Sempre teremos a Schadenfreude…, por Gunter Zibell

E a classe média sairá muito frustrada do projeto em que embarcou. Porque ela não pode se manter por si mesma.

Sempre teremos a Schadenfreude…

por Gunter Zibell

Vamos abandonar a falsa polarização? Haddad teria sido franco colaboracionista do sistema. Não viu quem não quis.

Após 18 meses, LGBTs, indígenas, artistas e acadêmicos já perderam o que tinham de direitos. Sob o olhar conivente do populismo.

Mas a história é parcialmente justa. Nas massas, agora, quem enfrenta mais perdas com o desmonte ultraliberal é quem o apoiou, ainda que por omissão.

Principalmente funcionalismo, microempresários e homens que tinham renda entre 2 e 5 SM. #elesquelutem

Quem sempre sofreu pra pagar aluguel vai devolver o imóvel. Quem nunca pôde pagar plano privado de saúde ou escolinha, continuará não pagando. Não deixará de viajar, pois nunca o fez pra valer.

Eram ilusões de empoderamento.

Dificilmente alguém vai “morrer de fome”. Os mais pobres basicamente deixarão de consumir supérfluos nos negócios do andar de cima.

Pode-se obrigar a trabalhar. E também se pode reprimir a insatisfação. Mas não se pode obrigar a se endividar ou a se divertir.

E a classe média sairá muito frustrada do projeto em que embarcou. Porque ela não pode se manter por si mesma.

Ao endossar a destruição das galinhas, ficou sem os ovos.

E daí?

Redação

4 Comentários

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  1. Eh vero!! O Lula diz numa de suas frases lapidares que sempre que se cria rejeição à política, o que vem depois, no lugar da política é sempre algo muito pior do que aquilo que o revoltado achava que era a política.
    E outros menos sábios dizem que toda vez que a classe média resolve se levantar de sua condição de Homer Simpson, sentada no sofá da sala e vai pra rua procurar o que não perdeu, ela acaba achando o que jamais gostaria de encontrar. Descobre a insustentável leveza do seu próprio ser.

  2. Não entendi quem está rindo de quem. Tínhamos (e continuamos tendo) uma desconfortável situação política. Seguiu-se a crise sanitária e um desmonte (ainda não consumado/mensurado) da economia. É, infelizmente, mais uma fatalidade a ser enfrentada. Não votei nessa direita maluca, mas não lhe atribuo responsabilidade pelas dificuldades que vieram e ainda virão; recairiam, inevitavelmente, sobre ou sob qualquer governo mais ou menos virtuoso ou simpático. Não vejo sentido na partidarização ou politização da desgraça.

  3. Errou de alvo meu amigo! Quem estava e sempre está Schadenfreude é o lumpesinato, estes sim votaram no Bozo com ódio, ressentimento e rancor. Sabem que sempre viveram na merda, e, pensam eles, já que eu não vou ser nada na vida, nunca vou fazer federal, nunca vou passar em concurso público, nunca vou ser “bacana”…então fodam-se todos! Schadenfreude é o povão!

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