A Reitoria da UFRRJ denuncia a politica de extermínio do estado

Nos primeiros oito meses deste ano, foram registradas 1.249 mortes ocasionadas pela polícia estadual do Rio de Janeiro. Não é possível festejar estes números.

Enviado por Francy Lisboa

A Reitoria da UFRRJ denuncia a politica de extermínio do estado

A morte é sempre algo a se lamentar. Quando ela se insere em políticas públicas, como virtude, torna-se expressão de uma índole fascista do Estado. Quando a morte torna-se uma virtude, um momento a ser homenageado, significa que estamos diante da barbárie institucionalizada. Recentes ações que culminaram com o assassinato de uma menina de oito anos, Agatha Félix, desnudam a falta de respeito aos direitos humanos fundamentais por parte do Estado.

Nos primeiros oito meses deste ano, foram registradas 1.249 mortes ocasionadas pela polícia estadual do Rio de Janeiro. Não é possível festejar estes números. Não será ceifando vidas que atingiremos um nível de desenvolvimento humano tão urgente. Não há saída possível sem justiça social e a vida plena de oportunidades que priorizem cidadania, cultura, educação, emprego e esperança para populações excluídas.

Na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, promovemos a cultura da tolerância, fraterna e solidária. Somos uma universidade com dois campi na Baixada Fluminense,  região marcada por violências inomináveis. Temos a experiência da dor. E é nesta condição que anunciamos de maneira radical nossa repulsa a práticas brutais como solução de dramas seculares que levam milhões à exclusão e à miséria.

Seropédica, 22/9/2019

Reitoria da UFRRJ

O link para o original aqui.

Redação

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