Vídeos – Evo e Dilma, personagens da mesma fórmula da mídia conservadora: desviar o foco e desinformar

O Modus operandi da mídia conservadora sulamericana: constranger seus adversários em detrimento da informação que interessa às pessoas. 

Um dos vídeos abaixo da TV boliviana, a “Globo da Bolívia”, que realizou uma entrevista em que não explorou em momento algum as propostas de governo do candidato Evo Morales, insistiu o tempo todo em buscar qualquer declaração que pudesse ser explorada eleitoralmente.

Evo Morales é questionado, inacreditavelmente, em sua entrevista para citar o nome de cinco latifundiários (terratenientes) de Santa Cruz de La Sierra, depois a entevistadora local dá uma “colher de chá” ao candidato cocalero, reduzindo para três ou dois latifundiários que poderiam ser desapropriados pela reforma agrária.  Com o único intuito de tentar desviar do foco do debate e tornar Evo Morales, diante de milhões de espectadores, em uma pessoa rancorosa, vingativa, prometendo caçar os terratenientes de Santa Cruz de La Sierra. Evo driblou, habilmente, as perguntas capisciosas e encerrou sua entrevista de maneira segura, sem escorregar nas cascas de banana dos representantes da imprensa conservadora e suas fórmulas batidas.

O mesmo ocorreu ontem a noite no Jornal da Globo, no segundo vídeo abaixo, a mesmíssima fórmula.   Tempo perdido no debate com os apresentadores Wack e Pelajo, que se esforçaram inutilmente em arrancar de Dilma uma frase que pudesse também ser explorada, amplificadas, ou, em última instância, deslocadas do contexto e veiculadas negativamente.

O JG tentou o mesmo, mais uma vez, aquilo que o JN não conseguiu, desviando o foco, emparedando Dilma com fatos não confirmados, com informações que não se sustentam na realidade, alçando mira em um possível deslize, em uma afirmação bombástica qualquer.  Os apresentadores foram colocados em seus devidos lugares, prepostos que foram da oposição.  

Nem “Dirceu”, aparência física, FARC’s, dossiês, suposto ajuste fiscal, superávits fiscais, distribuição de cargos e vitória antes da hora, nada disso colou, nada disso foi capaz de emparedar a candidata e, pelo contrário, expôs ainda mais a parcialidade da Globo nessas eleições.

Infelizmente tanto o que houve na TV boliviana com Evo Morales e no JN e no JG com Dilma revelam a face de um modelo que reduz o papel de informar à sociedade e exorbita a um papel mesquinho de partidarizar a informação, direcionando para alcançar seus objetos mais imediatos.