Sánchez é a antítese de Bolsonaro em Davos, defendendo políticas progressistas, feministas e climáticas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Enquanto Jair Bolsonaro fez um discurso de 6 minutos em Davos – prometendo “abrir a economia brasileira” e fazer privatizações, apelando por parceiros com “tecnologia para explorar as riquezas naturais” do Brasil e defendendo valores conservadores – Pedro Sánchez, presidente espanhol, foi a antítese.
 
Segundo relatos do La Vanguardia, o espanhol, ao longo de seu discurso de 15 minutos, pôs as políticas progressistas, o feminismo e a luta contra as alterações climáticas como ideias “para enfrentar desafios como a crescente desigualdade, a quarta revolução industrial e a irrupção de nacionalismos populistas.”
 
Na visão de Sánchez, os governos progressistas são os únicos que continuam a explorar formas de gestão que podem levar a um novo pacto social promissor.
 
O modelo de economia neoliberal, exaltado em Davos, foi considerado como o responsável por trazer a grande recessão e só oferecer “um mundo cada vez mais hostil aos fracos.”
 
Sánchez disse em Davos que a elite financeira mundial esqueceu da crise de 2009 e deixou de fora da pauta as fraquezas do atual modelo de capitalismo financeiro.”
 
Para ele, o resultado da crise foi a desigualdade aumentando em escala global, favorecendo o aumento da “desilusão com os governos e, consequentemente, aumentando o populismo autoritário e reacionário”.
 
Contra isso, Sánchez defendeu colocar a economia “a serviço do povo”, melhorar a vida das pessoas, o bem-estar social. 
 
Paralelamente, Sánchez apontou como o principal desafio das sociedades atuais a chamada “quarta revolução industrial”. Ele sustentou que o fenômeno da digitalização, combinado com a globalização, faz questionar “a própria existência dos Estados-nação” e pede a “redefinição de fronteiras”, questionando a própria “noção de soberania” e criando novas desafios para a “governança global”.
 
“Como exemplos, ele citou problemas como a valorização de novas empresas de tecnologia ou os perigos da exclusão digital nos países em desenvolvimento. Sánchez pediu para neutralizar os temores que existem atualmente às novas tecnologias, mas também à globalização, ao feminismo, à luta contra as mudanças climáticas ou ao desafio demográfico. E, para isso, ele considerou essencial que ‘política e economia andem de mãos dadas’.”
 
Segundo o La Vanguardia, um presidente espanhol não participava do Fórum Econômico Mundial de Davos desde 2010, com Zapatero.
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1.  
    Dificimente questões

     

    Dificimente questões sociais interessam aos promotores dos encontros em Davos.

    Eles estão interessados em valorização de seus ativos financeiros. 

    A tônica dos presidentes do Brasil que vão a Davos é pedir mais investimentos no país, e os “investidores” estão interessados nas garantias de ganhos de suas aplicações, e na segurança. 

    O problema é que os investimentos desses capitalistas não são verdadeiros investimentos, no sentido econômicos da palavra. 

    Não vêm no Brasil para abrir novas fábricas e criar empregos. Vêm especular na bolsa, com juros e câmbio.

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