Sobre helicópteros e hipocrisias, por Durval Ângelo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Sobre helicópteros e hipocrisias
 
por Durval Ângelo
 
A hipocrisia voa mais alto

“A hipocrisia é uma homenagem que o vício presta à virtude.” A frase do pensador francês François La Rochefoucauld data do século XVII, mas se faz mais do que atual para uma análise sobre o discurso dissimulado da oposição ao Governo Pimentel em Minas. Não é novidade que, desde o seu início, em janeiro de 2015, o governador enfrenta toda a sorte de ataques e artimanhas por parte do grupo derrotado nas eleições, que é movido por um único objetivo: inviabilizar a atual gestão.

No mundo do quanto pior melhor, vale tudo; de mentiras, calúnias e meias verdades, a disseminação do medo e incitação da revolta. A estes, pouco importa a incoerência, ao atacarem justamente o que praticaram ou apoiaram no passado. Apostam na memória curta do povo e contam com o discurso do ódio para embotar ainda mais a capacidade de julgamento dos cidadãos.

Como dizemos na linguagem popular, “hipocrisia pouca é bobagem”. A última da oposição, vinda de um de seus mais raivosos “expoentes”, foi atacar o uso do helicóptero oficial do Estado pelo governador. Aquele que se diz representante dos policiais militares – mas que em nada se alinha à seriedade da corporação – acusa Pimentel de improbidade administrativa por utilizar a aeronave para se deslocar durante o réveillon. Para sustentar sua tese, convenientemente, desconsidera a legislação que confere ao chefe do Executivo estadual este direito.

Certo da correção dos seus atos, assim que soube da mais recente calúnia, Fernando Pimentel rapidamente respondeu. Em nota pública, confirmou ter se deslocado, no último domingo (1º) de manhã, de helicóptero, para o condomínio Escarpas do Lago, na cidade de Capitólio. Lá, almoçaria com o filho, que havia passado o réveillon na casa de amigos. No entanto, ainda no voo de ida, foi comunicado de que o filho não se sentia bem e queria voltar para Belo Horizonte. Como caberia a qualquer pai em tal situação, o governador retornou com o rapaz para a capital. Ressaltando a inexistência de qualquer irregularidade, Pimentel mencionou um Decreto de 2005 que regulamenta o uso da aeronave pelo chefe do Executivo.

O deputado-sargento, obviamente, tem ciência do teor do decreto que regulamenta o uso das aeronaves oficiais. Não somente pela obrigação de, como parlamentar, conhecer o arcabouço legal do Estado, mas porque já estava na Assembleia Legislativa quando o decreto em questão foi editado pelo Governo da época, do qual, por sinal, era apoiador. Ainda assim, se o problema for de memória, podemos ajudar.

O Decreto 44.028/2005, em seu artigo terceiro, classifica as aeronaves do Estado de Minas Gerais em duas categorias: transporte geral e transporte especial. As do primeiro grupo destinam-se ao atendimento do vice-governador, secretários de Estado e demais autoridades e agentes públicos, somente podendo ser utilizadas em missão oficial. Já as aeronaves de transporte especial, conforme previsto no parágrafo primeiro do referido artigo, “destinam-se ao atendimento do Governador do Estado, em deslocamento de qualquer natureza (grifo nosso), por questões de segurança”. Simples e claro.

De voar os tucanos entendem

Constata-se, mais uma vez, que os representantes da oposição agem de má fé, a fim de tumultuar, desestabilizar e desacreditar o governo. Posando de virtuosos defensores da legalidade e da lisura, tentam disfarçar de virtude um de seus piores vícios: o do poder. Subjugada ao vício, a virtude não mais pode ser boa em essência e torna-se somente um meio para se atingir uma má finalidade. Justificadamente, Fernando Pimentel anunciou que vai processar o deputado, por calúnia, difamação e falsa acusação de crime.

Ora, sargento! Como pode o governador Fernando Pimentel ter incorrido em qualquer irregularidade, se estava respaldado pela legislação? Legislação que, diga-se de passagem, foi criada pela própria oposição. Vale lembrar que o Decreto publicado em 19 de maio de 2005 foi assinado por seu líder-mor, o senador Aécio Neves (PSDB), então governador de Minas Gerais. O que é perfeitamente compreensível, pois, de helicópteros, aeroportos e voos oficiais, os tucanos entendem bem.

Para se ter uma ideia, entre janeiro de 2003 e março de 2010, segundo um relatório oficial, Aécio Neves solicitou nada menos que 1.423 voos oficiais em aeronaves do Estado de Minas Gerais. Destes, 198 não tiveram a sua presença e nem de agentes públicos autorizados pela legislação. Destaque para dois voos realizados em 2004. Um deles teve como passageiro o apresentador Luciano Huck, amigo do ex-governador. O outro levou a dupla Sandy e Júnior, que gravava um quadro do programa Caldeirão do Huck. Entre os passageiros da “MG Airlines”, além de artistas, constam empresários, executivos de grupos de comunicação, políticos sem mandato e até o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Outro dado interessante é que o então governador usou aeronaves oficiais para realizar 124 viagens ao Rio de Janeiro. A maioria aconteceu entre quinta-feira e domingo. Seis delas, entre 2008 e 2009, foram para Florianópolis (SC), onde morava a então namorada e hoje esposa de Aécio, Letícia Weber. Quando o relatório dos voos foi divulgado pela imprensa, em nota, a assessoria do senador considerou “regular” o uso de aviões oficiais para fins particulares.

E mesmo após deixar o governo, o tucano manteve o costume. Entre 2011 e 2012, já como senador da República, Aécio Neves esteve em pelo menos seis viagens das aeronaves do Estado, sem a presença de autoridades estaduais. Em uma delas, foi utilizado o helicóptero de uso exclusivo do governador. Os voos teriam sido autorizados pelo pupilo e sucessor de Aécio no Governo de Minas, Antonio Augusto Anastasia.

Em São Paulo, não foi muito diferente. Fiel à tradição tucana, entre 2011 e 2015, a esposa do governador Geraldo Alckmin, sozinha, utilizou as aeronaves do governo mais vezes do que todos os secretários de Estado. Lu Alckmin fez nada menos que 132 deslocamentos, quase o dobro dos 76 realizados pelos secretários e demais auxiliares. Já o atual ministro da Educação, Mendonça Filho, do DEM – partido que também faz oposição ao Governo Pimentel – ocupou recentemente as manchetes na imprensa, após utilizar um avião oficial da Força Aérea Brasileira (FAB) para presentear com um passeio dois vereadores de sua base eleitoral.

Voltando aos feitos aéreos de Aécio Neves, não se pode deixar de mencionar o famoso “aeroporto de Cláudio”, construído em 2010, em terreno na fazenda do tio do então governador. Nada menos que R$ 14 milhões dos recursos públicos do Estado foram destinados a “tão importante empreendimento”.

Ah! E tem ainda o episódio de um helicóptero de propriedade de um senador tucano, apreendido em Minas pela Polícia Federal. Mas esta já é outra história…

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

23 Comentários

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  1. E o Helicoca?

    Acho que o Sargento devia ter feito maior esforço para encontrar os donos da quase meia tonelada de coca no helicóptero do Perrella.

    O Sargento Rodrigues é do PDT, o mesmo partido que participou do golpe contra Dilma, com mais de seis deputados e todos os três senadores.

    Esse é o partido que pretende hoje liderar a esquerda com o candidato boquirroto Ciro Gomes.

    É muita incoerência.

     

  2. Humm… será que aprendemos

    Humm… será que aprendemos algo com o que o mesmo Aécio Neves fez só que com o governo federal? Como Minas pode se defender e promover uma redução de danos eventualmente causados por esse bando de tucanos baseando-se no que está vendo acontecer com a esfera federal?

    Quem sabe usar a enorme rejeição que Minas mostrou aos tucanos aliada à aprovação do governo atual? A mídia, que teve papel fundamental no golpe contra o governo federal – e que tem até hoje em sua manutenção – talvez seja mais facilmente desmascarável em nível estadual.

    E quanto aos golpistas concursados… Sabe a história do menino holandês que passou a noite em claro com o dedo tampando um pequeno furo num dique porque sabia que se tirasse o dedo o pequeno furo viraria uma enorme inundação? Há situações em que não se pode fazer concessões, tem-se que cortar o mal pela raiz, sem dó e nem, diria, direito de deixar exposta a democracia a ataques autoritários. Quem tem a responsabilidade e o poder legitimamente conferidos sobre as instituições não pode esmorecer. A escuridão só sobrevive na ausência de luz…

    1. humm……

      “A onda bate no rochedo, quem apanha é o siri”. Este ou aquele pouco importa. O que não muda é que neste cenário de Conto de Fadas, onde cifras e dinheiro brotam sem responsabilidade alguma de como será gasto, nesta caricatura de Estado e democracia, quem paga pelas mordomias da sua Elite, da Casa Grande é sempre a miséria de um povo que não consegue se impor. (Mas o discurso desta gente de como seria diferente o país sob seus comandos, nos anos de 1980?! Canalhas e hipócritas)   

  3. http://hojeemdia.com.br/prime

    http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/pol%C3%ADtica/justi%C3%A7a-mant%C3%A9m-condena%C3%A7%C3%A3o-de-newton-cardoso-por-uso-irregular-de-helic%C3%B3ptero-1.293751

    “A Justiça negou o recurso apresentado por Newton Cardoso, em primeira instância, por ato de improbidade administrativa. Ele foi acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de utilizar helicóptero da Polícia Militar do Estado para viagens particulares entre 1999 e 2002, período em que ocupava o cargo de vice-governador. Com os voos irregulares, calcula-se que o prejuízo causado aos cofres públicos chegue a quase R$ 600 mil.

  4. Esses blogs sujos,mal lavados

    Esses blogs sujos,mal lavados ou limpos dao  e continuarao a dar um trabalho desgracado ao status quo.Por ele,tomo conhecimento que o docil Senador Anastasia chama-se Antonio Augusto Anastasia.Nada demais,mas sempre achei que tinha alguma coisa errada.Ja imaginaram se algum Senador gaiato e pouco afeito ao vocabulario regimental do Senado da Republica,como e o caso daquele Senador pilantra do Espitito Santo,traido pela memoria,deblatere: Vossa excelencia me permite uma parte nobre Senador Gugu.

    1. Os cadastrados que aqui

      Os cadastrados que aqui aportam,alguns diuturnamente,apontando sobremaneira,que não teem muito o que fazer,salvo execções,são  possuidores daquilo que Papai chamava de “memoria de marmore”,visto que,demoram seculos para entender meus comentarios,como Alan Souza,o bom portuga.Alguns ainda se atrevem a tirar satisfações comigo.Duvido que Sergio Saraiva,que nunca mais mexeu com as avós dos outros,não tenha matado a charada.

    2. A colocação de três
      A colocação de três estrelas,significa dizer que 60% do comentaristas entenderam.Os 40% restantes,desentendidos e mal informados,devem procurar Alan Souza,o bom portuga.

  5. E o caso do sorvete Hagen-Daz

    E o caso do sorvete Hagen-Daz do Temer não se encaixa perfeitamente na descrição de hipocrisia que o autor do texto fez, já que Dilma comprou sorvetes Hagen-Daz pra o serviço de bordo quando estava na Presidência?

     

  6. Hipocrisia da oposição e o non sense da situação…

    De fato, nenhuma irregularidade há na utilização da aeronave se há amparo legal e regulamentar. Amparo esse de todo duvidoso. Quer dizer que todo governador tem que se deslocar de aeronave para simplesmente dar carona a familiares, em pleno feriado? Dê-se o desconto pela possível convalescência do rapaz, mas que, aparentemente, não era nada grave.

    Não caberia ao governador dar exemplo e alterar essa legislação? Ou utilizar aeronaves ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE para deslocamentos a trabalho, considerando que, de fato, é extenso o território de Minas Gerais? Eis a questão que fica. Não é porque demo-tucanos fizeram o mesmo – ou pior – que devem os petistas incorrer no mesmo vício. Um pouco de bom senso faria o governador refletir e propor a alteração da legislação, mesmo sem ter incorrido em qualquer improbidade. 

    Isso faz parte da postura de “exemplo” para a sociedade. Austeridade (não essa estupidez da PEC dos gastos, mas a sobriedade e simplicidade nos gastos estatais) em governo trabalhista/progressista é uma ordem, se quiser se legitimar perante, inclusive, a militância e seus eleitores.

    A par da hipocrisia da oposição, anda o non sense do governador Pimentel e de tantos outros, como Alckmin. Parece que todos se irmanam pela ausência de republicanismo com o básico. 

    1. Hipocrisia

      Acho interessante o quanto algumas pessoas acham que, “não é porque fulano fez, cicrano pode fazer”. Esse exercício de hipocrisia, muito em voga desde sempre, é o típico vira-latismo de certas camadas de nossa população, pois mesmo sem perceber, emite comentários apoiando pessoas que foram infinitamente mais transgressoras do que as atuais, mas como fica claro no resultado daquela reclamação em que o ex-presidente Lula entrou no CNJ sobre a mudança de regras jurídicas, “Para esse processo pode (contra Lula), MAS doravante terão que ser respeitadas as regras atuais”, ou seja para qualquer um pode, MAS para Lula excepcionalmente pode. Fico impressionado com nossos comentaristas que institivamente já reagem dessa mesma forma, ou seja os integrantes de outros partidos, qualquer ele pode, MAS sendo do PT tem que ser republicano, honestíssimo (isso com PF,MPF e Judiciário devassando a vida do sujeito), não ter NENHUMA nódoa do passado. Agora QUALQUER outro político, pode fazer qualquer falcatrua que já estamos acostumados de ver há séculos, mas isso é normal, entende? Impressionante… 

      1. Como frisei no comentário, INDEPENDENTEMENTE do partido…

        Esse tipo de conduta do Pimentel é amparada em ato normativo, como bem frisei, mas não deixa de ser ridícula e anti-republicana. Uma coisa não se confunde com a outra. Lembremos aqui as polêmicas com vôos dos tucanos Aécio e Alckmin, amplamente condenadas pela esquerda e neste blog, o que foi acertadíssimo, mas também estão amparados, ainda que parcialmente, em atos normativos. 

        O que é claro, pelo menos para mim, é que temos que exigir posturas condizentes com o interesse público não só do PT como do PSDB, DEM, PP, PSC, PMDB e qualquer outro. Como eu referi a Alckmin, que é muito pior no uso da coisa pública, e nem precisa lembrar o Aécio, hour concurs na prática.

        Não apoiei ninguém, seja direta ou indiretamente. Não sei o que tu pensa, mas creio que não podemos é apoiar indiscriminadamente qualquer tipo de conduta, quando emanada do “nosso” lado. Isso sim é não ser vira-lata, seja em qual sentido se esteja a empregar o termo.

        Pimentel tem capacidade administrativa e política, mas como tem ocorrido com parcelas expressivas do PT, nisso incluso outros governadores e gestores petistas, sucumbiram às benesses do poder, com enormes estruturas e gastos de apoio, o que representa um escárnio para a sociedade, nesse período de austeridade forçada – menos das cúpulas do poder.

        Eu sou contra isso, em qualquer situação e governo. É minha opinião pessoal e, creio, de muitos aqui. A autoridade pública tem que o dar o exemplo. Pouco importa o partido. Não dá para defender isso, senão do ponto de vista estritamente jurídico, o que já foi feito, inclusive pelo próprio governador e todos aqui do blog temos plena ciência disso.

        Mas se queremos, de fato, uma esquerda – ou governos progressistas – consciente das responsabilidades políticas atuais e da necessidade de mudanças, tanto no discurso como na prática, isto passa pelo básico: respeito à coisa pública. Não é uma questão de ser vítima de um processo difamatório, mas de singelo bom senso, que está em ampla falta em todos os lados da política.

        Apenas um exemplo do que falo: será que o Governador Pimentel não teria ganhos políticos em caso de proposição de uma alteração da regulamentação do transporte de autoridades no Estado, deixando claro para a população que a legislação pretérita era um símbolo do mau uso das prerrogativas e do dinheiro público? Não seria isso o correto ou é pura sandice, já que o governo anterior deitou e rolou nesse tipo de gasto e o PT agora deve fazer o mesmo, sem qualquer crítica? 

         

    2. entendo seu comentário,

      você pode reclamar com os responsaveis pelo decreto, por editá-lo. e para os atuais legisladores, para que mudem a lei.

      depois das peripécias aéreas do aébrio, isso não foi nada.

      1. Sim, mas foi o que quis dizer…

        Pimentel é situação agora. Se a regulamentação é por Decreto, ele próprio pode editá-lo. Se depende de lei, basta propor e colocar a bancada para votar a favor.

        Realmente, concordo, diante das peripécias do antecessor, isso não é nada. Mas ainda é significativo de como a coisa pública é tratada no Brasil, não acha?

        Será absurdo exigir um pouco mais de sobriedade? Enfim…é o que penso sobre isso. Creio que nem sequer precisariamos estar nesse debate se houvesse prudência sobre esse tipo de conduta e gasto. 

  7. Com o devido respeito a quem

    Com o devido respeito a quem pensa diferente, o governador demonstrou a mesma insensibilidade diante da opinião pública que grande parte da classe política nacional, vide o caso dos petiscos do avião presidencial. Num momento de crise de confiança como o atual, seguir as regras à risca pode ser contraproducente, é preciso demonstrar um mínimo de coerência e solidariedade com quem sofre com os cortes orçamentários em serviços essenciais, isentando-se de protagonizar fatos como esse.

  8. E o PIG, como abordou o assunto?

    Prezados leitores,

    O texto desta postagem foi escrito por um homem da política. Mas reparem que, com pequeníssimas alterações, poderia e deveria ser publicado como uma reportagem ou um texto informativo-opinativo, se nos veículos da mídia comercial de MG (do Brasil, por extensão) houvesse Jornalistas dignos desse nome.

    O artigo mostra que não há a mínima esperança de que os grandes veículos da mídia comercial, em futuro próximo, venham a fazer algo que possa ser chamado de jornalismo honesto. Foi preciso um agente político que apóia o atual governador, Fernando Pimentel, relatar e descrever fatos – com sua dose opinião político-ideológico-partidária – para que a população de MG e do resto do Brasil tomasse conhecimento das verdades incovenientes que o grupo político liderado pelo PSDB (que governou MG po 12 anos) e sua sempre aliada ‘grande mídia’ manipulam, distorcem ou omitem, muitas vezes de forma criminosa.

  9. Tempos estranhos e de Pompéias

    Nesses “tempos estranhos” onde governantes e políiticos em geral estão sob a lupa da suspeição, esperar-se-ia, como declinaria um certo postiço, que o bom senso e a prudência andassem tal qual irmãs siameses, par-a-passo, conjuntamente juntas. Deveriam, no mínimo, valerem-se do prescrito por outro postiço: “a mulher de César precisa estar acima da suspeita”. Em português corrente, dir-se-ia, “a mulher de César, além de ser séria, precisa parecer séria”, permitindo inferir que, perante a cafraria nativa, isso implicaria em: mesmo que a mulher de César seja séria, se tiver pose de biscate, biscate é.

    O provérbio árabe, aplicado nestas paróquias do além-mar pelo finado oráculo Ibahim Sued, “os cães ladram e a caravana passa”, só se aplica – ou no linguajar postiço, somente aplicar-se-ia  – aos eleitos. Aqueles cuja base eleitoral está no eixo do café-com-leite e são socialistas de mercado. Aos demais: aos leões!

    Então, Pompéias, cuidem-se.

    […[ ” Até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?
    Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
    A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
    Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem o temor do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
    Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
    Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
    Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
    Oh tempos, oh costumes!” […]

    Marcus Tullius Cicero, Roma, 63 AC

  10. Puxem ai no arquivo do blog a

    Puxem ai no arquivo do blog a materia qdo o Alckimin usou o helicoptero para buscar os filhos no aeroporto.  

    E vejam os comentarios.

    Eêê hipocrisia

    Nao é pq o governador é do PT q tdo oq faz esta certo! Abram os olhos

  11. NEM CERTO, NEM ERRADO. O CUIDADO É SEMPRE BOM E ÉTICO.

    Esse sargento sempre foi um baba-ovo do ex. governador não tem vida própria em cada dez palavras proferidas por ele no plenário 5 eram o nome dos senadores quando estavam no poder. Ele provavelmente como deputado à época dos ex. governadores deva ter assinado alguma ciência do decreto, vou me certificar das picaretagens que esses deputados assinam e aprovam, podem ter certeza que esse não fica de fora, afinal como policial não me çlembro de de nad o do tal SARGENTO sobre a ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS para COMBUSTÍVEL E PILOTOS para transportar COCAÍNA, esse sim era um caso policial e o SARGENTO CALOU-SE, agora o PIMENTEL deveria ter cuidado pois para mim não é ético, embora tenhamos que pensar na segurança dos familiares do governador, afinal o SARGENTO não está lá para protege-lo tá na salona com secretários e secritárias no ar condicional, recebendo um “salarão” na maciota, para mim LUGAR DE SARGENTO É NO QUARTEL OU NAS RUAS PROTEGENDO O POVO, simples assim.

  12. Só falta o Néscio aparecer

    Só falta o Néscio aparecer por aí criticando o Pimentel por causa disso. Mas pra quem usa o PIG pra meter o pau na corrupção dos outros depois de ser o mais delatado da farsajato, tudo é possível. 

  13. O trem está feio mesmo…

    Acho normal e obrigatório que o Governador qualquer que seja o partido, use o transporte que for para se deslocar. 

    É medida de segurança estadual. O Político eleito é possuidor de milhares de votos…

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