Xadrez dos preparativos para 2022, por Luis Nassif

Há uma onda cada vez maior contra a truculência, a irracionalidade, o anti-cientificismo. Inegavelmente, tornou-se o ponto de disputa entre as forças antibolsonaristas

Publicado originalmente em 5/12/2020

Após as eleições de 2020, abriu-se a temporada de conversas com vistas a 2022. São movimentos iniciais, ainda pouco conclusivos, mas que permitem identificar claramente os ensaios de estratégia de cada grupo.

Vamos tentar detalhar grupos e movimentos, com a ressalva de que, mais do que nunca, a política são nuvens que se movem a todo momento, impedindo conclusões taxativas.

Por isso mesmo, o Xadrez visa apenas organizar as ideias, os grupos e os movimentos, para que cada um tire suas conclusões ou dê seus palpites.

O ponto central da disputa é a liderança da frente antibolsonarista entre uma frente de esquerdas em torno do PT, e uma frente de centro-direita, tendo como ator principal o DEM.

Peça 1 – grupos em jogo

Grosso modo, há os seguintes grupos se movimentando:

Os protagonistas

Centro-direita – pela primeira vez, desde a redemocratização, a liderança é assumida pelo DEM, espanando o PSDB, que tinha assumido o protagonismo da direita com ascensão do trio Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Aécio Neves. Tem a liderança em ACM Neto, Rodrigo Maia. O PSDB torna-se ator secundário nessa frente. O grande mentor é a liga MMS – Mercado, Mídia, Supremo Tribunal Federal.

Centro-esquerda – uma frente ainda difusa, liderada pelo PT, tendo em Lula a liderança agregadora e juntando partidos menores, como PCdoB.

Ultra-direita – partidos mal organizados, que surgem em 2018, no bojo do fenômeno Bolsonaro.

Os agentes secundários

São partidos ou grupos de partidos que se posicionam em relação aos protagonistas:

Centrão – o histórico Centrão, com a liderança sendo assumida pelo PSD de Gilberto Kassab, tendo o MDB como parte relevante.

PDT/PSB – por tal, entenda-se Ciro Gomes e a base do PSB em Pernambuco, constituindo um grupo independente, negociando espaço junto ao centro-direita.

Peça 2 – as novas ondas que se formam

A pandemia explodiu de vez realidades que estavam escondidas serão peças centrais na formação da frente anti-bolsonarismo, levantando algumas bandeiras civilizatórias.

Há uma onda cada vez maior contra a truculência, a irracionalidade, o anti-cientificismo. Se será suficiente para se contrapor às pautas morais do bolsonarismo, não se sabe. Mas, inegavelmente, se tornou o ponto de disputa entre as forças antibolsonaristas.

  1. Redução da miséria.
  2. Preocupação com meio ambiente.
  3. Combate a toda forma de preconceito.
  4. Saídas para a crise econômica.
  5. Bandeiras racionais, em oposição ao fundamentalismo.

Há um processo lentíssimo de revisão dos dogmas econômicos. Mas o enorme atraso da discussão econômica no país impede uma revisão mais rápida de princípios que, desde 2015, jogaram o país em uma recessão infindável.

Por trás das bandeiras, tem que haver políticas públicas que, muitas vezes, colidem com as propostas econômicas de cada grupo. A explicitação das propostas é que irá separar as políticas concretas do mero jogo de marketing.

Vamos identificar, primeiro, as vulnerabilidades de cada grupo.

Peça 3 – as vulnerabilidades dos dois grupos

Do lulismo

A frente da esquerda, até agora, é invertebrada. Tem Lula como referência, mas mostra uma enorme dificuldade em se reinventar. Até agora não mostrou clareza sobre o novo cenário econômico e político, não tem propostas para a renovação das práticas políticas, para maneiras de conseguir aliados na economia real e nas bases sociais, para ampliar o papel dos movimentos.

Sequer entendeu as razões que permitiram o golpe do impeachment. Este, aliás, é o ponto de partida para definir as futuras alianças.

O PT e o lulismo surgiram dentro da concepção do partido-ônibus, abrigando sindicalismo, egressos da luta armada, movimentos sociais, Igreja, movimentos temáticos, como saúde, educação, municipalismo.

Como governo, recorreu a uma estratégia centralizadora, que ampliou radicalmente o isolamento a partir de 2010.

  1. A centralização foi pensada inicialmente para permitir a consolidação de poder de alguns grupos dentro do próprio PT. Mas como o uso do cachimbo entorta a boca, estendeu-se para todas as práticas de governo. O PT não apenas perdeu a capacidade de dialogar com novos setores sociais, com grupos empresariais e, especialmente, com as instituições, após o fim do segundo governo Lula. Manteve a aliança com os movimentos através de políticas sociais meritórias, mas retirando deles qualquer possibilidade de protagonismo político. Houve um pequeno ensaio com as conferências nacionais, mas que foram abandonadas a partir de 2010.
  2. O sindicalismo, como peça central de articulação com a economia real.
  3. Promoção dos campeões nacionais, como instrumento de alianças com as forças econômicas e de financiamento de campanha. Trocaram os fóruns de participação – como o Conselhão e a natimorta Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) – pelos acordos de gabinete, ampliando o isolamento do governo.

Assisti a última sessão do Conselhão – convocado por Dilma Rousseff depois de muita pressão dos aliados. Na saída, havia um certo alívio dos empresários, achando que o governo deixaria de ser tão hermético. Não houve continuidade. Mesmo em São Paulo, alguns bancos comerciais – que não são tão ideológicos quanto o chamado mercado – buscaram interlocutores visando convencer Lula a assumir a candidatura em 2014, mostrando que o antilulismo não havia penetrado em todos os setores empresariais.

Havia um ódio contra Dilma, estimulado pela mídia. Mas outros ódios, mais viscerais, de autoridades, empresários, desembargadores humilhados pela soberba do governo.

Esse isolamento facilitou enormemente a conspiração articulada pelo MMS e empreendida pelo Centrão com o impeachment e o governo Michel Temer – preparando as bases para a destruição institucional do país.

Ficou fácil, através de dois movimentos apenas.

O primeiro, a estratégia da Lava Jato de destruir a base de apoio econômica do PT, os tais campeões nacionais, poupando o mercado financeiro.

O segundo, do lado de Temer, uma ofensiva ideológica nítida contra os sindicatos, com a aprovação de um conjunto de leis que, na prática, quebrou as pernas do sindicalismo brasileiro.

Quando sobreveio o impeachment e a destruição das políticas sociais, nem os beneficiários saíram às ruas em defesa dos projetos desmontados.

O grande desafio do PT será colar os pedaços desse vaso quebrado. Hoje em dia, há enorme dificuldade em refazer alianças com o empresariado industrial e dificuldade em dialogar com os movimentos sociais.

É para impedir essa reaproximação que o MMS articula as falsas comparações entre lulismo e bolsonarismo, ou o discurso malicioso de que Lula estaria acabado para a política.

Da centro-direita

Há uma tentativa de bom-mocismo, em declarações politicamente corretas em defesa da igualdade, do combate à miséria, do estímulo à educação, da diversidade. Mas esbarra nos interesses objetivos do grupo, de desmonte do Estado, de privatização de todos os serviços públicos, e da consolidação do primado do eficientismo sobre o direito. Aliás, um eficientismo duvidoso de centrar todas as medidas econômicas nos ganhos individuais das corporações, abandonando qualquer veleidade de um projeto sistêmico de desenvolvimento.

Além disso, não tem posição clara em relação a um dos pontos centrais da crise dos direitos humanos: a violência policial. O mundo civilizado discute formas de mudar o modelo de segurança e conter a violência policial, mas a centro-direita não ousa movimentos nessa direção.

Peça 4 – os candidatáveis

Todos esses movimentos têm como forças centrífugas candidatos com potencial eletivo. Nesse campo, apresentam-se os seguintes personagens:

Esquerda

Lula – não necessariamente como candidato, mas como o grande polarizador da frente de esquerda e mentor da candidatura que surgir nesse campo.

Direita

Bolsonaro – candidato à reeleição, líder único da ultradireita.

Centro-direita

A disputa se dá entre Luciano Huck e João Dória Jr. Dória é uma variação da ultradireita bolsonarista. Tem a mesma agressividade em relação às críticas, falta de empatia em relação à miséria e à diversidade, e a mesma deslealdade em relação aos aliados políticos. Suas possibilidades de liderar o bloco são mínimas. O que deixa o espaço aberto para Luciano Huck, um livro em branco, mas disponível para ser escrito pelo mercado.

Outsiders

Ciro Gomes, buscando montar uma frente de centro-esquerda alternativa, visando ganhar espaço junto ao centro-direita. E Sérgio Moro, recolocado em sua posição original: um mero boneco comandado por uma esposa ambiciosa e provinciana, mais preocupada com as benesses imediatas, incapaz de entender as grandes formulações políticas.

Peça 5 – a estratégia do centro-direita com Ciro

A estratégia de cada grupos está bem definida.

Há duas lideranças comprovadas – Lula e Bolsonaro. E duas forças contrárias relevantes – o antibolsonarismo e o antilulismo.

A estratégia do grupo MMS (mercado-mídia-Supremo) consiste em, fundamentalmente, enfraquecer Lula, para se apresentar como o único representante do antibolsonarismo.

Nessa tarefa, recorre a três frentes.

  • A primeira, a tentativa de colocar Lula e Bolsonaro nos dois extremos, uma tática que afronta qualquer compromisso com fatos, mostrando a enorme dificuldade da mídia tupiniquim de recuperar os valores jornalísticos.
  • A segunda, do lado do STF, o prolongamento das condenações de Lula, através do expediente de postergar o julgamento sobre a isenção de Moro.
  • A terceira, a instrumentalização de Ciro Gomes, como uma espécie de cavalo de Tróia das esquerdas.

Ciro tenta entrar na frente trazendo o trunfo da aliança PDT-PSB, com forte penetração no Nordeste. Sem conseguir espaço na frente de centro-esquerda, devido à liderança de Lula, tenta se candidatar a representante do centro-direita com a missão de implodir a centro-esquerda e, por tabela, candidatáveis melhor situados na frente, como Fernando Haddad e Flávio Dino.

Nem se imagine Ciro como desleal, traidor. Ele é apenas o touro bravo na arena. Basta estender uma capa vermelha da promessa vaga de uma candidatura, que ele sai chifrando.

Por inúmeras razões, não há a menor possibilidade de Ciro se tornar o candidato dessa frente:

  1. Pelas suas virtudes, propostas claras e coerentes, um dos melhores diagnósticos sobre o quadro atual da economia brasileira, mas que colide frontalmente com o cimento ideológico da frente MMS, no qual os dois princípios básicos são a financeirização/globalização absolutas e o fim de qualquer forma de defesa dos direitos do trabalho.
  2. Pelo temperamento de Ciro, e por sua visão política, acurada e penetrante como a de Mr. Magoo dos desenhos. Ele é incapaz de aceitar qualquer cargo que não seja a de candidato a presidente da República. E, por seu temperamento, nessa frente nenhum presidenciável aceitaria um vice com seu temperamento. Ciro considera que a política é um concurso de meritocracia onde só entram matérias econômicas, não as políticas. De certo modo, sua acuidade econômico-racional é a expressão mais acabada da anti-política, uma versão déspota esclarecido contra o despotismo imbecil de Bolsonaro.

Peça 6 – os caminhos não explorados

Apenas um novo fortalecimento de Bolsonaro poderia quebrar as barreiras, permitindo um pacto efetivo pela redemocratização contra o mal pior, sua reeleição.

Hoje em dia, há uma discussão internacional passando pelas principais instituições de pesquisa, ONGs, fóruns, instituições multilaterais, sobre os novos caminhos da democracia.

Todos eles passam pelo reconhecimento do papel do Estado, em contraposição à globalização desenfreada dos últimos anos. Mas, dentro do Estado, um aprofundamento da democracia, através da ampliação das formas de participação e de descentralização. Ou seja, a definição de políticas públicas com a participação protagonista dos beneficiados, movimentos sociais, grupos empresariais, associações municipais. Será o caminho para impor a lógica da razão sobre o fundamentalismo moral que ameaça sufocar o Ocidente, tornando a defesa da democracia um valor essencial.

É um longo trabalho de construção social que o Brasil começou a trilhar e que foi interrompida quando um grupo de mistificadores, levantando falsas bandeiras civilizatórias, resolveu “acelerar o processo”, jogando o país nos braços do bolsonarismo.

Luis Nassif

51 Comentários

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  1. Certo.
    Mas “centro-direita” é o escambau.
    De uns tempos para cá, a midiazona está tentando aplicar mais esse golpe na praça…
    Chegam ao despudor de chamar o DEM de “centro”!

    DEM/PFL/PDS/Arena, o eterno rebranding do partido da ditadura, virou “centro-direita”?!
    O PSDB que liderou do golpe de 2016 ainda pode ser considerado “centro-direita”?!
    PSDB/DEM que chancelaram toda sorte de farsas/perseguições judiciais contra as lideranças petistas (incluso familiares) podem ser considerados “moderados”?!
    PSDB/DEM que cevaram o neofascismo bolsonarista são “centro-direita”?!
    PSDB/DEM que dão sustentação ao governo neofascista miliciano são “centro-direita”?!

    Nessa esconjuração… chamemos a coisa pelo nome.

    1. Exatamente. Chega a ser desanimador ver a esquerda partidária (e até cientistas e analistas políticos) embarcando nessa.

      Imagina só, Ronaldo Caiado, Bornhausen, ACM, etc, “centro”….

  2. Lula publicou longa carta no feriado de Sete de Setembro, apontando corretamente todas as mazelas em que caímos, nessa tragédia Bolsonaro & Filhos que estamos vivendo, e se oferecendo ao povo brasileiro, como alternativa política nas eleições gerais de outubro de 2022. Somente a Folha de S. Paulo publicou o documento na íntegra, para nada, porque ninguém deu a mínima importância, num prenúncio do que seria demonstrado pelas eleições municipais de novembro: acabou a era dos grandes líderes. FIM do mito Lula e FIM da hegemonia do PT.
    Eu detesto o Lula e NUNCA faria campanha por ele, mas ficaria num semáforo distribuindo panfletos do Fernando Haddad, como fiz em 2018, na rodoviária do metrô Jabaquara, mas não farei isso pelo Lula.
    E agora, José? … Para onde vamos?
    João Doria é um deboche, um pastiche, e nem vale a pena perder tempo com aquela imitação de Silvio Santos. Ciro Gomes é uma buzina que 2/3 do eleitorado não leva a sério…
    E agora ???

      1. Sociedade assentada na escravidão. Aqui, quem não foi senhor, foi escravo.
        Lula foi o nosso segundo líder que teve a força para mudar isso – o primeiro foi Getúlio Vargas – mas ele estragou tudo com corrupção e o jogo jogado das empreiteiras.

      2. Para quem não conhece, esse é o célebre “Discurso do Sorites”, feito pelo senador Nabuco de Araújo, pai do Joaquim Nabuco, no Senado do Império, em 1868, em que ele protestava contra o fato de uma maioria ter sido transformada em minoria por decreto do imperador.
        “Essa maioria tendia, por consequência, a crescer; o ministério, que a representava, decaiu, não por uma vicissitude do sistema representativo, não porque uma minoria se tornasse maioria, mas por diferenças que houve nas relações da Coroa com os seus ministros.
        Dizei-me: o que é que aconselhava o sistema representativo? O que é que aconselhava o respeito à vontade nacional? Sem dúvida, que outro ministério fosse tirado dessa maioria. Mas fez-se isso? Não, senhores, e, devo dizer, foi uma fatalidade para as nossas instituições. Chamou-se um ministério de uma política contrária, adversa à política dominante, à política estabelecida pela vontade nacional…”
        Para mim, o senador Nabuco antecipava no Senado do Império, o que fizeram com a deposição do governo Dilma Rousseff e sua substituição por Michel Temer.
        Eu jamais uso a palavra “golpe”, porque a considero tola, colegial, infantil. Dilma Rousseff foi deposta, porque para isso se juntaram 367 deputados federais e 61 senadores. Fez maioria de uma minoria. Só isso.

      3. Esqueci o início do Discurso do Sorites:
        “Vede este sorites fatal, este sorites que acaba com a existência do sistema representativo: o Poder Moderador pode chamar quem quiser para organizar ministérios; esta pessoa faz a eleição, porque há de fazê-la; esta eleição faz a maioria. Aí está o sistema representativo do nosso país.”
        Sorites é um tipo de raciocínio que cria uma resposta lógica a partir de premissas falsas. Nunca houve razão para o impeachment da Dilma Rousseff. Fizeram maioria de uma minoria.

        1. O Cavalo de Troia do GGN, o criptobolsonarista, vem agora dar uma de Marco Antonio Villa, ao citar pormenores insignificantes da história para mostrar erudição. Todo cuidado é pouco com um tipo como esse. Sinto cheiro de fascismo sob o aroma de naftalina.

      1. Ódio é uma palavra pesada demais, que eu nunca utilizo para ninguém. Eu detesto o Lula, só isso, não gosto da sua eterna pose de “Salvador da Pátria”, de “Novo Messias”, que na verdade nunca passou do “chefão da corrupção”, como disse tão bem Barack Obama. Eu fui um dos liderados dele, era metalúrgico de montadora americana no ABC e participei de todas as greves a partir de 1977. Nós ganhamos e perdemos várias vezes – a greve de 1981 foi a nossa derrota mais dolorosa, mas a dor ficava menor, sempre que lembrávamos que nós tínhamos um líder extraordinário, brilhante. Lula era o nosso líder, e só quem foi um metalúrgico no Estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, sabe o que é o poder carismático de um grande líder. Naquela época, nenhum de nós – nem Lula – imaginava que ele chegaria à Presidência da República. Ele poderia ter sido o nosso Nelson Mandela, mas preferiu ser o Grande Coordenador da vasta corrupção que sempre moveu a máquina federal e as máquinas estaduais. Vendeu-se à Odebrecht, como o próprio Marcelo Odebrecht contou, vendeu-se à OAS etc, tornou-se o líder das empreiteiras corruptas, sendo que até um suicídio de ex-presidente já provocou a Odebrecht – Alan García, no Peru.
        Não precisava ter sido assim, aquela gigantesca engrenagem de corrupção, propinas, subornos, compra de votos no Congresso.
        Tenho quase certeza de que amanhã Lula vai cumprimentar o ditador criminoso e assassino Nicolás Maduro pela “vitória” na “eleição” de hoje na trágica Venezuela.
        Que fim triste para o nosso mágico e amado líder das grandes greves do ABC.
        Voto e faço campanha por Fernando Haddad, sempre votei, até na derrota arrasadora de 2016.
        Voto e faço campanha por Eduardo Suplicy, a quem tive a chance casual de abraçar no Aeroporto de Madrid, uma ocasião.
        Lula é hoje um cadáver insepulto. Com seu EGO descomunal, ele está destruindo o PT.
        Torço cada dia pelo senador Jaques Wagner, do PT da Bahia.
        Política é antes de mais nada RENOVAÇÃO.

        1. Detesta o Lula e, essa o Cavalo de Troia não tem coragem de confessar, adora o Demente instalado no Planalto. O Genocida e, principalmente, a escumalha que o cerca, a caterva. Essa deve lhe provocar verdadeiro frisson, pois está destruindo o Estado, a República, que é o que o Renato de Troia reconditamente deseja para aplacar seu ressentimento de fracassado.

      2. Poucos mais do que eu, bem poucos, diga-se, sabem o que é decepção com um líder. Ninguém tem o monopólio da verdade, muito menos eu, mas o Lula já era meu líder, quando o país inteiro mal sabia quem era aquele líder sindical do ABC, em 1977, aquele barbudo de voz grossa e sempre de mau humor, que conquistava qualquer interlocutor com um charme pessoal irresistível. Em 1978, ele me liderava como metalúrgico de montadora americana e ao mesmo tempo me atacava, eu já então na condição de estudante da FFLCH-USP, chamando a mim e meus amigos de “elite” – ele estava certo 🙂
        E chegamos à eleição presidencial de 1989, quando eu segurei bandeira do Mario Covas na Avenida Sena Madureira, na zona sul de São Paulo. E votei no Lula no segundo turno, mesmo discordando de quase tudo o que ele e o PT pregavam naquela época, 13 anos antes da “Carta aos Brasileiros”. Votei nele em 17 de dezembro de 1989, porque a outra opção era um bandido. Em 2002, votei nele nos dois turnos, pela última vez. Em 2006 já tinha acontecido o Mensalão… o resto é história.

        1. Pera lá, seu líder está no poder! O cinismo é mais do que evidente, superior até ao do Demente do Planalto. Tal como aquele que se lá instalou em 1990 e que, agora, se alia ao Títere de Rio das Pedras. Seus líderes são, incontestavelmente, bandidos, escroques, quadrilheiros, milicianos. O resto é cinismo de ressentido, fracassado, como o Renato de Troia. Cruz credo!

    1. Praticamente ninguém gosta do que eu escrevo, mas isso não tem a mínima importância, o que importa é que pelo menos eu dou uma agitada no pedaço, fala a verdade… rsrs… porque senão o tédio mata todo mundo por aqui. A maioria dos comentadores é de petistas se congratulando uns aos outros. Eu não sou, nem nunca fui simpatizante do PT, apenas votei algumas vezes em candidatos desse partido totalitário, e ajudei um pouco em algumas campanhas petistas na minha cidade, São Paulo, mas também pelo Lula em 1989, segundo turno, e em 2002, nos dois turnos.
      Lula está liquidado, não haverá revolução nenhuma e ainda corremos risco seríssimo de vermos Bolsonaro reeleito. Faltam somente 21 meses para a eleição, em outubro de22, e o quê fazem a liderança do PT e os petistas? NADA.
      Ou melhor, eles fazem, ficam roendo as unhas e rezando em silêncio para São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis. Dizem eles uns aos outros: o Supremo vai julgar a parcialidade do Sérgio Moro, os julgamentos sem provas serão anulados, tudo voltará à estaca zero, Lula ficará livre para ser candidato e será eleito em outubro de 2022… SE o STF impedir Sergio Moro… SE o PT conseguir derrotar Bolsonaro… SE Ciro Gomes apoiar o PT no segundo turno… SE, SE, SE….
      E assim vão passando as semanas, uma após a outra, e correm também os meses….
      Em junho o libertador de traficantes Marco Aurélio de Mello vai embora – GRAÇAS A DEUS – e Bolsonaro vai mandar para a corte outro da turma dele. Mas isso não importa, haveremos de ter Lula, nosso Salvador, Ele haverá de nos salvar desse caos em que nos metemos, reza em conjunto todo o PT.
      Continuem esperando. Esperar só serve para matar de tédio, nada mais.
      Lamento dizer, mas a revolução faltou ao encontro, as massas não apareceram, nem vão aparecer.
      Lula foi condenado sem provas em dois julgamentos farsescos, isso é um fato, porém, infelizmente, esse fato oriundo de fraude processual é o que está valendo para o Poder Judiciário Federal, o que significa que Lula NÃO pode ser candidato a nada. É o que temos de realidade hoje e negar a realidade é loucura.
      Por quê não há um candidato do PT à Presidência da República em campanha desde já? Desde ontem?
      Fernando Haddad, Jaques Wagner, Rui Costa, seja quem for, por quê ainda não há um candidato ao Palácio do Planalto no principal partido de oposição?
      Bolsonaro está feliz e se divertindo com essa situação absurda.

      1. “Bolsonaro está feliz e se divertindo com essa situação absurda.”

        O Cavalo de Troia, agora, conhece até os humores do seu favorito. A identificação com o líder tem algo de psicótico.

    2. E agora? Você deve continuar ensaiando seu discurso para que ele chegue em 2022 sem parecer a nota de três reais que parece hoje. Nem mesmo Alexandre Frota acredita mais na Lava-jato e você ainda vem falar no mensalão, que não conseguiu armar provas contra Lula e, recentemente, já inocentou (tardiamente) até José Genoíno…

      1. De mim, Lula jamais terá absolvição.
        Pelo imenso mal que ele faz a toda a esquerda e centro-esquerda brasileira desde 1989, ocupando todo o espaço, obrigando o exército dos seus devotos e fanáticos à mais cega obediência. Nem sequer um projeto de novo líder consegue brotar no campo da esquerda, porque Lula, o EGO, mata todos, extermina qualquer tenra grama que teime em crescer na relva que é dele e dos seus fanáticos. Mas o tempo é implacável. Lula já tem 75 anos. Vamos ver o que será do PT daqui a 10 anos. Como Perón, Lula não admite ninguém mais por perto.
        O primeiro que percebeu esse EGO louco foi Ciro Gomes. E agora tivemos um vento fresco, uma brisa de primavera de flores que trouxe Guilherme Boulos e, talvez mais importante, Juliano Medeiros, um jovem de 37 anos, o sensacional presidente do PSOL.

        1. “De mim, Lula jamais terá absolvição.”

          A situação está se agravando. O Pato de Troia agora se acha um deus, um justiceiro. Mimetiza-se a demência Palaciana.

        2. Sua opinião guarde-a para você. Não nos interessa você gostar de Bozo e destestar o Lula sem dados concretos do seu ódio sapituca pelo Lula. Seu ódio é de crasse como de toda crasse Merdia que sifu com seu mito!

  3. Donald Trump teve mais de 74 milhões de votos. Esse é mundo real em que vivemos hoje, 2020, o resto é devaneio. Não haverá nenhuma revolução de esquerda, porque acabou a era das revoluções.
    Onde os progressistas vão se abrigar? Que bandeira vamos carregar?

    1. Não se meta no lado de cá! A sua bandeira é a da suástica, do sigma, do tridente, uma dessas que remetem ao fascismo, ao autoritarismo, à tortura, à pilhagem, à sordidez. E o gesto servil é o do braço direito erguido e a mão espalmada em saudação ao Líder. O fracasso e o ressentimento dele decorrente deixam marcas profundas em tipos assim, sabujos de qualquer ditadura.

  4. O que ninguém tem levado em consideração é a terrível nuvem densa e escura que está para desabar sobre o mundo inteiro em 2021 e que vai pegar países como Brasil no contrapé por insistir em sua política necroliberal. Com isso Bolsonaro pode evaporar da cena política.

    1. Gostaria tanto de contar com isso… mas depois que eu vi pobre que ganha salário mínimo defender Bolsonaro da caristia dos itens básicos, como o arroz o óleo, eu penso que a era do surrealismo não acabou. É uma ignorância tão profunda que contrasta com a necessidade de sobreviver.
      Bozo se coloca como vítima do sistema, do congresso, da China que compra tudo, e eles…. acreditam! Há uma identificação desse lado torpe do “bandido bom é bandido morto”, “todo viado merece mesmo uma surra”, a não igualdade dos gêneros numa parcela significativa da população, capaz de faze-los votar contra os próprios interesses .

  5. O mal da direita é que ela é sempre calhorda. A diferença é ser calhorda extremo, centrado ou só calhorda. Iguais são no desprezo por qualquer política pública favorável ao andar debaixo, visto que ocupam sempre o andar de cima. Pobre de direita na verdade não existe, existem pobres alienados, no sentido de alienação mental. Exceto em alguns casos a direita é detentora do poder nos regimes autoritários. Mas nos regimes ditos democráticos ela detém o poder sempre, ficando de fora para descansar, por pequenos interregnos. A direita é muito, muito rica e muito muito sábia. Poupou Lula lá atrás mas deu-lhe um drible da vaca para pegá-lo mais adiante, não é imediatista, é enxadrista. O alvo naquela ocasião era outro, atingido mortalmente pelos snipers. Liquidando José Dirceu, o interregno para reassumir o poder ficou mais curto. Então, ando pensando que Ciro, FHC, Huck, Bolsonaro, Temer, todos têm razão, se nos baldearmos para a direita seremos mais felizes. Claro, também alcançaremos a calhordice, mas isso já está comprovado, é uma questão de soMENAS.

  6. O senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, vem se revelando uma figura de grandeza política exemplar e me parece o melhor filão de ouro do PT para 2022.

    1. O Pato de Troia agora quer meter o bedelho no PT, acreditando que o senador é um quinta coluna. O ressentimento demencial, provavelmente resultante de algum fracasso, provoca essa reação sórdida, cínica, malévola. Cruz credo!

    2. Jaques Wagner é um cagão que fugiu da responsabilidade de ser candidato em 2018. Tu acha que ele vai encarar 2022? Vai continuar no plenário, garantindo seu ganha pão e fingindo-se de esquerda que toda direita gosta

  7. Política sempre é conjuntura.
    A conjuntura,no entanto,pode ser criada. Está aí o golpe contra a presidenta Dilma para comprovar.
    O sujeito que ocupa a presidência da República, infelizmente, por pior que seja seu desgoverno, e tudo indica que ficará pior,tem a seu favor um eleitorado cativo,criado através de anos e anos de pregação midiática contra a política e contra os políticos e que,devido a sua insignificância, possibilitou a esse sujeito encarnar como representante desse segmento. É impossível quantificar este agrupamento mas,por suas características é possível acreditar que em uma disputa com algum candidato de esquerda este grupo tenha mais atrativos para aglutinar do que outros do mesmo naipe.
    A esquerda depende muito do presidente Lula, liderança inconteste e,por isso mesmo,censurado na mídia golpista e na justiça pulguenta que tentam criar o fato consumado da inexistência do presidente ou,quando o citam,o fazem sempre em comparações de forma pejorativa com esse sujeito que ocupa a presidência da República.
    A desconstrução do presidente Lula tem sido mais difícil do que os golpistas previam mas é inegável que o tem age a favor deles .
    Também, é preciso entender,inclusive aqueles que sonham com uma aposentadoria do presidente Lula que,eleitoralmente, por vontade dele,ele já o fez em 2010,saindo do governo com uma popularidade de mais de 85%.
    Em 2018,mesmo contra sua vontade, o presidente Lula,depois do desastre das eleições de 2016,no pós-golpe,viu obrigado a emprestar seu nome para que uma tragédia maior não ocorresse com seu partido.
    Pode ser que 2022 o obrigue novamente a este tipo de empreitada. Mais uma vez a conjuntura será imperativa e,se sair candidato será no sacrifício para evitar que seu partido venha a tornar-se um pó na política, algo vaticinado a cada eleição pela mídia golpista, sempre obrigada a engolir a realidade e fomentar golpes para encaixar sua narrativa.
    Esses dois atores são fundamentais para o desenrolar do processo eleitoral de 2022 e a direita engomadinho sabe que somente terá alguma chance se conseguir uma eleição plebiscitaria. Daí a necessidade de tentar eliminar um dos candidatos, por isso a insistência na narrativa contra o presidente Lula já que,contra o sujeito que ocupa a presidência da República, somente uma ação mais incisiva contra a política econômica poderia abalá-lo,algo completamente fora de questão, tão alinhados encontram-se nesse quesito.
    Preparando -se para ser o candidato engomadinho entendo que temos duas figuras se preparando: De um lado,o boquirroto do Ceará que joga única e exclusivamente com o intuito de tentar dividir a esquerda e,sobretudo, inviabilizar a candidatura do presidente Lula, algo que não ocorrerá conforme já dito.
    De outro lado,temos o boneco de plástico, governador de SP.
    Embora descartado por muitos,temos de admitir que esse sujeito vem montando uma estratégia que pode vialibilizá-lo se conseguir o apoio da mídia golpista,algo que não parece difícil diante dos $$ que estão envolvidos.
    Dentro dessa estratégia está a oposição ão ocupante da presidência da República no que diz respeito à pandemia, saindo na frente na produção de vacina e na vacinação que ainda dependem de efetivação.
    Também,vem agindo fortemente nas obras de mobilidade urbana, principalmente na capital onde o calendário de inaugurações de estações de metrô e de monotrilho ocupará grande espaço na agenda do governador o que necessáriamente o colocará no noticiário golpista, isso sem falar que a monstruosidade dos monotrilho não tem com passar despercebido da população,além do terminal de ônibus Vila Sônia, aguardado desde Mário Covas.
    O mesmo ocorreu com o contorno viário de Caraguatatuba e São Sebastião, obra oportunamente paralisada para possibilitar o encaixe na agenda de candidatura presidencial,o mesmo ocorrendo com as obras de duplicação da rodovia dos Tamoios,obras que tem importância estratégica como corredor de exportação mas,e sobretudo, que atendem aos interesses da classe média e média alta que utilizando-se desse corredor para o acesso as praia do litoral norte.
    Pelo porte,não tem como o boneco de plástico não ter visibilidade .Se a vacinação for exitosa,então, conseguirá se sobrepor a todas ações negativas nas áreas sociais.
    2022 trará essas configurações e,pelos interesses envolvidos, dá para perceber que a peça fundamental para os golpistas colocarem o golpe no eixo originalmente idealizado é o presidente Lula. Ele é o obstáculo para o plebiscito entre a direita selvageria e a direita engomada.
    Mais chumbo grosso deve vir contra o presidente Lula e uma nova prisão não deve ser descartada.
    O resto,embora a conjuntura sempre pode mudar,deve fazer a figuração.

  8. Opino: não será só a conjuntura interna que determinará o que vai acontecer em 2022.
    Acredito mesmo que os globalizadores / financeirizadores dos EUA e UE devam estar repensando suas estratégias de apoio a grupos de extrema direita que adotaram o ideário econômico neoliberal. E, para mim, é óbvio que se esses atores desejarem, Bolsonaro sequer chega ao final do mandato. Sem termos ao menos alguma noção de qual direção os principais atores externos tomarão não dá para delinear um cenário razoavelmente crível.

  9. Problemas difíceis exigem soluções as vezes também difíceis.
    PT muito próximo do que o Jacques Wagner descreveu na entrevista ao Intercept. Não precisa só se rejuvenescer na militância que hoje prefere o Psol , PC do B e outros grupos políticos do campo progressista , mas nas suas práticas, principalmente as internas.
    Isolamento praticado nas eleições de 2020 parece deliberado como se fosse um “termômetro” politico pra media a febre do eleitorado frente aos candidatos da tendência que comanda o PT.
    Deu ruim pra todo mundo e , naquele coisa bem tabajara , a direção do Titanic que responsabilizar os outros.
    Aguardando ansioso uma auto critica da companheira Gleisi pelo seu desempenho pífio nas Eleições.

  10. GOVERNO LULA,O GOVERNO DO BUCHO CHEIO,DINHEIRO NO BOLSO E DA PAZ,GOSTARIA DE APRENDER MAIS SOBRE ESTE MOMENTO DE FELICIDADE DO PAÍS,Q TAL UM ÍNDICE DE FELICIDADE DAS EMPRESAS BASEADAS NOS NÚMEROS DA ÉPOCA LULISTA,O CHAMADO PTÔMETRO !!
    OBS:DEIXO PRA LÁ O ANTITUCANISMO,POR ENQUANTO,VIVA O BRASIL !!!

  11. Teve uma mudança estrutural no jogo eleitoral: o financiamento de campanha. As coalizões eram montadas delimitando-se quem arrecadava e com quem (os caciques políticos se divertiam chamando de “horário eleitoral”).

    Esse jogo mudou. Agora, cada um corre com seus próprios fundos. Nem coalizão proporcional tem mais. O baixo clero nao vai voltar tão facilmente pra debaixo das asas da direita. Meu palpite é que só vai ter “frente” disso ou daquilo no segundo turno. A eleição municipal aqui da cidade do Rio de Janeiro é bem ilustrativa.

  12. Exatamente. Chega a ser desanimador ver a esquerda partidária (e até cientistas e analistas políticos) embarcando nessa.

    Imagina só, Ronaldo Caiado, Bornhausen, ACM, etc, “centro”….

  13. Só a ameaça da volta da esquerda para Bolsonaro continuar competitivo. Se o PT continuar declinante, candidatos de centro se fortalecem na direita. Um candidato do PCdoB é impensável para o tio do churrasco.

  14. Um homem termina seu discurso azedo e mal coordenado com a expressão: em 2006 já tinha acontecido o Mensalão… o resto é história.
    O que pode esperar da vida esta criatura? O que ele sabe dos acontecimentos efetivos? Onde ele coloca as forças externas e as comprovadas falcatruas do Judiciário?
    Desculpa, mas o senhor sabe muito pouco da vida e da política para tanto blá blá blá

  15. Renato, você é um desafeto do Lula que precisa ser levado a sério, conviveu com ele, não é daqueles que não viu mas não gosta. Só que, para quem gosta do Lula, meu caso, fica difícil entender esse conceito de corrupto pregado no Lula, pelo mensalão, lava jato e correlatos, taxando-o de chefe de quadrilha num desprezível powerpoint, sem nunca ter aparecido prova consistente. Há inúmeros juristas nacionais e do mundo todo questionando a culpabilidade do Lula. Me desculpe, ou você mostra algo consistente contra o Lula, ou fico com a impressão de uma profunda inveja a um “apedeuta” partindo de alguém da “elite” que não conseguiu chegar onde o “ignorante” chegou.

  16. Acho engraçado o rancor dos leitores desses blogs que acabam cativando um público específico. No caso aqui, o leitorado é de esquerda, petista e lulista, ao menos os leitores que escrevem.
    Quem não é devoto do Lula é “descoordenado”, “profundamente invejoso”, “nada sabe da vida” e por aí vai.
    Aqui, criticar o Lula resulta sempre em ataques pessoais. Em outros lugares, os ataques são idênticos, porque chamo os Bolsonaro de gang ou milícia. Isso me lembra muito meu tempo de estudante de Ciências Sociais e depois História na USP. Era obrigatório ser petista e lulista, como também era obrigatório ser peronista e ser um fervoroso adepto da Revolução Cubana – ai de quem se atrevesse a criticar Fidel Castro, o que eu cansei de fazer, apenas para ser agredido minutos depois, ao vivo, sempre aos gritos, chegando às ameaças físicas.
    Onde já se viu criticar o Lula? Você é louco??
    Teve um leitor aqui que me chamou de “podridão humana”…. rsrsrs …É assim o mundo, mas é divertido.

    1. Não é o meu caso, Renato, exceto a sensação que permanece de a motivação ser inveja. Claro que é apenas uma sensação, como eu poderia provar isso ? A sensação permanece porque não houve resposta à minha interrogação: o que você sabe de concreto, que possa ser provado, contra o Lula ? Que ele é o chefe da maior quadrilha de corruptos do mundo, que dilapidou a Petrobrás e foi ferrenhamente desmascarada pela maior operação de combate à corrupção do planeta, eu já sei, tudo foi muito bem explicadinho num powerpoint e deu na Globo.

      1. Eduardo, eu agradeço a atenção que você dedicou à leitura dos meus comentários. Não sei nada sobre Lula e os 13 anos de governo do PT, que não tenha sido publicado e analisado em milhares de páginas de jornais, sites e blogs. Lula foi um homem de Estado, eu sou um simples eleitor, que lê alguma coisa e emite opiniões, portanto, não há comparação possível entre o meu nível e o nível do Lula. Acho que isso responde à sua pergunta. Só como pequena amostra, a delação do Marcelo Odebrecht foi explicada em mil reportagens, a delação do Léo Pinheiro, da OAS, também. Lula repete incansavelmente desde 2015 que é tudo mentira. O mesmo homem que chamava de “amigo Paulinho” o Paulo Roberto Costa, que se não me engano devolveu algo como 100 milhões de reais desviados da Petrobras.

        1. Sim, Renato, eu li muito sobre o assunto e justamente por isso é que digo que, até o momento, nada apareceu que comprove a culpabilidade do Lula. Tem livro de juristas brasileiros confiáveis que não tiveram relacionamento de amizade com o ex-presidente, e que pode ser baixado de graça, mostrando a farsa da condenação. Até essa informação do “amigo Paulinho” carece de comprovação. Realmente ele repete incansavelmente que é inocente mas por que não seria inocente ? Todos são inocentes até que se comprove a culpa.

  17. Uma dica que talvez alguém possa aproveitar: um jornalista de esquerda e petista, Juca Kfouri, numa longa entrevista ao Roda Viva, em 2014, antes da Lava Jato, portanto, contando parte do que foram as falcatruas na construção dos estádios para a Copa do Mundo. A ultra corrupta FIFA pediu 8 estádios, mas Lula impôs a construção ou a reforma total de 12. O melhor dos cronistas de futebol contou também na sua coluna na Folha, que o estádio de Corinthians não era para ser pago, porque o 1 bilhão de reais que custou seria “dissolvido” em dezenas de outras obras da Odebrecht para o governo federal do PT. Mas aí governo do PT foi deposto pelo impeachment de 2016 e o infeliz time de Itaquera não sabe como pagar a dívida agora já astronômica. Atenção, não sou eu que estou dizendo isso, foi o Juca Kfouri quem falou palavra por palavra.

    https://www.youtube.com/watch?v=lx30I8yi3Cw&t=3437s

  18. “Quando sobreveio o impeachment e a destruição das políticas sociais, nem os beneficiários saíram às ruas em defesa dos projetos desmontados.”
    O que mudou de lá pra cá, Nassif? Digo, quanto aos beneficiários terem uma mínima noção de quem ganha quando eles perdem. Votariam de novo manipulados por uma mamadeira de pi….oca, não?
    Então, sinto muito dizer, que enquanto a esquerda não tratar desta ferida, serão os donos da banca que continuarão a dar as cartas.

  19. “Redução da miséria.
    Preocupação com meio ambiente.
    Combate a toda forma de preconceito.
    Saídas para a crise econômica.
    Bandeiras racionais, em oposição ao fundamentalismo.””

    Pauta MUITO complicada. Se tentarem fazer disso as bandeiras de campanha, perdem. O eleitor não entende.

  20. Estamos muito próximo de dois eventos que se não derrubar o atual governo, aniquilará o bolsonarismo. O mercado e a extrema direita terão que procurar outro representante.

    Nós próximos meses ficará claro que o atual presidente será carta fora do baralho, nas próximas eleições.

    As cicatrizes provocadas pelo fim do bolsonarismo, dificilmente permitirá a direita apresentar um representante competitivo nas próximas eleições.

    O centrão vai ser um dos primeiros a abandonar o barco, qualquer um que ficar abraçado vai afundar junto.

    O PSD E O PP, são de direita, mas antes disso são pragmático, e boa parte dos prefeitos eleitos, principalmente no nordeste são alinhados com governos do PT, PSB E PDT.

    Com o fim do bolsonarismo, reforçaram estás alianças para disputa do legislativo em 2022.

    O bolsonarismo foi um movimento do acaso, fruto de uma coincidência de vários fatores, essencialmente oportunista, que para nossa sorte não tem nenhum pensamento consistente.

    Tudo indica que não será derrubado,. Mas está desmoronando por falda de um alicerce fundamental, um pensamento ideológico consistentemente.

  21. Ah, Nassif, eu já fui tanto seu leitor.
    Em 2018, abandonei as leituras do blog diante das tabelinhas que eram perceptíveis com a estratégia petista nas eleições, em detrimento de qualquer outro candidato que buscasse superar a hegemonia pesada do PT.
    Desde então eu passo aqui bem de vez em quando, para ver se desceu alguma luz sobre seu pensamento.
    Mas não, ainda é Deus no Céu e Lula na Terra…
    Jogar Ciro Gomes como cavalo de Troia da direita, ah, faça-me o favor, pelo menos tente ser um pouco mais original que o pessoal do DCM e do Brasil 247, vai.

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