A discussão no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre redução tarifária dos produtos industriais dos países emergentes é extemporânea – pelo menos em relação ao Brasil. Só a apreciação cambial dos últimos anos praticamente tornou negativas todas as tarifas de importação praticadas antes da valorização.
Com o dólar a R$ 2,90 e uma tarifa de importação de 35%, um produto que custasse US$ 1.000,00 sairia, aqui, por R$ 3.915,00. Se a tarifa caísse para 25%, o preço cairia para R$ 3.625,00 – redução de 7%.
Com o dólar a R$ 2,10, o mesmo produto sairá a R$ 2.625,00, uma redução de 33%. Se não se mexesse no dólar, mas apenas na tarifa de importação, significaria substituir a alíquota de 35% por uma de -2%.
Se a tarifa de importação fosse cair de 25% para 10%, só a mudança do câmbio significaria uma tarifa negativa de 9% no período.
Reduzir tarifas sem corrigir o câmbio é suicídio
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