não é um deserto? Que desgraça!  

  4.  
    Exclusivo! A maracutaia

     

    Exclusivo! A maracutaia cambial por trás do impeachment

    Por emérito e intimorato jornalista Miguel do Rosário

    28 de agosto de 2016

    Recebemos email de um leitor do blog nos alertando para maracutaias cambiais por trás do impeachment. Ele nos enviou um artigo para denunciar uma mega trapaça de algumas raposas do “mercado” contra o câmbio nacional, e que nos custou, segundo ele, bilhões de reais, milhões de empregos e um golpe de Estado. Eles nos fornece, à guisa de prefácio para seu texto, algumas informações e links importantes para se entender o que vem em seguida. Os leitores mais versados em economia, favor analisem a pertinência do texto, para que possamos aprofundar, se for o caso, essa denúncia. O erro da Dilma foi acreditar que esse pessoal que se diz do mercado busca o melhor para o país. (…) Os prejuízos para a economia foram de dezenas de bilhões de reais, geraram o clima de insegurança econômica e política, arrebentaram as contas públicas, quebraram empresas, desalojaram milhões de empregos, aumentaram a inflação empobrecendo as pessoas e ofuscando o sonho de milhões de brasileiros. Eles não só usurparam do poder e instalaram um programa de governo que não lhes foi concedido nas urnas, mas também assaltaram os cofres públicos em valores maiores que o escândalo da Petrobrás e exterminaram o emprego de milhões de brasileiros. Essa conta deve ser cobrada. Quem é que vai pagar por isso?

    FONTE [LÍMPIDA!]: http://www.ocafezinho.com/2016/08/28/exclusivo-a-maracutaia-cambial-por-tras-do-impeachment/

  5. solte as feras Dilma…

    Seria digno da presidenta que ela soltasse suas feras. Entretanto acredito que sua assessoria irá orienta-la a ficar quieta, pois acreditam que podem reverter no STF.

     

     

     

  6. Impeachment
    Seria ótimo se ela não respondesse a nenhum senador ficha suja, com um bordão: ” a minha honra não permite responder a um senador ficha suja”.

  7. Com o Golpe, o Haití será aquí.

    Programas sociais liqüidados um a um. A mais recente vítima foi o “Brasil Alfabetizado”. Os golpistas em sua lógica neoliberal consideram que brasileiros adultos são casos perdidos para a educação básica. Se nem possuidores de diplomas universitários conseguirão emprego no modelo econômico que pretendem implantar no Brasil, para que investir na educação básica de adultos? Para que descubram através dos livros divergentes a causa dos seus problemas? Não é algo que seja conveniente aos ditadores de plantão.

    Depois, a redução do “Bolsa Família” a um “programa-piloto”. Tudo de acordo com os ditames dos “clássicos” neoliberais que são os livros de cabeceira dos reacionários que agora mandam no Brasil. Assim ocorrerá com todos os outros programas sociais: redução, privatização ou extinção. Os que ainda permanecerem atenderão a 0,001% dos necessitados. Terão serventia política para serem apresentados em contraponto ao discurso da esquerda nos horários eleitorais gratuitos e assim, amenizarem os remorsos da classe média reacionária que apóia o Golpe e apoiará o novo Regime.

    Na economia, privatização de tudo em negociatas que fariam constranger o próprio Al Capone. Agências “reguladoras” cosméticas foram criadas no período “tucano” no Planalto para “dourar a pílula” da privatização perante o público assustado com os monopólios particulares que seriam implantados nos setores econômicos então privatizados. Agora, com o discurso de direita mais arraigado na classe média por obra dos “movimentos” financiados pelos NED e pela mídia, também treinada por “think thanks” pagos com US dólar via Instituto Millenium, as tais agências serão abandonadas e o saqueio da população por grandes grupos econômicos em setores como saneamento, saúde e educação será escancarado.

    Perderemos as últimas instituições estratégicas para um projeto nacional brasileiro na economia: a Petrobrás e o BNDES. A primeira será sucateada, fatiada e depois, entregue para petroleiras estrangeiras por preço vil em meio a muitíssima corrupção em benefício dos setores políticos envolvidos na implantação e manutenção do Regime. O segundo deverá perder o “S” da sigla, rotulado de “demagógico” pela direita no Poder. Após o futuro BNDE ser usado para negociatas corruptas no processo de liqüidação do restante do patrimônio público brasileiro, será também vítima da privatização, e a imprensa corrupta e seus bonecos-de-ventriloqüo irão vaticinar que ele “cumpriu a sua missão”.

    A população, à exceção de setores médios beneficiários das negociatas privatistas e da expulsão dos pobres do ensino superior, estará crescentemente desempregada, sem acesso universal a qualquer serviço básico e sem qualquer boa perspecitva. As suas “alternativas” de sobrevivência serão a mendicância, entrar no crime (muitas vezes, facções criminosas) ou tentar trabalhar como ambulante. Em todas as “alternativas” citadas, sendo reprimida pela polícia com total apoio da imprensa corruptas e seus apresentadores carniceiros de “telejornais” de fim de tarde.

    Quando acabar o petróleo do Pré-Sal, os princípios ativos da “nossa” biodiversidade estiverem todos patenteados no estrangeiro e o solo esgotado pela agricultura extensiva dos “ruralistas” ficaremos apenas com a impagável conta da hecatombe ambiental causada pelas petroleiras estrangeiras e 240 milhões de haitianos, digo, brasileiros, desesperados.

  8. A grande mídia e ele estão

    A grande mídia e ele estão JUNTOS!

    Então vamos ter uma ofensiva MIDIÁTICA POSITIVA DE TUDO QUE ELE FIZER, para desfazer essa imagem, que não é uma imagem, mas que é o PONTO ONDE ELE QUER PASSAR.

    Com cunha nada nunca será o bastante, os tucanos se ferraram…

  9. De A (Aécio) a Z (Zezé Perrella), a ficha suja dos espertos no “

    De A (Aécio) a Z (Zezé Perrella), a ficha suja dos espertos no “hospício” de Renan. Por Kiko Nogueira

     

    Postado em 28 Aug 2016 por :   Captura de Tela 2016-08-27 às 21.59.02

    Charge publicada no New York Times

    Com reportagem de Pedro Zambarda

     

    Pela primeira vez em muitas décadas, Renan Calheiros foi honesto. Na quinta, dia 25, confessou tráfico de influência ao dizer que conseguiu, no STF, “desfazer” o indiciamento de Gleisi Hoffmann e seu marido Paulo Bernardo.

    E, dirigindo-se a Lewandowski, admitiu a respeito da Casa que comanda: “Vamos passar para o Brasil e para o mundo a idéia de que Vossa Excelência, constitucionalmente, está sendo obrigado a presidir um julgamento num hospício”.

    É uma definição precisa da situação. O destino de Dilma Rousseff está nas mãos de 81 senadores na reta final do golpe. Ninguém faz muita questão de manter as aparências. A partida já está definida.

    A palhaçada repulsiva que aconteceu na Câmara dos Deputados está se repetindo ali com doses cavalares de insanidade.

    Os senadores que já se decidiram pelo impeachment respondem a acusações ou suspeitas de práticas criminosas. Com sua ficha suja, eles vão depor uma cidadã honesta.

    A falsa normalidade — bem traduzida na expressão “as instituições estão funcionando” — esconde uma situação absurda. Há espaço até a advogada da acusação, Janaína Paschoal, perguntar a uma testemunha se ela achava que a Venezuela era uma democracia. Depois disso, não falta nada.

    Abaixo, a folha corrida de 39 “juízes” de Dilma que entregarão o país a Michel Temer. Loucura, loucura, loucura.

    1. Renan Calheiros (PMDB)

    Em público, ele diz “não decidi, estou refletindo”. E dá risada. O presidente do Senado, autor de um aparte vexaminoso que atirou gasolina à fogueira dos ânimos, tem sozinho 11 inquéritos abertos contra ele. Renan é acusado de ter recebido R$ 2 milhões de Alberto Youssef para não abrir a CPI da Petrobras na Lava Jato. Na Operação Zelotes, estaria metido num esquema estimado em R$ 46 milhões.

    Ainda é investigado por pagamento da empreiteira Mendes Júnior à jornalista Mônica Veloso, sua ex-amante. O caso custou-lhe a presidência da Câmara em 2007. Como ele não virou réu no processo, ressuscitou politicamente – junto com seus implantes de cabelo.

    Recentemente, Renan apareceu em grampos do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, falando em “acordo” para encerrar a Lava Jato. Este é o presidente da Casa que está julgando a presidente da República por pedaladas fiscais. Renan atualmente é o segundo na linha de sucessão de Temer depois da morte política de Eduardo Cunha.

    2. Romero Jucá (PMDB)

    Ex-ministro do Planejamento de Michel Temer, foi um dos nove integrantes do governo interino com pendências na Justiça.

    Figura manjada, líder dos governos FHC, Lula e Dilma no Senado, Jucá responde a três inquéritos por crimes contra o patrimônio, de responsabilidade, falsidade ideológica e eleitorais.

    Ele é acusado de envolvimento no desvio de verbas federais em obras em Roraima. Também é investigado sobre a origem e o destino dos R$ 100 mil jogados para fora de um carro por um de seus auxiliares momentos antes de ser abordado por policiais durante a campanha eleitoral de 2010.

    Outro inquérito verifica se Romero Jucá e familiares usaram “laranjas” na compra de uma TV em Boa Vista. O senador nunca esclareceu nada.

    3. Aécio Neves (PSDB)

    Citado na Operação Lava Jato pelo menos cinco vezes, o adversário de Dilma Rousseff nas eleições de 2014 já falava em impeachment um dia depois de sua derrota. Achou que ia se dar bem e entregou o país nas mãos de Temer e do PMDB.

    Um dos delatores, o empresário Fernando Moura, falou que Aécio recebeu pelo menos um terço das propinas da Lista de Furnas, escândalo que estourou na época do Mensalão com denúncia de Roberto Jefferson.

    Nos grampos de Sérgio Machado, Aécio Neves é apontado como um dos primeiros políticos do PSDB que seria prejudicado em futuras delações premiadas. Ele também foi denunciado por Delcídio Amaral, ex-líder do PT no Senado, mas não se tornou réu em nenhuma das ações.

    4. Fernando Collor (PTC)

    Único presidente até o momento condenado num processo de impeachment por violação da Lei de Responsabilidade Fiscal regulamentada pela lei 1.079 de 10 de abril de 1950. Foi absolvido pelo STF em 2014.

    Collor tem novas denúncias contra si na Operação Lava Jato. Desde o final de 2015, é acusado de receber uma propina de R$ 26 milhões paga por Alberto Youssef Paulo Leoni Ramos e Ricardo Pessoa da UTC. O negócio teria ocorrido por intermédio da BR Distribuidora.

    Homem fino e equilibrado, chamou o Procurador Geral da República Rodrigo Janot de “filho da puta” em plenário.

    5. Edison Lobão (PMDB)

    Ex-ministro de Minas e Energia de Dilma e senador pelo Maranhão, cria de José Sarney, Lobão surgiu nos grampos do delator Sérgio Machado por exigir R$ 500 mil mensais de pagamento de propina. O delator declarou que só podia pagar R$ 300 mil. Lobão exigiu pagamento maior por ser ministro da presidenta na época. No olho do furacão da corrupção, debandou pro lado dos golpistas.

    6. Ronaldo Caiado (DEM)

    Líder do Democratas no Senado, o peso pesado Caiado também teve envolvimento em escândalos de corrupção. Justo ele, talvez o campeão dos discursos moralistas contra o PT.

    Foi acusado em março de 2015 de receber propina do bicheiro Carlinhos Cachoeira em pelo menos três campanhas para a Câmara Federal: 2002, 2006 e 2010. O acusador foi justamente seu ex-companheiro de partido, Demóstenes Torres, que o definiu perfeitamente: uma voz à procura de um cérebro.

    A Polícia Federal afirma que investiga o parlamentar, que ainda não sofreu nenhuma condenação. Caiado ameaçou processar Demóstenes, cassado em 2012 na Operação Monte Carlo, que apurou máquinas caça-níqueis em Goiás envolvendo Cachoeira e a construtora Delta.

    7. Antonio Anastasia (PSDB)

    Relator do impeachment, Anastasia é invenção de Aécio Neves e ex-governador de Minas Gerais entre 2010 e 2014.

    O senador é acusado de receber R$ 2 milhões das empreiteiras Andrade Gutierrez, UTC, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão e o banco BTG Pactual, todos citados na Lava Jato.

    A assessoria do tucano diz que as doações foram legais e aprovadas pelo Tribunal Eleitoral. Sua equipe também diz que o grande volume de dinheiro de campanha foi necessário porque Minas é um estado “populoso”.

    8. Zezé Perrella (PTB)

    Aliado de Aécio Neves em Minas Gerais e personagem central do escândalo do Helicoca, Perrella é acusado de ter recebido R$ 1,3 milhão da Assembléia Legislativa para gastos pessoais entre 2007 e 2010.

    O escândalo com um helicóptero carregando quase meia tonelada de pasta base de cocaína explodiu em 2013, pouco antes da campanha de Aécio para a presidência. O Helicoca estava em nome de seu filho Gustavo.

    Quando ainda se declarava em dúvida, ela desapareceu depois que Gustavo Perrella foi nomeado Secretário Nacional de Futebol pelo ministro interino dos Esportes Leonardo Picciani.

    9. Fernando Bezerra Coelho (PSB)

    Ex-ministro da Integração Nacional de Dilma Rousseff, é suspeito de pelo menos quatro crimes: esquema de fraude a licitação, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e corrupção de autoridades federais. O caso corre em segredo no Supremo, desde uma apuração preliminar em 2008.

    O ministro Luís Roberto Barroso autorizou a abertura de inquérito em junho de 2015 para apurar se o ex-ministro de Dilma está envolvido em tais escândalos. Até agora, ele não foi condenado no caso.

    10. Garibaldi Alves Filho (PMDB)

    Nome de carreira entre os peemedebistas, Garibaldi foi ministro da Previdência da presidente Dilma em seu primeiro mandato. Ele foi acusado de receber propinas avaliadas em R$ 250 mil da empreiteira Queiroz Galvão.

    O desvio de dinheiro seria para o senador e seu filho Walter Alves, o Waltinho. A informação vazou do grampo do presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

    11. Marcelo Crivella (PRB)

    Ex-ministro da Pesca, o senador é sobrinho do bispo Edir Macedo da Igreja Universal. Crivella foi acusado pelo Ministério Público Federal de diversas fraudes no programa “Bolsa Pesca” com a participação de líderes sindicais, além de desviar dinheiro público para projetos sociais particulares.

    Uma matéria da revista Veja publicada em 7 de maio mostrou que Marcelo Crivella teria recebido pelo menos R$ 100 mil de empresas ligadas ao doleiro Alberto Youssef. O parente de Edir Macedo disse que o escândalo é “preconceito contra evangélicos”.

    12. Marta Suplicy (PMDB)

    A petista de raiz, ex-ministra de Lula e de Dilma, que hoje concorre pela segunda vez ao cargo de prefeita em São Paulo, chegou a ser condenada por improbidade administrativa. A sentença saiu em 2014 na Justiça paulista.

    Marta foi condenada por contratar, sem licitação pública, a ONG GTPOS (Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual) para desenvolver ações sobre planejamento familiar, métodos contraceptivos e sexualidade para os moradores das subprefeituras de Cidade Ademar e Cidade Tiradentes, ambas na zona leste. Recorreu da sentença e foi eleita senadora.

    Nunca perdoou Lula e o PT por ter sido preterida no lugar de Fernando Haddad para disputar a prefeitura em 2012. A mágoa cresceu como o botox em seu lábio superior. Chegou a gritar que saiu do partido por causa da corrupção, enquanto dava as mãos para Cunha, Renan, Sarney e Temer no PMDB.

    13. Cristovam Buarque (PPS)

    Uma lista de ex-petistas ressentidos não estará completa sem Cristovam, cuja “indecisão” foi assunto para especulações nos últimos dias.

    O Tribunal de Justiça do Distrito Federal o condenou em 2011 por improbidade administrativa. Ele teria usado dinheiro público em material de campanha em 1995 e foi obrigado a pagar R$ 146 mil. O político recorreu da sentença.

    O jornalista e editor Luiz Fernando Emediato também fez uma acusação recente a Cristovam Buarque. Ele teria usado caixa dois em sua campanha para presidente em 2006, quando disputou com Geraldo Alckmin e Luiz Inácio Lula da Silva.

    A denúncia foi feita no Facebook e Emediato chamou Cristovam de “ególatra”.

    14. Eunício Oliveira (PMDB)

    Ex-ministro das Comunicações de Lula, ele foi acusado, na operação Sépsis, desdobramento da Lava-Jato, de receber R$ 5 milhões por meio de contratos fictícios para sua campanha ao governo do Ceará em 2014, além de ter sido citado em outras duas delações. Mas nenhum outro depoimento o comprometeu diretamente.

    Oliveira é favorito para suceder Renan Calheiros na presidência da Casa. Rompido há 10 anos com Sérgio Machado, foi o único integrante PMDB a não ser citado nos grampos telefônicos.

    15. Valdir Raupp (PMDB)

    Senador foi investigado pela Polícia Federal por suspeita de ter recebido R$ 500 mil da Refinaria de Manguinhos, controlada pelo empresário Ricardo Magro, que quitou suas despesas de campanha em 2010.

    Os policiais encontraram notas fiscais de R$ 300 mil emitidas por aliados do peemedebista, na reta final da campanha, sem indícios de prestação de serviços para a refinaria no Rio de Janeiro. A defesa do senador, no STF, não se pronunciou no caso.

    16. Dário Berger (PMDB)

    Senador por Santa Catarina, Dário foi condenado por improbidade administrativa pela Justiça por um caso ocorrido em 2010, quando era prefeito da capital catarinense.

    Na ocasião, seu motorista, já falecido, foi preso em flagrante por policiais rodoviários federais. O veículo tinha placas frias e levava R$ 1850 em dinheiro, em notas de R$ 20 e uma de R$ 10. O veículo tinha material de propaganda de candidatos a cargos estaduais e federais.

    Em 2009, o Ministério Público denunciou Dário Berger e mais nove por fraudes em licitação. A denúncia falava em irregularidades, entre 1999 e 2002, nas licitações para a construção de trechos da Avenida Beira-Mar de São José. Na época, Dário era prefeito da cidade e seu irmão Djalma Vando Berger era secretário de Obras.

    17. Sérgio Petecão (PSD)

    Réu num processo do Supremo Tribunal Federal aberto em 2014 por crimes eleitorais em 2016. O relator do processo é o ministro do STF Teori Zavascki.

    Sérgio Petecão é acusado de participação no esquema de compra de votos em Rio Branco, no Acre, em troca de vantagens em dinheiro e outros favores. A defesa do senador afirma que a denúncia carece de indícios materiais ou atos concretos do parlamentar.

    18. Benedito de Lira (PP)

    O Supremo Tribunal Federal determinou o sequestro de bens do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Arthur Lira, e do seu pai, o senador Benedito de Lira, em 24 de fevereiro de 2016. Os dois são investigados na Operação Lava Jato.

    Bens foram confiscados a partir de uma ordem da Polícia Federal, endossada pelo Ministério Público Federal. O bloqueio é equivalente a R$ 4,2 milhões. O filho do senador teve R$ 2,6 milhões apreendidos, enquanto Lira teve R$ 1,6 milhão de bens bloqueados.

    O senador do PP foi denunciado por três delatores da Lava Jato: O doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e Ricardo Pessoa, empreiteiro da UTC.

    19. Wilder Morais (PP)

    Suplente que assumiu o posto do senador Demóstenes Torres, Wilder não é investigado pela Operação Lava Jato. No entanto, ele aparece num grampo comprometedor com o contraventor Carlinhos Cachoeira, denunciado em 2012.

    Em escutas publicadas na Folha de S.Paulo, obtidas durante as investigações da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, Carlinhos Cachoeira diz que foi responsável pela ascensão de Wilder Morais até o cargo de suplente de Demóstenes.

    Os grampos levaram Cachoeira à prisão. Na gravação, Wilder agradece o apoio do contraventor. Posteriormente ele disse que a declaração foi apenas para “encerrar” a conversa no telefone.

    20. Flexa Ribeiro (PSDB)

    O tucano foi escolhido para a primeira-secretaria da presidência do Senado, sob Renan Calheiros, cargo apelidado entre os congressistas de “prefeito do Senado”.

    Pelas mãos de Flexa Ribeiro passaram decisões sobre orçamento, uso de apartamentos funcionais, nomeações e demissões de servidores e deliberações sobre as vultosas licitações desde 2013.

    Ribeiro responde a processo no STF por suspeitas de que a empreiteira Engeplan, que pertenceu ao parlamentar e era contratada do governo do Pará, tenha bancado ilegalmente a campanha de candidatos do PSDB nas eleições de 2002. O processo está nas mãos do ministro Celso de Mello, decano da corte.

    No mês de novembro de 2004, Flexa Ribeiro e mais 27 empresários e políticos foram presos pela Polícia Federal durante a Operação Pororoca. A PF os acusou de fraudes em licitações. As supostas fraudes aconteceram no Amapá e no Pará através da empreiteira Engeplan, que foi propriedade do tucano até o ano que ele foi detido.

    Captura de Tela 2016-08-26 às 17.04.57

     

    21. Dalírio Beber (PSDB)

    Ex-presidente da Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (banco Badesc), o tucano foi figura do escândalo de fraude nas dívidas da instituição.

    A Justiça chegou a decidir pela indisposição dos seus bens em 2007, junto com ex-diretores do banco. Na ocasião, o Viena Park Hotel estava penhorado e foi ajudado pelo Badesc numa operação financeira considerada fraudulenta.

    22. Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)

    Aloysio foi vice na chapa de Aécio Neves na disputa pela presidência contra Dilma Rousseff em 2014. Em 5 de setembro de 2015, o ministro do STF Teori Zavascki autorizou a abertura de inquérito contra o senador com base nas declarações do empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, em delação premiada.

    Pessoa apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Aloysio Nunes teria recebido R$ 300 mil de forma oficial e R$ 200 mil em dinheiro de caixa dois para sua campanha ao Senado em 2010. O dinheiro, segundo o empreiteiro, seria propina.

    Como todos, Aloysio Nunes nega as acusações de corrupção da parte de sua campanha dentro da Operação Lava Jato.

    23. José Aníbal (PSDB)

    Suplente de José Serra, o atual chanceler, Aníbal é investigado por indícios de envolvimento no escândalo Alstom-Siemens em São Paulo.

    José Aníbal foi acusado pelo executivo Everton Reinheimer, da Siemens, que relatou à Polícia Federal nomes de parlamentares que participaram do esquema de fraudes a contratos milionários da CPTM e do Metrô nos governos dos tucanos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

    O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, determinou à PF a investigação de Aníbal junto do deputado Rodrigo Garcia (DEM) no dia 6 de junho de 2014. Em fevereiro de 2015, o processo foi arquivado, apesar dos parlamentares estarem citados no depoimento de Everton.

    Volta e meia Aníbal aparece em vídeos trocando sopapos com gente que o chama de “golpista”.

    24. Paulo Bauer (PSDB)

    Em uma gravação publicada pelo site Congresso em Foco em 2009, o então deputado licenciado Paulo Bauer admitiu que usou uma funcionária fantasma para repassar a verba para um correligionário no estado de Santa Catarina. Ele teria declarado a um ex-servidor que mandou dois assessores procurarem “uma mulher” para “emprestar seu nome”.

    O esquema seria utilizar o nome da pessoa para aceitar a contratação sem ficar com o salário integralmente, de modo a que os recursos pudessem ser desviados. O salário dela, de acordo com a gravação, era repassado a um político de Bauer na região.

    Uma ex-funcionária do gabinete contou que recebia sem trabalhar. Ficava apenas com o tíquete-alimentação, enquanto o restante do dinheiro repassado à chefia de gabinete do deputado. O caso foi ignorado pela Câmara dos Deputados e não comprometeu sua candidatura ao Senado.

    25.  Cássio Cunha Lima (PSDB)

    Acusado de compra de votos no escândalo do “Dinheiro Voador”, Cunha Lima foi alvo de investigação da Polícia Federal em esquemas de desvios de recursos e lavagem de dinheiro em sua campanha eleitoral de 2006. Tentando se livrar de ser preso em flagrante, o operador da política local, Olavo Lira, jogou R$ 400 mil do alto do edifício Concord na Paraíba.

    Foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando era governador em 2008, por abuso de poder econômico e político e uso indevido de dinheiro público. Seu vice, José Lacerda Neto (DEM), também foi obrigado pela Justiça a deixar o cargo.

    Justamente por isso, em 2010, foi enquadrado como Ficha Suja. No entanto, foi beneficiado pela decisão do Supremo Tribunal Federal de só aplicar a nova lei a partir das eleições de 2012. Com isso, concorreu e venceu a eleição para senador.

    26. José Agripino Maia (DEM)

    Agripino é alvo de duas investigações no STF. Na primeira, ele foi citado na delação premiada de um empresário do Rio Grande do Norte na qual é acusado de ter cobrado propina de R$ 1,1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do estado. Na segunda, o senador foi apontado como destinatário de propina da empreiteira OAS nas obras do estádio Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014.

    As suspeitas contra o senador do DEM surgiram em depoimentos de investigados na Operação Lava Jato, mas a PGR pediu que o inquérito não fosse remetido ao ministro Teori Zavascki, relator dos processos oriundos da operação no Supremo.

    Para a procuradoria, as acusações contra Agripino Maia não estão relacionadas com os desvios de recursos da Petrobras, principal linha de investigação da Lava Jato. Mas ele está enrolado com empreiteiras do esquema.

    27. Ana Amélia Lemos (PP)

    Candidata ao governo do estado do Rio Grande do Sul, a ex-jornalista e colunista da RBS enfrentou acusações sérias em 2014. O site Sul21 divulgou que ela era funcionária fantasma do Senado e que ela não tinha declarado em sua relação de bens uma fazenda herdada do falecido marido, o ex-senador biônico Octávio Omar Cardoso.

    O caso teria acontecido em 1986 e derrubou uma das bandeiras mais moralistas de sua candidatura como governadora — de que ela não teria “esqueletos no armário”. Hoje desponta com discursos moralistas contra Dilma Rousseff.

    28. Ivo Cassol (PP)

    Senador do Partido Progressista, foi condenado em 2013 por fraude em licitações quando era prefeito do município de Rolim de Moura, em Rondônia, entre 1998 e 2001.

    A condenação no STF foi uma pena de 4 anos e 8 meses de prisão no regime semiaberto (que permite o trabalho durante o dia fora da cadeia), além do pagamento de R$ 201.817,05.

    O esquema de corrupção em Rondônia teria beneficiado cinco empreiteiras locais. Foram condenados também os réus Salomão da Silveira e Erodi Matt, respectivamente presidente e vice-presidente da comissão municipal de licitações.

    29. Gladson Cameli (PP)

    É o único político do Acre citado na lista do Supremo sobre suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras.

    O parlamentar nega envolvimento com a empresa no escândalo e se diz surpreso com sua citação. Ele passou a ser investigado em março deste ano.

    30. Magno Malta (PR)

    O histriônico senador do Espírito Santo, pastor evangélico, foi indiciado em 2007 pela Polícia Federal por envolvimento no escândalo da máfia dos sanguessugas. Foi acusado de ligação com o esquema de venda superfaturada de ambulâncias para prefeituras, suspeito de ter cometido crime de corrupção.

    No caso, o parlamentar foi acusado de receber um Fiat Ducato para apresentar uma emenda ao Orçamento que destinaria recursos para a compra de ambulâncias. Elas seriam vendidas por Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia dos sanguessugas. Malta foi investigado numa CPI, mas não foi condenado.

    Em agosto, matéria da Folha reproduziu emails de um fabricante de móveis de cozinha chamado Victor Penna Costa que comprovariam caixa 2 para Malta.

    Numa das mensagens, Costa escreve: “Não existe NF, não declaramos. Veja com Lailton (tesoureiro da empresa). Favor apagar todos os e-mails sobre este assunto”.

    31. Vicentinho Alves (PR)

    Aliado de Valdemar Costa Neto, réu condenado no Mensalão, Vincentinho acumula acusações de nepotismo em sua carreira política em Porto Nacional, Tocantins. Depois de uma faxina no Ministério dos Transportes, culminando no afastamento de Alfredo Nascimento em 2012, o senador manteve três sobrinhos na pasta.

    Vicentinho Alves, conforme documento apreendido pela Polícia Federal, também foi parceiro de negócios de Costa Neto na construção de uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) numa fazenda do senador.

    32. Blairo Maggi (PP)

    Apelidado de “Motosserra de Ouro”, foi alvo de um inquérito arquivado pelo STF na Operação Ararath. A suspeita era de que Maggi teria sido beneficiado quando era governador do estado com a suposta “compra” de vaga no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, responsável por fiscalizar gastos do governo matogrossense.

    De acordo com o Janot, não houve indícios suficientes de crime. O caso foi arquivado por Dias Toffolli.

    33. Simone Tebet (PMDB)

    Em fevereiro de 2016, o juiz federal Leonel Ferreira determinou o bloqueio de bens da senadora Simone em função de possíveis irregularidades na obra de reforma do balneário de Três Lagoas (MS).

    A acusação é de desvios em 2004, quando ela exercia o cargo de prefeita. A Justiça acatou o pedido do Ministério Público Federal, que alega ter existido desvio de recursos públicos para financiar campanha eleitoral. Os bens bloqueados foram equivalentes a R$ 51 mil.

    34. Jader Barbalho (PMDB)

    O ex-governador do Pará foi o último dos barrados pela Lei da Ficha Limpa a tomar posse no Senado. Jader teve sua candidatura indeferida por ter renunciado, em 2001, ao mandato de senador após ser acusado de desviar recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará), da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Ministério da Reforma Agrária.

    O senador chegou a ser preso pela Polícia Federal sob a suspeita de integrar uma quadrilha acusada de desviar mais de R$ 1 bilhão da Sudam, do banco e do ministério. Ele foi detido em Belém, no ano de 2002.

    35. Raimundo Lira (PMDB)

    Líder da comissão do impeachment, o senador doou à chapa onde era suplente para o Senado, em 2010, o valor de R$ 870 mil, utilizando recursos que ele não havia incluído em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral, feita no ano anterior. De acordo com o TSE, a doação foi feita em 12 depósitos em espécie.

    O parlamentar alega que houve um erro de informação e que os depósitos foram feitos por meio de cheques na boca do caixa, que foram erroneamente computados pela contabilidade de campanha como dinheiro vivo. Raimundo Lira diz que não declarou o valor porque a Lei Eleitoral não o obriga a fazer isso, decisão que é controversa entre juristas.

    36. José Maranhão (PMDB)

    Já respondeu a oito processos no Ministério Público Federal por abuso de poder político e econômico, compra de votos, conduta vedada e uso indevido de meios de comunicação. Maranhão foi governador da Paraíba entre 1995 e 2002.

    Um de seus aliados é Cássio Cunha Lima, outro político do PSDB mais sujo que pau de galinheiro.

    37. Hélio José (PMDB)

    Acusado de incorrer na prática de pedofilia com uma sobrinha em 2010, Hélio José saiu do PSD no final de 2015 para entrar no — isso não é piada — Partido da Mulher Brasileira (PMB).

    Saiu da nova legenda no começo deste ano para entrar no PMDB. Num discurso do ano passado, disse que as mulheres trazem “alegria e prazer”.

    38. Romário (PSB)

    Outro “indeciso” de ocasião que mudou de ideia depois que Temer o deixou nomear o diretor de Furnas. Em junho de 2016, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal para investigar o senador Romário pela suspeita de receber caixa dois de campanha na eleição de 2014.

    Segundo a investigação, a suspeita é que a empreiteira Odebrecht deu R$ 100 mil ao parlamentar.

    O indício surgiu a partir de mensagens de celular trocadas entre Marcelo Odebrecht e seu subordinado Benedicto Barbosa da Silva Júnior no período eleitoral.

    O Supremo também recebeu uma investigação, iniciada pela Polícia Civil do DF, que apura se ele cometeu crime ambiental ao construir quadras de futebol e de futevôlei em uma casa às margens do Lago Paranoá, em Brasília.

    39. Ciro Nogueira (PP)

    O doleiro Alberto Youssef informou à Polícia Federal que o senador recebeu US$ 150 mil para integrar o partido no esquema criminoso. A declaração foi feita num depoimento de 2015, no bojo das investigações da Operação Lava Jato.

    Os recursos não seriam oriundos da Petrobras, mas sim do escândalo do Banestado, de acordo com o delator.

    http://www.diariodocentrodomundo.com.br/de-a-aecio-a-z-zeze-perrella-a-ficha-suja-dos-espertos-no-hospicio-de-renan-por-kiko-nogueira/

    1. Renan – que será calcinado

      Renan – que será calcinado logo depois do desfecho de hoje – é o maior político brasileiro depois de Lula, da atualidade, exceção a Sarney, obviamente.

      O problema central é que se não tira leite de pedra; e é por isso que tudo que Renan consegue fazer neste momento é ser o que é: político.

  10. A cara do amanhã é a da

    A cara do amanhã é a da República Velha, com seus permanentes mini-golpes, rebeliões na caserna, motins, extermínios espetaculares como o de Canudos, e por fim, como o mundo atual é mais acelerado, uns vinte anos de estagnação em contraponto aos quarenta da República Velha. Isso pra mim é alentador: quem sabe eu ainda alcance o início do renascer.

    O que mais preocupa é que na República Velha apenas São Paulo, e um pouco na rabeira, Santa Catarina ganharam; e agora nem isso, já que os dissecados centros industriais do país de hoje dependem fundamentalmente do mercado interno. Que será reduzido a trinta, na melhor das hipóteses a quarenta por cento.

  11. Ou o site está intensamente

    Ou o site está intensamente acessado, Nassif, ou os motores dos “meninos do NSA” sob o comando de Serra tão danados por aqui rastreando tudo.

    Tô sentindo grande lentidão e com espasmos

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