O secretário de Cultura e o fascismo dependente, por Roberto Bitencourt da Silva

A direita no Brasil não possui autoridade moral, condições, interesse nem projeto para falar de Povo Brasileiro, cultura nacional, nem Pátria.

O secretário de Cultura e o fascismo dependente

por Roberto Bitencourt da Silva

Realmente, a grotesca polêmica envolvendo o secretário de Cultura do governo Bolsonaro, sujeito bizarro que flertou abertamente com traços simbólicos nazistas, só reitera a incompatibilidade da direita com os destinos do País, assim como suas pretensões ilusórias.
Convenhamos, é cada mequetrefe serviçal de gringo, que concebe o Brasil como mero território e não como cultura, nem memória, que enxerga o Povo como inimigo e rude burro de carga, que vê na cultura somente o que se faz em roliúdi, é cada medíocre projeto de ditadorzinho latino-americano à Trujillo, sargento Batista, Fujimori, Médici et caverna, cada ressentido colonizado integrante das elites, que procura se investir de importâncias maiores, com pretensões de associação identitária com o nazifascismo europeu, que deteve ou detém projetos imperialistas e expansionistas de nação, é cada arrogante e alucinado reacionário tupiniquim, que vou te contar, viu?! Ridículo é pouco.
A direita no Brasil não possui autoridade moral, condições, interesse nem projeto para falar de Povo Brasileiro, cultura nacional, nem Pátria. Sua bandeira é a dos EUA, sua cultura é a da Flórida, seu deus é a grana, seu altar as multinacionais gringas e o imperialismo. Os seus demônios são a cultura e a história nacional, assim como os interesses autênticos da Pátria e dos trabalhadores brasileiros. Nossas potencialidades enormes depreciadas.
Se pudermos classificar esse governo Bolsonaro e seus agentes sob a categoria interpretativa do fascismo, é com muita restrição, ao sabor da especificidade de um governo entreguista, vende pátria, que opera com medidas neocoloniais de reinserção rebaixada da economia brasileira na divisão internacional do trabalho.
Trata-se de um fascismo dependente, como há décadas estudaram o fenômeno na América Latina, pensadores como Theotonio dos Santos e Agustín Cueva.
Um regime de força, ultraentreguista, a serviço do imperialismo, que estende e institucionaliza práticas correntes de arbítrio e violação dos direitos humanos, ampliando a superexploração do trabalho e a transferência de nossas riquezas para os países centrais do capitalismo.
O inimigo é o próprio Povo. Um agrupamento político, pois, mais próximo dos ditadores sabujos dos EUA, do que de Hitler. A despeito das torpes intenções e inspirações.
Roberto Bitencourt da Silva – historiador e cientista político.
Redação

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  1. Para essa brilhante jornalista o partido Socialista dos trabalhadores alemães era de direita… Não nos admira, pois agora já vejo até petista dizendo que o Lula não é tão esquerda assim, quando essa ideologia burra termina em merda (sempre), eles se limpam assim, safadinhos

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