Mais de 70 pessoas morrem em ataque no norte da Síria

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Foto: AFP

Jornal GGN – Chegou a 72 o número de mortos por um suposto ataque químico ocorrido ontem (4) na cidade de Khan Sheikhun, no norte da Síria, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Deste total, 20 são crianças e 17 são mulheres. 
 
“O número pode aumentar porque algumas pessoas estão desaparecidas”, disse a ONG. O ataque ocorreu em um zona que está sob controle rebelde. A oposição síria pediu ao Conselho de Segurança da ONU a abertura de uma investigação sobre o ataque no noroeste do país.

 
A ONG não soube informar se os bombardeios foram executados por aviões das Forças Armadas sírias ou russas. Grã-Bretanha, França e Estados Unidos também apresentaram um projeto de resolução ao Conselho de Segurança condenando o ataque e pedindo uma investigação completa. 
 
O texto condena o uso de armas químicas e pede que a Síria entregue planos e diários de voo e outras informações sobre operações militares no dia do ataque. Além disso, o projeto também solicita os nomes de todos os comandantes de esquadrões de helicópteros e prevê a adoção de sanções previstas no capítulo VII da Carta das Nações Unidas. 
 
No entanto, a Rússia, aliada de Bashar al-Assad e membro permanente do Conselho de Segurança, rejeitou o projeto. “O texto apresentado é categoricamente inaceitável”, declarou Maria Zakharova, porta-voz da Chancelaria russa. 
 
“Segundo os dados objetivos do controle russo do espaço aéreo, a aviação síria bombardeou um grande armazém terrorista perto de Khan Sheikhun”, afirmou o Ministério da Defesa russo. “Era um armazém de produção de bombas, com substâncias tóxicas”, disse o órgão, em comunicado. 
 
“Os horríveis acontecimentos de ontem demonstram, infelizmente, que os crimes de guerra continuam na Síria e que o direito internacional humanitário é violado frequentemente”, afirmou António Guterres, secretário-geral da ONU. 
 
Nesta quarta (5), os Estados Unidos ameaçaram tomar uma ação unilateral contra a Síria se a ONU não agir.  Nikki Haley, embaixadora dos EUA, criticou a Rússia por não conseguir controlar seu aliado.
 
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Redação

8 Comentários

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  1. Operação de “falsa bandeira” trará escalada perigosa.

    Quem o governo estadunidense imagina enganar com uma operação manjada como esta? Certamente, aos incautos, que acreditam em tudo o que assistem no “Jornal Nacional”. Em relação aqueles que tem conhecimento, por precário que seja, da situação internacional, apenas provoca estupefação (pelo primarismo), nojo (pelas vítimas inocentes que fizeram) e revolta (pela probabilíssima impunidade dos autores do crime).

    Claramente foi uma operação de bandeira trocada (“false flag”), com todas as digitais possíveis e imagináveis do governo estadunidense: ação de terroristas jihadistas (e não “rebeldes”, como diz a mídia corporativa), disseminação de imagens chocantes para influenciar a opinião pública e ação coordenada com Estados-fantoche como a França (do lamentável François Hollande) e a Grã-Bretanha (de péssima Theresa May) para colocar o governo sírio (que jamais faria uma burrada desta no momento no qual está retomando o controle do país das mãos dos jihadistas apoiados por EUA/Arábia Saudita/Qatar) e o russo (interessadíssimo em estabilizar a Síria e derrotar os jihadistas que são usados pelos EUA para também tentar desestabilizar a Federação Russa) como vilões no episódio.

    Pior: Donald Trump ameaça com ação “unilateral” contra o povo sírio. Seria humilhado pelo modernos sistemas anti-aéreos russos, fazendo ainda mais vítimas desnecessárias no conflito. Qual seria a tréplica após seus quase invencíveis F-22 serão abatidos como moscas pelos S-400 russos? Um ataque nuclear? Donald Trump é incompetente, narcisista e maluco o suficiente para tentar tal alternativa.

    Todo apoio ao povo sírio e seus aliados contra os terroristas: os russos e os chineses!

     

  2. E seguem os EUA a já batida

    E seguem os EUA a já batida Doutrina do Choque ( https://jornalggn.com.br/noticia/a-doutrina-do-choque-de-naomi-klein  ), botando terror no mundo.

    Uma saída para evitar uma guerra, da qual sairiam perdendo todos os lados, seria um embargo comercial aos EUA praticado por um número de países suficiente para que estadunidenses se vejam no dilema de aceitar mais essa derrota ou brigar contra todo mundo. Se o poder econômico, a iniciativa privada do dolar, que estimula e abusa do “xerifismo” de políticos e militares dos EUA, se sentisse ameaçada não militarmente mas através de perdas de negócios pensariam duas vezes antes de fomentar essas barbaridades.

    Fosse a primeira vez, ainda se aceitava que pessoas achassem injusto responsabilizar os EUA por mais essa tentativa de demonização dos sírios. E os dados russos dando conta de que o ataque foi desferido contra uma fábrica de armamentos “rebeldes”, se confirma por diversas fontes.

    Atacam a Síria, atacam o Brasil, todos têm que empobrecer para que eles fiquem ricos… ô paiseco, esses EUA!

    P.S.: 72 civis vitimados? Quantos civis iraquianos morreram diretamente pelas mãos dos EUA? Quanto civis foram sumariamente executados por gozadores soldados estadunidenses a partir de helicópteros daquele país? Quantos civis morreram desde o Panamá até hoje porque os EUA decidiram que o deus deles, através de destino manifesto ( https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_do_destino_manifesto  ), os escolheu para serem o país que deve dominar o mundo?

  3. Mais de 70 pessoas morrem em ataque no norte da Síria.

    Não tenho dúvida que se trata de mais um RIOCENTRO, esta é uma VELHA TÁTICA da EXTREMA DIREITA no mundo.

    JOGO SUJO contra a quem se opõe aos seus interesses POLÍTICOS FINANCEIROS.

    Este SEMPRE foi o JOGO e CONTINUARA SENDO, cabe aos HOMENS de BEM não ACREDITAR em suas FARSAS.

  4. Cortina de fumaça

    Os EUA, RU e França ao culparem o exército sírio pelo suposto ataque estão na verdade tentando desviar a atenção do massacre de cerca de 200 civis iraquianos em Mossul assassinados por aviões bombardeiros estadunidenses.

  5. Oportuno
    Novamente um oportuno ataque assassino em um momento que a Síria está ganhando de lavada e o fim da guerra com um sinal forte no final do túnel. Me lembra 2012 quando Obama tinha traçado uma linha vermelha e logo após um ataque desses quase desencadeou a 3a guerra mundial.

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