Tivesse controle privado, a Petrobras jamais venderia suas refinarias

Falar em empresa “mais enxuta” para o setor petrolífero é lógica de padeiro para convencer Ministros do Supremo, sem nenhuma conhecimento maior de administração e negócios

Vamos supor que a Petrobras fosse uma empresa privada. Ou seja, seus controladores não tivessem nenhuma responsabilidade inerente a empresas estratégicas nacionais: visassem apenas o crescimento e a rentabilidade da empresa.

De repente, eles se veriam ante o seguinte dilema:

1. A empresa tem alto grau de endividamento.

2. A empresa necessita de investimentos para garantir seu crescimento futuro.

Há vários caminhos a serem percorridos. O mais usual deles – para as empresas responsáveis – é a redução dos dividendos. É o caso da Mulberry, fabricante de bolsas de luxo. Essa responsabilidade existe nas empresas com controle de capital definido, na qual os controladores investem na perpetuação das empresas.

Sem o controle definido, os acionistas vêem a empresa apenas como geradora de dividendos. Trata-se do velho esquema de “sugar a mama da vaca”, sem pensar no amanhã. Foi o que ocorreu com a Embraer, ante os olhares indiferentes das instituições e das próprias Forças Armadas. A única lógica da venda para a Boeiong era a da valorização dos papéis dos acionistas, que se tornariam sócios da compradora. A tendência das empresas sem controle definido é se tornarem vulneráveis aos chamados abutres do mercado financeiro.

É o que está ocorrendo com a Petrobras. Ela está conseguindo chegar a um nível de irresponsabilidade só encontrada em empresas do setor privado sem comando.

No ano passado anunciou sua meta de se transformar em uma das grandes pagadoras de dividendos do país. Definiu uma política segundo a qual, se a dívida bruta estiver abaixo de US$ 60 bilhões – incluindo compromissos com arrendamentos mercantis – a empresa poderá distribuir 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos. Se estiver abaixo, distribuirá os mínimos obrigatórios previstos em lei e nos estatutos sociais.

Segundo analistas de mercado, ouvidos pela mídia na época, a nova política garantirá a continuidade do processo de desalavancagem, deixando a Petrobras “mais enxuta e focada em exploração e produção em águas profundas”. Pelos cálculos de mercado, a Petrobras pagaria um yild (reação entre preços da ação e o valor do dividendo) entre 13% e 15% – isto em um mundo em que as taxas de juros internacionais estão próximas de zero. Com a melhoria do mercado, poderia subir a 17%. Ora, isso é tirar sangue da veia da empresa. Como a mídia, tão ciosa em criticar o nível de alavancagem e a necessidade de investimentos da companhia, se calou antes esse descalabro de um yild superior a 13%?

Essa história de “empresa mais enxuta” aplica-se a empresas com diversidade de frentes de negócio não relacionados ao negócio principal. Falar em empresa “mais enxuta” para o setor petrolífero é lógica de padeiro, própria para convencer Ministros do Supremo, sem nenhuma conhecimento maior de administração e negócios.

A cadeia de valor do petróleo contempla três fases:

• Upstream : exploração, desenvolvimento e produção, descomissionamento;

• Midstream : transporte, refino, armazenamento;

• Downstream : transporte, marketing.

Aqui, um diagrama preparado pela Federação das Indústria do Paraná.

A fase de maior risco é a primeira. O investimento inicial é elevado, com bom nível de incertezas durante a exploração e a avaliação. Os dados internacionais mostram a necessidade de investimentos de US$ 1 bilhão para petróleo offshore de médio porte. Há necessidade de levantamento geológicos, pesquisas sísmicas, poços de exploração. Depois de identificado o petróleo, há os investimentos de exploração, inclusive analisando riscos ambientais. E todos esses gastos dependem do comportamento das cotações internacionais do petróleo, submetidas a pressões geopolíticas de toda ordem. Bastou a Arábia Saudita anunciar o aumento da produção, em represália à Rússia, para as cotações despencarem, afetando exclusivamente as empresas focadas no upstream.

Há a necessidade de estudos mais aprofundados sobre a cadeia de valor. O faturamento começa quando chega ao consumidor final – o dono de automóveis, a petroquímica, empresas industriais. Estima-se que o upstream fique com um quinto da receita final. O restante fica com o midstream e o upstream, atividades lucrativas e sem riscos de mercado – a não ser aqueles que impactam diretamente o consumo.

O midstream e o upstream foram pouco afetados pela crise da Arábia Saudita porque trabalham com margens em cima dos preços pagos na compra de petróleo. Para o upstream foi um desastre, porque sua rentabilidade depende expressamente da diferença entre as cotações de petróleo e o custo de exploração.

Justamente por isso, todas as petrolíferas nacionais se valem de sua capacidade de extrair petróleo para explorar todos os segmentos da indústria. Quando a exploração enfrenta dificuldades, escora-se na distribuição, no refino, no transporte.

Os gestores da Petrobras estão fazendo exatamente o contrário, se desfazendo de seu hedge, os setores mais lucrativos e de menor risco, algo que jamais seria feito por uma empresa privada séria.

Ora, se refino, distribuição, produção de gás fazem parte da lógica financeira da companhia, qual a razão do Supremo Tribunal Federal ter tratado como se fosse um mero rearranjo de ativos?

Uma corte responsável abriria audiências públicas, traria especialistas internacionais para discutir a cadeia de valor do setor, antes de sancionar qualquer drible da vaca na Constituição – que obriga que toda venda de estatais passe pelo Congresso.

Daqui a alguns anos, quando ficarem claros os efeitos dessa flexibilização, a biografia de cada um dos Ministros que votou em favor da venda das refinarias será irremediavelmente maculada. A avaliação mais generosa é que foram mal informados.

Luis Nassif

16 Comentários

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  1. Com esse título o artigo parece ser um prato cheio exatamente para aqueles que desejam a privatização. Não teria sido melhor dizer: “tivesse um controle público-estatal não entreguista” ? Dizer “tivesse um controle privado” parece ignorar o fato de parte do controle acionário da empresa (embora não majoritário) ser exatamente privado, e ignorar também a pressão exercida por essa parte do controle da empresa em união com um governo entreguista (início? FHC. Quebra do monopólio estatal, abertura às aventuras da bolsa de Nova Iorque)

    1. Leandro, o controle acionário é dado por ações “ordinárias” e não “preferenciais”.
      Ao contrário do que se possa presumir, as preferenciais dão ao seu detentor “preferência” na divisão de lucros e dividendos, mas não a “mandar” na empresa. São partícipes dos resultados.
      Já as “ordinárias” (além de eventuais e raras “golden-shares”) dão direito ao controle da empresa (decisão).
      Até há pouco, a União (e NÃO ESTE GOVERNO!) detinha a maior parte das ações ordinárias da Petrobrás (“mãe”, a BR já era, como outras subsdiárias ®A.Moraes), e portanto ainda (deveria) decide(ir).
      Os estrangeiros tem maioria do volume de ações, mas não do controle. Estão interessados primariamente em lucros e dividendos. Daí a gestão, desde Temer-Parente, ter dado prioridade a transferir resultados para estes acionistas estrangeiros e não à estratégia da empresas.
      Até porque sabem” que a empresa estará sendo despedaçada e “urge” transferir dinheiro para os acionistas estrangeiros, em detrimento da União (nós). Os acionistas de “peso” estarão usando esse dinheiro para comprar (se já não têm) ações das novas controladoras, como as da BR, que já foi 70% e será 100% vendida !!!!!!!!!!
      Ou seja, o título está certo: Exxon, Shell, Total e outras privadas estrangeiras jamais fariam este desmonte, ainda mais para a CONCORRÊNCIA!
      Pelo que entendo de capitalismo, isto simplesmente “NON ECZISTE!” (®QuevedoxINRI)

    2. A PETROBRÁS É PRIVATIZADA A PARTIR DOS ANOS DE 1990. Quem é o Governo no Brasil a partir desta década? Mas a culpa, esta, deve ser dos outros. Das Caravelas Lusitanas talvez.

  2. Por quê a grande imprensa não toca nesse assunto?
    Alguém explicou todos esses detalhes aos ministros do Supremo?
    Ou eles votaram num escuro de informações econômicas?

    1. Porque a grande imprensa é parte integrante desta rede de saqueio, trabalhando como “Assessoria de Imprensa, Relações Públicas”, (de)formação de opinião e quetais, como desde muito (ex. Assis Chateaubriand e seus Diários Associados contra a campanha do Petróleo é nosso).
      Os de fora podem oferecer mais e melhor à nossa imprensa, pró-privatarização (estrangeira!).
      Enquanto estivermos a mercê de poucas famílias em setores estratégicos (como comunicação), estamos como “resto” na frase “phoda-se o”…

  3. Vai algum corrupto para a cadeia algum dia? Isso é que corrupção no atacado. Não aqueles desvios comparativamente pequenos que fizeram a glória dos supostos “combatentes da corrupção”. Atenção: não estou a defender aqueles corruptos. Estou acusando os grandes, de hoje.

  4. Tivesse o governo ,este país não permitiria que isso acontecesse.
    Os urubus de toga não estão preocupados com biografia, estão preocupados com o que a mão não tão invisível do golpe sabe dos verões passados. Essa sim as suas biografias.

  5. “E CONHECEIS A VERDADE. E A VERDADE VOS LIBERTARÁ”. A Petrobrás é privada. É do Povo Brasileiro. Estivesse este Povo na Administração e Lucros Astronômicos desta Empresa, não estariam nesta pobreza produzida pala Indústria da Miséria do AntiCapitalismo de Estado. Não fosse a intervenção do que sobrou da Bancada Paulista na Figura Gigantesca de MONTEIRO LOBATO, depois do Golpe Civil Militar Ditatorial Caudilhista Absolutista Assassino Esquerdopata Fascista de 1930, chutando a bunda do Imbecil Fascista Getúlio Vargas e do seu ‘Arquiteto da Mediocridade Econômica’ Eugênio Gudin, o Pai das Privatarais e da Desindustrialização Brasileira, não teríamos nem a PETROBRÁS. Tudo teria sido entregue aos Interesses e Petroleiras NorteAmericanos. MONTEIRO LOBATO queria a Nacionalização do Petróleo garantidos na Constituição, mas com a exploração e comercialização Livre do Povo e Indústrias Brasileiros. Que Mercado, Progresso, Desenvolvimento e Riqueza teríamos construído? Justamente o que a Matéria explicita agora depois de 80 anos !!!! Ao invés disto juntaram o Nepotismo fascista da Família do Assassino Tancredo Neves, Getulio Vargas, Jango, Leonel Brizola aos Lacaios Esquerdopatas como UNE, OAB, USP e seus AntiCapitalismo Socialista Tupiniquim e deu neste Circo de Horrores destes 90 anos. Mas sabemos. A culpa é dos outros. PETROBRÁS entregue aos tais Redemocratas (Tancredo Neves, Leonel Brizola, Ivete Vargas, Aécio Neves, entre outros Familiares do Fascista) nos anos de 1980, sendo 100% NACIONAL E BRASILEIRA. O que o Brasil esperava do nepotismo, Parceiros, Lacaios e Projetos do Fascista que se perpetual no Poder desde 1930? O retorno da mesma Política de Privatarias de Eugênio Gudin, PUC/RJ e FGV. Ou queriam que abacateiro começasse a produzir laranjas? Pobre país rico. 90 anos em coma. Até o óbvio se tornou de difícil compreensão. Mas de muito fácil explicação.

  6. A avaliação mais generosa é que foram mal informados.
    A menos generosa, que foram bem recompensados.
    Mas a que vai prevalecer, simplesmente, é aquela que for a mais conveniente na época em que essa “avaliação” ocorrer.
    Conveniente, para quem?
    Ora, para todos eles: a elite financeira, a elite corporativa, a elite da mídia, e, na condição de moleques-de-recado dessa gente – os políticos.
    Ao que parece, o Judiciário se esforça galhardamente para também se alçar a essa condição.
    Se é que já não sejam, sabe-se lá desde quando.
    Aqueles conscientes do que realmente ocorreu, estarão confinados à leitura dos blogs sujos, se ainda existirem. Cuidando para não se afundar na amargura. Que virá, inevitavelmente, quando, um por um, esses últimos postos avançados do que há de melhor e mais bem informado em nós forem sufocados pela incapacidade de se financiar.
    Afinal, entre aquelas elites acima mencionadas estão os donos das plataformas em que esses postos avançados funcionam.
    Vai chegar um tempo em que, o que os blogs dizem, e a quantidade de pessoas que atingem, se tornarão um estorvo.
    Uma coceirinha inconveniente.
    No Future, diriam os punks.
    Ou, o que é pior, a perpetuação do presente.
    Este, em que vivemos.
    Desculpem o pessimismo.
    A cada dia que passa, é assim que me sinto.

  7. Sugiro corrigir e apagar este comentário:
    Yild > Yield
    Onde se lê: O restante fica com o midstream e o upstream…” leia-se “…midstream e downstream…”

  8. Tem ainda os “pequenos detalhes” a se levar em conta:
    O mundo no meio de uma pandemia/crise e insegurança que à tempos não se via.
    Imagem do Brasil queimada (e Brasil, literalmente, queimando….)no exterior, a ponto de nenhuma empresa querer “aparecer na foto” do Brasil de Bolsonaro.
    Uma insegurança jurídica que já virou “piada pronta”…..
    E os manos querem vender refinaria pra quem? Poder ser os chineses que são pragmáticos até dizer chega mas quando você “xinga a mãe dos caras” até o extremo pragmatismo tem limites…..
    So para ilustrar, estes dias a trafigura(aquela mesma…)lançou nota na imprensa internacional dizendo que vai investir um dinheirão em Energia renovável, a trafigura em modo “sou verde”…..tentando recuperar a “virgindade”, talvez….e nessa toada, os malucos daqui, querendo vender até a mãe…só se for pros bróder da deles…e precinho de pai pra filho…

  9. “…a biografia de cada um dos Ministros que votou em favor da venda das refinarias será irremediavelmente maculada.”
    Os sujeitos estariam preocupados com isso?

  10. Todo mundo sabe disso.

    A grande questão é: imagina a COMISSÃO que uma venda desse porte não gera ?

    Ou seja, entendem é muito bem de negócios.

    A questão é, servem a quem ?

  11. O início do desmonte do Brasil, em FATOS:
    O envenenamento da Petrobrás, como de resto a privatarização do investimento estratégico (lucrativo ou não) para o desenvolvimento do braZil, que nunca houve pelas desinteressadas privadas (não confunda…) estrangeiras em décadas ou mais de século em operação no país deu-se com FHC já em 1995, declarando “o fim da era Vargas”, quando sancionou a lei de Concessões ainda no início do seu primeiro mandato.
    1) Como não tinha coragem de privatizá-la, aplicou a tática tucana de “sangrar a empresa”. Em seu mandato anti-Petrobrás:
    2) Criou as concessões (embora a Petrobrás já operasse contratos de risco com as estrangeiras).
    3) Quebrou o monopólio da Petrobrás exatamente quando depois de pesados investimentos, a bacia de Campos começava a produzir e dar retorno.
    4) Desinvestiu na Petrobrás limitando e piorando seu desempenho (ex. P-34 e decorrente perda de produção)
    5) Criou a ANP, uma das agências de proteção de negócios contra a sociedade (como as demais ANEEL, ANS, ANATEL, etc.).
    6) Trocou, sem nenhum benefício à empresa ou ao país, ações (ADR’s) na bolsa de NY, submetendo a empresa à legislação americana e criando enorme base acionária de ações ordinárias no estrangeiro, com prioridade de dividendos e esvaziando as bolsas brasileiras de vender as mesmas ações (fora os bilionários prejuízos futuros pela farsa-jato).
    7) Com o desinvestimento, atrasou em anos o descobrimento e exploração do pré-sal, maior descoberta do século XXI até então, com óleo de ótima qualidade, prêmios internacionais de tecnologia e produtividade e baixíssimo custo em torno de 10 frente aos 45 dos corvos especialistas.
    8) Priorizou compras no exterior (e respectiva exportação de valores e empregos).
    9) Após o período de recuperação “lulo-petista” onde alcançou um posto dentro das 10 maiores empresas do mundo, a maior capitalização da história, voltou a ser (agora mais contundentemente) desmontada desde Temer-Parente até o momento, com um presidente cujo discurso de posse foi “priorizar a concorrência”. “Histórico!”.
    10) Sofreu um processo de saqueio contábil-financeiro-jurídico por uma reles operação que começou num posto de Brasília e foi levada para Curitiba, sobre uma empresa do Rio de Janeiro, por um juíz de família tucana que atuou marotamente no “Banestado”, usando um doleiro bi-criminoso (Banestado e lava-jato) e bi-permiado.
    11) OK processar e condenar criminosos de dentro (ou fora) da empresa, como Paulo R.Costa e outros, mas destruir juntamente com isso parte relevante do PIB nacional (Petrobrás, empreiteiras, estaleiros, subsidiárias e quetais) é simplesmente desnecessário, doloso e inaceitável em qualquer país dotado de identidade e interesse nacional.
    12) O prejuízo foi muito maior que a corrupção. Queimaram a casa para matar baratas.
    13) Valores bilionários, inflacionados e mal demonstrados sangraram a empresa aqui e no exterior (FHC…), convencendo e indignando a sociedade com os canos enferrujados do JN, chavões (antro de corrupção, cabide de empregos e outras bobagens) e prejuízos sempre com o prefixo “BI”. Exemplos:
    13.1) A empresa “reconheceu” (sem comprovação ou demonstração) prejuízos de 6 bilhões com corrupção e os LANÇOU DE NOVO na contabilidade. Perdeu duas vezes?!
    13.2) Embora bilionários, para indignar o povo com “merréis”, os valore oficiais roubados pelos diretores facínoras representam 0,24% do faturamento do período ou uma média de menos de 3% do lucro anual, valores que embora inaceitáveis para serem roubados, não fazem cócegas na saúde da empresa para causar-lhe prejuízo ou “quebrá-la”.
    13.3) As gestões destruidoras a partir de Temer-Parente fizeram acordos EXTRA-judiciais, oferecendo pagamentos BIlionários sem sequer se defender ou esperar o resultado dos (potenciais) processos (injustificados). Acionistas são “sócios” da empresa e não terceiras-partes, correm seus riscos ao comprar ações, a menos daqueles societários.
    13.4) Empresas não são “corruptas”, pessoas que as operam, sim. A Petrobrás foi VÍTIMA e ainda assim pagou o preço dos que a corromperam, duplo prejuízo.
    13.5) Por ser empresa de (então) controle estatal, o Estado Brasileiro não poderia se submeter à leis americanas sem discussão, como se qualquer empresa fosse.
    13.6) Os “prejuízos” atribuídos à empresa no período não foram operacionais, mas contábeis, como “impairments tests”, prejuízo duplicado (v.13.1), perdas no valor internacional do petróleo (comum a TODAS as petroleiras) e outros truques.
    13.7) Uma das maiores demonstrações de má fé pela farsa-jato foi a resistência à acordos de leniência. Ou interesse em assumí-los (à semelhança da tentativa escandlosa e criminosa de apropriação das multas americanas à Petrobrás (prêmio?). Eles queriam punir os corruptos ou as empresas com centenas de milhares de funcionários sérios?
    13.8) A destruição do PIB brasileiro e consequente RECESSÃO e DESEMPREGO coincide com todo este processo farsa-jatesco. Além do golpe em uma presidente RE-eleita, da exacerbação do anti-petismo, da desmoralização da Justiça (STF incluso), condenação-a-jato sem crime e sem provas e consequente impedimento de Lula como candidato líder em pesquisas e a “cereja do bolo”, depois de “20 anos em 2 de atraso” de Temer:
    … Entramos na escuridão da era Bolsonaro …

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