No mundo de narrativas e criações de cenários a transformação da realidade e dos fatos é crucial. Assim se criam os romances e as histórias de ficção e, neste momento no país a narrativa cria uma segunda realidade. É por isto que os mestres da auto ajuda , e da publicidade, chegados no pós- modernismo, gostam tanto das teorias quânticas que evocam obviamente sem compreendê-las Nestas interpretações existem mais do que uma realidade, basta apenas um ato de vontade, isto é de medida, para escolher qual a realidade que você quer. Por exemplo , com um plim plim, você pode transformar o escândalo das maquinações entre juiz e procuradores do MP, discutindo sentenças e procedimentos legais e fazendo conluios políticos em uma conversa casual entre colegas de profissão. Quase um happy hour com direito a espiritualidade, pois prometem que depois da bebida vão orar contra o mal.
É uma conversa sobre dúvidas. Afinal entre amigos num bar ou na rede é comum a gente pedir uma opinião sobre, por exemplo, a fragilidade das provas centrais que embasariam uma acusação. Ou quem sabe sobre como deveríamos agir para impedir que o “mal”,(aquele senhor idoso na cela em Curitiba) venha convencer os incautos na véspera da eleição.
Afinal foi numa destas conversas casuais que confirmamos que o Senhor tinha um acervo presidencial que tinha que ser confiscado. Ele tinha um Instituto altamente suspeito, que provavelmente fingia abraçar causas contra a fome que tinha que ser investigado pela Receita Federal, que também participa da Happy Hour e devia ser destruído. Foi numa conversa casual que se decidiu acusar o senhor, e não o Instituto de jamais ter recebido um terreno , que jamais foi comprado como propina. Em nossa Happy Hour fica claro que todas as conversas que este Senhor teve com empresários eram improprias, suspeitas e jamais casuais. E que embora tivessemos algumas dúvidas, foi numa destas conversas suspeitas que ele ganhou um apartamento indevidamente. Temos até fotos da conversa não casual dele com o construtor.
Imaginem a gravidade da situação quando o Senhor conversa não casualmente com uma presidente, fato este casualmente conhecido pelo público. Era um convite para ser ministro. Isto nos levou em outro happy hour a conversamos casualmente sobre como agir conjuntamente contra este ato que tiraria o Senhor de nossas mãos, isto é da nossa justiça casual.
O que podemos ter certeza é que este Senhor jamais teve uma conversa casual, todas as conversas eram suspeitas como explica a Teoria do domínio do Fato. Uma teoria cientificamente comprovada casuisticamente.
Como diz FHC, um luminar da democracia e do estado de direito, “É uma tempestade em copo d’agua feita em cima de uma conversa casual.
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