Quando o politicamente correto torna-se incorreto

Entramos na era do opinionismo desvairado. Não há mais ambiente virtual ou presencial que não sucumba ao furor das certezas absolutas, das opiniões mais estapafúrdias, da agressividade desmedida ditas no tom incisivo de quem não admite a dúvida.

Assim como com leitores de jornais, nas redes sociais muitas vezes a consagração de determinado argumento se dá pela repetição. Há aqueles que reforçam o argumento com raciocínios, mas a maioria incorpora o espírito de manada.

Alguns argumentos que ultimamente me tem incomodado.

Atribuir qualquer crítica a Dilma (ou a mulheres em geral) ao machismo.

Desdém e condescendência são faces da mesma moeda do preconceito.

Ao supor que a mulher governante não pode ser alvo do mesmo nível de críticas feitas a homens governantes, o suposto defensor trata-as com a condescendência dos preconceituosos, como se uma mulher presidente fosse mais frágil que um homem presidente.

Se a crítica se concentra em atos e palavras do presidente, e não ao seu gênero, preconceituoso é quem vê machismo na crítica.

Vale o mesmo para o tratamento a outras minorias.

Dia desses, dois ou três comentaristas criticaram o fato de ter-se colocado em um post sobre Aécio um vídeo de seu amigo Ronaldão simulando um caso com um rapaz.

A informação relevante era a falta de compostura do círculo íntimo de amigos de Aécio, estivessem simulando um caso homossexual ou agarrando alguma mulher, pouco importa. Aliás, o preconceito estava em Ronaldão satirizando a relação homossexual.

A culpa da crise política é da mídia, logo Dilma não pode ser responsabilizada

O golpismo da mídia é um dado da realidade. Como governos não são instituições intrinsicamente frágeis, quando a mídia se torna eficiente é porque o governo não soube se defender e tornou-se fraco.

Logo, a responsabilidade por governos frágeis é dos governantes que deixam seus governos se fragilizarem.

Apontar esses fatos, e mostrar como ocorreu o enfraquecimento, é maneira de acordá-los para a ação. Tratá-los com condescendência é a melhor maneira de não os chamar à responsabilidade.

O PSOL e o MPL são responsáveis pela explosão das ruas

Se há um vazamento de gasolina, a responsabilidade pelo incêndio é de quem permitiu o vazamento e não do primeiro que chegou fumando perto dela.

As manifestações do MPL explodiram porque havia gasolina no ar, fruto da sede de participação política trazida pelas redes sociais e pela incapacidade do governo de se abrir para a sociedade.

Se nem o governo nem o PT entenderam o gigantesco mal-estar que explodiu nas manifestações de rua, a troco de quê os pequenos PSOL e MPL – que não têm nenhuma responsabilidade institucional, por não serem governo – teriam que entender?

A direita tomou as ruas porque nem governo nem PT entenderam o momento político e a necessidade de criar canais de participação para abrigar a insatisfação geral.

Agora entenderam, mas ainda não sabem como agir, e correm sem rumo atrás do prejuízo.

O movimento de ruas não trouxe nenhuma proposta concreta

Outra tolice. A informação fundamental trazida pelos movimentos era a da insatisfação generalizada com o momento, a falência das formas tradicionais de participação (sindicatos, partidos políticos e mídia) e a vontade de muitos setores de ter participação ativa na definição das políticas públicas.

Assim ó: alô, pessoal, aquela ordem que vocês inventaram, com parlamento, partidos, sindicatos, não funciona mais.

Aí os filhos da utopia pensam no velho e julgam que o correto seria, em determinado momento, baixar nas passeatas a mão invisível do mercado, organizando as demandas, dando a palavra a todos os setores, e encaminhando as propostas, como em uma reunião sindical.

A maneira de combater a direita é se valer das mesmas armas

A direita recorre a blogs escatológicos, a sites fantasmas, para ataques de baixo nível? Então vamos fazer o mesmo. E toca a lançar sites de baixíssimo nível, inventar notícias, proceder a ataques desqualificadores.

O que se consegue igualando-se às baixarias da direita? Simplesmente mostrar que são todos iguais. Hoje em dia o grande inimigo das chamadas forças progressistas são os sites de procedência duvidosa repetindo – para outros alvos – as baixarias da direita.

Luis Nassif

68 Comentários

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  1. Para mim, o pior de tudo é o

    Para mim, o pior de tudo é o fato deste tal eduardo cunha estar solto depois de acusações diretas de recebimento de propina e ameaça a testemunhas. isto sim é um absurdo.

    por muito, muito menos do que isto há várias pessoas presas na vara de guantânamo do paraná.

    Pergunta ao moro: porque o vaccari está preso e o cunha solto?

    quanto ao MPL, alguém ouviu falar desta excrescência depois que serviu aos objetivos da mídia golpista?

  2. Generosidade

    Eu penso que é extremamente complicado dizer que uma mídia cartelizada como a que temos no Brasil, seja incapaz de manter um governo nas cordas, refém de sua agenda elitista, mercantilista. Que ela seja incapaz de manipular as massas, levando-as para as ruas.

    As grandes manifestações chamadas pela direita com ampla cobertura midiática, com repórteres conclamando famílias a tomarem parte nos atos como se fossem pic nics em contraste com a cobertura pífia aos atos chamdos pela esuerda, diz muito sobre o seu poder, seu projeto e sua capacidade.

    Não posso atribuir tal raciocionio contido no texto a igenuidade, pois seria desrrespeitoso para com a larga experiencia  do autor, atribuo pois a sua generosidade que não é pouca.

    Mas, Nassif, tens sido de uma generosidade para com a midia brasileira, que ela não merece e não é digna. Nesse sentido, comete o mesmo erro que os meus governos, desde a chegada de Lula.

  3. Quanto aos ítens sobre as

    Quanto aos itens sobre as manifestações e aos erros do governo Dilma, concordo. Burrice dizer que tudo se deve ao PIG, à CIA, etc. Mas quanto à diferença de tratamento a Dilma por ser mulher, discordo. Não dá pra escamotear os preconceitos sociais (vide o tratamento a Lula por sua origem social), os de raça (aos índios e negros) e de gênero. Neste aspecto nem é preciso lembrar a infâmia dos tais adesivos, e a necessidade sim de tratar as pessoas com respeito e dignidade. Se isso é ser politicamente correto, que seja. Embora este termo tenha sido criado, com sentido irônico, pela direita americana para atacar movimentos de minorias e maiorias oprimidas, ele pode ser apropriado. Qual o problema em agir e falar corretamente na vida política?

    1. Concordo quase totalmente com

      Concordo quase totalmente com seu comentário, Jair. Mas se você mesmo diz que não é preciso lembrar a infâmia dos tais adesivos, preferia que eles não tivessem sido postados. Ainda não tivera o desprazer de ver essa baixaria, embora não chegue perto do que fazem com a imagem da Michelle Obama. Enfim, só um registro, sem intenção de censura, por favor.

      Abraço.

      1. Oi, Nira: “nem é preciso

        Oi, Nira: “nem é preciso lembrar” é força de expressão, aliás, irônica.

        É preciso lembrar, e provar, um crime.

    2. Depois de 64 passaram 30 anos negando a interferência dos USA,..

      Depois de 64 passaram 30 anos negando a interferência dos USA, após a abertura dos arquivos norte-americanos, se verificou que a interferência dos USA era muito maior do que a própria esquerda denunciava, porta-aviões, navios de combustíveis e navios auxiliares. Vão passar mais 28 anos negando a interferência externa nas manifestações de 2013, espero ainda estar aí e com discernimento e vontade para ser o chato que diz:

      -Eu não falei!

      1. E vão continuar negando o

        E vão continuar negando o papel da guerra total de comunicação da imprensa despejando ódio e desinformação; ou então minimizando isso como algo “trivial”.

        Vão sofismar que o “erro” do governo não foi o de não responder imediatamente a cada crítica, verdadeira ou não (e que isso não tem nada a ver com a baixaria fascista e golpista).

        E vão continuar insistindo no eufemismo “articulação” política pra apontar “erros” do governo; que se tornou “fraco” diante do golpismo.

        Vão continuar negando que golpista é golpista; que têm olho grande no poder e não acetam perdeer várias eleições seguidas. Vão negar que pros golpistas não precisa de motivo par dar golpe, mas só de pretexto.

        Esse, sim, foi o maior “erro” dos “cavalheiros” do PT, e que está, inclusive, por trás desse mutismo estuporado: sempre acreditaram que estavam lidando com uma oposiçao civilizada.

        1. A Mídia é uma parte do esquema.

          estou batendo em ferro frio, mas vou continuar fazendo isto enquanto puder pois o que vejo e constato é muito simples.

          A manipulação de mídias sociais (como Facebook, YouTube) através de seus controladores e as consequências já provadas CIENTIFICAMENTE já foram publicadas numa revista científica (publicaram o que é publicável, outras “pesquisas” pagas por governos estrangeiros continuam escondidas devido a problemas éticos e políticos) fazendo com que escape a “vão filosofia dos homens” a sua ação. Mas apesar disto fica claro o programa:

          1º) Cria-se um sentimento de pessimismo e desconforto num determinado país.

          2º) Como este sentimento é difuso ele precisa de uma vítima para desaguar o seu desconforto.

          3º) Começa um julgamento bombástico que já era conhecido os desvios há décadas.

          4º) A mídia potencializa este desconforto difuso na direção de um “CULPADO” (neste caso o governo).

          5º) Começado o processo só é necessário mante-lo através de uma contínua fonte de informações que mistura o falso com o verdadeiro.

          6º) Os acusados reagem com BODOQUES (ou seja as armas que tem), através de longos textos que não são lidos por analfabetos funcionais, enquanto a oposição utiliza a informação moderna, curta e fácil de ler, através de manchetes mentirosas Twiters e comentários curtos no Facebook.

          .

          7º) A grande conspiração só vai ser descoberta daqui a vinte ou trinta anos, quando o mal já for consumado.

          .

  4. Talvez haja condescendência,

    Talvez haja condescendência, sim, mas será que haveria da mesma forma se a oposição não estivesse sendo virulenta e golpista? A propósito, esse negócio de oposição…  “Jornalismo é oposição”, decretou Millôr, e não maldade, mentiras e terrorismo. Assim, se nem toda crítica a Dilma é machista, muitas delas o são. Se não é a imprensa que cria as dificuldades e desafios que nosso país tem para superar, quem os renomeia como “crise” é a imprensa. Se o MPL e o PSOL não são autores únicois dos movimentos de rua, estão sempre presentes e apoiando-os com pautas bem concretas.

    Concordo que há um sentimento difuso e indefinido de insatisfação mas penso: pode-se dizer que a imprensa tem praticado o chamado bom jornalismo – que publica as partes todas relacionadas a uma questão, por exemplo, ou que zela para não cair no sensacionalismo inflamante, em alarmismo – ? E de que outra forma o cidadão comum tem acesso a notícias senão pela imprensa?

    Resta uma questão: é possível uma “direita” propositiva e verdadeira, sem escatológicas manipulações e intrigas mas também sem civilizadas falácias? Eu creio que sim…

     

    P.S.: Coloquei aspas em “direita” porque esse termo é bem vago. Pode-se dizer que o PT é de “esquerda”, por exemplo, lembrando de que tenta incluir as classe mais desfavorecidas na sociedade através de aumentar-lhe o poder de consumo e a instrução necessária para que participem do mercado capitalista? Já viu sindicalista querendo que a fábrica feche?

  5. Nem tanto assim!

    Nassif, como líder deste blog, tem-nos dado um espaço maravilhoso para opinar e criar consciência sobre diversos aspectos humanos, políticos, culturais, sociais e econômicos. Neste ambiente, Nassif tem-se expressado pessoalmente em inúmeras oportunidades, em diversos temas, onde nem sempre tem encontrado eco entre os seus leitores, o que é natural.

    Na parte humana, Nassif tem sido cuidadoso para não entrar em temas relacionados a machismo (excetuando este post aqui), homofobia ou racismo. Debates acalorados aqui acontecem e nem por isso temos tido a opinião certeira do Nassif sobre estes temas.

    Na parte cultural, sabemos da sua paixão pelo Chorinho e, alguns de nós já assistimos a algum sarau patrocinado por este blog. Desconheço alguém que não tenha gostado.

    Na parte social, Nassif, além de simpático e participativo, tem-nos brindado com postagens maravilhosas sobre diversos temas sociais e históricos. O André Araujo, um dos melhores comentaristas deste blog, encontrou um espaço fértil para os seus sempre excelentes artículos.

    Na economia, tivemos períodos com fortes críticas do Nassif sobre o Ministro de Fazenda de plantão, ou de qualquer outro que seja postulante ao cargo. Muitos de nós discordamos em diversos aspectos. Ainda, o tal de tripé apareceu diversas vezes como artífice da salvação nacional, em exercícios teóricos de difícil compreensão. Em compensação, recentemente temos acompanhado muitos trabalhos relacionados com a economia real ou industrial, onde os temas têm sido mais criteriosamente discutidos, com mais apego na realidade.

    Finalmente, na parte política, embora diga-se que este blog é progressista, temos tido em Nassif diversas colocações que tem sido contrarias á opinião majoritária deste blog. Por exemplo, a teimosia em colocar ao Aécio como se um estadista fosse, ou alguém de quem vale a pena trocar opiniões. O Aécio nunca foi tão importante, tão candidato, tão expressivo, tão lembrado, como o imaginário do Nassif tentou colocar para nós neste blog, naturalmente, com o repudio de muitos dos seus leitores.

    Nos últimos tempos, Nassif tem surgido como elemento questionador da fragilidade do Governo, cujos detalhes não valem à pena lembrar, até porque estão retratados nas suas recentes críticas. Vejamos por exemplo:

    Atribuir qualquer crítica a Dilma (ou a mulheres em geral) ao machismo.

    Desdém e condescendência são faces da mesma moeda do preconceito.

    Encontro razão ao Nassif ao tecer este comentário. Existem comentaristas que realmente levam qualquer opinião para a arena da homofobia ou machismo, tergiversando ou fugindo do substancial do comentário.

    A culpa da crise política é da mídia, logo Dilma não pode ser responsabilizada

    Em certa forma, o próprio Nassif responde-se mediante o próximo raciocínio, ao falar de “gasolina no ar”. No caso, o Governo tem tentado preservar o estado democrático, agindo da forma que pareça ser mais serena, num momento como este.

    Lava Jato? – Foi a própria Dilma quem mandou embora o principal delator, que começou todo este assunto.

    Crise com Parlamento? – Está mais do que claro que tem sido Cunha e Renan quem se têm esforçado em criar atritos com o Governo e não o inverso. Lembrando que o PMDB é candidatíssimo para 2018.

    Crise com Judiciário? – O Governo tem-se mantido respeitoso com os outros poderes, sem atropelar. A atuação do Ministro da Justiça, tão criticado aqui, segue este tipo de raciocínio;

    Crise Econômica? – De tempos em tempos estas marolas globais chegam também ao Brasil, embora, em minha opinião, a maior causa local da retração da economia tenha sido a atitude política de empresários anti-PT; inclusive, desde setembro 2013 tem sido levantada esta alerta. Ainda, por causa dos desdobramentos da operação lava jato, que paralisia o transito todo para tirar uma multa a um carro com defeito.

    Crise com a mídia? – O Governo nada tem feito que indique alguma briga direta com o PIG.

    Crise moral? – Dilma é reconhecidamente honesta, e quase todos os malfeitos políticos e/ou pessoais ocorridos no campo da política não contaminam diretamente o seu Governo, embora alguns petistas tenham usado as mesmas tradicionais práticas de caixa 2, vindas de Governos anteriores.

    Sendo assim, se o único que resta é atacar a sua fragilidade, então devemos lembrar ao Nassif que o Governo está mesmo sob pressão de outros poderes e com clara minoria parlamentar. A força da Dilma irá vir junto com a constatação da sua inocência e, ainda, pela queda gradativa dos seus detratores, assim como Cunha recentemente. Muitos outros virão, fortalecendo o Governo, reduzindo a aparência fraca que hoje tem. Mostrar calma nestas horas requer uma enorme coragem e espírito republicano, para não partir para o pau como alguns querem. O Ministro Cardoso tem sido muito “macho” ao levar na flauta o nervosismo dos seus detratores. Fraco é quem fica nervoso e reage, fazendo o jogo exatamente dos que assim querem.

    O PSOL e o MPL são responsáveis pela explosão das ruas

    Desde 2013 não tem havido novas explosões nas ruas. Ainda, quando estas aconteceram foi a Dilma quem teve a iniciativa de chamar esses dirigentes, ouvir e logo lutar pelas suas reivindicações, muitas delas hoje são realidade, como o projeto mais Médicos e a destinação dos lucros do pré-sal.

    O movimento de ruas não trouxe nenhuma proposta concreta

    A mensagem foi muito bem entendida pela Dilma, como explicado no ponto anterior.

    A maneira de combater a direita é se valer das mesmas armas

    Pelo contrário, este Governo tem-se pautado pela cautela e seriedade, visando à continuidade do modelo democrático que vivemos. O país irá ver como, depois do inverno, chega uma nova primavera sólida, cujos frutos irão culminar em 2018, com a volta do Lula.

    1. Eu diria mais, dentro de toda esta crise …

      Eu diria mais, dentro de toda esta crise vejo que algumas ações do governo estão sendo milimetricamente ajustadas e corretas em médio prazo. Ninguém notou na época, mas a proposta mais arrojada na crise de 2013 foi a proposta da assembléia constituinte, que freiou a direita, e a ação mais acertada na mesma crise foi evitar o confronto e criar martires que alimentaria a crise em muito.

      Tem gente que pensa neste governo, e pensa de forma estratégica com mais dados do que temos no momento.

  6. E não é?
    Toda guerra santa precisa de mártires, “intelectuais”, “generais”, profetas e pitonisas… E o “povinho” não deseja saber o que acontece de verdade, ele precisa de alguém lhe dizendo as “verdades” nas quais a sua formação intelectual necessita acreditar… Vivemos um momento difícil, mas interessante. A ignorância no sentido lato da palavra está dominando o debate, e ela geralmente vem acompanhada da arrogância… Ninguém mais duvida de nada, só tem certezas (inclusive eu?)…
    Um abraço.

    1. Caro Sérgio, então peguei o

      Caro Sérgio, então peguei o bonde errado. Nesse tiroteio atual, sumiram minhas quase certezas, que já eram poucas, e às vezes aqui mesmo no blog me sinto feito Alice atrás da lebre maluca. Não está fácil. Vivemos tempos interessantes .

       

  7. Sobre a censura prévia e o politicamente correto ou incorreto

    Sobre a censura prévia e o politicamente correto ou incorreto

    A propósito de armas de discussão, gostaria de saber do prezado Luis Nassif por qual razão continuo a sofrer censura prévia dos meus comentários no blog, desde dezembro do ano passado.

    Cadastrado há vários anos no blog, em dez/2014, sofri aqui um bloqueio no meu acesso ao blog. Na sequencia, em comentário como visitante, perguntei qual tinha sido o motivo, expondo até algumas possibilidades de equívocos para a atitude de algum membro da equipe do blog.

    O comentário referido não foi publicado, mas na sequencia o meu acesso ao blog foi rapidamente restaurado, como cadastrado. Entretanto, desde então (dez/2014) meus comentários no blog passaram a sofrer censura prévia, o que não é o padrão para cadastrados, que é o de publicação imediata.

    Enviei vários e-mails para o blog para pedir explicações, merecendo apenas o desprezo da não-resposta.

    Aproveito o post para novamente pedir esclarecimentos ao Editor do Blog, que pode não estar a par do assunto. Espero que desta vez possa merecer uma resposta resposta aqui mesmo no post, ou por e-mail..

    Pelo que de antemão agradeço.

    1. Problemas observados

      Prezado Francisco,

      não sei o que acontece com seu perfil. Ele apresenta algum bug que não posso explicar ou resolver, e estou enviando ao TI. Você não sofre bloqueio ou censura, não sei o que é.

      Espero ter tudo resolvido nesta segunda-feira.

      Abs

      Lourdes

      1. Agradeço a sua atenção, Lourdes

        Agradeço a sua atenção, Lourdes

        Para ajudar na solução, acrescento estas observações:

        1. Nas várias tentativas de comentar como cadastrado logado, a publicação só acontece várias horas depois do envio;

        2. Fiz alguns testes, enviando o mesmo comentário como visitante e como cadastrado logado, e sempre o comentário como visitante é publicado primeiro.

        Peço desculpas pela possibilidade aventada, mas a sequencia do bloqueio no acesso, os retardos nos comentários, e a falta de resposta aos e-mails que enviei, me levaram a esta conclusão.

        Abs

        Francisco de Assis

      2. Lourdes, outros Bugs

        1 – Algumas mensagens internas não chegam a mim (hoje uma pessoa se referiu a uma que me enviou e… nada, não vi nada, e acredito nela).

        2 – Sei que no Brasil a média de extravios eletrônicos de e-mails (e não me refiro a spams) é maior do que a média mundial, segundo me confirma e reafirma um expert. Talvez seja por isso, então sugiro verificar com o webmaster. Obs: Confirmando reportagens especializadas de anos atrás e recentes: Os extravios de e-mails são fenômenos difíceis de constatar porque as pessoas em geral acham que e-mails, torpedos sms são infalíveis, que tal tecnologia não falha. E há também demoras, já recebi um que levou uns 4 meses a chegar ! Já vi acontecer entre dois conhecidos meus (muito amigos entre si, um deles tá na Dell).

        3 – Brasilianas: o e-mail do webmaster escrito no site brasilianas tá com falha, retorna com erro.

        2 – Há no arquivo de cada pessoa 2 a 3 opções de contato: não sei qual a diferença. Eu só tenho uma opção pra me contatarem (só menciono por curiosidade: porque uns têm, outros não têm ??? A mim, basta um meio de contato, pergunto por que tais diferenças?)

        3 – Já enviei algumas questões e sugestões e nada de resposta. Claro, tempo depois, uma delas vi aceitas.

        4 – Às vezes, surge aviso de que não estou autorizado a entrar… na minha propria página. Às vezes.

        5 – No mais, meu masoquismo tá adorando essa barra lateral com a setinha pixototinha quase invisível.

  8. Discriminação é discriminação

    O tratamentsãoado  à Dilma por vários comenttambémtas é discriminador. Se a acham incompetente, incompetente também  era o FHC, mas nem por isso recebeu as ofensas que Dilma recebe, até mesmo em locais públicos.

    Com relação às jornadas de junho, não vi nada que tivesse refletido nas eleições a favor de movimentos progressistas. Pelo  contrário, a direita mais retrógrada foi vitoriosa.

    PSOL e MPL são inocentes úteis. A narrativa final fica com a mídia hegemônica que transforma os protestos em coisa favorável à direita, contra o governo e acaba prejudicando o inocente útil.

    Dilma pode ser responsabilizada, mas existe também um Legislativo, um Judiciário e uma mídia hegemônica muito ruins e que muitas vezes jogam contra. Os outros precisam também ser responsabilizados.

  9. LN!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    Que batalha!

    Mil palmas!

    Já era e passou a referencia em replicarem ou combaterem!

    Mais conduzir! Só tu!

    Vamos que vamos!

    TJM!!!!

  10. Nassif, na boa. Vamos lá.

    Nassif, na boa. Vamos lá. Tudo bem que não se pode atribuir  tudo à mídia, e não se pode tirar a responsabilidade de Dilma. Mas vamos e convenhamos. Também não se pode usar uma critica à oposição como pretexto para SEMPRE, e digo SEMPRE, colocar Dilma no mesmo balaio. Pergunto-lhe: isso vale?

    Espero realmente que não. Recentemente escrevi como os pensamentos confluem quando o assunto é a onipresença do Governo. Todos, desde o Governo até a oposição, até os analistas tarimbados como você, Nassif, acreditam fielmente que tudo o que ocorre é por omissão do Governo Dilma, como se acreditassem que  é possível que o Governo controle tudo. Isso é plausível?

    A birra do Nassif com o Cardozo gerou uma legiões de ggnautas que defenestram o ministro da Justiça utilizando os mesmo jargões utilizados pelo capitão do Blog. A crença absoluta de que é “só controlar” que a crise acaba parece descolar-se da longa trajetória de equilíbrio que marca as análises nassifianas.

    Cardozo, o espantalho de Nassif. Não adianta acusar-me de tentar eximir o Governo Dilma de críticas, elas devem ser feitas sim. Mas você bem que poderia fazer  a autocritica de que nem tudo, escute, nem tudo é passível de ser controlado pelo Cardozo, pelo Governo Dilma. As suas análises passam a ideia de que sim, tudo é possível. A quantidade de “basta que…”  em seus textos doutrinadores pode muito bem entrar na lista do que não se deve pensar e fazer, somando-se aos pontos listados texto acima.

    Dessa forma, vamos tentar ser mais abrangentes com relação à lista de como não se deve agir, porque fica parecendo que os pontos listados referem-se apenas àquilo que vem incomodando o autor.

  11. O artigo é muito bom e

    O artigo é muito bom e realista, mas vendo a avaliação inicial de 3 estrelas, certeza que vai vir aí uma shitstorm, por falta de termo mais apropriado. Chegamos a um ponto de messianismo e distensão em que não importa se o argumento é bom, mas apenas contra e por quem foi colocado. A maioria saiu da política em direção à guerra. Esse é o caminho para as análises e os movimentos políticos habitarem as nuvens.

  12. Tudo é culpa do governo?

    Vamos a essência deste texto. “Tudo é culpa do governo”. É isso que você quer provar Nassif. Não concordo.  A Dilma está errada? Está. O PSOL e companhia são culpados? Não, são fracos isso sim. E a imprensa? É um lixo. Aí dizer que se o governo for fraco eles crescem e tudo mais… Afinal, o que você quer dizer Nassif? A imprensa é sempre um lixo como a nossa? É isso? Os caras só mentem, caso o governo não se oponha?  A respeito de junho de 2013, só servil para jogar o Brasil no atraso. Se o PT não entendeu, se o governo não entendeu, se Dilma não entendeu o movimento, tanto faz o próprio movimento não se entendeu. Não sabiam o que queriam, falavam de corrupção, mas votaram e votam em corruptos. A um problema cultural aqui, não dá para negar. Não a governo que de jeito nisso. Tenho uma única certeza, o Brasil carece de gente séria, no executivo, no judiciário, no legislativo, na imprensa e no seio do próprio povo. 

  13. Imposto sindical! Esquerda, entenda!!!!
    Muito bom artigo.
    O braço que não funciona mais, o ultrapassado , na política é o dos sindicatos.
    A sociedade percebeu E tentou se modernizar mas…as esquerdas chegaram lá e bloquearam o movimento do Congresso(imposto sindical).
    Foi um erro crasso!
    Nas manifestações percebe-se que sindicatos não servem para quase nada além de pedir seus aumentos setoriais.

    Sindicatos defendendo incentivo à montadoras estrangeiras. Dinheiro do Povo para empresas da Alemanha e dos EUA.
    Entendeu o ponto a que chegamos?
    Passou da hora de acabar com IMPOSTO SINDICAL OBRIGATÓRIO!

    Não tem mais função nacional, só setorial e corporativista.
    O que eles fazem, hoje, é função de partidos políticos.
    Se funcionou no passado, se fizeram parte relevante na política, foi porque passamos 30 anos sob ditadura em que eram proibidos PARTIDOS POLÍTICOS.
    Mas esse tempo PASSOU.

    Entendeu ESQUERDA? Comunismo acabou e sindicatos não tem mais a função que tinham para esconder seus membros.
    Não precisa mais se esconder. Abra seu partido!
    Fim do dinheiro para sindicatos, acabou!

    1. Sindicato !

      E o governo incentivando as montadoras… Será que por trás de tudo isto não havia a proteção ao emprego, meu sr ? Ou o sr. não sabe a quantidade de empregos envolvidos na montagem de carros ? Eu não sei, mas sei que são muitos. Mas cada um vê a coisa por um ângulo, não é mesmo ?

      1. Sempre tem uma justificativa…
        Mas fatos são fatos.

        Poderiam ter solicitado redução da JORNADA DE TRABALHO para 40 horas semanais por exemplo. …Para manter o nível de empregos.

        Mas não fizeram isso…
        Preferiram o famoso ” pague por eles o MEU salario”.

  14. [   Entramos na era do

    [   Entramos na era do opinionismo desvairado. Não há mais ambiente virtual ou presencial que não sucumba ao furor das certezas absolutas, das opiniões mais estapafúrdias, da agressividade desmedida ditas no tom incisivo de quem não admite a dúvida  [[      o espírito reinaldete, a la Tio Rei, venceu

  15. [  Se nem o governo nem o PT

    [  Se nem o governo nem o PT entenderam o gigantesco mal-estar que explodiu nas manifestações de rua, a troco de quê os pequenos PSOL e MPL – que não têm nenhuma responsabilidade institucional, por não serem governo – teriam que entender?  ]  Quando a turma golberiana defendia que FHC seria presidente e Lula até o maior de toda história mundial, ja´estava claro quais eram as duas únicas opções. O petismo não pode pagar pela safadeza de quem deveria ser petista e não é

  16. O retorno dos traíras …

    Fiquei um bom tempo sem comentar no blog, vi que aumentou o número de trolagem….mas, isto é para outro post… Todos cansamos de dizer que o Gov. Dilma era péssimo na comunicação…Mas, não vou fazer papel da turma que diz que a culpa da menina ser violentada é da mini saia. A Dilma se comunica mal, abdicou do direito de Governar, mas, golpe é golpe…2013 foi o início, à extrema esquerda com seus sonhos utópicos de revolução começou…como na década  de 60, o contra golpe da direita foi mais forte e está a um passo de ganhar…Quando uma luz aparece no final do túnel (queda de Cunha), os mortos vivos reaparecem…Marina, Luciana Genro, MPL (volta das jornadas de 2013)… Onde estavam ? Quantas vezes se manifestaram claramente contra o golpe?…Sim há tb preconceito pela Dilma ser mulher, preconceito que Martha Suplicy, Erundina e tantas outras políticas sofreram independente da ideologia…mistura de assuntos e ideias? Sim, mas, vamos parar de tampar sol com a peneira (como Dilma e o Pt fazem) ….Não ouviram 2013, mas, isto não nos impede de dizer que 2013 nos colocou no caminho das trevas. 

    1. Saudações Assis, que bom que está de volta

      O post do Nassif foi exagerado na complacência com o golpe em curso e generoso na absolvição de certas lideranças políticas (não coloco o PSOL como um todo nesse balaio, já o PSTU é de fazer chorar). APÓS a explosão fascista dentro daqueles movimentos teve gente de certas alas do PSOL convocando participante. 

      A comunicação do governo Dilma é assunto desde 2010 (a polêmica aparição na Ana Maria Braga fazendo omelete). Erro! Se deixar pautar pela mídia: erro! Acho que isso é ponto pacífico, mas agora é hora de resistência, ou não? Jogar a toalha?

      O que vem das catacumbas e do bueiro das trevas se não houver resistência ANTES da consumação desse golpe é uma coisa que eu não quero testemunhar. 

      1. Obrigada, não precisei

        Obrigada, não precisei escrever. Apenas lembro que Dilma foi à TV, convocou reforma política, foi boicotada na questão dos consellhos etc. A DIlma se mexeu, sim. Acontece que ela fica apartada do PT, no que faz muito bem, pq o partido só faz trapalhadas, no geral. E isso dá a impressão de que ela não faz nada. A mulher trabalha, enquanto a turma late. 

  17. Ótimo, Nassif

    ótimo!!! Emendo: – E essa coisa de achar que não existe direita civilizada: já me repreenderam por afirmar isto. E quando ainda não era de bom tom ver pontos positivos em Delfim Neto. E que ser progressista ou centro-esquerda ou esquerda seja sinônimo de caráter e de senso crítico. Você bem que poderia escrever mais sobre isso, já se formou (isso deixei claro e brincom frequentemente) uma irmandade que pensa tudo igualzinho (já deixei comentário igual ao de outra pessoa muito participante, usei outras palavras sem duplo sentido, bem claras: me deram 0 zero estrelinha e 5 estrelinha pra outra pessoa, veja porque uso e abuso do termo (genérico) de Irmandade. As eventuais críticas, principalmente quando o artigo é seu ou do GGN são super suaves.

  18. “Seo” Nassif

    O Nassif vai me desculpar, mas considero que tem muito machismo nas críticas à presidente Dilma sim. Tudo começou com o serra, que em seu programa e em toda a  blogosfera se referiam a ela, como homosexual. As vaias sempre tinham como alvo o sexual e, agora com esses adesivos, é o que?

    S/ as mobilizações de Julho de 2013. Se houvesse um cartazinho  que fosse contra as roubalheiras e corrupções do PSDB em SP e MG, por exemplo,talvez eu acreditasse em manifestações voluntárias contra “tudo que está aí”. Mas não foram, foram somente contra o PT, inclusive contra o Haddad, no caso dos transportes coletivos. E a famosa PEC, que nem sabiam nem o que era.

    Quanto à mídia não ser a causadora da crise, o incentivo e o superdimensionamento da mesma é visto diariamente em todos os veículos da mídia, desde que Lula assumiu a presidência da República. E a proteção dada aos partidos  que a representa, chega a ser inominável e descarado.

    E a ânsia de certos partidos pelo poder, passando por cima de leis e planejando corretamente suas CPIs, para que caiam em anos de eleições ?

    E os PGRs, MPs, Procuradores e STFs que agem de acordo com esses partidos e o desejo da mídia, tb permitindo que os julgamentos se passassem na épocas eleitorais.

    Eu imagino que com tudo isto, o governo e seu partido teriam condições de reunir seus militantes ?

    É o que penso,  apenas como  uma observadora.

     

     

  19. Quem anda sabendo do Brasil de julho de 2015?

    Quem anda sabendo do Brasil de julho de 2015?

    Tenho pensado comigo e vem de uns três anos para cá na ideia da ausência de outra narrativa do Brasil para além da Velha Mídia, capitaneada pela Rede Globo e que perpassa por Band, SBT, Jovem Pan, Veja (grupo Abril), Folha, Estadão & Cia.

    Temos assistido uma situação de disparidade entre o noticiado por esta narrativa midiática de direita e hegemônica e a realidade verdadeira do Brasil.

    Como o Governo Federal de Esquerda abdicou de ter uma equipe de comunicação eficaz de seus feitos e abdicou de tornar possível uma democratização dos meios de comunicação, misturando vozes em equilíbrio de espaço dentro dos meios de comunicação possíveis: vozes pró-governo, críticas ao governo e oposicionistas ao mesmo tempo chegando aos lares brasileiros não temos como saber a verdadeira realidade do nosso País em julho de 2015.

    Se observarmos temos um conjunto de estatísticas oficiais favoráveis, inegável a afirmação, porém, pouco destrinchadas pelo Governo Federal em diferentes formas de conteúdo, planilhas, vídeos, anuários estatísticos, PDF e Power Point, através de canais televisivos e por meios virtuais e sabemos que a mídia oposicionista não se interessa em desvendar e mostrar estas estatísticas.

    Sabemos de um dado estatístico, para exemplificar meus pensamentos:

    40 milhões de brasileiros, se já não é maior o dado, ascenderam à classe média, mas não sabemos qualitativamente o que mudou na Vida dessas pessoas, porque não vemos suas “caras”, não sabemos de como são as suas novas vidas, os planos para o futuro, o que sabem do Brasil antes e pós-PT, etc. Apenas sabemos que compraram TV de tela plana, carro popular, smartphone e entraram nas redes sociais, passaram a assinar TV à Cabo, a viajar de avião, a frequentar Shopping, fizeram um “puxadão”, reformaram suas casas, etc. São números apenas, se me entendem.

    Na velha mídia estes brasileiros não são enxergados como pessoas, essa gente toda não lhes interessa; por parte do Governo Federal são, quase sempre, apenas números da engrenagem das estatísticas que os marqueteiros podem se gabar na hora das campanhas eleitorais.

    Em todas as áreas de formação de nossa sociedade faltam as respostas sobre o Brasil de julho de 2015. A gente fica perdido. Imaginemos o que acontece com a vida dos que recebem Bolsa Família? E os estudantes do Pronatec? E os assistidos pelo Mais Médicos?

    Em um País que cresceu seu PIB mais de 4 vezes em 12 anos como ter tão pouco noticiário desta façanha e seus desdobramentos na realidade socioeconômica do Brasil?

    Imagina vídeos contando essa transformação social do Brasil, mostrando as caras novas do Brasil da inclusão? Imagina o quanto de simbolismo e de comoção, de didatismo para os brasileiros mais avessos aos programas sociais, muitas das vezes, apenas “teleguiados” da velha mídia, mas com bom coração? O quanto de solidariedade não adviria dai? Outro olhar possível se construiria, certamente, sobre o nosso novo País!

    Só há dois polos opostos, infelizmente.

    O da mídia hegemônica e a narrativa do caos e o do quase silêncio do Governo Federal.

    O Mais Médicos fez 2 anos no começo deste mês e o Governo Federal não fez uma cobertura do fato. Foi a Jornalista independente Cynara Menezes que se deu ao trabalho de pesquisar e noticiar em um blog independente o fato e a riqueza dos avanços Médicos decorrentes do Programa.

    Então, quando a gente começa a discutir o Brasil em blogs na Internet, no universo acadêmico, no jantar familiar, etc. nos faltam os argumentos precisos, para além da narrativa do caos da velha mídia. Fica o dito caos como a verdade, e pronto. E vamos nos contaminando dele e se o vírus pega com força já nos é possível até esquecer dos fatos estatísticos reais.

    Quem é capaz de dizer com clareza sobre o Brasil de julho de 2015? É uma tarefa hercúlea e, talvez, pouco produtiva.

    Neste tempo em que vivemos acabamos tendo que nos policiar de tudo o que nos dizem, penso eu, porque senão a gente embarca no quase solitário discurso da velha mídia e não vamos enxergar, também, o lado positivo das coisas, só o negativo, e que é martelado as quase 24 horas do dia.

    E é desta situação que vai do caos ao quase silêncio que se anda construindo as relações sociais no Brasil. É um hiato, um fosso, uma corda rompida ao meio, que ninguém sabe direito a distância e a profundidade entre o real e o fabricado pelo quase único noticiário capaz de chegar aos ouvidos e olhos dos brasileiros, o do JN & Cia.

    O ruído da comunicação entre todos nós torna-se perfeitamente viável. E se acaba em desentendimentos evitáveis se houvesse a narrativa mais realista do Brasil de julho de 2015.

    Afinal, a Presidenta Dilma deve falar mais, se defender das acusações diárias contra seu Governo?

    Ou a Presidenta faz certo em ficar calada, porque não adianta responder ao outro lado, o do caos, porque a colocarão sempre em maus-lençóis? Sempre editarão suas falas? Por que falar com a oposição não adianta mais nada?

    A gente fica se debatendo sobre estas dicotomias.

    Outro exemplo: o Plano Levy. Haveria outro plano mais eficaz?

    Ou foi preciso fazer, então, que se faça logo de cara?

    Outro ainda: o PT traiu as esquerdas? Ou fez o que era possível dentro das condições dadas?

    Ainda outro: afinal o PT se deixou levar pela corrupção? Ou se tem um amontoado de acusações sem provas?

    Neste jogo de incertezas vivemos. Entre a narrativa do caos e o quase silêncio do Governo Federal.

    E na hora da comunicação entre iguais, os que sonham com um País mais justo socialmente, solidário, desenvolvido e de brasileiros patriotas fica esta divisão sem fim.

    Um deixa de falar com o outro por uma simples razão: o ponto de vista de cada um superará o real Brasil de julho de 2015, pois, este Brasil do aqui agora, não nos é permitido descobrir, não nos é sequer apresentado e não o podemos compartilhar.

  20. Desculpe Nassif, mas alguns

    Desculpe Nassif, mas alguns dos teus textos parecem que estás querendo um protagonismo maior do que tens direito! Explico melhor, se está havendo um oportunismo desvairado muitas vezes entras na onda. Este post é um exemplo, discorda da interpretação de muitos colocando a tua opinião como uma reflexão absoluta sem dúvidas e sem questionamento pessoal, passas do jornalismo a opinião, mas melhor do que ficar simplesmente acusando vamos analisar cada uma das tuas afirmações.

    1ª) O problema não está nas críticas colocadas nos órgãos de imprensa, mas sim na quantidade de comentários machistas e deselegantes que são acalentados por estes próprios órgãos de imprensa. A grande maioria dos comentários é baseada não em desaforos comuns como são feitos contra Lula, tais como ladrão e daí por diante, os comentários são recheados de ofensas misóginas e até em alguns com aspectos sexuais. Isto é uma tônica que se repete no dia a dia.

    2ª) Fragilidade do governo.

    Sabes muito bem que a fragilidade do governo foi resultado de uma avaliação incorreta da saída da crise internacional. As medidas anticíclicas adotadas nos governos Lula e no primeiro governo Dilma esgotaram-se, e muitos insistem que deveriam ser continuadas, porém ficou evidente que a estrangulação da infraestrutura levou a limitação da antiga política econômica, e quando o Governo Dilma tenta uma saída exatamente por este lado se vê atacada pelos problemas que foram gerados principalmente no governo Lula, que este sim deixou de aproveitar o momento para inverter a política, deixando o incentivo ao consumo e aumentando os gastos com a estruturação do país. Mas isto é um assunto meio cumprido demais para uma resposta.

    3ª) PSOL e MPL como responsáveis das explosões nas ruas.

    Realmente o PSOL e o MPL foram atropelados pelas ruas, porém aí está a maior miopia da imprensa e destes movimentos em não analisar com fatos que ocorreram no exterior pela mesma época. Olhando o conjunto das revoluções coloridas que se sucederam por todo o mundo, somente alguém que acha que o Brasil é o centro do mundo não vê similaridades em todos estes movimentos. E digo mais, se o governo federal tivesse tentado intervir nestes movimentos aí sim estaríamos numa situação de crise. O mais importante feito do governo federal foi o gerenciamento da crise nas manifestações de 2013 sem que estas criassem cadáveres e mártires e elas simplesmente se esvaíram por isto. Dentro do programa das revoluções virtuais sempre o ponto de inflexão era dado pelo início da violência do Estado alimentando estas de mártires para elas continuarem se agravando cada vez mais, como não houve estes ela se esvaziou aos poucos. Neste ponto que se pode ver o efeito deletério criado pelo PSOL, que apesar de indesejado nestas manifestações encaixou o discurso da corrupção como a sucessão dos atos de protesto.

    4ª) O movimento das ruas não trouxe propostas concretas.

    Eu diria pior, além de não apresentar propostas concretas, esta insatisfação generalizada que colocas como a falência dos sindicatos, partidos políticos e mídia, não teve nenhuma proposta real de substituí-las por outras instituições e pior ninguém sugeriu um modus operandi para sair do impasse.

    Eu defino as chamadas manifestações de 2013 como uma crise criada que tinha por objetivo simplesmente não propor nada de concreto e prejudicar o que estava funcionando.

    Se houvesse uma vontade de ter participação efetiva na definição das políticas públicas haveria em alguns grupos sugestões para tanto, nada foi proposto e tudo foi questionado.

    Realmente a proposta real que apareceu durante as manifestações de 2013 foi a de convocação de uma assembleia constituinte, e diria mais, foi um verdadeiro golpe de mestre do governo contra as forças que manipulavam estas manifestações. O governo federal propôs algo que colocava em risco até a sua própria governança, porém esta proposta vigorosamente afastada pelas forças da oposição, por uma coincidência notável deste ponto para diante, mesmo abortada a chamada de uma assembleia constituinte, assustou tanto as forças de direita que as manifestações começaram a diminuir, pois se elas continuassem a ideia da constituinte poderia vingar.

    5ª) A última observação mais parece um aviso, como somos limpinhos e responsáveis! Do que um comentário do mesmo quilate dos outros. Este fechamento que me induziu a escrever a primeira frase do meu texto.

    Espero que não fiques com raiva e me coloque na geladeira, como fui da última vez em que fiz uma crítica mais contundente, afinal devemos aceitar ou negar as críticas.

    1. Muito bem colocado.
      Só não

      Muito bem colocado.

      Só não sabia que o Nassif tinha uma geladeira para congelar comentaristas.(KKKKKKKKKKKKKKK)

      1. Tem sim. Os comentários de

        Tem sim. Os comentários de pessoas inscritas no portal começam a ser tratados como comentários comuns e passam a ser moderados, aparecendo um ou até dois dias depois de enviados, não há censura, simplesmente a espera que o assunto vá para terceira ou quarta página. Ardiloso, né!

        1. Ardiloso mesmo.
          E ainda

          Ardiloso mesmo.

          E ainda dizerm que não existe meia gravida, Nassif criou a meia censura. rs

          No andar da carruagem, questão de pouco tempo a ciência   criae a meia gravida.

          Meio morto ja existe, É o cunha, pós delação.

  21. O Nassif é, sem dúvida, um

    O Nassif é, sem dúvida, um dos poucos bons jornalistas do Brasil. O resto dá pena.

    As críticas aos Governos Lula e Dilma são, na minha modesta avaliação e na maioria das vezes, pertinentes.

    Mas criticar é o lado mais fácil de uma avaliação. O que se segue é o que interessa: propor soluções.

    O Nassif sempre termina seu arrazoado de críticas cobrando do Governo Dilma um “projeto consistente de governo para o período 2014-2018” (às vezes ele chama de “plano de ação integrado”).

    Quando se trata dos grandes movimentos de massa, ele clama por ações governamentais, diferentes do senso comum, para dar consequência às demandas das manifestações.

    E por aí vai, como, por exemplo, na questão da comunicação social do governo.

    Entendo que quando se critica com tanta pertinência e certeza (sem ironia) é porque se tem algo a propor para solucionar o problema.

    È isto que falta nas cr´ticas do Nassif: propor soluções.

    Gostaria de ver o Nassif sentado na cadeira de Ministro-chefe da Casa Civil do Governo Dilma p’ra ele ver o que é bom p’ra tosse.

  22. Verdade e Verdades

    Nassif, 

      Acho do apesar do inicio primoroso “Entramos na era do opinionismo desvairado. Não há mais ambiente virtual ou presencial que não sucumba ao furor das certezas absolutas, das opiniões mais estapafúrdias, da agressividade desmedida ditas no tom incisivo de quem não admite a dúvida.”

    Pergunto: também aqui isso não ocorre? 

    1) Qdo atribui-se ao PT um poder absoluto? e/ou

    2) Atribui-se a Dilma só os erros?

     

    Não sei bem o que é, mas só vemos machetes negativas, nenhum dos acertos são valorizados.

    Talvez o dolar baixo tenha criado ilusoes ou simplemente seja apenas a velha lei da fisica?

    “As forças atuam sempre em pares, para toda força de ação, existe uma força de reação.”

     

    De modo geral

    O PT poderia ser menos “republicano” que hoje teriamos um ataques da mesma forma, basta ver o que ocorre na Argentina.

    A Dilma e o Mantega(que vc adora criticar) poderiam manter o velho tripe e mesmo assim vc não estaria satifeito. 

    Acredito apenas que vivemos no momento estranho, negativo, olhamos só o defeitos, em que pese todo o esforço do governo para manter o emprego em uma economia global desafiadora, só defeitos.

    Portanto não trarei certezas, mas apenas o tiitulo deste post.

    ” Quando o politicamente correto torna-se incorreto”  

     

  23. Nassif, quando se quer ficar

    Nassif, quando se quer ficar bem com “todo mundo”, com “todos os lados”, corre-se o rico de não ficar bem com ninguém, de não ter a confiança de nenhuma das partes do espectro político.

    Você começou bem: na abertura e no primeiro e segundo tópicos foram feitas observações sensatas e criada uma boa expectativa quanto ao restante do artigo.

    Mas no terceiro e quarto tópicos você foi “na onda” e escreveu uma porção de bobagens. Considero infantil os que enxergam as manifestações de junho de 2013 como “autênticas” e que elas ocorreram pela insatisfação da juventude com as instituições e, sobretudo, com o governo. Hoje já se sabe que várias ONGs e vários dessses grupos que saíram às ruas em meados de 2013 são patrocinados por grupos empresariais estadunidenses e até mesmo por departamentos ligados ao governo daquele país. Isso para não falar da mídia golpista, que se aproveitou das manifestações, para enfraquecer o governo federal.

    A analogia usada no terceiro tópico é infeliz e inadequada, pois em todos os postos de combustíveis há placas de advertência com os dizeres “É proibido fumar”; logo, quem fuma próximo a postos de combustíveis (com ou sem vazamento) está cometendo, no mínimo, um ato de irresponsabilidade que coloca em risco a vida de muitas pessoas. Portanto o “fumante” também é responsável pelo “incêndio”. Em relação ao PSOL, concordo que não se pode responsabilizar o partido pelas arruaças e quebradeiras que ocorreram naquela época. Quanto ao MPL, é preciso que jornalistas, como você, investiguem e mostrem ao povo brasileiro, quais as origens desse movimento, quem organiza e fomenta as manifestações, etc. Se a pauta for apenas essa, de reivindicar transporte público gratuito, o movimento não sobrevive; há caroço nesse angu e o bom jornalismo deve mostrar o que realmente está por trás de manifestações como as que vimos em meados de 2013, sob o pretexto de se protestar contra o aumento das tarifas de transporte público. Muitos arruaceiros, reacionários e golpistas se juntaram aos que protestavam contra a má qualidade e o alto custo do transporte público.

    Insatisfação não é proposta. O que propuseram os protestantes de junho de 2013? Transporte gratuito? Como? Quem pagará o custo de aquisição, manutenção e de operação da frota? Com que recursos? De onde viria a dotação orçamentária para implementar o transporte gratuito? Ora, o Estado só pode ofertar esse transporte com recursos provenientes de impostos; os protestantes explicaram qual imposto deveria ser criado para financiar o transporte gratuito reivindicado? Mas entre aqueles que protestavam, muitos reclamavam da excessiva craga tributária; onde está a coerência? Se até em setores estratégicos, como de e energia (sobretudo o petróleo e eletricidade), muitos dos que protestavam questionavam a ação estatal direta, como cobrar do mesmo Estado a oferta de transporte gratuito, eficiente e eficaz?

    Você fecha o artigo dizendo o óbvio, que os progressistas não devem rebaixar o nível, usando grosserias e ataques desqualificadores, como faz a direita.

     

    1. Veja o seguinte estudo “científico” sobre o Facebook

      Infelizmente não só o Nassif mas a maioria dos jornalistas progressistas ignoraram olimpicamente a manipulação possível de ser feita através das redes sociais. Há inclusive trabalhos “científicos” promovidos por grandes universidades norte americanas sobre formas de aumentar a insatisfação coletiva através das redes sociais.

      Recomento a leitura do trabalho intitulado: Experimental evidence of massive-scale emotional contagion through social networks. O trabalho foi feito durante um período em que sem saber  689.000 usuários doFacebook recebiam notícias negativas ou positivas e depois era verificado a reação.

      Apesar do assunto ser antigo vou procurar revivê-lo num artigo, talvez ele seja colocado em pauta(?).

      1. Faça isso não. É maldade. Nao

        Faça isso não. É maldade. Nao vai dar pauta porque não interessa. Os jornalistas brasileiros, excluindo o Amaury Ribeiro, há muito abandonaram o jornalismo investigativo, limitando-se a copiar e colar o que leem no PiG. Então, não espere  eles irem atrás de saber a origem do MPL ou de outros grupos como o black blocs. Simplesmente não interessa, mesmo que explique muita coisa. Quanto as criticas feitas a Dilma, as civilziadas são salutares. Quem sabe ela não ouve algumas e corrige o rumo do governo.  Confessso entretanto que não me lembro de ter visto adesivo tão ofensivo dirigido a nenhum dos rapazes -Lula, FHC que quebrou o Brasil três vezes, Sarney,  Itamar e Collor. Ou que  alguns deles tenham sido homenageados com  o coro VTNC, vaca, como dilma foi além de  outros adjetivos pejorativos impublicaveis. Não me lembro., quem sabe nassif não lembre aqui.  Jamais pensei que os advogados seriam superados na má fama adquirida. Os jornalistas conseguiram a façanha.

        1. Infelizmente estamos criando uma geração de jornalistas que ….

          Infelizmente estamos criando uma geração de jornalistas que não pensam!

          As interpretações sobre os fatos de 2013 são as mais esdrúxulas possíveis.

          “Foi um ato de descontentamento coletivo”.

          Ou seja, milhares de pessoas a partir do nada saem as ruas conclamadas por um movimento que ninguém conhecia nacionalmente (MPL) e de uma hora para outra surgem também do nada os “black blocs” que da mesma forma que aparecem somem.

          Que jornais da grande imprensa, revistas LIXO e TVs que praticam a “Reporcagem” dão o ar de acreditar em “Coelhinho da Páscoa” e “Papai Noel” tudo bem, mas que jornalistas como Luiz Nassif caiam nesta esparela aí é demais!

          Não existem, manifestações espontâneas da intensidade que houveram sem uma manipulação clara, porém enquanto não sair daqui a 27 anos publicado em documentos oficiais de outros países que eles experimentaram e conseguiram uma desestabilização de governos a partir de técnicas modernas de uso de meios sociais.

          Estas técnicas foram publicadas num ARTIGO CIENTIFICO do PNAS (Proceedings of National Academy of Science of United States of America) onde foram testadas técnicas de criação de insatisfação difusa e celetiva  em anônimos utilizadores do Facebook (689.003).

          Este artigo de 2013 teve mais de 200 referências em outros artigos em revistas técnicas colocando em dúvida a legitimidade deste tipo de experiência.

          Agora vamos ao que interessa, se algumas universidades norte-americanas estão fazendo este tipo de ação que tem uma reação violenta da comunidade científica pela falta de ética há três pontos que devem ser pensados:

          1º) QUEM PAGOU ESTE ESTUDO?

          2º) Qual o objetivo do mesmo?

          3º) SE ESTE ESTUDO FOI REALIZADO E TORNADO A PÚBLICO, QUANTOS ESTUDOS FORAM REALIZADOS COM O MESMO FINANCIADOR E COM O MESMO OBJETIVO? Somente mais virulentos e mais específicos!

          Não precisa ser o “Gênio da Lâmpada” para responder estas três perguntas, porém Nassifs e sociólogos simplesmente fazem que não conhecem nada, simplesmente para não pensar em assuntos que não passam de fofocas da grande mídia, pois é muito mais fácil!

          .

  24. Corporações, Crime Organizado e Estado Brasileiro

    Três forças, na minha humilde opinião, se digladiam pelo controle do território, Coração e mentes brasileiro.

    Nesta briga, o mais bem aparelhado e organizado, o Estado Brasileiro, têm tudo para mostrar que está do lado do povo e da Nação, rechaçando as corporações e o crime organizado que se batêm por privilégios inconfessáveis e insustentáveis à plena luz e escrutínio da sociedade.

    A chance de mudanças efetivas vêm sempre acompanhadas de crises e incertezas, mas é ai que se consegue reais avanços em uma ou outra direção.

    Cerrar forças com a Ilma. Presidênta da República Dilma Vana Roussef é mais do que necessário para a manutenção do Estado de Direito no Brasil, afinal, o lado bandido é sempre um lado onde o ódio prevalece e sustentar um governo odioso será um peso para o povo e a Nação.

    Dilma, não se amedronte, aja com firmeza e determinação, pois o povo brasileiro torce e está a seu lado.

    1. O novo elemento a favor do povo é matemático

      Nunca antes, os poderes tradicionais tiveram de enfrentar um povo com uma tecnologia tão favorável, como o Blockchain, a seu lado.

      Tenho certeza que no médio prazo, todos os esquemas atuais de fraudes estarão obsoletos, mas isto no dia de hoje, ainda não é tão claro e cristalino para a maioria da população. A luta deles é uma luta perdida, só não tomaram consciência disto ainda.

  25. Genial Colocação

    “Entramos na era do opinionismo desvairado. Não há mais ambiente virtual ou presencial que não sucumba ao furor das certezas absolutas, das opiniões mais estapafúrdias, da agressividade desmedida ditas no tom incisivo de quem não admite a dúvida.”
    Não há debate, há constantes afirmações. É triste! Mais triste ainda é essa imprensa desacreditada.

    Forte Abraço.

  26. Que cada um assuma a sua culpa

    Quem ajudou a acionar a explosão e jogou mais gasolina no fogo das “jornadas de junho”, cantando em verso e prosa o “novo” que alí surgia que assuma sua culpa. De forma didática o mal que aquilo fez ao País: depois daquela manipulação de massas, os brasileiros, em regra, passaram radicalmente a odiar a Copa do Mundo 2014, antes motivo de orgulho. Se o sr Nassif tiver como ver meus comentários feito aqui em junho de 2013, se certificará que um reles mortal como eu já tinha inferido o que as manifestações “espontâneas” de junho de 2013 estavam parindo. Pergunto: como um analista tão capacitado e experiente como Luis Nassif teimava em ficar entusismado com aquilo que chamou de “o novo”?

     

    P.S. Nenhum de meus comentários conseguem mais passar a moderação/censura, mas sei que a mensagem chega até você, sr. Nassif.

  27. Perdão Nassif,

    Mas dessa vez você é que não entendeu.  É necessário travar uma luta titanica nas redes sociais contra aqueles que se acham no direito de atacar a pessoa da presidente da republica. Não atacam seu trabalho, suas ideias,  seu projeto de governo, atacam a pessoa. Levam tudo para o lado pessoal, com um nivel de agressividade sem precedentes. Não é o caso de seu blog, evidentemente, cujas criticas e análises não são pessoais. Chagamos a esse nivel  por que a presidente é uma mulher? Talvez. Não sei. Mas não merece o tratamento que recebe. Quando um estadio de futebol vem a abaixo com o popular “vá tomar no c …”, o que é isso?? Como chegamos a esse ponto? O restante não vou comentar, mas também discordo de suas colocações. 

  28. Não é que você esteja errado, mas faz uso de um discurso vazio

     

    Luis Nassif,

    Primeiro eu concordo com todos os seus comentários, mas ao mesmo tempo discordo de você. Considero que este tipo de post que você faz com certa frequência vai na direção de tentar ser imparcial. E que também redunda em certo ecletismo. A imparcialidade é um mito e o ecletismo peca pelo mesmo motivo da imparcialidade. Para ser imparcial é preciso não ter ideologia, ou seja, é preciso ser um cabeça oca. O ecletismo também é uma falta de ideologia. Vou, entretanto, deixar este tópico para outro comentário.

    Em princípio pensei em apresentar minhas discordâncias com você diretamente a você, mas à medida que eu lia alguns comentários com os quais eu me identificava eu passei a imaginar que seria melhor elogiar o comentário com o qual simpatizava.

    Fui lendo os comentários e apareceram muitos com os quais eu concordava e que eu pensava em enviar o comentário diretamente para o autor, mostrando a minha concordância. Em vez de encaminhar vários comentários opto por mencionar os autores dos mesmos que eu pretendia elogiar.

    Começo por mencionar o comentário de Alexis, enviado domingo, 19/07/2015 às 13:29, e que é maior e com o qual eu concordo quase que na íntegra. Achei meio vaga a abordagem crítica que ele faz das duas seguintes frases:

    “O PSOL e o MPL são responsáveis pela explosão das ruas”

    e

    “O movimento de ruas não trouxe nenhuma proposta concreta”

    Quer dizer você está certo em criticar os que acusam o PSOL e o MPL como os responsáveis pela explosão das ruas. Só que a sua explicação é em meu entendimento completamente inconsistente. Toda comparação é capenga, mas comparar o PSOL e o MPL a um fumante que caminha desatento a um local de vazamento de gasolina é desarrazoado. O caminhante estava desatento e o PSOL e o MPL não podem ser acusados de fumantes.

    Depois dizer que a razão das manifestações de junho de 2013 era a sede de participação política trazida pelas redes sociais e pela incapacidade do governo de se abrir para a sociedade é de um simplismo sem tamanho.

    Não sou sociólogo, mas parte das manifestações teve origem na reversão que ocorrera na economia após o e crescimento econômico exagerado do final do governo do presidente Lula e também como fruto do julgamento da Ação 470 no STF. No mais, a sede de participação política trazida pelas redes sociais e pela incapacidade do governo de se abrir para a sociedade ocorreu no mundo democrático inteiro. Como muito provavelmente o mundo democrático inteiro estava em crise econômica esta sede era apenas uma canalização da frustação com a economia.

    E não há relação da falta de entendimento das manifestações por parte do PT e do governo como motivo de se eximir o PSOL e o MPL de ser responsabilizados pela explosão das ruas. Não vejo culpa no PSOL nem no MPL nas manifestações de junho de 2013, mas a falta de entendimento das manifestações por parte do PT e do governo não é que vai tirar a culpa do PSOL e do MPL. Ou dizendo de outra forma, o PT e o governo podem muito bem não ter entendido o gigantesco mal-estar que explodiu nas manifestações de rua, o PSOL e o MPL também podem não ter entendido, mas não dá como tirar a partir disso nenhum ensinamento que nos permita responsabilizar quer o governo ou o PT, quer o PSOL ou o MPL como responsáveis pela manifestação de junho de 2013. Enfim, eu creio que é errado culpar o PSOL e o MPL como responsáveis pelas manifestações de o junho de 2013, mas sua argumentação não prova o erro de se atribuir aos dois – PSOL e MPL – essa responsabilização.

    E na sequência você diz

    “A direita tomou as ruas porque nem governo nem PT entenderam o momento político e a necessidade de criar canais de participação para abrigar a insatisfação geral”.

    Ai você mistura duas manifestações distintas. Uma manifestação foi a de junho de 2013 e outra diferente foi a de 15 de março de 2015. A segunda manifestação foi uma manifestação mais elitista, mas de direita e com objetivos e eles eram bem definidos: era uma manifestação contra o PT, contra o governo e contra a corrupção, como repetiu diversas vezes a rede Globo. A primeira manifestação não tinha objetivo claro, atirava em várias direções e carregava a índole fascista por querer ser apartidária, como se fosse a voz de toda nação. É clara que a manifestação de junho de 2013, pela falta de consistência que havia nas reivindicações díspares e contraditórias, pela diversidade de objetivos que declaravam seus participantes, ficou sendo de difícil compreensão. Ainda assim, o artigo “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” de Rafael Araújo Professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo e da PUC-SP, bem aproxima de explicar as manifestações de junho de 2013, ao mesmo tempo que ali não há razão a querer atribuir a A ou B ou a quem quer que seja a responsabilidade pelas manifestações de junho de 2013. O artigo de Rafae Araújo foi aqui no blog reproduzido no post “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” de quinta-feira, 20/06/2013 às 15:10, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-cegueira-branca-do-estado-e-o-gigante-iluminado

    O que há no texto “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” do professor Rafael Araújo é a percepção de que mora no interior de qualquer sociedade o fermento que engendra toda a sorte de reivindicações desencontradas como as que apareceram nas manifestações de junho de 2013.

    E para a segunda frase sua, você já não traz argumentos tão disparatados, mas eles encerram uma expectativa além do razoável com as manifestações de junho de 2013. A bem da verdade é a única crítica sua de que eu discordo. Para mim você tenta dar grandeza às manifestações de junho de 2013 e por isso você critica os que dizem que as manifestações de junho de 2013 não trouxeram nenhuma proposta concreta. Para você:

    “A informação fundamental trazida pelos movimentos era o da insatisfação generalizada com o momento, a falência das formas tradicionais de participação (sindicatos, partidos políticos e mídia) e a vontade de muitos setores em terem participação ativa na definição das políticas públicas”.

    Desde que o mundo é mundo e que há crises econômicas quando as crises perduram a população se manifesta desse jeito, isto é, mostrando “uma insatisfação generalizada com o momento”, alegando “falência das formas tradicionais de participação” e expressando a vontade de ter “participação ativa na definição das políticas públicas”. Enfim como eu dizia então: “as manifestações não trouxeram nada de bom exceto as manifestações em si que expressam vigor democrático, e nada de novo exceto as redes sociais, que possibilitam maior afluxo de pessoas para uma mesma direção”.

    Você, entretanto, quis pegar leitores nas manifestações e fez posts elogiando-as como se pode ver no post “O grande momento da cidadania” de quinta-feira, 20/06/2013 às 08:00, ou no post “O caos que precede a nova ordem” de sexta-feira, 21/06/2013 às 08:00, todos os dois de sua autoria e que podem ser vistos respectivamente nos seguintes endereços:

    http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-grande-momento-da-cidadania

    http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-caos-que-precede-a-nova-ordem

    E você continuou nessa cantilena como se pode ver no post “A chance de se implantar a democracia digital” de domingo, 23/06/2013 às 08:00, e que se encontra no seguinte endereço:

    http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-chance-de-se-implantar-a-democracia-digital

    O que a democracia tem de moderno é o processo de composição de interesses conflitantes feito pelos representantes desses interesses e não pelos próprios interessados. Em um número pequeno os interessados podem fazer aquilo que diferencia os humanos dos outros animais e que é a capacidade de discutir, debater e compor interesses. Como são muitos, a única forma de realizar a composição é via a escolha de representantes. Tentar entabular a composição diretamente entre os interessados via redes sociais é ridículo. Só funciona para grupos pequenos de três ou quatro. A rede social só serviria para aproximar pessoas, mas é inviável em número muito grande e nunca conseguirá funcionar como um processo que é uma qualidade da democracia representativa, mas apenas de forma pontual e que é um desvalor da democracia direta.

    Há também para elogiar o comentário de Jair Fonseca enviado domingo, 19/07/2015 às 13:23. Diferentemente de Jair Fonseca, eu não ficaria só na questão do machismo na crítica que faço a você e a estenderia aos outros pontos de seu post. Vale aqui, entretanto, para acompanhar o que Jair Fonseca diz lembrar que no dia da eleição teve uma eleitora mais velha e que, se não me engano, era paulista, que entrevistada diz que a política não era para mulheres. Essa mudança de cultura não é fácil e não custa nada imaginar que você, como qualquer um de nós na faixa de 60 anos, traga resquícios desse machismo.

    Também concordo com o comentário de Francy Lisboa enviado domingo, 19/07/2015 às 15:25, e o de Mutena, enviado domingo, 19/07/2015 às 14:07. Era para fazer este comentário ontem, e desde então apareceram outros bons comentários, mas o que eu já disse é suficiente.

    Enfim você tem razão de fazer as críticas as afirmações que você considerou como sem fundamento, mas ao mesmo tempo precisa melhorar a sua argumentação.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 20/07/2015

  29. Gastamos nosso tempo

    Gastamos nosso tempo dscutindo o que a nosso juizo está errado, tendo de combater e coexistir  com os corruptos e entreguistas que ainda mantem o estado aparelhado. E não idealizamos políticas, ações e atores para implementá-las. Fomos para as eleições sem planos. O único era evitar o retorno dos que saquearam e entregaram o País, em circunstâncias econômicas melhores mas insustentáveis, exigindo freada de arrumação. E somente quanto a isso havia unânimidade. A coalisão PMDB/PT derrotou outra coalisão, a do PMDB do Cunha e PSDB. Como a coalisão derrotada estava mais estruturada na distribuição de cargos, facilitada pela burocracia estável que lhe fora e é simpática, com um poder de chantagem que é notório, se assenhoraram na condução dos nossos destinos enfiaram goela abaixo os ministros que quiseram. Quasi os planos do PSOL? Para governo, não para oposição como foi o do PT e está até hoje procurando o rumo pois no governo, de coalisão – ou nada – as coisas são bem diferentes.

  30. Dilma

    Caro Nassif, se amanhã por um passe de mágica, a inflação refluisse, os juros baixassem, e nosso dinheiro voltasse a comprar o mesmo que há dois anos, e o povo fosse às lojas e gastasse, e os empresários perdessem a covardia e o emprego não estivesse mais ameaçado, todo o seu texto não teria razão de ser. Muito provavelmente muitos continuariam a não gostar da Dilma, como não gostavam do Lula, mas estariam felizes indo à disney e as coisas estariam rolando como sempre. Você continuaria a não gostar da Dilma e gostar do Lula, mas não estaria todo dia falando mal dela. Então a coisa toda é só essa ” é a economia estúpido”. Não estou ti ofendendo, só replicando esse dito que é absolutamente perfeito hoje, como foi no passado e será no futuro.

    1. E quem disse que eles não

      E quem disse que eles não continuam indo a Disney? Os aeroportos internacionais estão abarrotados de brasileiros da classe média. Supermercados, restaurantes dos mais sofisticados aos mais simples cheios, a cerveja roda solta pelos bares, o povo está feliz. Agora, a mídia, está doida para torná-lo infeliz. Não me venham falar em crise. Nao acredito.

      1. Eu acho que não me fiz

        Eu acho que não me fiz entender. Eu faço parte dos pró Dilma, não contra. Diferente do Nassif sempre estou ao lado da Dilma, mas que estão conseguindo parar o país estão. A mídia sozinha conseguiu que mais de 70% da população achasse que a Dilma é a própria Lava Jato, quando na verdade cumprindo sua promessa  de que não ficaria pedra sobre pedra, até o JS começa a aparecer, ela é a maior responsável por deixar aparecer o lado mais sujo deste país. Então minha cara há sim uma crise criada pela mídia, pela oposição, com um ódio tão grande ao PT que nem sei se algum dia vai melhorar. Até o Ciro disse que o PT é um partido de ladrões, então por que o povo não vai pensar o mesmo? Podem estar viajando para a Disney mas o povão está completamente em pânico, principalmente os que assistem ao JN e Jornal das 10. 

  31. Classficação

    Tem uns comentários que já aprecem na página, mas não tem como classificar eles (as estrelas), pq?

    Por favor, não fiquemos nessa de direita x esquerda, isso só serve para acirrar ainda mais essa coisa nós x eles.

    Com relação a usar as mesmas armas da “direita”, aqui mesmo muita gente faz uso disso, dizendo “mas o FHC fez igual e ninguém disse nada”, “o Aécio é isso e tinha que acontecer…”, direto lemos isso aqui, como você mesmo escreveu, um erro justificasse o outro.

  32. Machismo

    “Nassif. -A ideologia machista é a mais opressora, a mais depravada e a mais doentia de todas elas. Parafraseando Millôr Fernandes: -..o resto é secos e molhados. Idem para o nosso grande dramaturgo Nelson Rodrigues: -” …se os fatos provam tudo isso, pior para os fatos.”  É só!.

  33. NASSIF, PARA VOCÊ PENSAR

    Nassif, seguem meus humildes pontos para sua reflexão.

    Atribuir qualquer crítica a Dilma (ou a mulheres em geral) ao machismo.

    A percepção de machismo e outros “ismos” ocorre quando se percebe assimetria de tratamento a alguém. A presidenta Dilma foi muito “psicologizada” em vários posts seus, de uma forma que não vimos antes com outras personagens (“os meandros da mente da Dilma” …. creio ter mencionado isso em postagens anteriores).

    Além disso, no recente post em que você comentou o fim da era Eduardo Cunha, a culpa da existência dessa esdrúxula e absurda personagem foi integralmente imputada à presidenta da República. Como é que pode?

    É evidente que um(a) presidente(a) sempre tem sua parcela de responsabilidade em qualquer crise – e não é pequena -, mas colocar a culpa de tudo o que acontece no Legislativo, Executivo, Judiciário e Mídia – o dito quarto poder – nas costas da presidenta, aí não, né?

    A culpa da crise política é da mídia, logo Dilma não pode ser responsabilizada

    Não entendi. Então se o governo se mostrar “forte”, a mídia então se torna “ineficiente”?Realmente, não entendi a redação, no que diz respeito ao conceito de eficiência. Com qual conceito de eficiência você está trabalhando?

    Sobre a “fraqueza de governos”, não concordo que elas sejam o “grande vilão”, pois a força de um governo não pode estar alicerçada no carisma, na liderança individual. Não, não podemos colocar todo o peso ou mesmo sua maior parte em pessoas e lideranças carismáticas. Os sistema e regras do jogo precisam ser robustos, os líderes não precisam ser tão carismáticos assim.

    Países que dependem de “salvadores da pátria” são frágeis. O sistema, suas regras e seu cumprimento é que devem ser fortes, isso sim. O Brasil ainda não tem um sistema político forte, se tivesse, não teríamos Eduardo Cunha, com vários processos no Judiciário, fazendo o que faz. E o retorno do ex-presidente Lula não assustaria tanto; aliás, por que mesmo ele precisaria retornar?

    O PSOL e o MPL são responsáveis pela explosão das ruas

    Fiz universidade e fui do tipo que tem que dar duro para pagar os estudos. Vi bem o tipo de universitário que podemos chamar de “esquerda festiva” ou “esquerda caviar” e de “direita coxinha” ou “direita sem noção”. Tive vários colegas homens e mulheres assim.

    Esses tipos – vários deles no MPL e nas ruas em junho de 2013 – não sabem o que é dar duro, lutar vindo de família humilde e criam reinvindicações sem cabimento, como o próprio objetivo de zerar o custo do passe para toda a população. Em que grande cidade existe isso no mundo? Por gentileza, identifique e nos diga. 

    Mais, se há um vazamento e alguém, sabendo disso, acende o fósforo, moralmente, esse alguém é, sim, responsável pela explosão. 

    Adicionalmente, as manifestações do MPL explodiram por que havia uma polícia despreparada em SP, além de pessoas que queriam, sim, prejudicar o governo, à esquerda e à direita. E conseguiram prejudicar demais o Brasil.

    Finalizando, mal estar sentimos nós, humildes brasileiros, os quais gostamos de futebol e apenas queríamos curtir uma linda Copa do Mundo – a primeira após mais de 60 anos! – e vimos um evento extraordinário, pelo qual vários países lutam, ser boicotado de uma forma vil, com pessoas assustadas e com medo até de colocarem bandeiras do Brasil em suas casas. Muita gente deixou de vir do exterior. E vimos nossa presidenta ser achincalhada de uma forma horrorosa na Copa.

    O movimento de ruas não trouxe nenhuma proposta concreta

    Que proposta? Peço que esclareça, por que seu  texto não descreveu a referida proposta.  Aliás, você não estaria confundindo o significado de “proposta” com o de “recado”?

    Sobre o recado, não haveria a necessidade de um movimento tão explosivo e que fez tanto mal ao País para saber que há um mundo de reivindicações a serem atendidas da população. Uma pesquisa estatística com 30 pessoas aleatoriamente escolhidas demonstraria isso (30 é o mínimo de um survey). 

    O legado de julho de 2013 é péssimo:

    1) Morreu gente e o patrimônio de quem trabalha foi destruído várias vezes. 

    2) O fascismo que já tinha começado a “colocar as suas mangas” de fora na campanha de José Serra, de 2010, alcançou níveis absurdos;

    3) O nível de intolerância subiu exponencialmente no Brasil, um País que tem um povo mais tolerante do que intolerante;

    4) O País, que vinha em um processo de melhoria da vida de boa parte população, entrou em uma rota de alta incerteza, preocupando quem pretende investir. Frequentemente, bloqueando o crescimento. 

    5) Por pouco, por muito pouco mesmo, uma direita entreguista não leva as eleições de 2014;

    6) No caso específico de SP, o movimento tresloucado de 2013 conseguiu seus 20 centavos, mas ao custo de outras obras sociais, por que as empresas de transporte não perderam nada;

    7) SP corre o risco de não reeleger o seu talvez mais qualificado prefeito, que é Fernando Haddad, do PT.

    E por aí vai. Tudo isso e muito mais, como uma Copa do Mundo que poderia ter sido muito mais bacana, por que foi boicotada.

    O que aconteceu em julho de 2013 foi uma irresponsabilidade. Caro Nassif, não dá para defender. Neste ponto, é preciso ter humildade, quem defendeu, e dizer: errei. Simples assim. As pessoas entenderão. 

    A maneira de combater a direita é se valer das mesmas armas

    Sobre este ponto específico, concordo inteiramente com você e por isso mesmo, na contramão de quem acha o contrário, aproveito o espaço para dizer: o republicanismo do PT e da presidenta devem ser enaltecidos, independentemente do que venha a acontecer.

    Eu consigo até entender um presidente designar um “engavetador geral da República” para “aliviar” seu governo, como todos sabemos que aconteceu no governo de certo acadêmico da Sorbonne que muito nos desapontou. Consigo entender, não defender, ok?

    Como cidadãos, temos que exigir posturas éticas e republicanas. Certa visão “pragmática” de que é preciso “aparelhar” instituições como o Ministério Público, o Judiciário, a Polícia Fedral etc não pode ser defendida pelo cidadão. Aliás, se defendermos isso, como depois teremos moral para criticar o adversário que vencer a eleição e fizer exatamente a mesma coisa?  

    Esta é, portanto, a minha modesta opinião, dentro do “opinismo geral”.

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