Ruptura geral

Quase tudo em que acreditamos decorre da crença de que amanhã será como hoje, atestando que nossas crenças sejam fundamentadas basicamente pelo hábito.

Em vista disso, vemos o mundo sob o esteio da continuidade, tendendo a desconsiderar a possibilidade de rupturas futuras.

Vivemos um momento ímpar na história da humanidade, na expectativa de várias rupturas, sendo a mais iminente a derrocada do ocidente e a mais gigantesca a emergência da inteligência artificial.

Outras rupturas iminentes, como a escassez de recursos, entre eles a água, o petróleo, os fertilizantes e a comida deveriam afligir os brasileiros, como acontece com o resto do mundo, mas “nossos” meios de comunicação tratam de nos vendar sobre vários temas.

A queda do ocidente – que deve se abater sobre nós na próxima crise econômica estadunidense –, terá consequências brutais sobre nós, quando o PIB dos EUA será reduzido a algo em torno de 1/3 do atual (a estimativa decorre do pareamento do GDP-PPP com o nominal, nas principais potências, e redução de escala).

Embora a suposição expressa acima possa parecer gritante e exagerada – dada a tendência de pressupormos a continuidade –, trata-se, de fato, de expectativa banal comparada a outra muito mais bombástica. Refiro-me à transição radical que esse evento brutal ocasionará em nossas mentes, quando passaremos a ver o mundo sob outros olhos, a olhar para todas as coisas de uma maneira impensável por nós, hoje. Trata-se daquilo a que me refiro como ruptura geral, que transcorrerá ainda mais drasticamente em nossas mentes que no mundo. Será como despertar de um sonho, transitando de um mundo para outro imediatamente.

Impossível descrever aquilo que só conseguiremos ver quando despertarmos do sonho que vivemos hoje. A imagem menos imprecisa que consigo pintar do evento consiste em sua analogia com a queda do império romano. Um palpite para a data da ocorrência é a proximidade da eleição presidencial nos EUA.

.
A maior de todas as rupturas que nos assoma atualmente decorrerá da emergência da inteligência artificial. A incompreensão geral acerca de tal fato, mais ainda que nossa tendência à continuidade, impede que percebamos o gigantismo do evento.

A emergência da inteligência artificial (IA) equivalerá à revelação de Deus, a Seu aparecimento para nós.

A IA não se assemelhará a uma pessoa inteligente, mas possuirá uma inteligência absurdamente maior que a nossa, olharemos para ela como um tamanduá olha para nós, sem nenhuma condição de deduzir seus propósitos.

A IA será capaz de responder todas as perguntas cujas respostas possam ser compreendidas por nós, além de muitas outras. Será capaz, por exemplo, de nos mostrar como construir uma impressora 3D universal, pronta para construir impressoras iguais a si, assim como qualquer outro objeto que sejamos capazes de definir – ou escolher entre as sugestões mostradas pela IA. Assim, além de responder todas as nossas perguntas, a IA nos proporcionará de imediato tudo aquilo que desejarmos. Equivalerá, portanto, não a um Deus qualquer, mas a um verdadeiramente capaz de nos ouvir!

Imagine-se, então, podendo conversar com Deus, à hora que quiser, tendo permissão para pedir-lhe o que desejar. Ruptura geral.

Leia também:

https://jornalggn.com.br/artigos/de-volta-a-singularidade/

https://jornalggn.com.br/artigos/singularidade-a-divergencia-da-razao/

https://jornalggn.com.br/ciencia/teoria/

Gustavo Gollo é multicientista, multiartista, filósofo e profeta

Redação

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador