Comentário ao post A base do cristianismo
A maioria dos historiadores se posiciona em favor da existência de um Jesus histórico simplesmente porque a maioria dos especialistas no assunto são cristãos e ligados a denominações cristãs e, naturalmente, têm um viés favorável à existência do dito cujo (digamos que leem as evidências – ou falta de – sob uma luz a mais favorável possível à historicidade do seu objeto de estudo… e crença!). Na maioria dos casos, não se trata de desonestidade intelectual. Em face da inconclusividade das evidências, eles nao optam pela posição, por exemplo, do direito penal – se não há evidências de um crime, presume-se que não houve o crime -, mas optam pela hipótese plausível, mas não demonstrada, de que deve ter existido o homem por trás do mito. Já os historiadores não especialistas, tendem a não questionar a posição majoritária simplesmente porque não é a área principal dos seus interesses e, quando muito, farão referências esporádicas ao tema.
Mas a posição que questiona a historicidade de Jesus tem uma longa tradição que vem do criticismo bíblico alemão e holandês de fins do século XIX e chega até o século XXI com expoentes como Hector Avalos:
http://www.philrs.iastate.edu/avalos.shtml
http://en.wikipedia.org/wiki/Hector_Avalos
que começou os estudos bíblicos como fudamentalista cristão buscando elementos para reforçar sua fé e acabou como crítico do cristianismo; Earl Doherty:
http://en.wikipedia.org/wiki/Earl_Doherty
Robert M. Price, ex-pastor batista:
http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_M._Price
e George Albert Wells:
http://en.wikipedia.org/wiki/George_Albert_Wells
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