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Lourdes Nassif
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  1. Reforma política: Senado

    Reforma política: Senado aprova fim das coligações nas eleições proporcionais

    Tércio Ribas Torres | 10/03/2015, 19p5 – ATUALIZADO EM 10/03/2015, 22p4  

             

    Moreira Mariz/Agência Senado

    O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (10), em primeiro turno, o fim das coligações partidárias nas eleições proporcionais. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 40/2011, do ex-senador José Sarney (PMDB-AP), havia sidoaprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em junho de 2012 e faz parte de um grupo de matérias relacionadas à reforma política selecionadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e por líderes partidários.

    Foram 61 votos a favor e apenas sete contrários, além de duas abstenções. A proposta ainda precisa ser aprovada em segundo turno no Senado para seguir para apreciação da Câmara dos Deputados. Pela proposta, somente serão admitidas coligações nas eleições majoritárias — para senador, prefeito, governador e presidente da República. Fica assim proibida a coligação nas eleições proporcionais, em que são eleitos os vereadores e os deputados estaduais, distritais e federais.

    Debate

    A PEC causou debate entre os senadores, principalmente entre aqueles de partidos considerados menores. O senador Telmário Mota (PDT-RR) criticou a proposta e afirmou que a alteração pode trazer dificuldades para os partidos em pequenas cidades. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) também se posicionou contra a proposta, afirmando que a medida corre o risco de ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), pois pode ser interpretada como um limite à “liberdade de organização partidária do país”.

    — Acho que o fim das coligações serve apenas a uma coisa: deixar os partidos menores. Os partidos pequenos têm menos tempo de TV, menos recursos do Fundo Partidário e ainda serão impedidos de buscar coligações — lamentou a senadora.

    O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) elogiou a iniciativa do presidente Renan Calheiros de colocar em pauta os projetos da reforma eleitoral. Crivella, entretanto, disse que a proposta fere a Constituição, que garante a livre associação das legendas. Ele disse que “certamente a proposta não passará na Câmara dos Deputados e, se passar, o STF a derrubará”. O senador José Agripino (DEM-RN), na mesma linha, disse ter a impressão que a medida “não vai ter êxito” na Câmara.

    O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) também apoiou a PEC, mas disse que o ideal seria o fim de coligação para todos os cargos no primeiro turno, permitindo a coligação apenas no segundo turno e para cargos majoritários. O senador Omar Aziz (PSD-AM) também declarou apoio ao fim das coligações, mas disse acreditar que o ideal seria o fim do voto na legenda.

    Para o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), a proposta é positiva. Ele defendeu, porém, a possibilidade da construção de federações de partidos. Por um acordo de lideranças, a emenda que previa a possibilidade de federações foi destacada e votada de forma separada de outras três emendas, que foram rejeitadas em globo. Levada a votação, a construção de federações conseguiu apenas 35 votos favoráveis, quando o necessário era 49, no mínimo.

    Partidos e financiamento

    O senador Humberto Costa (PT-PE) classificou a proposta como um avanço importante, já que a experiência atual “vai contra o fortalecimento ideológico”. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) manifestou apoio à matéria que, em sua opinião, é uma forma de consolidar os partidos, que seriam fortalecidos em sua ideologia e em seus posicionamentos. O senador Reguffe (PDT-DF) também afirmou apoiar a proposta, mas disse que a medida não é suficiente para transformar a política brasileira. Ele defendeu o voto distrital, que é tema da PEC 9/2015, de sua autoria.

    Na visão do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um novo modelo de eleições, em que as legendas não necessitem de auxílio para alcançar o quociente eleitoral, fortalece os partidos. Ele ponderou, porém, que é preciso discutir o financiamento de campanha de forma urgente. Para Walter Pinheiro (PT-BA), a PEC 40/2011 é um passo importante, mas é preciso “um passo mais sólido”, que é a definição sobre o financiamento. Na mesma linha, o senador Lasier Martins (PDT-RS) apoiou a PEC, mas pediu o fim do financiamento privado para campanhas eleitorais.

    — O povo não está interessado em questões secundárias. Precisamos de uma nova cultura política e o ponto de partida é o fim do financiamento das empresas — disse Lasier.

    Em resposta, o presidente Renan Calheiros afirmou que os projetos da reforma política serão votados por tema. Ele disse que vai buscar um entendimento com as lideranças para que os projetos que tratam do financiamento de campanha sejam votados na próxima terça-feira (17). Renan acrescentou que tem buscado uma “agenda expressa” comum com a Câmara de Deputados para que os projetos da reforma política sejam aprovados em ambas as Casas.

    Identificação

    Na justificativa da PEC, Sarney argumenta que as coligações nas eleições proporcionais costumam ser passageiras, sem identificação ideológica ou programática, visando apenas aumentar o tempo de exposição dos partidos maiores nas propagandas eleitorais das rádios e das TVs. Sarney ainda destaca que a medida pode fortalecer os partidos e a transparência na representação política — já que o voto dado a um candidato não poderá eleger outro de uma legenda distinta.

    O relator da matéria na CCJ, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), registra em seu relatório que a proposta colabora com o “aperfeiçoamento da democracia representativa assegurada pela Constituição” e vai instituir um sistema que pode refletir, com fidedignidade, a vontade dos eleitores expressa nas urnas.

     

  2. Liberdade de expressão em pauta no STF: o caso Cristian Góes

    Do Carta Capital

    http://www.cartacapital.com.br/blogs/intervozes/liberdade-de-expressao-em-pauta-no-stf-o-caso-cristian-goes-6133.html

    Caso de jornalista sergipano condenado por ter escrito uma ficção será julgado pelo STF. Resta saber se o Supremo concordará ou não com uma decisão que cerceia a crítica e a liberdade de expressão.

    por Coletivo Intervozes — publicado 09/03/2015 10:16

    Por Paulo Victor Melo*

    “Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique
    e ninguém que não entenda”
    Cecília Meireles.

    Um dos exemplos mais emblemáticos de cerceamento à liberdade de expressão e manifestação do pensamento no Brasil está prestes a entrar na pauta de discussões do Supremo Tribunal Federal (STF). É o caso que envolve o jornalista Cristian Góes, condenado a sete meses e 16 dias de prisão (revertida em prestação de serviços à comunidade) e ao pagamento de R$ 30 mil de indenização ao desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe, Edson Ulisses.

    O motivo da condenação? Cristian Góes, em maio de 2012, escreveu em seu blog na internet um texto ficcional sobre o coronelismo, em que não são citadas pessoas, locais e épocas. Em síntese, um texto em que não há personagens nem ambientes reais.

    Esse não foi, porém, o entendimento do desembargador Edson Ulisses. A expressão “jagunço das leis”, utilizada no texto, foi, segundo o magistrado, direcionada a ele. Entendimento semelhante teve a juíza Brígida Declerk que, ainda na fase inicial do processo, decidiu pelo recebimento da denúncia e afirmou que “o texto possui atores definidos e identificados”.

    Nem mesmo Kafka seria capaz de imaginar e narrar tamanho absurdo. Apenas por interpretarem que uma expressão generalista (jagunço das leis), utilizada numa crônica ficcional, faz referência a uma determinada pessoa, que não foi citada no texto, magistrados condenaram cível e criminalmente um jornalista.

    Mas não para por aí a sequência de absurdos que envolvem este caso. O juiz Aldo de Albuquerque Mello, da 7ª Vara Cível de Aracaju, que condenou o jornalista ao pagamento da indenização por danos morais, chegou a afirmar que “o valor fixado é ínfimo em relação à gravidade da conduta”. Mas qual a conduta grave? Exercer o direito à liberdade de expressão? Manifestar livremente o pensamento?

    O mesmo juiz disse que a sentença tinha o objetivo de “educar o agressor”, o que demonstra claramente o caráter político da condenação. Não há dúvidas: o objetivo é, tendo Cristian Góes como um exemplo, ameaçar o jornalismo crítico e reflexivo e fazer com que outros profissionais de comunicação pensem inúmeras vezes antes de escrever qualquer linha sobre o Poder Judiciário. Prova disso é que, ainda na primeira audiência, em janeiro de 2013, o desembargador não aceitou a proposta do jornalista de publicar uma nota de esclarecimento, em que afirmaria que o texto não se referenciava em ninguém.

    Além do cerceamento à liberdade de expressão, esse caso demonstra também a seletividade do Poder Judiciário brasileiro. Afinal, enquanto um jornalista independente é condenado por um texto ficcional, membros do Judiciário silenciam frente às inúmeras calúnias, difamações, violações de direitos e destruição de reputações praticadas diariamente pelas redes de televisão e rádio do país.

    Qual a conduta grave nesse caso, então? O texto de Cristian ou a sua condenação? Onde está o crime contra a democracia? Na crônica “Eu, o coronel em mim” ou na sentença contra o jornalista?

    Ação também no CNJ

    Além da ação no STF que contesta as sentenças, o caso também está no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão em que a defesa do jornalista questiona, dentre outras coisas, o fato da condenação criminal ferir o princípio da impessoalidade dos atos administrativos e pede a anulação da portaria que nomeou o juiz Luiz Eduardo para atuar no Juizado Criminal de Aracaju, bem como de todos os atos jurisdicionais proferidos pelo magistrado no período de 1 a 30 de julho de 2013.

    Vejamos. O processo criminal movido pelo desembargador contra o jornalista ocorreu no Juizado Especial Criminal de Aracaju, onde a titular era a juíza Brígida Declerk, que presidiu todo o processo, mas não o julgou mesmo já estando pronto, e foi afastada daquele juizado em julho de 2013. Na lista de substituição, publicada pelo Tribunal em abril daquele ano, o juiz que deveria assumir os trabalhos era Cláudio Bahia. Porém, sem qualquer justificativa, o Tribunal de Justiça trocou de juiz e colocou Luiz Eduardo Araújo Portela.

    Apenas após três dias do início dessa substituição, o juiz Luiz Eduardo condenou o jornalista à pena de sete meses e 16 dias de detenção. Com um agravante: dentre todos os processos que se encontravam prontos para ser julgados antes da chegada do juiz Luiz Eduardo, o único que foi sentenciado por ele foi justamente o de interesse do desembargador Edson Ulisses, então vice-presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe.

    Repercussão

    Ainda que tenha sido ignorado pelas grandes emissoras de televisão do Brasil, o caso tem gerado repercussão tanto dentro do país quanto a nível internacional. Diversas entidades da sociedade civil têm se mobilizado na solidariedade e defesa do jornalista, sites e blogs na internet publicam matérias desde o início do processo e organizações de direitos humanos têm se pronunciado e acompanhado o caso.

    Pela gravidade que representa para o exercício da liberdade de expressão não apenas no Brasil, o caso já foi objeto de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, de uma reunião na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington (EUA), fez parte de um dossiê entregue à Relatoria de Liberdade de Expressão da Organização das Nações Unidas (ONU) e compôs um relatório da Repórteres Sem Fronteiras, organização não governamental sediada na França, que entende o caso como “um desvario judicial e um insulto aos princípios fundamentais da Constituição democrática de 1988”.

    Nada disso, porém, foi suficiente para alertar os magistrados sergipanos sobre a medida autoritária e absurda que estavam tomando. Cabe agora aguardar para verificarmos se os ministros do STF confirmarão esta ameaça à liberdade de expressão e à democracia ou se reverterão as sentenças e, assim, honrarão a Constituição Federal e os diversos tratados internacionais ratificados pelo país que garantem o direito à liberdade de expressão.

    Paulo Victor Melo, jornalista, mestre e doutorando em Comunicação. Integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

    1. Oi Maria
      Parece que as

      Oi Maria

      Parece que as palavras sacripanta e jagunços da lei são motivos de indenização. Ofende os donos da lei.

      Saudações

  3. Transferiram um horário de

    Transferiram um horário de jogo de futebol em decorrência do ato contra Dilma domingo 

    em S.Paulo.Fico imaginando, há a  possibilidade de  darem”passe livre”   para metrô e trens?

    Essa manifestação tem um toque de “bloco carnavalesco”..aliás nunca se teve tantos

    pseudosblocos carvalescos em S.Paulo como em 2015.Estranho.Essa manifestação

    será um sucesso fadado ao fracasso, mais um dos eleitores de Aécio..depois disso

    começo a temer pela vida de Dilma. Até madame que nunca pegou  em uma panela

    esta se arriscando? Se cuida Dilma, dar a bola para o adversário tem limites, não

    mate a torcida do coração.

    Agora é prá valer! Balada é isso ai..

  4. Gabrielli explica os ataques contra a reputação da Petrobras

    A melhor matéria que eu li sobre o assunto até agora. 

    Muito longa para ser colada num comentário.

    Publicado em 10/03/2015 no Conversa Afiada

    http://www.conversaafiada.com.br/economia/2015/03/10/gabrielli-o-interee-por-tras-do-ataque-a-petrobras-%E2%80%8B/

    Gabrielli: o intere$$e por
    trás do ataque à Petrobras !​

    O ataque à reputação da companhia tem o objetivo de inviabilizar o modelo de partilha.

     

     

     

    O Conversa Afiada reproduz a aula do professor Gabrielli sobre o que está por trás da tocaia dos entreguistas da Chevron:

     

    O interesse por trás do ataque à Petrobras

    Os opositores são os mesmos que foram contrários à existência da Petrobras. O viés político que se vê em alta no ataque à companhia é infinitamente mais perverso para o futuro do país se comparado aos atos ilícitos até aqui descobertos. É dever cívico alertar e deixar claro a quem interessa que há uma Petrobras frágil.

     

  5. Entrevista do papa a moradores de uma favela
    “Vê-se a realidade melhor da periferia do que do centro”: a entrevista do papa a moradores de uma favela

     
     

    Postado em 11 mar 2015
    por :
     

    papa

    Ele

    Publicado na Tierras de América.

     

    A revista La Cárcova News, de uma favela argentina, fez uma entrevista coletiva com o Papa Francisco. As perguntas foram preparadas pelos moradores da favela La Cárcova e encaminhadas, no dia 07 de fevereiro, ao Papa Francisco, por intermédio do Pe. José María Di Paola, mais conhecido como Pe. Pepe.

    Você fala muito de periferia. É uma palavra que usa muitas vezes. No que pensa quando fala de periferia? Em nós, nos moradores da favela?

    Quando falo de periferia falo de limites.

    Normalmente, nós nos movemos em espaços que de alguma maneira controlamos. Esse é o centro. Mas, à medida que vamos saindo do centro, vamos descobrindo mais coisas. E quando olhamos o centro desde essas novas coisas que descobrimos, desde as novas posições, desde essa periferia, vemos que a realidade é diferente. Uma coisa é ver a realidade do centro e outra coisa é vê-la do último lugar aonde vocês chegaram. Um exemplo. A Europa, vista de Madri no século XVI, era uma coisa, mas quando Magalhães chega ao fim do continente americano e olha a Europa, a partir daí entende outra coisa. Vê-se a realidade melhor da periferia do que do centro.

    Também a realidade de uma pessoa, das periferias existenciais e inclusive a realidade do pensamento. Pode-se ter um pensamento bem estruturado, mas quando se confronta com alguém que está fora desse pensamento de alguma maneira tem que buscar as razões do seu pensamento, começa a discutir, se enriquece a partir da periferia do pensamento do outro.

    Você conhece os nossos problemas. A droga avança e não se detém, entra nas favelas e ataca os nossos jovens. Quem deve nos defender? E nós, como podemos nos defender?

    É verdade, ela avança e não se detém. Há países que já são escravos da droga e isso é preocupante. O que mais me preocupa é o triunfalismo dos traficantes. Essa gente já canta vitória, venceram, triunfaram. E isso é uma realidade. Há países ou zonas onde tudo está sob o domínio da droga. Com relação à Argentina, posso dizer apenas o seguinte: há 25 anos era um lugar de passagem da droga, hoje é um lugar de consumo. E não tenho certeza, mas penso que também se fabrica droga na Argentina.

    Qual é a coisa mais importante que devemos dar aos nossos filhos?

    A pertença, a pertença a um lar. A pertença se dá com amor, com carinho, com tempo, tomando-os pela mão, ouvindo-os, brincando com eles, dando-lhes o que necessitam em cada momento para o seu crescimento. Sobretudo, dando-lhes lugar para que se expressem. Se vocês não brincarem com seus filhos, os estarão privando da dimensão da gratuidade. Se vocês não derem lugar para que eles digam o que sentem e para que possam inclusive discutir com vocês, porque se sentem livres, não os deixarão crescer.

    Mas o mais importante é a fé. Fico muito mal quando encontro crianças que não sabem fazer o sinal da cruz. A essas crianças não chegou o mais importante que um pai e uma mãe podem dar: a fé.

    Você acredita que sempre existe a possibilidade de uma mudança, tanto em situações difíceis de pessoas que foram muito provadas pela vida, como em situações sociais ou internacionais que são causa de grandes sofrimentos para a população. De onde tira esse otimismo, inclusive quando teria motivos para o desespero?

    Qualquer pessoa pode mudar, inclusive as muito provadas. Eu conheço pessoas que não viam nenhum sentido em sua vida, e atualmente estão casadas, têm seu lar. Isto não é otimismo, isto é certeza em duas coisas. Primeiro, no homem, na pessoa. A pessoa é imagem de Deus, e Deus não despreza sua imagem, sempre a resgata de alguma maneira. E segundo, na força do próprio Espírito Santo, que vai mudando a consciência. Não é otimismo, é fé na pessoa, porque é filha de Deus. Deus não abandona os seus filhos. Gosto de repetir a frase que nós, os filhos de Deus, damos um fora a três por quatro, nos equivocamos, pecamos, mas quando pedimos perdão, Ele sempre nos perdoa. Não se cansa de perdoar. Somos nós que, quando achamos que somos importantes, nos cansamos de pedir perdão.

    Sua vida foi intensa, rica. Nós também queremos viver uma vida plena, intensa. Como se faz para não viver inutilmente? E como alguém pode saber que não vive inutilmente?

    Bom, eu vivi muito inutilmente, eh? Não foi tão intensa e tão rica. Eu sou um pecador como qualquer um. Acontece que, simplesmente, o Senhor me induz a fazer coisas que são vistas, mas quantas vezes há pessoas que não são vistas, e o bem que fazem! A intensidade não é diretamente proporcional ao que se vê. A intensidade se vive por dentro. E se vive alimentando a própria fé. Como? Fazendo obras de fecundidade, obras de amor para o bem das pessoas. Talvez o pior pecado contra o amor seja renegar uma pessoa. Há uma pessoa que o ama, e você renega essa pessoa agindo como se não a conhecesse. Ela o ama e você a renega. Quem mais nos ama é Deus. Renegar Deus é um dos piores pecados que há. São Pedrocometeu esse pecado, renegou Jesus Cristo… e, assim mesmo, o fizeram Papa! Então, o que me resta? Portanto, não… Em frente!

    Você está cercado por pessoas que não concordam com você?

    Sim, evidentemente.

    Como se comporta com elas?

    Eu nunca fiquei mal em ouvir as pessoas. Toda vez que as escuto, fico bem. As vezes que não as ouvi me senti mal. Porque, embora não esteja de acordo, sempre, sempre vão dar-lhe algo ou vão colocá-lo em uma situação em que você é convidado a repensar suas coisas. E isso é enriquecedor. É a maneira de se comportar com os que não estão de acordo. Agora, se eu não estou de acordo com alguém e deixo de saudá-lo, fecho-lhe a porta na cara ou não o deixo falar, não lhe pergunto nada, é evidente que anulo a mim mesmo. Esta é a riqueza do diálogo. Dialogando, escutando, se enriquece.

    A moda de hoje impele os jovens às relações virtuais. Na favela isso também acontece. Como se pode fazer para que saiam de seu mundo de fantasia e ajudá-los a viver a realidade e as verdadeiras relações?

    Eu faria uma distinção entre o mundo da fantasia e as relações virtuais. Às vezes, as relações virtuais não são de fantasia, são concretas, são de coisas reais e muito concretas. Mas, evidentemente, o desejável é a relação não virtual, ou seja, a relação física, afetiva, a relação no tempo e no contato com as pessoas. E creio que o perigo que nós corremos agora é o de ter uma capacidade de informação muito grande, de poder nos mover virtualmente dentro de uma série de coisas que pode nos levar a nos converter em jovens-museu. Um jovem-museu está muito bem informado, mas o que faz com tudo o que tem? A maneira de ser fecundo na vida não passa por acumular informação ou manter somente comunicações virtuais, mas por mudar o concreto da existência. Em última instância, quer dizer amar.

    Você pode amar outra pessoa, mas se não lhe der a mão, se não lhe der um abraço, não é amor; se você ama alguém a ponto de se casar com essa pessoa, ou seja, com o desejo de se entregar completamente, e não a abraçar, não lhe der um beijo, não é verdadeiro amor. O amor virtual não existe. Existe a declaração de amor virtual, mas o verdadeiro amor prevê o contato físico, concreto. Vamos ao essencial da vida. E o essencial é isso. Então, não jovens-museu que somente estão informados sobre as coisas virtualmente, mas jovens que sintam e que com suas próprias mãos – aqui está o concreto – levem adiante a sua vida. Gosto de falar das três linguagens: a linguagem da cabeça, a linguagem do coração e a linguagem das mãos. Tem que haver harmonia entre as três. De tal maneira que vocês pensem o que sentem e fazem, sintam o que pensam e fazem, e façam o que sentem e pensam. Isso é o concreto. Ficar somente no plano do virtual é como viver em uma cabeça sem corpo.

    Há algo que queira sugerir aos governantes argentinos em um ano eleitoral?

    Primeiro, uma plataforma eleitoral clara. Que cada um diga: nós, se formos eleitos, vamos fazer “isto”. Bem concreto. A plataforma eleitoral é muito saudável, e ajuda as pessoas a ver o que cada candidato pensa. Conta-se uma história, acontecida em uma das eleições de muitos anos atrás, protagonizada por alguns jornalistas vivos. Mais ou menos na mesma hora encontraram-se com três candidatos. Não lembro se eram candidatos a deputado ou a prefeito. E perguntaram a cada um deles: o que você pensa sobre tal assunto? Cada qual deu sua própria resposta, e a um deles um jornalista disse: “mas o que você pensa não é a mesma coisa que o partido que você representa pensa. Veja a plataforma eleitoral do seu partido…”. Às vezes, os próprios candidatos não conhecem claramente o programa do partido, bem estudado, dizendo explicitamente: “Caso eu for eleito deputado, prefeito, governador, vou fazer ‘isto’, porque penso que ‘isto’ é o que deve ser feito”.

    Segundo, honestidade na apresentação da própria postura. E terceiro – é uma das coisas que temos que conseguir, oxalá, possamos consegui-la –, uma campanha eleitoral de tipo gratuito, não financiada. Porque nos financiamentos das campanhas eleitorais entram muitos interesses que depois ‘cobram a fatura’. Então, deve-se ser independente de qualquer um que possa me financiar uma campanha eleitoral. É um ideal, evidentemente, porque sempre falta dinheiro para confeccionar material de campanha, para a televisão. Mas, em todo o caso, que o financiamento seja público. Deste modo, eu, cidadão, sei que financio este candidato com esta determinada quantia de dinheiro. Que seja tudo limpo e transparente.

     

  6. Efeito “black bloc” pode enfraquecer protestos
    Efeito “black bloc” pode enfraquecer protestos
    STF reduz influência de Dilma no julgamento da Lava Jato
     
    Do Blog do kennedy

    Postado por: Daniela Martins

     

    Os protestos contra o governo marcados para o próximo domingo, dia 15, podem perder força por conta do discurso de agressividade e truculência que tem circulado pelas redes sociais. Se essa violência e golpismo se refletirem nas ruas, poderá haver uma espécie de “efeito black bloc”.

    Esses grupos podem afastar pessoas que queiram protestar pacificamente se marcarem os protestos como um movimento radical e violento. Vimos esse filme nas manifestações de junho e julho de 2013 e na Copa do Mundo no ano passado.

    Agora, há novamente uma retórica udenista truculenta nas redes sociais, com convocações para grupos atuarem com violência física nas manifestações do fim de semana. No dia 13, sexta, haverá atos em defesa da Petrobras e da presidente Dilma. No dia 15, domingo, estão marcados os protestos contra o governo.

    As vaias à presidente Dilma Rousseff e o panelaço do último domingo são sinais de que a insatisfação social com o governo é maior do que a imaginada pelo PT. Os petistas disseram que o panelaço durante o pronunciamento da presidente foi feito por moradores de áreas nobres que não votaram na presidente. Na feira da construção civil havia trabalhadores, expositores e o público que aguardava para entrar no evento.

    É fato que São Paulo tem um sentimento anti-PT acima da média na comparação com outras regiões do país, mas é lícito supor que, diante de tantas notícias ruins na economia e na política, a insatisfação com o governo tenha se estendido a outros estratos sociais. Inclusive para camadas que votaram na presidente.

    Ontem foi um dia de agitação acima da média nas redes sociais. Muitos vídeos e áudios agressivos, com palavrões, defesa de golpe militar, impeachment e boatos que não merecem reprodução. Enfim, posts agressivos e golpistas, com informações falsas para espalhar pânico.

    A oposição deve tomar cuidado para não endossar e estimular grupos que, no fundo, usam o direito democrático de livre manifestação e expressão para solapar a democracia, como, por exemplo, ao tentar forçar um movimento pró-impeachment sem amparo na realidade jurídica e política.

    O golpismo tem de ser combatido. Nossa história está cheia de exemplos do mau que ele causou e causa ao país.

    *

    STF reduz influência de Dilma na Lava Jato

     

    O poder não admite vácuo. Alguém ocupa o espaço e o exerce. Foi o que fizeram ministros do Supremo Tribunal Federal diante da demora e da indecisão da presidente Dilma Rousseff em indicar o substituto de Joaquim Barbosa, que deixou o tribunal em julho de 2014 _há sete meses.

    É mais uma prova de como a presidente é inábil no exercício do poder. Dilma deixou os ministros do Supremo contrariados, já que a corte está funcionando com 10 integrantes. Isso cria uma disfuncionalidade no plenário da Casa, porque há possibilidade de empate em julgamentos.

    Os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli fizeram uma articulação para evitar que a presidente Dilma tenha poder de influência sobre o julgamento da maioria dos inquéritos e eventuais processos da Operação Lava Jato.

    Atuaram dentro da regra do jogo, com o pedido de transferência de Dias Toffoli da primeira para a segunda turma, ocupando a vaga. É na segunda turma que vai tramitar a maior parte dos inquéritos relacionados à Lava Jato.

    Dias Toffoli encaminhou o pedido de transferência ao presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, que consultará Marco Aurélio Mello, que tem precedência por ser um membro mais antigo do tribuna. No entanto, Mello já disse não ter interesse, o que facilita o caminho de Toffoli.

    Apesar dessa manobra de Gilmar Mendes e de Toffoli, três inquéritos da Lava Jato deverão ser analisados pelo plenário do Supremo. Serão os inquéritos que tratam especificamente dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros. Pelas regras internas do STF, eles têm de ser julgados pelo plenário.

    E há outro inquérito, com a presença de Renan, em que há mais ou menos outros 20 acusados. Esse inquérito maior deverá produzir mais repercussão, porque dará um retrato maior do que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou a chamar de “uma aula do crime”.

    Resumo do episódio: outro tropeço político da presidente. Mais um para a coleção.

  7. Sem endossar impeachment, PSDB declara apoio formal aos protesto
    Sem endossar impeachment, PSDB declara apoio formal aos protestos

    Por iG Brasília |

    11/03/2015 13:38

    Texto

     

    Plano dos tucanos é reforçar os movimentos e levar militantes para a rua, sem aderir abertamente ao discurso pela saída de Dilma Rousseff do governo
    Aécio, líder tucano, garante que partido não endossa o impeachment de Dilma Edilson Rodrigues/Agência Senado
    Aécio, líder tucano, garante que partido não endossa o impeachment de Dilma

    O PSDB decidiu apoiar oficialmente as manifestações chamadas para o próximo domingo (15), em oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff. Reunida nesta manhã em Brasília, a executiva nacional do partido divulgou nota em que se “solidariza” com as “manifestações de indignação dos brasileiros, diante da flagrante degradação moral e do desastre econômico-social promovidos pelo governo”.

    O partido, entretanto, seguiu a linha que já vinha sendo ditada por dirigentes nacionais de não apoiar publicamente pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, como informou nesta quarta-feira o Poder Online.

    “O PSDB defende a livre manifestação de opinião e o direito à expressão dos cidadãos e, portanto, apoia os atos pacíficos e democráticos convocados para o próximo dia 15 de março em todo o país”, diz a nota. Ainda assim, os dirigentes nacionais decidiram acatar as sugestões recebidas de instâncias regionais, como o diretório paulista do partido, de chamar a militância para aderir aos protestos.  Havia divergência na executiva nacional sobre se seria o caso de fazer uma convocação formal da base do PSDB para que vá às ruas no domingo.

    Na nota, o PSDB também afirmou que as manifestações são “mais do que uma garantia constitucional” e condenou toda tentativa de “cercear e deturpar o direito à livre manifestação”. “Na verdade, ao contrário do que alguns tentam fazer crer, os protestos que ocorrem nas redes sociais e nas ruas não defendem um terceiro turno, mas a rigorosa apuração de responsabilidades sobre a corrupção endêmica incrustrada no corpo do estado nacional, e cobra o abandono dos compromissos assumidos publicamente com a população. São manifestações legítimas de um país que vive em plena democracia e se posiciona perante múltiplas e graves crises”, informa a nota.

    “Acreditamos que a participação popular melhora as instituições e eleva os padrões de governança pública. Por isso, o PSDB, através de seus militantes, simpatizantes e várias de suas lideranças participará, ao lado de brasileiros de todas as regiões do país, desse movimento apartidário que surge do mais legítimo sentimento de indignação da sociedade brasileira”, prossegue o documento. “O PSDB reitera seu compromisso com todos os que desejam um país mais forte, íntegro, justo, solidário e democrático”, emenda.

    Leia a íntegra da nota do PSDB:

    Nota oficial do PSDB sobre as manifestações populares convocadas para o dia 15 de março

    O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) se solidariza com as manifestações de indignação dos brasileiros diante da flagrante degradação moral e do desastre econômico-social promovidos pelo governo Dilma Rousseff.

    O PSDB defende a livre manifestação de opinião e o direito à expressão dos cidadãos e, portanto, apoia os atos pacíficos e democráticos convocados para o próximo dia 15 de março em todo o país.

    Mais do que uma garantia constitucional, a liberdade de pensamento e de crítica é fundamento essencial para o fortalecimento da vida democrática e o enraizamento social dos valores republicanos.

    O PSDB repudia a atitude daqueles que, em nome de seus interesses partidários, cerceiam e deturpam o direito à livre manifestação, e tentam convencer a população de que a crítica aos governantes se confunde com atentados contra a ordem institucional e o Estado de Direito.

    Na verdade, ao contrário de que alguns tentam fazer crer, os protestos que ocorrem nas redes sociais e nas ruas não defendem um terceiro turno, mas a rigorosa apuração de responsabilidades sobre a corrupção endêmica incrustrada no corpo do estado nacional, e cobra o abandono dos compromissos assumidos publicamente com a população. São manifestações legítimas de um país que vive em plena democracia e se posiciona perante múltiplas e graves crises.

    Acreditamos que a participação popular melhora as instituições e eleva os padrões de governança pública. Por isso, o PSDB, através de seus militantes, simpatizantes e várias de suas lideranças participará, ao lado de brasileiros de todas as regiões do país, desse movimento apartidário que surge do mais legítimo sentimento de indignação da sociedade brasileira.

    O PSDB reitera seu compromisso com todos os que desejam um país mais forte, íntegro, justo, solidário e democrático.

    Senador Aécio Neves
    Presidente Nacional do PSDB

    Senador Cássio Cunha Lima
    Líder do PSDB no Senado Federal

    Deputado Carlos Sampaio
    Líder do PSDB na Câmara dos Deputados 

     

    1. Minha desconfiança, continua a mesma…
      O que observo:10/03/2015 – 21:08

      parlamentares e “outros” já se disseram contrários à deposição da Presidenta.

      Querem deixar esse “detalhe” para “o afã das ruas”, objetivando alcançar a “queda do governo via povo”, para, depois, sairem “limpos do golpe” e continuarem, caso sejam “contumazes” parlamentares, se elegendo ou, em caso de empresários “ilibados”, firmando contratos com o governo pós-golpe.

      “ELES” não têm coragem de se declarar públicamente à favor da derrubada da “Presidente eleita democraticamente”, porém, “trabalham” de forma insidiosa nas redes sociais, nas rádios do “esquemão”, na tv aberta o dia todo e todos os dias, nos jornais e revistas “quase moribundos”, incitando o povo a um “ódio inexplicável” pelo governo que tanto promove programas sociais.

  8. Computador de órgão da Justiça altera perfil de Dilma na Wikiped
    Computador de órgão da Justiça altera perfil de Dilma na Wikipedia, dizendo que ela deixa o cargo neste ano

    Alterações foram registradas no Supremo ou em uma máquina do TRF-1

    R7 Página Inicial

    Agência Estado

     


     
    Computador em órgão da Justiça alterou o perfil da presidente Dilma Rousseff na Wikipedia Antonio Cruz/05.02.2015/Agência Brasil

    O perfil da presidente Dilma Rousseff na Wikipedia sofreu uma alteração nesta terça-feira (10), feita por um computador localizado no STF (Supremo Tribunal Federal) ou no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ambos em Brasília, segundo o perfil no Twitter do Brasil WikiEdits.

    A ferramenta é feita por cidadãos que monitoram as alterações na Wikipedia feitas a partir de computadores do Senado, STF, Câmara e outros órgãos públicos e disponibilizam o endereço do IP que realizou as mudanças.

    A alteração no perfil de Dilma sugeria que o mandato dela se encerraria em 2015 e que o vice-presidente Michel Temer assumiria o posto. A mudança foi corrigida posteriormente.

    O endereço de IP apontado pelo grupo no Twitter como responsável pela mudança está localizado no STF ou no TRF-1, segundo o site What Is My IP Adress, que rastreia localizações de computadores.

    O STF não identificou o número de IP no tribunal que pudesse ter sido responsável pela suposta alteração. A assessoria do TRF-1 não foi localizada para comentar.

     

  9. Barbosa compara momento brasileiro com eventos históricos que de
    Barbosa compara momento brasileiro com eventos históricos que derrubaram governos

    Ex-ministro do STF fez declaração sobre “voltas” e “peças” que a história “dá e aplica”

    Do R7


     
    Barbosa mantém-se ativo publicamente por meio do Twitter Fellipe Sampaio/05.06.2014/STF

    O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa fez uma série de relatos em sua conta no Twitter comparando o atual momento brasileiro com eventos históricos que derrubaram governos. Sem deixar claro se defendia ou não o impeachment da presidente Dilma, Barbosa disse que suas declarações se referem às “voltas” e “peças” que a história “dá e aplica”.

    Em uma série de postagens, Barbosa citou a Revolução Francesa, a Proclamação da República e a queda do regime czarista na Rússia, com a Revolução Russa.

    As mensagens foram postadas na madrugada desta quarta-feira (11).

    “Vamos mudar de assunto? Que tal falarmos um pouco de História? Acho importante no momento atual. Farei 3 singelos posts, p reflexão.

    1) quem diria em maio de 1789 que aquele convescote estranho  realizado em Versalhes iria desembocar na terrível revolucão francesa?

    2) em 15/11/1889, nem mesmo o general Deodoro da Fonseca tinha em mente derrubar o regime imperial sob o qual o Brasil vivia. Aconteceu.

    3) nem o mais radical bolchevique imaginaria lá pelos idos de 1914 que a 1a guerra mundial facilitaria a queda do regime czarista da Rússia

    Por que fiz esses 3 últimos posts sobre História? Porque no Brasil pouca gente pensa nas “voltas” e nas “peças” que a História dá e aplica.”

    No primeiro caso, o ex-ministro se refere à uma festa promovida na França, que teria ocasionado a Revolução Francesa. A realeza costumava ostentar sua riqueza, enquanto a população passava fome. Uma dessas festas, em particular, teria sido o ápice para a eclosão de revoltas populares em todo o País.

    Na Proclamação da República, no Brasil, o marechal Deodoro da Fonseca dirigiu suas forças militares insurgentes apenas para derrubar o então chefe do Gabinete Imperial, o Visconde de Ouro Preto. Ao saber da deposição de Ouro Preto, Dom Pedro 2º teria nomeado um desafeto político do marechal para o cargo, que equivale a uma espécie de primeiro-ministro. Neste momento, Deodoro da Fonseca optou por aderir à causa republicana, destituindo o imperador do cargo e assumindo o posto de primeiro presidente do País.

    Ao falar da queda do regime czarista na Rússia, Barbosa faz alusão aos bolcheviques. O grupo era contrário ao regime monárquico, e, com a Primeira Guerra Mundial, o czar se enfraqueceu, abrindo caminho para a Revolução Russa.

     

  10. Lula critica Mercadante, mas governo nega troca na Casa Civil
    Lula critica Mercadante, mas governo nega troca na Casa Civil

    Dilma, o ex-presidente e o ministro se reuniram durante jantar na terça-feira

    R7 Página Inicial

    Do R7, com Estadão Conteúdo


     
    Lula criticou Aloizio Mercadante Marcelo Camargo/15.06.2014/Agência Brasil

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tem economizado críticas ao ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, segundo o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

    Uma fonte próxima de Lula disse à reportagem que, na avaliação do ex-presidente, Mercadante “já deu o que tinha que dar”. 

    Segundo esse interlocutor, Lula teria dito em conversas reservadas que, se Mercadante “fosse bom mesmo, teria ocupado um cargo no meu governo”.

    Nesta quarta (11), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou uma nota em que contesta o “rumor” de que o ex-presidente tenha sugerido à presidente Dilma Rousseff uma troca no comando da Casa Civil.

    Lula e Dilma jantaram nessa terça (10) no Palácio da Alvorada. Além de Mercadante, participaram do encontro os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e da Defesa, Jaques Wagner, e o presidente nacional do PT, Rui Falcão, participaram do encontro.

    “Não corresponde à verdade o rumor de que a presidenta Dilma Rousseff tenha recebido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a sugestão de mudança na chefia da Casa Civil”, diz a nota divulgada pela pasta. “O ministro Aloizio Mercadante tem total confiança da presidenta e seguirá cumprindo suas funções à frente da Casa Civil.”

     

  11. PGR anuncia repatriação de R$ 139 milhões de ex-gerente da Petro
    PGR anuncia repatriação de R$ 139 milhões de ex-gerente da Petrobras

    Por Agência Brasil |

    11/03/2015 15:33- Atualizada às 11/03/2015 15:36

    Texto

     

    Repatriação é resultado de uma negociação entre o MP e o ex-gerente da Petrobras, que firmou acordo de delação premiada

    Agência Brasil

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou hoje (11) a repatriação de R$ 139 milhões pertencentes ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. O dinheiro estava depositado em contas na Suíça e foram transferidos para uma conta-corrente da Justiça Federal em Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.

    De acordo com os investigadores, o valor é oriundo de propina paga ao ex-gerente em contratos da Petrobras. A quantia se refere apenas a uma parte dos valores a serem repatriados. Após a conclusão do processo, o dinheiro será devolvido para a Petrobras. 

    Em depoimento prestado ontem (11) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, Barusco disse que está colaborando com o processo de repatriação do dinheiro. O ex-gerente firmou um acordo de delação premiada como o Ministério Público Federal (MPF) em troca de redução de pena. 

    Segundo a investigação, a propina foi recebida no exterior, em contas nos bancos HS Republic, HSBC, Safra, Cramer, Royal Bank of Canada e Delta.

     

  12. *

    Depoimento de Barusco derruba exageros na exploração política da Lava Jato

    por Helena Sthephanowitz, para a Rede Brasil Atual 

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2015/03/depoimento-de-barusco-derruba-exageros-na-exploracao-politica-da-lava-jato-9187.html

    Apesar de a imprensa tradicional, de linhagem tucana, ter destacado exclusivamente trechos que possam aprofundar o desgaste atual do Partido dos Trabalhadores, objetivamente o depoimento do ex-gerente Pedro Barusco Filho na CPI da Petrobras demoliu muitas versões exageradas que vem sendo veiculadas:

    Primeiro, Barusco afirmou que não podia contar tudo o que sabe sobre o período de 1997 a 2002, no governo FHC, porque estava sendo investigado no Brasil e na Holanda. Ou seja, deu a entender que tinha instruções de sua advogada para só falar de fatos já conhecidos da justiça neste período, não revelando fatos ainda desconhecidos para não se incriminar mais.

    Afirmou também que os gerentes e banqueiros de bancos suíços que o atenderam sabiam que o dinheiro era de corrupção no caso dele, faziam vista grossa para a origem e orientavam como inclusive usar offshores em paraísos fiscais.

    Caiu em contradição ao dizer que recebia propina sozinho entre 1997 e 2003, quando tinha um cargo inferior, com menor poder de influir em contratações do que tinha em 2003. A história ficou inacreditável.

    Ao contrário da versão disseminada pela imprensa oposicionista, ele não disse que a corrupção se institucionalizou na Petrobras a partir de 2003. Disse que ele foi promovido e encontrou em seu novo cargo um esquema de corrupção já estruturado, dando a entender que já existia antes. Ele apenas disse não participar antes deste grupo, por isso não sabia quando começou.

    Chegou a rir e deixou sem resposta quando o relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), perguntou se poderia deduzir que Barusco era o pai e fundador único da corrupção na Petrobras.

    Disse que a governança na Petrobras era boa, com orçamentos rigorosos para controlar preços nas licitações e que não vazavam. Disse que a corrupção era clandestina e só sabiam os poucos que participavam do esquema.

    Disse que não havia superfaturamento nos contratos, pois ficavam dentro da faixa de preço de mercado monitorada pela Petrobras. Segundo ele, havia cartel onde as empreiteiras pareciam não praticar a concorrência e combinavam preços puxando para cima. Mas preços superfaturados eram desclassificados no processo de licitação. Se nenhuma empreiteira apresentasse preço dentro da faixa de mercado orçada pela Petrobras, a licitação era cancelada e havia outra.

    Disse que não havia um comando central sobre o esquema de propinas, dando a entender que haviam gerências e diretorias que atuavam como células clandestinas de corrupção e que, “autônomas”, agiam por conta própria, só sendo conhecido quem participava do esquema.

    Disse que sua relação com o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli era apenas institucional, dando a entender que nunca conversou sobre propina ou irregularidades com ele.

    Disse que a ex-presidenta da Petrobras Graça Foster nunca esteve envolvida com o esquema dele e de Paulo Roberto Costa.

    Disse que não viu, não pagou e não sabe como e se suposto dinheiro para PT teria sido pago, se limitando a contar uma confusa e vaga versão de que só saberia de supostas combinações prévias com João Vaccari Netto, secretário de finanças do PT. Mas também não apresentou nenhuma prova.

    Disse nunca ter tratado, nem ter conhecimento sobre propinas ou negócios ilícitos com nenhuma outra pessoa do PT.

    Caiu em contradição ao dizer que em 2010 teria ajudado a arrecadar o equivalente a US$ 300 mil para a campanha presidencial do PT por meio da empresa SBM Offshore. Mas o tesoureiro da campanha de Dilma não foi Vaccari, foi José de Filippi, que negou ter recebido doações da SBM e afirmou que sequer conhecia Barusco.

    Essa estória também não bate com a versão de 1% para o PT. Se fosse verdade que o PT teria 1% sobre contratos da SBM, teria um valor muito maior do que US$ 300 mil. Assim como a estória dos 1% não bate com os inquéritos abertos pelo Ministério Público Federal contra senadores do PT, por eles terem que “passar o pires” na campanha eleitoral como faz qualquer candidato sem envolvimento em nenhum esquema de propinas.

    Barusco também desconstruiu a tese de que a empresa com maioria do capital privado Sete Brasil fosse mal sucedida. Disse que a empresa fez a estruturação financeira para construir sondas de perfuração no Brasil, a preços competitivos com o mercado internacional, trazendo vários estaleiros para se instalarem no Brasil e criando milhares de empregos. Disse que, mesmo sendo uma empresa privada, ele e outros diretores receberam propinas de estaleiros, mas em valor irrisório diante do tamanho da empresa. O escândalo fez interromper o fluxo de empréstimos à empresa que a levou a enfrentar dificuldades atuais.

    No fundo, Barusco decepcionou bastante as expectativas da oposição tucana e do DEM, cujos parlamentares, na ânsia de gerar imagens para telejornais, se limitaram a fazer mais proselitismo do que perguntas. E faziam afirmações que eram negadas nas respostas do depoente.

    O depoimento também mostrou os excessos de exposição negativa que a Justiça Federal e o Ministério Público Federal no Paraná submeteram a imagem da Petrobras.

    Os corruptos que atacaram a empresa são deploráveis, mas as qualidades da Petrobras, inclusive a governança, e de seus milhares de trabalhadores honestos são muito maiores do que eles.

    Seria melhor a investigação se ater mais na realidade objetiva dos crimes, doa a quem doer, do que no jogo político midiático. O caminho correto – e que se espera do nosso Judiciário – é concentrar mais nos criminosos de fato, trilhando o caminho do dinheiro para neles chegar. Quanto à mídia, velha e gasta, é hora de passar a tratar a empresa como vítima de focos localizados de corrupção e que agora se trabalha para que sejam extirpados.

    Contas bloqueadas

    Ex-gerente de Engenharia da Petrobras e um dos delatores “premiados” da Operação Lava Jato, Pedro Barusco entregou à Justiça Federal cópias de ordens de bloqueio das contas que ele operava em bancos da Suíça, por onde passou uma fortuna de US$ 67 milhões.

    Cinco meses antes de fechar acordo de delação com a força-tarefa da Lava Jato, o ex-gerente soube que todo o patrimônio que havia acumulado em mais de dez anos de corrupção na estatal estava congelado. Alvo de investigação aberta na Holanda em 2013, por corrupção de agente público estrangeiro e lavagem de dinheiro, Barusco foi um dos funcionários da estatal que receberam propina da holandesa SBM Offfshore, empresa na área de navios-sonda.

  13. *

    Ocupação estudantil em Amsterdã pede fim da neoliberalização do ensino superior

    Opera Mundi

    http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/39747/ocupacao+estudantil+em+amsterda+pede+fim+da+neoliberalizacao+do+ensino+superior.shtml

    Movimento reflete crise da educação no mundo desenvolvido, com processos antidemocráticos, financeirização e abandono das funções cruciais, diz professor

    Estudantes da UvA (Universidade de Amsterdã), nos Países Baixos, estão há três semanas protestando contra a neoliberalização da educação superior e a falta de democracia na tomada de decisões internas. O movimento, chamado De Nieuwe Universiteit (A nova universidade) conquistou, na última semana, a adesão de funcionários da universidade.

    O movimento foi iniciado em 13 de fevereiro, quando os jovens ocuparam o prédio principal da administração da universidade – o Maagdenhuis. Eles pedem que a gestão decida se atenderá as demandas da comunidade universitária ou seguirá com a lógica definida por eles como de “financeirização burocrática”. No site criado pelo movimento é possível acompanhar a organização estudantil.

    [video:http://youtu.be/BmorQDyI7vU align:center]

    De acordo com o porta-voz dos estudantes, Tivadar Vervoort, em declarações ao NLTimes, os protestos tiveram início por causa do programa divulgado para 2016 pela administração, que “descreve a mescla de múltiplos cursos de bacharelado, como filosofia, história, língua holandesa e literatura inglês, como um único programa de artes liberais”.

    De acordo com Vervoort, a mudança se deve ao fato de que há menos alunos estudando para se formarem professores, então a verba para o departamento foi cortada.

     inspiração para o movimento vem, segundo Rik Van Eijk, em declrações ao site Global Voices, da tradição democrática e de protestos que tem a UvA. Em 1960, o Maagdenhuis foi ocupado por cinco dias em uma demanda dos estudantes por um maior papel nas decisões da universidade.

    O doutor em Política Econômica Internacional do Instituto Europeu Universitário Jerome Ross, em artigo publicado na revista Roar, pontua que, apesar de o protesto ser principalmente local, as demandas dos universitários e professores ultrapassam as fronteiras dos Países Baixos.

    “A Educação superior está em crise em todo o mundo desenvolvido. Estruturalmente subfinanciado, com severo excesso de financeirização e profundamente antidemocrático, universidades em toda parte estão aumentando o abandono das funções mais cruciais de outrora – a produção de pesquisas de alta qualidade e o papel de educar a próxima geração de qualificados, cidadãos conscientes – e se tornando cada vez mais empresas quase privadas, dirigidas por uma elite gerencial totalmente isolada”, escreveu Ross.

     

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