A humanidade frente ao desequilíbrio ambiental

Há quarenta anos e os próximos quarenta 

Em 1972 a ong o clube de Roma divulgou o relatório os limites do crescimento. Uma previsão do que iria ocorrer política, social e economicamente no planeta Terra nas décadas seguintes. A análise apontava para um século XXI caótico e conturbado. A superpopulação, a escassez dos recursos naturais e a poluição desencadeariam a tempestade perfeita. A civilização ficaria a beira do colapso. Tudo modelado pelos “supercomputadores” de então. Amanhã o clube lançará: 2052, uma previsão global para os próximos quarenta anos.

Os defensores do neomalthusianismo dizem que as previsões estão se confirmando. Citam exemplos da miséria na África subsaariana e no sul da Ásia, os protestos contra as ditaduras nos países islâmicos e a crise econômica européia e acrescentam os efeitos das “mudanças climáticas”. Juntam num único saco os efeitos produzidos por diversos males. Embora a soma de todos eles não tenham impedido que hoje as pessoas vivam mais e melhor do que em qualquer época do passado.

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Estão aproveitando o momento de recessão na Europa e o aumento da miséria em alguns países dos outros continentes, nos últimos cinco anos, para corroborarem os seus prognósticos. Apenas não dizem as causas. Mostram apenas os efeitos. É muito fácil ocultar a desregulamentação do mercado financeiro que gerou a crise econômica no velho continente. Mais simples ainda fazer de conta que a manipulação especulativa dos preços das commodities não existe, a verdadeira causa para o aumento do número de pobres dentre os mais pobres. Alimentam a histeria com a divulgação acrítica pela mídia das suas premissas. Contam com o desconhecimento e a curta memória da maioria das pessoas. Assim afirmam que estavam e estão certos.

Aos quatro cavaleiros originais acrescentaram o quinto. Aquele que por si só é capaz de causar a peste, a fome, a guerra e a morte. Ele se tornou o centro das preocupações e o responsável por todas as catástrofes, embora nunca tenha realmente estado entre nós. Está restrito apenas às modelagens climáticas. Mesmo virtual a maioria das pessoas o teme. O AGA, a mais poderosa criatura mitológica de todos os tempos, presta o mesmo serviço que as suas antecessoras. Inflamar o imaginário dos tolos e ignorantes para que recorram àqueles que detêm o poder para os salvar.

Desde os anos 1960 o ambientalismo humanicida vem se fortalecendo. Antes restrito a alguns grupos formados por cientistas, políticos e empresários. Com o passar do tempo foi se expandindo até formar grupos aparentemente independentes e com forte apelo popular. Porém independente da origem do dinheiro que mantém o ativismo destas organizações, a ideologia que as sustentam é a mesma. O homem é o destruidor, deve ser rebaixado a apenas mais um dos componentes da biota. Sem nenhuma prerrogativa acima dos pandas, dos ursos polares ou das pererecas. Como é o elemento de desequilíbrio deve ser contido. E para salvar a “mãe Terra” a contenção, em breve, será à força.

Luis Nassif

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