Irã proíbe entrada de bens de consumo “simbólicos” dos EUA

Da Agência Brasil

O Irã proibiu a entrada e a exibição pública de bens de consumo que possam representar “presença simbólica” dos Estados Unidos no país, como marcas de cigarros ou cadeias de fast food, informa hoje (6) a imprensa local.
 
O ministro da Indústria e do Comércio, Mohammad Reza Nematzadeh, determinou o bloqueio à importação desses bens e pediu a todas as instituições envolvidas que evitem que produtos procedentes dos Estados Unidos ou com carga simbólica norte-americana muito forte sejam vendidos ao público.
 
A medida surge no âmbito da iminente aplicação do Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA, na sigla em inglês), o acordo nuclear entre o Irã e as potências do Grupo 5+1. que acabará com o isolamento econômico iraniano.

Embora apoie o acordo, o guia supremo iraniano Ali Khamenei advertiu que o governo deveria ser cuidadoso com a sua aplicação e evitar qualquer tipo de “infiltração” dos Estados Unidos no país, principalmente que afete as áreas social e cultural. Para Khamenei, a abertura econômica deve ser feita sem prejudicar a produção iraniana, que deve ser protegida com controles de importação.
 
A decisão do Ministério da Indústria também surge no momento de forte polêmica, após o encerramento de um restaurante de comida rápida em Teerã, que utilizava o logotipo e a imagem da cadeia KFC.
 
O restaurante foi fechado pela polícia apenas um dia após a sua inauguração, por “violar a lei”, ao apresentar-se como um local oficial da cadeia norte-americana para aumentar as vendas, disse à imprensa o presidente da Câmara das Indústrias do Irã, Ali Fazeli.
 
O estabelecimento comercial não tinha nenhuma relação com a KFC, conforme fontes iranianas e própria empresa norte-americana que, em comunicado, disse que não tem nenhum interesse em entrar no mercado iraniano.
Redação

10 Comentários

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  1. bens de consumo ocidentais

    bens de consumo ocidentais proibidos e usufruidos na calada da noite tenebrosa sem fim… entre quatro paredes lá dentro do armário junto com al-marioh é bem mais gostoso…

  2. Até Cuba está mais avançada

    Até Cuba está mais avançada que o Irã.

     Sempre lembrando que mais 60 por cento da população iraniana é pós, ou era  muito jovem, pra seguir esse mega louco 

     Ali Khamenei.

    Se a palavra recionário, no sentido literal, tem nome, é essa figura citada acima.

  3. lambendo as botas……..

    post ótimo para que os lambebotas do Tio Sam apareçam para bater nos iranianos, cubanos,venezuelanos, chineses…..

    nada mais óbvio.

    eu até sabia quem seriam os lambebotas que postariam.

  4. Acho a medida autoritária mas…

    Ao mesmo tempo reconheço que é sábia, uma medida de auto-defesa. Se nao fôssemos tao invadidos pela cultura americana como somos muita coisa que acontece aqui nao seria possível, sobretudo a submissao incondicional de nossas “elites” aos interesses americanos. Mas, mesmo assim, ela é por demais autoritária, e desconfio que inútil. A nao ser que censurem até a web, e acho difícil. Além do mais, há certas proibiçoes que acabam por fazer propaganda do proibido, que fica cercado por uma aura de desejo.

  5. Como política de estado, acho

    Como política de estado, acho que não funciona. O que funciona, como política de estado é educação, mostrar como funciona a propaganda, como e onde é que essa verdadeira arma pega nas pessoas, e como se defender. E aí, individualmente, sabotar quem os quer explorar.

  6. Besteira, é dinheiro em jogo

        Quando se escreve que jornalista brasileiro , se arrisca em assuntos internacionais, a quantidade de besteiras publicadas, somada a incapacidade de analisar o contexto – vai no “copia e cola” – é de assustar, não importa se seja PIG, anti-pig, a porcaria é comum.

         1. As “marcas americanas ” : É forte, sempre foi, a cultura das marcas americanas no Irã, inclusive se vcs. tiverem a paciência de procurar, exsitem varios fast – foods em Teerã e outras cidades, que copiaram “marcas americanas”, como Mash Donald’s, Pizza Hat, ZFC  ( http://www.esquire.com/food-drink/food/g2023/iran-chain-knockoffs-mashdonalds-pizzahat/ )

          1.1. Os logos, os pratos, a disposição dos restaurantes, os uniformes, são identicos, portanto se as redes originais entrarem no mercado iraniano, processos judiciais sobre “marcas” poderiam ser abertos, alem de concorrerem com suas cópias.

          2. As “colas” : No Irã existe uma “guerra de colas “, entre a ZamZam( antiga engarrafadora da Pepsi, mas que utiliza a classica embalagem da Coca – Cola de 300 ml ) e a “Parsi Cola ” ( antiga engarrafadora da Coca ), ambas são uma porcaria quando confrontadas a original, mas bastante exportadas para paises islamicos.

           3.  O Controle : É onde a “porca torce o rabo “, pois grande parte do mercado de produtos de consumo, fast-food, bebidas, isotonicos, alimentos processados, na Republica Islamica do Irã, ou é do Estado, ou parceria publico – privada, muitos deles diretamente ligados a alguma Mesquita *, e mesmo ao controle economico financeiro da “Guarda Revolucionária “, caso do Grupo ZamZam iraniano ( não confundir com o ZamZam Group iraquiano ).

            4. Cigarros: Tem uma marca nacional que é cópia do Marlboro ( igualzinho, chama Mehd, imaginem como brazucas chamaram este cigarro, pois em farsi, a pronuncia é semelhante a “merd-a” ), trata-se de um setor monopolizado pela estatal IranTobacco Inc. , só que em qualquer lugar de Teerã, classe média, bares, boates, a preços bem altos ( US$ 7 a 8 ), se encontra Winstons, Marlboro, Kent, P&M, Dunhill, resulatntes de um dos maiores negócios de ambos os lados do Golfo Pérsico, o contrabando de cigarros.

            * Mesquitas : Diferentemente dos clérigos sunitas, que tem dedicação exclusiva a religião, os xiitas ( aiatolás e hajosteslans ), podem exercer atividades economicas – a maior parte das terras agriculturaveis e rebanhos do Irã, são por eles controlados,  através de herança ou doações, tanto que pronunciar o termo “reforma agraria” no Irã, no minimo dá cadeia ; clérigos iranianos até mesmo controlam bancos e empregam cristãos ou judeus, para cobrar juros sobre empréstimos e financiamentos.

             O problema não é de “imagem”, é mais simples : Dinheiro.

  7. Quando os EUA banem produtos

    Quando os EUA banem produtos iranianos, a imprensa chama isso de “sanções econômicas”.

    Quando o Irã bane produtos americanos, a imprensa sugere um “atraso cultural”, “autoritarismo”…

    Sem contar que, quando os EUA – país que se declara oásis da liberdade de expressão – baniu o canal iraniano Press-TV, por pura ideologia, não houve nenhuma nota na imprensa, justamente esta que declara a liberdade de expressão como o mais sagrado e absoluto dos direitos.Balela.

    O Irã está é certo mesmo.

  8. Deu “perdidão” nas alterosas

        Nos anos ’80, Irã e Iraque estavam em guerra, e ocorreu um fato no Brasil, digno de nota, até engraçado e que revelou uma grande mobilidade e entendimento de nosso pessoal, pois :

         A Helwan Aircraft Industries, uma estatal egipcia, adquiriu da Embraer/Governo brasileiro, a autorização para em sua planta industrial, próxima ao Cairo, montar aeronaves T-27 Tucano, para a força aerea egipcia, e neste contrato havia um “off-set de area “, no qual os egipcios, a Helwan poderia comercializar T-27s, para determinados paises de sua esfera de influência, lógico que pagando royalties para a origem, o que ela fez para dois: Quenia e Iraque.

          Mas ao mesmo tempo que a Helwan vendeu Iraque, a Embraer vendeu Irã ( não Força Aerea, a IRIAF, mas para a IRIRG-AF : Islamic Republic of Iran Revolucionary Guards – Air Force ), 50 unidades de T-27 ( eles ainda, não se sabe como, tem de 12 a 20 operacionais, operando contra o Curdistão iraniano  – é existe, mas no ocidente é pouco comentado ).

           Só que os egipcios,  venderam as aeronaves, para o Iraque, sem contrato de treinamento basico ou operacional ( a época simuladores só serviam para “pé e mão ” – rudimentares ), portanto quem assumiu,  vender o treino, foi a Embraer e a FAB, claro que cobrando as horas. E eles vieram para o Brasil, inimigos para treinarem.

          Resumindo, o que foi feito: Os iraquianos, todos experientes instrutores, ficaram em São José dos Campos, completando todas as etapas do treinamento, até a nivel “senior” – eram militares profissionais, ranqueados de capitão a tenente coronel ( 1 o chefe de missão ), bem “ingleses” , já a “molecada” iraniana, foi para o atual PAMA-LS ( Lagoa Santa – MG ), com apoio FAB ( os instrutores ), e lá ocorreu algo inusitado, muito “lokô”, com um dos cadetes.

          Ele “ejetou de graça ” : Ao final do circuito de treinamento, na 12a etapa, o “doido” voando cruzeiro nivelado, a mais de 200 nós/h (  tipo 350 km/h ), 1500 mts, comandou a ejeção do assento Martin Baker do T-27, detonou o canopy ( capota integral do T-27 ), deixando o instrutor ( assento traseiro ), com um “puta vento” na cara – ele conseguiu pousar o T-27 em LS  mesmo “descanopizado”, já o cadete, que demorou umas horas para ser encontrado após ejeção ( que não é como filme ou jogo, é uma porrada, acima de 400 nós vc, apaga ), disse na maior cara de pau : Meu comandante ordenou, pois ele queria saber como o assento “inglês” funcionava.

            Pagaram a ejeção, no T-27 é algo tipo US$ 30 mil só o assento, fora as horas de helicoptero para procurar o cara, mas ficaram felizes em saber que funcionava.

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