Oposições concluíram que não dá para confiar em Cunha como bom pagador

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Apostas e blefes que dão sobrevida ou acabam de vez com Eduardo Cunha

Por Andrei Meirelles

Do Fato Online

O clima político na Câmara dos Deputados é de tensão. Até a aparente normalidade no plenário se dissipou. Tanto quanto os fatos apurados aqui e na Suíça, as incríveis justificativas de Eduardo Cunha o tornaram um fardo pesado, além do suportável, inclusive para parceiros de fé e aliados de ocasião.

Até a semana passada, em sua luta pela sobrevivência política, Eduardo Cunha sonhava com meses, e tinha como certo operar semana a semana, como um pêndulo na guerra entre governo e oposição. Não dá mais. Como ele vem perdendo cacife de maneira acelerada, a cobrança agora é dia a dia.

Ontem, depois da sessão da Câmara, que entrou noite adentro, Eduardo Cunha foi dormir com um dilema. Dá para acreditar em suposto acordo com alguns líderes da oposição, que lhe asseguraria mais 15 dias de jogo duplo, com a promessa de que, findo o prazo, ele abriria o processo de cassação da presidente Dilma Rousseff?

Em um dia de intensas conversas, as oposições concluíram que não dá para confiar em Cunha como um bom pagador. Mais: nem sabem a que credor ele escolherá na hora de acertar as contas, se ao governo ou à oposição. Os sinais são de que, nesse momento, a opção dele pende para um acordão com o Palácio do Planalto, com o aval do ex-presidente Lula. Na esperta estratégia dele, o melhor seria empurrar a dívida com ambos.

Tudo somado e subtraído, as oposições resolveram antecipar a cobrança da promissória que há tempos deram a Cunha. A divergência entre elas é sobre até quando esperar o pagamento. Os mais afinados com o presidente da Câmara querem esticar o prazo para a semana que vem. Outros dizem existir um pedido de Eduardo Cunha para que esperem uma decisão dele até a amanhã à tarde.

Ontem, na reunião de bancada, os tucanos resolveram romper de vez com Cunha, mas delegaram ao líder do partido, Carlos Sampaio, acertar como fazer isso com os parceiros da oposição. Todos dizem que hoje é o dia D. Dia de anunciar a ruptura com Cunha. Pode ser para valer ou mais um blefe. Afinal, a reunião da Executiva Nacional do PSDB, que prometia fazer e acontecer contra Eduardo Cunha, foi adiada para o final de novembro. Cartas terão que ser mostradas nos próximos dias, ou horas.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. Em todo esse imbróglio, o

    Em todo esse imbróglio, o PSDB se afunda mais ainda, deixando claro para a população que não passa de uma UDN mal repaginada.

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