Sempre teremos a Schadenfreude…
por Gunter Zibell
Vamos abandonar a falsa polarização? Haddad teria sido franco colaboracionista do sistema. Não viu quem não quis.
Após 18 meses, LGBTs, indígenas, artistas e acadêmicos já perderam o que tinham de direitos. Sob o olhar conivente do populismo.
Mas a história é parcialmente justa. Nas massas, agora, quem enfrenta mais perdas com o desmonte ultraliberal é quem o apoiou, ainda que por omissão.
Principalmente funcionalismo, microempresários e homens que tinham renda entre 2 e 5 SM. #elesquelutem
Quem sempre sofreu pra pagar aluguel vai devolver o imóvel. Quem nunca pôde pagar plano privado de saúde ou escolinha, continuará não pagando. Não deixará de viajar, pois nunca o fez pra valer.
Eram ilusões de empoderamento.
Dificilmente alguém vai “morrer de fome”. Os mais pobres basicamente deixarão de consumir supérfluos nos negócios do andar de cima.
Pode-se obrigar a trabalhar. E também se pode reprimir a insatisfação. Mas não se pode obrigar a se endividar ou a se divertir.
E a classe média sairá muito frustrada do projeto em que embarcou. Porque ela não pode se manter por si mesma.
Ao endossar a destruição das galinhas, ficou sem os ovos.
E daí?