O velho está morto, mas o novo ainda não nasceu, por Sergio Saraiva
Esta semana, dois acontecimentos mostraram como fatos políticos podem envelhecer da noite para o dia. Na sexta-feira, dia 11 de outubro de 2019, buscando criar repercussão midiática, dois brutamontes invadiram o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Eram os mesmos que apenas messes antes haviam sido eleitos deputados federais cavalgando o pior reacionarismo de direita – os tais que quebraram a placa em homenagem a Marielle Franco. Estavam lá as mesmas camisetas coladas de modo a exibir bíceps e truculência. O mesmo discurso seboso de “doutrinação marxista”. A mesma arrogância de quem acredita que não precisa prestar contas dos seus atos. Foram postos para correr pelos alunos. Adolescentes expulsando os valentões de quarteirão. Foi patético ver os grandalhões tentando digladiar argumentos com uma menina de uns 16 anos. Levaram uma surra – um passa moleque. Tentaram o último recurso da intimidação com suas câmeras e selfies – coisas da década passada – não foram sequer notados. No fim, escorraçados como “deputados da milícia”. Sorrisos amarelos e cara de bundões. Estavam transformados em dois tiozões. Os meninos levaram-lhes a notícia: eram velhos.0 Comentário
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