Fora de Pauta

O espaço para os temas livres e variados.

Luis Nassif

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  1. EMPRESAS HISTORICAS – VICKERS

    EMPRESAS HISTORICAS – VICKERS ARMSTRONG – A Alemanha teve a Krupp, a França a Schneider, a Italia a Ansaldo mas a verdadeira ” Rainha do Armamento” do Seculo XX foi a VICKERS ARMSTRONG, a maior empresa de material bélico do mundo, fabricava grandes encouraçados, artilharia pesada, metralhadoras, submariinos,  tanques, aviões militares e civis, alem de um importante setor ferroviario construindo locomotivas e vagões.

    A Vickers Armstrong com raizes nos tempos vitorianos, se formou em 1927 pela fusão da Vickers com a Sir W.G.Armstrong Whitworth & Co. Em 1929 incorporou a Cammel Laid, maior fabricante de material ferroviario do Reino Unido.

    A Vickers em seus dois estaleiros, o de Barrow-in-Furness e o de High Walker, um em cada costa da Inglaterra, construiu os grandes encouraçados ingleses da Primeira Guerra alem de clientes outros paises, como o Brasil, para o qual produziu os dois dos maiores encouraçados do mundo na época, o SÃO PAULO e o MINAS GERAIS. construia não só o casco mas tambem a artilharia e os motores a oleo.

    A VICKERS foi maior que todas porque era mais completa, seu catalogo era muito maior que o da Krupp ou de Schneider, que não estavam no setor de aviação e submarinos, para estes a Vickers fabricava tambem os motores diesel-eletricos.

    A Vickers antes da fusão com a Armstrong ja tinha comprado o controle da Nordenfeldt-Maxim, principais fabricantes de metralahdoras do mundo, produzia a Vickers Berthier para o Exercito da India e a .303 para  artilharia anti-aerea.

    Seu departamento de aviação nasceu em 1911, na Segunda Guerra a Vickers desenhou e fabricou o SPITFIRE, principal caça inglês e o bimbardeiro WELLINGTON, espilnha dorsal da RAF Bomber Command.

    No campo da força terrestre produziu 18 modelos de tanques, sendo o VALENTIDE o mais famoso.

    Dpois da Segunda Guerra a Vickers voltou-se para o mercado civil, seu avião turbo helice VICKERS VISCOUNT foi a base da Ponte Aerea São Paulo-Rio por décadas, comprou o setor de locomotivas da English Electric e na aviação comprou a Bristol Aircraft.

    Em 1960 foi nacionalizada pelo governo trabalhista e constituiu a base da BAE, Bristih Aerospace Systems, hoje uma das maiores empresas de armas do planeta, importante em aviação, satelites e misseis.

    Um dos seus grandes acionistas era Sir Basil Zaharoff, falecido em 1936,  cuja biografia já narrei aqui.

    http://www.gettyimages.com/detail/news-photo/first-production-aircraft-of-the-vickers-armstrong-news-photo/90746025

  2. http://creditunionaccess.com/

    http://creditunionaccess.com/top50creditunions.htm

    AS COOPERATIVAS DE CREDITO NOS ESTADOS UNIDOS – Ao contrario do muitos pensam, os Estados Unidos não são um pais inteiramente capitalista. Há muito economia de solidariedade não lucrativa nos EUA, quase todas universidades são instituções filantropicas, muitos hospitais, orquestras, museus são associações de cidadãos, são raros os aeroportos ou estradas privadas, é tudo publico e gerido para o interesse publico.

    Um das instituições mais comuns são as COOPERATIVAS DE CREDITO, que funcionam como bancos sem fins lucrativos.

    O setor conta com 90 milhões de cooperados, US$1 trilhão de ativos em 7.000 cooperativas.

    Algumas são maiores que muitos bancos brasileiros, se formam dentro de orgãos do governo, universidades, fabricas.

    Um das maiores é a dos empregados do Pentagono, outra enorme é dos empregados da Boeing.

    As cooperativas fazem tudo o que bancos fazem, contas correntes e de poupança, cartões de credito, crédito imobiliario, credito para comprar automoveis, credito educacional. O lucro pertence aos cooperados, que são os donos da cooperativa.

    É uma experiencia interessante mas que exige uma visão de interesse coletivo, honestidade dos dirigentes, espirito associativo voltado para o bem comum sem interesse pessoal.

    No Brasil existem algumas, mas são poucas, há o problema da governança, ninguem confia em ninguem com certa razão, a chance de roubalheira é grande, nossa cultura não é muito voltada para o interesse coletivo, estão ai os clubes de futebol, todos associações sem fins lucrativos mas um dos maiores campos de corrupção da vida brasileira.

  3. Tô vendo só agora.
    Mas a

    Tô vendo só agora.

    Mas a minha sugestão de pauta tem a ver com o jornal das dez da globonews que optou por publicar imagens à lá mídia ninja, pelo telefone celular.

    Não mostraram nada demais.

    Mas ficou evidente que queriam pegar alguém no contrapé. Mais: publicaram as imagens “do cafezinho” do congressso, claramente em tom perscrutador das “inconfidências” Em seguida à aprovação do “marco civil”, não obstante a clara posição contra as teles, soltam mais uma fofoca sobre a Coreia do Norte, pra falar de “liberdade”.

  4. Nota da Federação Única dos Petroleiros sobre a Petrobrás

    Posicionamento da Direção Colegiada da FUP sobre tentativa da oposição de instalar uma CPI para fazer disputa eleitoral através da Petrobrás:

    Mais uma vez, a Petrobrás volta a ser palanque de disputas políticas em ano eleitoral. Foi assim no governo Lula, foi assim em 2010 e não seria diferente esse ano, quando as pesquisas eleitorais refletem o apoio popular ao governo Dilma. Tensionada, a oposição, em conluio com a velha mídia, mira na Petrobrás para tentar desmoralizar a gestão pública da maior empresa brasileira.

    Os mesmos PSDB e DEM, que quando governaram o país fizeram de tudo para privatizar a Petrobrás, trazem de volta à cena política antigas denúncias sobre refinarias adquiridas pela empresa no exterior e tornam a atacar as que estão em fase final de construção no Brasil. Quem acompanha a nossa indústria de petróleo sabe da urgência de reestruturação do parque de refino da Petrobrás, que, durante o governo do PSDB/DEM, foi sucateado e estagnado, assim como os demais setores da empresa.

    Quando exercia o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a oposição demo-tucana quebrou o monopólio estatal da Petrobrás, escancarou a terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentou mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax. Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos maiores acidentes ambientais do país e o afundamento da P-36.

    São os mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que desde 2003 iniciou o processo que fará da Petrobrás uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais.

    Vamos aos fatos: em 2002, a Petrobrás valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobrás passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhão e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhão.

    Antes do governo Lula, a Petrobrás contava em 2002 com um efetivo de 46 mil trabalhadores próprios, produzia 1 bilhão e 500 mil barris de petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 bilhões de barris de óleo. Após o governo Lula, em 2012, a Petrobrás quase que dobrou o seu efetivo para 85 mil trabalhadores, passou a produzir 2 bilhões de barris de óleo por dia e aumentou a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo.

    Apesar da crise econômica internacional e da metralhadora giratória da mídia partidária da oposição, a Petrobrás descobriu uma nova fronteira petrolífera, passou a produzir no pré-sal e caminha a passos largos para se tornar uma das maiores gigantes de energia do planeta. Não aceitamos, portanto, que esse processo seja estancado por grupos políticos que no passado tentaram privatizar a empresa e hoje, fortalecidos por novos aliados, continuam com o mesmo propósito.

    Se confirmados erros e irregularidades na gestão da Petrobrás, exigiremos que sejam devidamente apurados pelos órgãos de controle do Estado e pela Justiça. A FUP e seus sindicatos acompanharão de perto esse processo, cobrando transparência na investigação e responsabilização de qualquer desvio que possa ter ocorrido. No entanto, não permitiremos que sangrem a Petrobrás em um ringue de disputas políticas partidárias eleitorais, como querem os defensores da CPI. Reagiremos à altura contra qualquer retrocesso que possa ser imposto à maior empresa brasileira, alavanca do desenvolvimento do país.

    Direção Colegiada da FUP

    http://www.fup.org.br/2012/noticias/manchetes/2222695-nota-da-fup-nao-deixaremos-sangrar-a-petrobras-no-ringue-das-disputas-eleitorais

  5. Compreendendo a briga entre Barbosa e o PIG

    Compreendendo a briga entre Joaquim Barbosa e o PIG

    Por várias vezes Joaquim Barbosa declarou que não seria candidato à presidência da república.

    Ao fazer estas declarações Barbosa estava querendo dizer que aceitaria se candidatar a um outro cargo qualquer, ao de senador, por exemplo, pelo Rio de Janeiro.

    Eduardo Campos compreendeu a jogada e pensou em convidá-lo para entrar no PSB. Uma vez no PSB, Barbosa ficaria confortavelmente esperando pela edição especial do Jornal Nacional que lançaria na política o homem que manteve preso o “maior bandido de todos os tempos”, e em regime fechado.

    Mas o PIG acha que Joaquim Barbosa é ainda uma pessoa extremamente útil na condição de ministro do Supremo, principalmente considerando o fato de que o Ministro Lewandowski assumirá a presidência do STF em breve.

    Ou seja, o PIG arrastou o tapete do Barbosa que pensava em se candidatar ainda este ano, no auge da perseguição contra Zé Dirceu.

    Está claro que a candidatura de Barbosa a qualquer cargo, mesmo em 2016, ainda vai depender do seu desempenho na “qualidade” de perseguidor implacável dos dois Zés: Zé Dirceu e Zé Genoíno. E é por isso que eu acho que essa briga entre Barbosa e o PIG ainda vai sobrar para os dois Zés, principalmente.

    Mas Barbosa não ficou nada satisfeito com esta “quebra de contrato”, ou melhor, com o fato de ele ter que esperar até 2016 para se candidatar a um cargo eletivo qualquer, talvez até o de vereador. E espumando de ódio pelo ocorrido, Barbosa resolveu dar o troco processando o Ricardo Noblat e se queixando do repórter da revista Época que o entrevistou, ambos empregados das Organizações Globo, como é também o seu filho.

    E a Rede Globo que se cuide porque Joaquim Barbosa é muito vingativo.

     

  6. Ronaldo Caiado, ministro da Agricultura de Aécio Neves

    Fábio Sousa: “Não podemos ter portas fechadas, principalmente para o Caiado”

    O deputado Fábio Sousa adverte a base aliada: Vilmar Rocha e José Eliton são importantes e devem ser respeitados. Mas a “envergadura” do presidente regional do Democratas não permite “desprezo”

    Deputado Fábio Sousa, líder do governo na Assembleia, em entrevista ao jornalista Murilo Santos, de O HOJE - Crédito: Demian Duarte

    Deputado Fábio Sousa, líder do governo na Assembleia, em entrevista ao jornalista Murilo Santos, de O HOJE – Crédito: Demian Duarte

    O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Fábio Sousa (PSDB), entende que a maioria da base aliada concorda e está pronta para receber de volta o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM) na formação da chapa majoritária às eleições. Na entrevista a O Hoje de Frente com o Poder deixa uma pergunta ao empresário Júnior Friboi. Ao jornalista Murilo Santos, Fábio Sousa também desabafa e diz que não aguenta mais ver a política ser decidida na base do dinheiro.

    Deputado parecia praticamente acertado que a base aliada lançaria Marconi Perillo, José Eliton e Vilmar Rocha (Senado). O quadro mudou com a ‘volta’ do deputado federal Ronaldo Caiado?

    Minha opinião é muito clara. Eu tenho o maior respeito pelo Vilmar Rocha e pelo José Eliton. Mas não podemos nos dar ao luxo de rejeitar uma pessoa da envergadura do Ronaldo Caiado. Na experiência parlamentar, no trato e competência, hoje se fizer uma lista de cinco deputados federais competentes no Brasil, e em especial da oposição (ao governo federal), Caiado estará nesta lista. Então não podemos desprezar, nem fechar as portas. VilmareEliton são pessoas extremamente preparadas para ocupar qualquer cargo. Vilmar Rocha se tiver oportunidade será um grande candidato e um grande senador. José Eliton se tornou uma liderança nestes três últimos anos. Soube unir a base aliada em torno do chamado ‘tempo novo’. Agora, Ronaldo Caiado é Ronaldo Caiado.

    Já está certoo retorno dele?

    As conversações estão ocorrendo. Os diálogosestão acontecendo, temos de estar abertos e eu sempre fui defensor dessa tese. Ronaldo Caiado não vai andar com o PT, isso aí vai contra qualquer linha histórica dele. Nós não podemos ter portas fechadas para ninguém, principalmente para o deputado Ronaldo Caiado.

    Há três meses,na propaganda partidária do Democratas, ele disparou severas críticas ao governo. Falou em “serviços precários, saúde abandonada, população com medo e desgoverno”. Como a base trata isso?

    O Caiado é uma pessoa muito experiente. Ele sabe fazer política. Eu prefiro acreditar que foi uma contextualização política. O atendimento na Saúde mudou significativamente. Prefiro acreditar que era uma questão de contexto.

    E a Segurança?

    Na Segurança Pública de fato há muita coisa que precisa ser melhorada. Mas há esforços que o governo tem feito para melhorar. A questão do Simve (Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual)que está sendocriticado é uma tentativa do governo de melhorar as questões de Segurança Pública. Todos sabem que quanto mais policiais nas ruas, mais a sensação de segurança acontece e também a própria bandidagem tem medo. Não estou falando que está um mar de rosas, muito pelo contrário. A Segurança Pública não só no Estado, mas no Brasil todo precisa melhorar. Há uma crise. E falta uma coisa muito importante que se chama recurso para Segurança Pública. O governo federal retém 73% do que se arrecada. O restante é divido entre a Prefeitura e o Estado. O único ente federativo que tem responsabilidade pela Segurança Pública é o Estado, que tem 16% do que se arrecada. O governo federal precisa investir em Segurança Pública, tem dinheiro e recursos para isso. O pacto federativo tem de ser refeito.

    O senhor acha que o deputado mudou de opinião?

    Eu espero que sim. O que nos une é maior do que aquilo que nos divide. Tem um ditado popular até antigo que diz: quando você quer unir duas pessoas diferentes é só você ter um adversário em comum. O DEM e o PSDB tem um adversário comum, que em nível nacional é o PT. E em um possível governo do Aécio Neves precisamos ter um senador ou um deputado federal com condições de ser ministro. Tem alguém mais preparado para ser ministro da Agricultura no Brasil do que o Ronaldo Caiado? Não tem.

    O deputado federal Vilmar Rocha e o vice-governador José Elitonestão preparados para essa ‘mexida’ no quadro?

    Se for necessário sim. Porque hojeo nossocandidato a senador seria o Vilmar Rocha. E o candidato a vice-governador é o José Eliton, indiscutivelmente. Se fosse agora.

    Mas como as convenções são daqui a três meses…

    Exatamente, nós ainda temos um período de discussão, conversas e diálogos que podem sugerir não só o Ronaldo Caiado como outros nomes.

    O senhor não teme algum atrito com o PSD ou o PP?

    O governador Marconi Perillotem capacidade e liderança para conduzir esse processo. O que eu repito e não mudo de opinião é que não podemos fechar a porta. Não podemos nos dar ao luxo de fecharmos a porta para uma pessoa como o Ronaldo Caiado.

    Recentemente o senhor fez um discurso contundente, dizendo que Goiás não está à venda. Foi uma referência ao empresário Júnior Friboi?

    Não só a ele. Estou na política cumprindo mandatos há dez anos. Eu não aguento mais política ser decidida na base do dinheiro. É uma coisa que temos de mudar neste país o mais rápido possível.

    Só se decide no dinheiro?

    Muito e muitos se vendem. Lideranças representativas, no geral, procuram um deputado estadual, que vai conversar como líder de bairro, um vereador, o que quer que seja. Olha sou candidato à reeleição, eu tenho essas ideias, vamos conversar para você me apoiar. E ele já pergunta o que você vai me dar? Esse espírito tem de ser mudado. Eu não dou conta disso mais. É impressionante, pois a pessoa que pede geralmente quando sai um escândalo assusta e critica, mas é aquela que estava pedindo alguma coisa. Nós precisamos mudar isso no Brasil.

    E quanto ao Friboi?

    Aminha crítica ao Júnior Friboi é simples, primeiro porque ele fala que só aceita ser candidato a governador do Estado. Quer dizer que outras áreas e outras candidaturas não servem?Para servir o Estado, só se for governador? Um deputado estadual ou federal e um senador não servem ao Estado? O prefeito de algum lugar não está servindo sua comunidade? Um vereador? Olha o sacrifício que essas lideranças muitas vezes fazem para servir. Isso não serve? E o segundo ponto: um empresário bem sucedido, isso ninguém nega, vai dar conta de administrar o Estado? Porque é diferente. Quando se vai administrar uma empresa e não tem recursos, busca-se um empréstimo.Precisa fazer uma compra para a empresa, pega o dinheiro que está em caixa e compra. No governo, na administração pública, não é assim, tem que fazer um processo licitatório. Não adianta ter dinheiro em caixa, tem que fazer um processo licitatório. É demorado e burocrático. Uma pessoa que não quer servir o Estado de outra forma vai servir como governador? Não é uma crítica à pessoa dele, mas é uma pergunta que faço.

    Aqui no Hoje de Frente com o Poder ele afirmou que uma campanha bem feita a governador não custa menos de R$ 100 milhões. E, segundo ele, quem negar isso falta com a verdade…

    Eu não dou conta disso. Com toda sinceridade me dá até uma descrença. Só não me dá uma descrença total, porque eu acredito que a política no Brasil vai mudar e se tornar de primeiro mundo.

    Será?

    Eu acredito, eu tenho que acreditar. Agora falar de gastos em uma campanha política,contratar uma gráfica, uma empresa para fazer o programa de televisão, custa dinheiro, mas R$ 100 milhões é um valor exorbitante, exagerado, é um valor que eu nunca soube o que é para se falar em gastar em campanha. Quanto seria para se fazer uma campanha para presidente da República então? São coisas que temos de mudar no Brasil. Não é o Júnior Friboi apenas, tem que parar com essa história de gastar dinheiro para ganhar uma eleição. E a população tem de mudar também e valorizar quem faz, pensa, administra, legisla, enfim aquela pessoa que é boa parlamentar, um bom governante e não aquele que vai chegar dizendo: “olha, vamos fazer uma festa ali, me traz aí todo mundo que eu vou contratar”. Tem de começar a dar importância a quem realmente faz uma boa política.

    Na mesma entrevista Friboi disse que no PSDB “não se nascenada, não há oportunidade de nada”. É difícil surgir um líder no partido?

    Não, no PSDB temos vários lideres. O que talvez dificulte no caso para governador é que tem uma liderança inconteste para essa vaga, que é o Marconi Perillo. Mas faço uma autocrítica. O PSDB perdeu uma grande oportunidade de lançar candidato a prefeito de Goiânia. Eu bati nessa tecla incisivamente. Não era só o meu nome não, tínhamos outros que poderiam ter disputado as eleições e mesmo que não tivessem ganhado, teriam grande chance de ganhar. E poderiam se tornar grandes líderes. O PSDB tem que mudar o seu pensamento.

    Pessoas ligadas ao senhor afirmam que em 2012o governador o teria impedido de disputar a prefeitura de Goiânia. Isso é verdade? Ficou algum ressentimento?

    Não, eu não tenho ressentimento, até porque não faço política com o coração, porque senão eu adoeço. Eu costumo falar que se faz política com o fígado, porque se fizer com o coração ou com o estômago você passará mal. Você tem de ter uma racionalidade, tirar um pouco da paixão e ser racional. Eu não tenho ressentimento nenhum pelo que aconteceu em 2012. Tentei ser candidato a prefeito. Fui até aos 48 minutos do segundo tempo, porque conheço Goiânia, fui vereador, tenho ideias e projetos diferentes para Goiânia. Tive um apoio na base do PSDB importante para ser candidato. Agora as próprias lideranças maiores do PSDB, não o governador Marconi, começaram a declarar apoio a outros. E eu comecei a ficar isolado dentro do partido. Mas se tiver condições no futuro de disputar um cargo executivo tentarei novamente.

    O senhor decidiu pela disputa a deputado federal. Da Assembleia Legislativa para a Câmara dos Deputados é outra estrutura…

    Eu confesso que não tenho essa estrutura e os recursos que a maioria, se não me engano quase todos os candidatos com chances de ganhar têm. Sou realista. Sou muito pé no chão. Sei das condições dos concorrentes e as minhas condições. Entretanto tenho muitos bons amigos. Tenho trabalho e folha de serviços prestados. São 8 anos como deputado, mais dois anos como vereador em Goiânia, com atuações importantes para a cidade e o Estado.

    O senhor falou em custo para campanha de deputado federal. É alto?

    Todos falam em campanhas milionárias. Quando falam para mim que há conversas, que nem sei se verdadeiras, de candidatos que vão gastar R$ 18 milhões, eu assusto. Se eu tivesse isso não gastava nunca em uma campanha. É loucura alguém se endividar para isso. Mas é uma campanha cara. Não sou e não vivo em um mundo imaginário. Eu sei até onde uma campanha é cara, mas a minha não chegará nem a 10% disso.

    (apoio: Felipe Coz e Augusto Diniz)

     

     

  7. A versão do Serra pro golpe

    A versão do Serra pro golpe de 64. Só faltou dizer que o Jango caiu por que não criou o Plano Real.

    ‘Golpe de 64 tornou-se inevitável’, diz Serra

     

    O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) tinha apenas 22 anos quando foi dado o golpe militar de 1964, mas pode acompanhar de perto as movimentações políticas e sociais que culminaram com a queda do presidente João Goulart.

    Como presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Serra tinha trânsito com Jango e outros líderes da esquerda agrupados na FMP (Frente de Mobilização Popular). O tucano, que se exilou no Chile, onde testemunhou a deposição violenta do socialista Salvador Allende, relatará o que presenciou naqueles dias tumultuados de 1964 em livro a ser lançado em junho deste ano.

    Em entrevista exclusiva ao UOL, Serra afirmou que o golpe militar “tornou-se inevitável” em função de falta de apoio a Jango, da alta inflação, da insatisfação de parcela dos militares, além da conspiração direitista. Para o ex-governador, direita e esquerda “subestimavam a democracia” no pré-golpe e o argumento de que havia uma ameaça de luta armada por parte dos esquerdistas era “fictício”, usado apenas para justificar o golpe.

    Veja abaixo a entrevista.

    Golpe “inevitável”

    Teria [saída ao golpe] em outro contexto, mas eu acho que naquele momento o Jango não tinha apoio do lado da esquerda, que era contra um entendimento, e do lado da direita, onde houve a grande mobilização golpista porque eles queriam era tirar o Jango, não queriam negociação nenhuma em torno da manutenção da democracia. Jango não tinha apoio nem de um lado, nem de outro para um processo de entendimento.

    A partir de um certo momento o golpe tornou-se inevitável. Que houve momentos que se poderia ter negociado, feito um governo para valer, houve, mas o processo não caminhou para isso. Não sou a favor da tese que diz que com a desorganização econômica tinha que ter acontecido o golpe. Não necessariamente. O Brasil viveu períodos, por exemplo no governo [José] Sarney (1985-89), com superinflação, com economia se desfazendo, e nem por isso a solução foi autoritária.

    Jango “sabia que iria cair”

    Tenho para mim que ele [Jango] sabia que iria cair naqueles dias. É como se tivesse isso já na cabeça, programado. [Ele] não [estava] provocando, mas já sabia que iria acontecer. É a única explicação que encontro para as atitudes dele no final do período que de fato acabaram favorecendo o golpe, a mobilização das forças militares para o golpe. Mesmo aqueles que eram mais legalistas, que eram mais de centro, na última hora também foram para o outro lado em razão de sinais que o próprio Presidente da República deu.

    QUAL A SUA HISTÓRIA?

    memoriasreveladas/Arquivo Nacional
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    Você Manda

    O quadro econômico era muito grave. A inflação tinha sido da ordem de 90% [em 1963]. Em janeiro e fevereiro [de 1964], já era de 7%, 8%, numa época em que não tinha indexação da economia, não tinha correção monetária. As perdas que uma inflação alta provocava eram muito selvagens. Mesmo as bandeiras das reformas de base, que a esquerda e o Jango levantavam, não estavam voltadas para resolver a questão da conjuntura, da crise econômica propriamente dita. Era muito difícil ter um entendimento. Não apostava nisso, achava que o processo iria se radicalizar. Era uma convicção íntima, até. E eu ouvi o Jango dizer em uma reunião, no começo de outubro [de 1963], com a Frente de Mobilização Popular (FMP), que não iria terminar o mandato. Você ouvir um presidente dizer isso realmente impressiona.

    “País estava sem programa”

    Na vida pública todo mundo comete erros. Mas a questão básica é que ele [Jango] não foi capaz de comandar o processo no Brasil a partir da renúncia do Jânio Quadros. Isso também foi em boa medida consequência da tentativa da direita de impedir que ele assumisse a Presidência. O acordo que houve, para que os militares permitissem que o Jango tomasse posse, foi o parlamentarismo. Mas o que houve depois? Ele [Jango] ficou lutando, durante um ano e meio, para derrubar o parlamentarismo. Essa passou a ser a grande meta do governo. Depois que assumiu a presidência, isso já em 1963, ganhou no plebiscito, voltou o presidencialismo, mas aí a situação econômica era realmente muito ruim e tudo materializado no caso da inflação, que era muito alta.

    Ele fez um gabinete presidencialista, o primeiro, que era muito bom, mas caiu em meses. Foi aí que ele colocou o Carvalho Pinto como ministro da Fazenda, mas sempre o governo atrás dos acontecimentos, e a situação se deteriorando. E aí ele passou a dizer que sem reformas o país não teria conserto. Mas boa parte delas não tinha a ver com a situação que se vivia. Você permitir ao analfabeto votar, dar direito de voto a cabos, soldados, sargentos, mesmo medidas corretas com relação a universidades, não apontavam para uma solução da crise em si. Nem a reforma agrária, que é uma medida de médio e longo prazo, que tem a ver com a distribuição de patrimônio e renda, não é algo para resolver uma inflação galopante. Então, o país estava sem programa.

    Saída estratégica

    Ele efetivamente se jogou mais pelo lado que a esquerda queria. Se você olhar a posteriori, é como se fosse uma trajetória que levaria necessariamente ao golpe, que ele seria derrubado. O que o Jango poderia ter em mente? É uma hipótese. Era ser deposto, voltar a São Borja (RS) e entrar para a história como o presidente das reformas, que eram sempre coisas bem vistas pela população. A partir daí, viraria uma legenda e poderia ser chamado de volta algum dia. Não se daria um tiro como se deu o Getúlio, mas poderia voltar como um homem que marcou a vida brasileira naquele período até para o comando do país. Isso não era algo alheio ao que o Jango poderia ter na cabeça.

    Direita e esquerda subestimavam a democracia

    Se você olhar antes de 1964, a direita subestimava a democracia, queria era o poder e implantar o seu modelo não pelo voto. Agora, na esquerda também se subestimava a democracia. Dizia-se: “não dá para ter democracia se a barriga está vazia”. Era até uma música do CPC (Centro Popular de Cultura) da UNE. Na verdade, se deveria dizer: “precisamos de democracia porque a barriga está vazia”. O básico é a democracia, são as liberdades civis, as liberdades de opinião, que, aliás, no Brasil existiu amplamente antes do golpe de 64 e também no Chile do Allende. Não houve transgressão nesse sentido, coisa que a direita sempre procurou mistificar.

    Direita preparou o golpe

    O pessoal que derrubou o Getúlio, que era ditador, em 1945, parte era UDN (União Democrática Nacional, partido de direita). Em 1950, o Getúlio voltou e foi eleito. Queriam impedir a posse, mas ele tomou posse. Teve problemas e se suicidou em 54 para não deixar o governo. Assumiu o vice dele, que iria levar o país para o rumo que esse pessoal, a chamada direita, queria. E o Juscelino [Kubistchek], que era do PSD, mas tinha relações com o getulismo, ganhou a eleição. Iam dar um golpe para o Juscelino não assumir, daí o ministro da Guerra de então, o marechal Henrique Teixeira Lott, depôs o vice-presidente Café Filho (…) e garantiu a posse de Juscelino.

    Houve duas tentativas de quartelada militar ao longo do governo de Juscelino. E o candidato do Juscelino, que era o próprio Lott, perdeu a eleição. Ganhou o Jânio, que era oposição ao esquema prevalecente, do PSD do Juscelino e do PTB também. Jânio ganhou, dali sete meses renuncia, e não querem deixar o Jango tomar posse. Ou seja, a direita foi sendo frustrada e se preparando realmente para um golpe de maior profundidade. Daí as cassações de direitos políticos de dez anos, cassações de intelectuais, de técnicos, para baní-los da vida pública. Eles queriam erradicar tudo que pudesse ser nacional, desenvolvimentismo, populismo, da vida pública. Nesse sentido, trabalharam para ser uma coisa mais definitiva, não passageira.

    ois golpes: Brasil e Chile

    O golpe do Chile foi muito mais violento, já de cara, e muito mais profundo, porque também as mudanças que estavam acontecendo no Chile eram mais profundas. O presidente Salvador Allende encabeçava uma coalizão de partidos, a Unidade Popular, que queria fazer o socialismo de verdade. Desapropriou 500 grandes indústrias, todo o sistema financeiro e o comércio exterior foram praticamente estatizados. Radicalizou a reforma agrária, mas naufragou na política econômica de curto prazo. De novo, a inflação, e o desabastecimento, inclusive, porque tinha controle de preços. Uma situação desesperadora. No terceiro ano [de governo], ele [Allende] foi derrubado pelos militares que já entraram assassinando. Foi uma coisa muito violenta.

    Não era realmente o mesmo fenômeno [que a ditadura brasileira]. Havia, claro, Guerra Fria, apoio americano, mas o processo chileno foi muito mais radicalizado. Aqui a orientação do Jango não era socialista, nem mesmo a esquerda, boa parte dela, pregava o socialismo, a estatização dos meios de produção, a nacionalização de tudo, não era assim, era mais um programa nacional-desenvolvimentista.

    Papel dos EUA

    No caso brasileiro, eles puseram dinheiro, Na campanha eleitoral de 1962, eles puseram US$ 6 milhões na época, isso deve dar em dólares de hoje uns US$ 45 milhões. Eles financiavam o Idab (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e organizações civis para fazer campanhas contra o comunismo, contra a “república sindicalista”. Era estratégia para assustar a classe média. E foram simpáticos ao golpe. Agora, eu não diria a vocês que foram decisivos. Nem no caso brasileiro, nem no Chile. Não há golpe dessa proporção feito de fora. O que o de fora faz é ajudar. No caso chileno, a interferência foi muito maior. Mas, de fato, o fator decisivo foi a desorganização da economia, do abastecimento, mercado negro e tudo mais.

    Medo da luta armada era “fictício”

    Não havia ameaça de luta armada no Brasil por parte da esquerda. Isso é fictício. Vendeu-se essa mercadoria antes do golpe para poder se mobilizar para o golpe. Até 64 não tinha nada disso (…) Não havia nenhuma preparação armada. Outra coisa era a retórica. Assustar, dar a ideia de que tinha. Mas na prática não tinha mobilização armada nenhuma. (…) Isso é um mito que se criou. Houve um começo de luta armada depois do golpe. Até 1964 não tinha tido nada.

     Militares começaram a violência

    [A luta armada pós-golpe] era meio inevitável, o que não significa que tenha sido a melhor estratégia, mas quando se fecha vias democráticas, a luta política se torna muito mais difícil (…) Mas quem começou a violência no Brasil, de fato, foi quem deu o golpe. A violência das cassações, da perseguição, o que não significa que a reação [armada] tenha sido a melhor, que acabou sendo muito custosa do ponto de vista de vidas e até para justificar um endurecimento maior [do regime].

    Heranças da ditadura

    Eles entregaram a economia com uma inflação de 200% ao ano, com o país praticamente inadimplente, quebrado, do ponto de vista do balanço de pagamentos e com superinflação. Foi uma herança muito ruim. Diziam: “o regime autoritário é bom por causa da racionalidade econômica”. Isso foi uma coisa que sempre combati. O legado da ditadura significou para o país um preço altíssimo a ser pago.

    Outra [herança], que é menos perceptível, mas que teve um peso imenso, foi o sacrifício de uma ou duas gerações. A minha geração, que tinha 20 anos na época do golpe, foi sacrificada pela perseguição, pela coação, e alguns que mergulharam na luta da oposição até com o sacrifício da vida. A política passou a atrair menos. Os melhores quadros, que potencialmente seriam líderes políticos, se afastaram da política. Isso se estendeu pelos anos 60 e 70. Criou-se um vazio no Brasil. Foram duas gerações desperdiçadas, o que se projetou num declínio da qualidade da chamada classe política.

    Anistia e Comissão da Verdade

    Querer revogar a Lei da Anistia é uma batalha que não vai dar certo. Isso não vai passar pelo Supremo. Na Argentina houve alguma coisa e até no Chile chegou a acontecer. Por exemplo, no Chile, os assassinos do [músico] Victor Jara foram julgados e condenados em 2012, ou seja, 40 anos depois da morte. No caso brasileiro, você tem dez anos a mais que o Chile. Acho que o grande trabalho da Comissão da Verdade é mostrar quem foram os responsáveis, é ter o reconhecimento, a explicitação disso. É a maior conquista que nós poderíamos ter até para cicatrizar. Porque o fato é o seguinte: passados 50 anos, o golpe ainda é uma questão mal resolvida. Hoje, 1964 é atual.

    Retorno do conservadorismo

    Restaurar a Marcha da Família é uma piada. Parece uma coisa exótica, nada a ver. É normal numa democracia ter setores mais à esquerda, setores mais conservadores, eu acho que a gente tem que conceber isso dentro do processo democrático, contanto que se defenda as regras do jogo democrático. Você ter um bom pensamento conservador, ajuda. Só que tem uma dificuldade no Brasil que é a seguinte: aqui, a chamada direita, sempre foi populista, gastadora. O Brasil nunca teve uma Margaret Thatcher [ex-premiê do Reino Unido], um Ronald Reagan [ex-presidente dos EUA]. O pessoal quando pega, bota para quebrar os cofres públicos.

    http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/03/27/golpe-de-64-tornou-se-inevitavel-diz-serra.htm

     

      

     

  8. Desabafo.

    CPI, dá petrobrás, da Dilma, seria melhor dizer CPI para investigar a alegria do povo de viver ultimamente nesse país, onde tem Petrobrás tem povo trabalhando, honrado e feliz, isso incomoda esses trairas do povo, tipo Eduardo Campos e Aécio Neves e Cia, agora não é mais a corrupção que aflige esses a desgraçar a vida do povo que mais precisa de uma empresa como a Petrobrás, todos nós sabemos que a empresa não precisa de políticos para dizer para onde  ela deve seguir, todos nós sabemos da grandesa dessa empresa e na mão certa como está, o que ela foi, é, e será, capaz de fazer para a melhoria da vida de todos os brasileiros, não de uns que não aceitam a partilha como está sendo feita, esses senhores não amam o povo que a centenas de anos sofrem com o despreso do estado, agora que começamos a ver a luz e a gostar do que vimos tentam tirar o nosso maior provedor de riquesas; esses malditos políticos entreguistas sabem que é através da Petrobrás as garantias de um mundo melhor para a Educação no nosso querido Brasil, uma melhor saúde para o nosso povo, eles sabem disso, e não querem isso, essa é a pura verdade, eles não estão defendendo a empresa, querem desvaloriza-la, destrui-la, fazer o que fizeram com a Vale do Rio Doce, hoje uma empresa morta para o povo brasileiro, mas que enche os bolsos de muitos chamados partidos políticos, pra mim são nada menos que grupos organizados para saquiar o estado.

    1. petrobras

      Que está havendo, Vantuil  ? Aconteceu alguma coisa na Petrobras que eu não estou sabendo ?

      Uma empresa tão altamente produtiva como essa pode ser motivo para preocupação?

      Se vc não sabe a Petrobras é uma das maiores empresas do mundo.

      Chega  ?

  9. O Financiamento da Tortura no Brasil

    Empresários do GPMI, Paulo Maluf, Abreu Sodré, Delfim Neto e Henning Boilesen

    A participação dos empresários no desenvolvimento do sistema de repressão brasileiro, preocupação central dos militares, ocorreu a partir do Grupo Permanente de Mobilização Industrial – GPMI.

    Formado nos primeiros dias após o Golpe Civil-Militar de 1964, o GPMI reunia não só empresários interessados na possibilidade de abertura de um novo campo para a iniciativa privada, mas também cidadãos como o industrial Henning Albert Boilensen, que colocou aos integrantes do GPMI a questão da participação do empresariado na luta pela manutenção da segurança interna, em 1969.

    A ideia era de que, como na guerra externa, todos os setores da sociedade deveriam participar da a luta contra a subversão, incluindo-se aí os empresários, na defesa da segurança nacional,.

    Antes, ainda é importante notar que a Carta Constituinte, outorgada em 1967, considerada a institucionalização do Golpe Civil-Militar de 1964, ao tempo em que havia estabelecido a eleição indireta para presidente da República, também tornou a Segurança Nacional responsabilidade de todos os cidadãos, conforme seu artigo 89: ‘Toda pessoa natural ou jurídica é responsável pela segurança nacional, nos limites definidos em lei’.

    De toda forma, segundo as memórias do General Sylvio Frota, Ministro do Exército do Governo Geisel, havia assédio dos industriais ao Comando do II Exército, em São Paulo, tendo em vista que ‘o Comando do II Exército era procurado, diariamente, por industriais e pessoas da mais alta categoria social, que lançavam insistentes apelos para que o Exército interviesse na situação, proporcionando, deste modo, segurança e tranquilidade ao laborioso povo paulistano’.

    O surgimento da Operação Bandeirante – OBAN promoveu a união de forças para combater à dissidência política em São Paulo. Os esforços realizados, para combater os opositores da Ditadura Civil-Militar, contaram com a participação do prefeito da cidade, Paulo Maluf, do governador do Estado de São Paulo, Roberto Costa de Abreu Sodré e de grandes grupos comerciais e industriais paulistas, nas palavras do jornalista Elio Gaspari:

    ‘A reestruturação da PE paulista e a Operação Bandeirante foram socorridas por uma caixinha a que compareceu o empresariado paulista. A banca chegou-se no segundo semestre de 1969, reunida com Delfim num almoço no palacete do clube São Paulo, velha casa de dona Veridiana Prado. O encontro foi organizado por Gastão Vidigal, dono do Mercantil de São Paulo e uma espécie de paradigma do gênero. Sentaram-se à mesa cerca de quinze pessoas. Representavam os grandes bancos brasileiros. Delfim explicou que as Forças Armadas não tinham equipamentos nem verbas para enfrentar a subversão. Precisava de bastante dinheiro’.

    As ações de resistência armada, compreendidas em sentido amplo, remontam aos primeiros estudos contratualistas e as concepções da relação entre o Estado e a Sociedade Civil.

    [video:http://youtu.be/9TrocKiappo%5D

    Cabe mencionar a versão oficial, acerca das circunstâncias da morte do industrial Henning Boilesen, chancelada pelos facilitadores da violência e os operadores direto da violência.

    O empresário, de acordo com testemunhos de militares e militantes da época, gostava de assistir as sessões de tortura praticadas nos porões da ditadura.

    O documentário de Chaim Litewski, montado por Pedro Asbeg, conta a história do empresário Cidadão Boilesen  com depoimentos de amigos, antigos colaboradores civis e militares, do filho mais velho deste, do cônsul americano em São Paulo à época dos acontecimentos e um dos militantes que participaram da morte de Boilesen.

    Contém ainda depoimentos do ex-Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador de São Paulo Paulo Egídio Martins, do Secretário de Segurançã Pública do Estado de São Paulo, Erasmo Dias e do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, entre outros personagens importantes da época.

    A ação foi executada pelo Comando Revolucionário, composto de integrantes da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), sendo um dos seus motivos a morte de Devanir José de Carvalho (codinomes Henrique, Justino, Heitor), líder do MRT.

    ‘No dia seguinte, 15 de abril de 1971, o Comando Revolucionário tomou posição e dessa vez, pontual, Boilesen saiu da casa de seus filhos, às 0910 horas. O planejamento, no entanto, não fora bem feito. Ao entrarem na [Rua] Estados Unidos, os terroristas observaram, surpresos, que o Ford Gálaxie do industrial já virava à direita, tomando a Rua Peixoto Gomide. Após alguns segundos de hesitação, decidiram agir assim mesmo e saíram em perseguição ao carro. Para evitar uma feira livre, Boilesen entrou na Rua Professor Azevedo Amaral e pegou a Barão de Capanema. Na esquina da Alameda Casa Branca, parou para entrar à esquerda. Nesse momento, os dois carros emparelharam com o dele. Pela esquerda, Yuri, colocando o fuzil para fora da janela, disparou um tiro que raspou a cabeça de Boilesen. Este saiu do Gálaxie e tentou correr em direção contrária aos carros. Foi inútil: José Milton descarregou a metralhadora em suas costas e Yuri desfechou-lhe mais três tiros de fuzil. Cambaleando, Boilesen arrastou-se por mais alguns metros, indo cair na sarjeta, junto de um outro Volkswagen’.

    [video:http://youtu.be/yGxIA90xXeY%5D

    Projeto Unisinos

    1. MARIN, O PSICOPATA DA DITADURA E HERZOG

      José Maria Marin, o atual presidente da CBF, então parlamentar, fez um aparte ao lamentável discurso de Wadih Helu, solicitando a intervenção governamental na TV Cultura, em 1975 e, dias depois, o diretor da emissora, Vladimir Herzog, foi barbaramente ‘suicidado’.

      O primeiro discurso de Marin foi a senha para que o diretor de Jornalismo da TV Cultura, Vladimir Herzog, fosse preso, torturado e morto nas dependências da OBAN.

      O psicopata Sérgio Fleury, mais tarde, também foi suicidado e a repulsiva Veja mandou bem desta vez: todas as vítimas daquele miserável conheceram a ‘MORTE ANTES DO JULGAMENTO’

      Vlado beija a esposa Clarice na frente de uma catedral inglesa

      Ouça o áudio do discurso do então deputado estadual da Arena, o partido da ditadura, José Maria Marin, em 1975, endossando o ódio de seu colega Wadi Helu, e, em 1976, elogiando o torturador Sérgio Fleury, mesmo depois de ele já ter sido denuciado como tal e como integrante do Esquadrāo da Morte.

      [video:http://youtu.be/fhgqbmYHBXo%5D

      Estes áudios foram descobertos e disponibilizados por meio do trabalho do deputado estadual do PT de São Paulo, Adriano Diogo, que preside a Comissão Estadual da Verdade “Rubens Paiva”, na Assembléia Legislativa paulista.

      Porque  a verdadeira História do Brasil não é ensinada nas escolas?

      1. O dia que durou 21 anos

        “Esse filme está no contexto de uma história que temos que recuperar para que nunca mais se repita. E ela tem se repetido”, disse Vera Paiva, filha do deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar.

        Cartaz do filme "O dia que durou 21 anos" (Foto: Reprodução)

        O diretor Camilo Tavares é filho de Flávio Tavares, um dos 15 presos políticos – entre eles José Dirceu – trocados em 1969 pelo embaixador dos Estados Unidos, sequestrado na época por organizações de esquerda que combatiam o governo militar.

        [video:http://youtu.be/Y1RQgu31scM%5D

  10. Polícia investiga encontro de delegado com Cesar Tralli

    RESUMO: A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo investiga encontro de delegado com César Tralli e um produtor especial da Globo. Eles foram flagrados no último dia 20 descendo de um carro da polícia estacionado sobre a calçada de uma rua dos Jardins, bairro nobre de SP. A denúncia repercutiu nas redes sociais. Globo, Tralli e o delegado negam uso do carro da polícia

    Por DANIEL CASTRO

    A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo instaurou uma averiguação preliminar para investigar um encontro do delegado Antonio de Olim com o jornalista Cesar Tralli, apresentador do SP TV 1ª Edição, telejornal local da Globo. 

    Em nota, a corregedoria informou apenas que investiga Olim por causa de uma denúncia em rede social. A investigação é secreta. O Notícias da TV apurou, no entanto, que seu principal objetivo é investigar se o delegado usou um patrimônio público (um carro) para favorecer os jornalistas da Globo.

    Segundo denúncia feita à corregedoria a partir de uma publicação no Facebook, Olim teria usado um carro da polícia descaracterizado para transportar Tralli e o também jornalista Robinson Cerântula, produtor especial do Jornal Nacional, o que pode vir a ser caracterizado como falta funcional. Tanto a Globo quanto o delegado negam que Tralli e Cerântula tenham usado o carro da polícia.

    O delegado só foi denunciado porque parou o carro sobre a calçada rua Haddock Lobo, nos Jardins, um dos bairros mais nobres de SP, para evitar a enxurrada que corria pela rua e molharia seus calçados. Indignada com a infração de trânsito e sem saber que se tratava de um carro da polícia, uma moradora do bairro, Rebeca Anafe, tirou uma foto e a publicou no Facebook. Seu protesto já foi compartilhado mais de 1.400 vezes.

    Junto com a foto, ela publicou o seguinte relato, no último dia 20:

    “Brasil, o país onde todos fazem o que querem! Estava tomando café na [Casa] Bauducco da rua Haddock Lobo, esperando a chuva passar, para eu conseguir atravessar a rua (já que os bueiros não dão conta e desce um rio), quando chegou um carro, parou embaixo de uma placa ‘proibido estacionar’ e subiu as duas rodas na calçada. Desceram três homens para tomarem o cafezinho da tarde deles. Se um cadeirante quisesse passar, não dava, porque o carro do fofo estava na calçada. Um deles é o jornalista Cesar Tralli”.

    Ela continua: “Quando entraram e pediram para a funcionária secar a mesa do lado de fora para sentarem, eu falei: ‘Senta no carro, já está na calçada mesmo’. Acho que ele não ligou, ou não ouviu. Depois de 20 minutos, quando a aguaceira tinha abaixado e eu consegui ir embora, ele [Tralli] estava lá ainda tranquilo, com o carro na calçada. Parei na primeira esquina, avisei o policial, mas continuo indignada com a folga do povo brasileiro”. 

    Carro da polícia estacionado sobre a calçada em frente a placa de trânsito; ao fundo, sentados ao lado do veículo, Cesar Tralli, Robinson Cerântula e o delegado Antonio de Olim

    No dia seguinte, um telespectador provocou Tralli no Twitter. “Poxa, Cesar Tralli, que brecha!!! Carro na calçada… Logo você que fala de cidadania!”. Tralli, então, negou que estivesse no carro. “Não tenho nada a ver com o carro. Eu estava a pé, meu amigo. E fui embora a pé”, respondeu o apresentador do SP TV 1ª Edição, que uma semana antes repreendera no ar policiais que estacionam carros da polícia em qualquer lugar.

    Questionada no Facebook sobre o desmentido de Tralli, Rebeca reafirmou que o jornalista estava no carro da polícia. “Era impossível andar na Haddock Lobo. Nem calçada tinha quando ele chegou [à Casa Bauducco]. Vai ver ele anda sobre água, abre mares e eu é que estou doida e o vi saindo de um carro sequinho!”, ironizou.

    Cesar Tralli já tem antecedentes de intimidades com a polícia. Em 2005, esteve no centro de uma polêmica ao filmar a prisão, pela Polícia Federal, do filho do ex-prefeito Paulo Maluf, Flávio Maluf. Tralli usava boné e roupas parecidas com a de policiais e foi confundido com um deles.

    A averiguação preliminar, como o nome diz, é uma investigação inicial. Pode-se tornar um processo administrativo, resultando em advertência e até demissão, dependendo da gravidade.

    Outro lado

    A Globo, assim como Cesar Tralli, negou que o apresentador e Robinson Cerântula estivessem no carro da polícia. “Eles estavam trabalhando e chegaram ao local a pé e não usando a viatura da polícia”, informou a emissora em uma curta nota.

    O delegado Antonio de Olim disse ao Notícias da TV que Tralli e Cerântula almoçavam nos Jardins quando combinaram com ele um café na Casa Bauducco. “Tenho amizade com ele [Tralli]”, afirmou. 

    Ex-chefe da Divisão de Crimes contra o Patrimônio do Deic, departamento de elite da Polícia Civil e atualmente titular da Delegacia do Aeroporto de Congonhas, na zona sul, Olim sustenta que estava nos Jardins investigando uma quadrilha de ladrões de relógios Rolex. Essa quadrilha, conta, assalta turistas que descem no aeroporto e se hospedam nos Jardins. Um diretor da Globo teria sido vítima desses bandidos. Ele usava um carro descaracterizado para não chamar a atenção.

    Olim, que é candidato a deputado estadual, afirma que quando chegou ao café Tralli e Cerântula já estavam no local. Admite ter errado ao parar o carro em local proibido e sobre a calçada. “Mas não dava para descer do carro, a enxurrada era muito forte. E foi só a roda da frente que ficou sobre a calçada”, diz.

    http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/policia-investiga-encontro-de-delegado-com-cesar-tralli-2804

  11. Japonês que passou 46 anos no corredor da morte é libertado.

    A notícia me chamou a atenção, principalmente, porque ontem me emocionei com o imperdível espetáculo “12 homens e uma sentença”, no CCBB /RJ.

    Japonês que passou 46 anos no corredor da morte é libertado.

    Réu foi o que passou mais tempo no corredor da morte em todo o mundo. 

    Tribunal revisou provas sobre assassinato múltiplo que o havia condenado.

    Iwao Hakamada deixa Casa de Detenção em Tóquio após ser libertado devido às novas provas que reabriram seu julgamento (Foto: Reuters/Kyodo)

    O japonês Iwao Hakamada, de 78 anos, foi libertado nesta quinta-feira (27) depois de 46 anos no corredor de morte. A libertação ocorreu após um tribunal decidir revisar seu caso ao levar em conta novas provas sobre o assassinato múltiplo pelo qual foi condenado.

    Hakamada, o homem que mais tempo passou no corredor da morte no mundo, não mostrava expressão nenhuma ao deixar a prisão em Tóquio, onde foi recebido por sua irmã e esperado por vários meios de comunicação.

    Horas antes, o Tribunal do distrito de Shizuoka (no centro do país) anunciou que analisaria as últimas provas de DNA apresentadas pela defesa, que acredita poder demonstrar que ele é inocente do crime, que aconteceu em junho de 1966. Hakamada, um ex-boxeador de 78 anos que sofre de uma doença mental, foi condenado à pena de morte em 1968.

    Ao decidir revisar o caso, o juiz responsável disse ser “injusto” mantê-lo na prisão, ao considerar que “a possibilidade de sua inocência alcançou um grau considerável” em declarações dadas à agência Kyodo.

    A emissora pública ‘NHK’, que retransmitiu a saída da prisão ao vivo, revelou que o condenado não recebe visitas há quase quatro anos por causa de seu delicado estado mental. Segundo um de seus advogados, quando ele foi avisado de que seria libertado ‘pareceu entender, mas não expressou nenhuma alegria com a notícia’.

    Ele foi condenado por apunhalar até a morte o dono da pequena fábrica de missô em que trabalhava, a mulher dele e seus dois filhos, e depois incendiar a casa da família.

    Leia mais em: Japonês que passou 46 anos no corredor da morte é libertado.    

  12. A lista falsa para obter o passaporte espanhol.

    Seu sobrenome também está na lista (falsa) para obter o passaporte espanhol?

    O boato de que o Governo espanhol concederia a nacionalidade a partir de sobrenomes de origem sefardita mobiliza os brasileiros que querem a cidadania europeia

    A oferta de nacionalidade aos sefarditas satura os consulados espanhóis em Israel

    A mensagem se repete com algumas variações: “Nunca pensei que isso fosse acontecer mas vou tentar tirar cidadania espanhola!”. Junte uma lista (falsa) com mais de 5.200 sobrenomes, tão comuns no Brasil como Oliveira ou Silva, um projeto de lei do Governo espanhol que promete conceder a nacionalidade a quem demonstre suas raízes sefarditas, e o poder do Facebook. A fórmula resultará em um enorme boato que revela não só o interesse da comunidade judaica em ressarcir uma dívida histórica, como também a vontade do brasileiro por ganhar uma nacionalidade europeia.

    A lista percorreu como pólvora vários países da América Latina e, ainda que desmentida pelo Ministério da Justiça espanhol, continua circulando como se fosse verdadeira. Rabinos e associações judaicas receberam já centenas de solicitações de informação. No arquivo histórico judaico-brasileiro admitem que não há condições para assumir a demanda dessas recentes solicitações. “Essa história está bombando na nossa pesquisa. Em dois dias recebemos 20 solicitações sobre genealogia. Não temos como cobrir essa demanda”, explicam.

    O interesse desproporcional por esta iniciativa no Brasil, onde a comunidade judaica conta com cerca de 110.000 fieis, é explicada por Antón Castro Míguez, professor do Centro de Educação e Ciências Humanas. “Há no Brasil, um grande número de pessoas que descendem de cristãos-novos portugueses (judeus que se converteram ao cristianismo por conta da perseguição da Inquisição, mas que mantiveram sua fé). Isso gera a sensação de que somos todos descendentes desses judeus. Há muitos estudos de genealogia que especulam a ascendência judaica de pessoas ilustres, como Chico Buarque, por exemplo”, mas isso não significa que todos os Oliveira, Carvalho, Coelho, Silva etc, descendam de cristãos-novos. Além disso, seria importante entender em que termos o Governo espanhol define as “raízes sefarditas”, contextualiza o professor e autor da dissertação de mestrado Contribuição para uma história social do judeu-espanhol na comunidade sefardi de São Paulo, defendida em 2004.

    A base do rumor é verdadeira, porém o projeto de lei precisa ainda superar vários processos parlamentares e nada tem a ver com uma distribuição indiscriminada de passaportes. A iniciativa, sujeita ainda a possíveis mudanças, promete a nacionalidade espanhola –sem ter que renunciar à própria nacionalidade- àqueles que consigam “certificar sua condição de sefardita por meio de uma série de provas e indícios, além da sua vinculação com a Espanha ou com a cultura espanhola, no seu sentido mais amplo”, explicam no Ministério da Justiça, responsável pela iniciativa.

    O Rabino Samy Pinto, da Sinagoga Ohel Yaacov em São Paulo, cuja segunda língua é o espanhol, confirma ter recebido quase 100 famílias em busca de suas raízes e a documentação necessária para certificá-las. “O que as traz até aqui é um passo puramente emocional”, explica o rabino. “Na psicologia do sefardita a memória não se apagou. Ele é extremamente nostálgico. Adora lembrar o passado através das músicas, dos grandes pensadores, da liturgia. Existe una relação de amor entre os judeus sefarditas e os seus países de origem que se manifesta claramente neste episódio”, disse o Rabino. O religioso, porém, lamenta que 25% das suas visitas não chegam tão motivadas pelas saudades, mas sim pela ambição de possuir um documento europeu que lhe permita circular e trabalhar livremente no continente. “Me empolgo menos com essa possibilidade, mas existe sim uma corrida para obter esse passaporte”.

    “Há uma crença, de que todos os judeus são gente culta e exitosa. Isto é: ter uma origem sefardita é muito valorizado, mais ainda se a isso se soma a possibilidade de adquirir a nacionalidade europeia […] Há como que um sentimento de orgulho em se imaginar descendente de cristãos-novos”. O professor adverte ainda, que se confunde ser sefardita ou descendente de sefarditas com ser descendente de cristãos-novos que assumiram o cristianismo enquanto professavam o judaísmo em segredo (os cripto-judeus), o que pode ter aumentado o alcance da proposta.

    O presidente executivo da Federação Israelita do Estado de S. Paulo, Ricardo Berkiensztat confirma a repercussão da notícia –a verdadeira e a falsa- no seu entorno. “Dentro da comunidade judaica se tornou um tema importante e com a velocidade do Facebook fez com que muitas pessoas tivessem acesso a essa informação e procurassem ainda mais. Mas esta não é uma iniciativa exclusiva da Espanha. Já [em 2008] houve uma corrida ao consulado da Polônia [na União Europeia desde 2004] para requisitar a cidadania polonesa pelo mesmo motivo”, explica Berkiensztat, também em perfeito espanhol.

    As origens

    Há anos a Espanha estuda um modo de conceder a nacionalidade aos descendentes dos judeus sefarditas –originários da Espanha e Portugal- que foram expulsos da Península Ibérica em 1492. Trata-se de um compromisso pessoal do rei da Espanha manifestado em múltiplas ocasiões. Os representantes da comunidade judaica no Brasil, influente, porém, não mais numerosa que em outros países como a Venezuela, sabem há dois anos e por boca do embaixador espanhol no Brasil que o projeto estava em marcha. Foi o Príncipe Felipe quem confirmou pessoalmente, na sua última visita ao país há duas semanas, a disponibilidade da Espanha para “reparar um erro histórico”.

    No Brasil, a presença da comunidade judaica remonta à ocupação holandesa durante o século XVII (a primeira sinagoga das Américas está em Recife, Pernambuco), explica o professor Castro. E, também, houve uma imigração massiva de judeus sefarditas de origem marroquina na região Norte do Brasil, nos estados de Amazonas e Pará, durante o ciclo da borracha, no final do século XIX.

    Mais uma onda de grupos de judeus sefarditas (provenientes de países como Turquia, Bulgária, Grécia,e Egito, entre outros) chegaram no Brasil a finais do século XIX e inícios do XX. “Eles se assentaram principalmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, formando uma comunidade muito importante (muitos deles se dedicaram à importação-exportação e também ao mercado de café)”, lembra o professor. “O que acontece é que no Brasil já havia comunidades judaicas mais tradicionais de judeus askenazim (da Europa central e oriental), franceses, alemães e do leste europeu, que já estavam assentados nestas terras desde a segunda metade do século XIX. Assim, e devido ao alto grau de ocidentalização desses imigrantes sefarditas, esta comunidade ficou praticamente invisível no país”, explica Castro, que cita o apresentador de TV Silvio Santos como exemplo. “A família dele tem suas origens em Salônica, Grécia. E até pouco tempo atrás, ninguém tinha conhecimento (ou dava importância) à sua origem judia”.

    Nos últimos sete anos foi concedida a nacionalidade espanhola a 746 sefarditas, principalmente turcos e venezuelanos, mas também da zona do norte da África, e do resto de América Latina. A concessão era feita até agora pela chamada Carta de naturalização, um procedimento de livre decisão do Governo espanhol. Hoje, há mais de 3.500 solicitações deste tipo sem resolver nos arquivos do ministério. Com a nova lei, se esperam pelo menos mais 150.000 novas solicitações

     

  13. Petro Poroshenko

    O Azarão da Política Ucraniana

    Petro Poroshenko, o Rei de Chocolate da Ucrânia’ é uma das pessoas mais ricas do país.

    Legislador independente Petro Poroshenko na Verkhovna Rada. © Kostyantyn Chernichkin

    O homem que fundou a Roshen, uma das empresas de confeitaria mais bem sucedidas da Ucrânia e vale cerca de um bilhão e meio de dólares, tem estado quase sempre envolvido na política, em vez de negócios ao longo da última década.

    É agora que o cardeal cinza poderia estragar o jogo para os líderes da oposição, que tentam dividir o poder, e tornar-se uma figura neutra, o que seria aceitável, tanto para as autoridades e a oposição.

    Poroshenko fez o seu primeiro milhão, ainda estudante, quando registrou uma das suas primeiras pequenas empresas na Ucrânia, chamada ‘Centro de Serviços’. Mais tarde, ele aumentou o seu capital social e tentou a sorte em um número diversificado de áreas de negócio: vendeu carros, especiarias (o que lhe trouxe o seu primeiro milhão de dólares), comprou plantas, bancos e depósitos de matéria-prima. Agora, entre outras coisas, ele é dono de canal de TV Channel 5, que serviu como porta-voz das manifestaçõs.

    Desde o início de sua carreira política Poroshenko, que ficou do lado de Viktor Yuschenko, o primeiro-ministro na época, recusou as vagas oferecidas a ele pelo presidente Leonid Kuchma, incluindo o cargo de primeiro-ministro. Após a vitória da Revolução Laranja, ele aceitou o convite de Yuschenko, o presidente recém-eleito, para se tornar o chefe do Conselho de Segurança Nacional. Após uma demissão rápida, Poroshenko também tentou a posição de presidente do Banco Nacional, Ministro das Relações Exteriores no governo de Yulia Timoshenko e até mesmo o de ministro de Desenvolvimento Econômico no governo de Nikolai Azarov.

    Agora, ele tem uma boa chance de tomar o assento como primeiro-ministro e, embora seja muito cedo para falar sobre sua vitória nas eleições presidenciais, acredita Valeriy Solovey, professor no Instituto Estatal de Relações Internacionais de Moscou e doutorado em história:

    “Ele não é publicamente uma figura muito atraente. Em qualquer competição ele iria perder para Klitschko e Yatsenyuk, talvez até para Tyagnibok. É bem conhecido na Ucrânia que Poroshenko investiu tanto no ‘’Sector Right’ ou na Euromaidan, que pode reivindicar o cargo de primeiro-ministro, entre outras coisas. Se a candidatura de Yatsenyuk ou alguém for bloqueadas pelo Partido das Regiões, ou por algumas outras circunstâncias, Poroshenko teria uma boa chance de se tornar primeiro-ministro”.

    Poroshenko pode vencer a luta para ser o chefe do governo simplesmente devido ao fato de que ele funciona como uma figura relativamente neutra, o que poderia ser aceitável para lados opostos. O apoio do Ocidente poderia desempenhar um papel significativo na medida em que, apesar de sua ligação com o grupo extremista extrema direita chamado ‘Setor Direito’, Poroshenko não perdeu a confiança dos políticos estrangeiros. Foi ele quem o secretário de Estado dos EUA John Kerry  apresentou uma proposta de formar um governo técnico. Mas, embora o empresário prefira ficar na sombra e não fazer afirmações fortes, os seus pontos de vista radicais e uma riqueza bastante considerável não alimenta a confiança das pessoas.No ano passado, não mais do que 5% dos ucranianos estavam preparados para eleger Poroshenko como seu presidente, mas se no Oeste do país Poroshenko ainda pode melhorar a sua imagem, as regiões orientais não ainda não confiam nele como um candidato presidencial devido a sua intenção de escolher a associação com a UE. No entanto, Poroshenko ainda tem uma chance em sua luta pelo poder, pensa Bogdan Bezpalko, vice-diretor do Centro de Estudos da Ucrânia e da Bielorrússia na Universidade Estadual de Moscou:

    “Poroshenko tem alguma chance de sucesso, mas, em geral, a falta de aceitação dele na sociedade ucraniana é bastante elevada. Existem fatores tais como a sua posição oligárquica, bem como alguns dos aspectos das suas preferências pessoais. A mentalidade ucraniana é muitas vezes imprevisível. E agora que pode desempenhar um papel importante na Ucrânia como um estado, Poroshenko pode simplesmente começar o seu jogo político e agir como um político preparado. Ele tem os meios para isso, então por que não?”.

    Agora que os opositores das autoridades anteriores começaram a desencantar com  todos os líderes da oposição pública, o rating de Petro cresceu significativamente. Agora, 13% dos cidadãos ucranianos estão dispostos a votar nele, se não houvesse Yulia Timoshenko entre os candidatos. Se o ex-primeiro-ministro participar das eleições, ele perderia pra Julia por menos de três por cento. Se Poroshenko for para o segundo turno das eleições contra Yanukovich, ele poderia obter 60% dos votos. A sua independência financeira, o que poderia contê-lo de ficar rico à custa do orçamento do país, é uma vantagem definitiva que ele tem nos olhos daqueles que estão prontos para votar no ‘Rei do Chocolate’. Mas é pouco provável que um empresário bem sucedido mudaria os negócios para a política para o bem, pensa Vladimir Pantin, PhD em filosofia e chefe do departamento de processos políticos internos do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia de Ciências da Rússia:

    “Acho que é improvável, embora pudesse tomar uma posição importante no governo, ele pode se tornar primeiro-ministro por um tempo. Mas ele ainda é um oligarca e não um político. Assim, é improvável que ele conduza a política de verdade em favor da Ucrânia.O seu papel é na oposição a  Yanukovich. Trocas e acordos entre eles são possíveis. Mas ele não vai jogar um papel independente como um político”.

    Agora Poroshenko está tentando se distanciar da retórica padrão dos líderes da oposição e ganhar a simpatia dos cidadãos ucranianos, prometendo-lhes ações concretas, tais como a restauração e pavimentação de rua em Grushevsky à sua própria custa e renovar o estádio do Dynamo. E talvez, devido a tais táticas ou o desencanto final ucranianos nos líderes da oposição, o cardeal cinza das política ucraniana seria capaz de desempenhar um papel inesperado e superar seus concorrentes políticos.

    Esta análise foi publicada pela Voice of Rússia no dia 13 de fevereiro de 2014.

    A Recente Pesquisa Para as Eleições na Ucrânia

    Os resultados da pesquisa para a eleição presidencial na Ucrânia, realizada em 14 e 19 de março entre os ucranianos com idade superior a 18 anos:

    Petro Poroshenko – 24,9%

    Vitali Klitschko – 8,9%

    Yulia Tymoshenko – 8,2%

    Sergiy Tigipko – 7,3%

    Mykhailo Dobkin – 4,2%

    Um total de 6.200 pessoas foram entrevistadas em todas as regiões da Ucrânia (excluindo a população da Criméia). 

    A margem de erro da pesquisa não excede a 0,8%  /   Interfax-Ucrânia

    A Elevação do Preço do Gás

    Ucrânia planeja a partir de 01 de maio de 2014 aumentar o preço do gás natural para os consumidores domésticos em uma média de 50%.

    O diretor do departamento de planejamento econômico e cálculos orçamentais em National Joint Stock Company ‘Naftogaz of Ukraine’, Yuriy Kolbushkin, disse, em uma conferência de imprensa em Kiev, que o aumento irá ocorrer como parte de um esquema de aumentos faseados de preços do gás a um nível economicamente justificável para as famílias e empresas de aquecimento em execução até 2018.

    Ele também disse que está previsto, a partir de 1 de Julho, aumentar as tarifas para as empresas de aquecimento em 40%.

    O presidente Naftogaz Andriy Kobolev, por sua vez, especificou que o correspondente aumento nos preços do gás para a população em 2014 foi acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

  14. Capa
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    Economia

    A relação entre o Brasil e Cuba vai além de turismo e Mais Médicos

    O país é o segundo maior exportador para a ilha comunista e recentemente financiou uma polêmica obra do porto cubano

    Cuba se abre ao investimento estrangeiro Generosidade de Dilma com projetos de investimento em Cuba gera polêmica Brasil e México competem para ver quem é o melhor amigo de Cuba São Paulo 26 MAR 2014 – 20:46 BRT

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    Dilma Rousseff e Raul Castro na inauguração do porto Mariel. / AFP

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    A relação Brasil-Cuba vai muito além da “exportação” de 16.000 turistas brasileiros ao ano e a “importação” de 7.300 cubanos para o programa Mais Médicos. Os negócios entre os dois países se intensificaram um pouco depois do fim da ditadura militar brasileira, que era contrária ao comunismo que impera na ilha.

    Os dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio mostram que, em 1989, a balança comercial era de 76,6 milhões de dólares (177 milhões de reais) de exportações brasileiras e a importação de 31,9 milhões de dólares. Ano após ano houve um aumento gradual, que acabou sendo impulsionado no governo Lula (2003-2010) e mantidos na gestão de sua sucessora e aliada, Dilma Rousseff, o que demonstra um caráter político que incentivou esses negócios. Em 2013, por exemplo, as empresas brasileiras venderam 528,1 milhões de dólares para Cuba e importaram 96,6 milhões de dólares. Ou seja, multiplicou por sete as exportações e por três as importações. Os principais produtos exportados no ano passado foram arroz, leite, óleo de soja, miúdos de frango e sabão. Os importados são medicamentos, vacinas e charutos.

    Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador para Cuba, caso se exclua a venda de petróleo feita pela Venezuela. A China está em primeiro lugar nesse ranking e o Canadá, em terceiro. Algumas das empresas brasileiras que atuam na ilha são, a Souza Cruz (fumo), a Surimpex, a JBS e a Brasil Foods (alimentos). Outras já estão de olho nesse mercado e, recentemente, participaram de expedições promovidas pelo governo Rousseff. Entre elas estão, Bauducco, Asa Alimentos, Globoaves e Vilheto e Cosil, do ramo de alimentação; a TendTudo, do setor de construção; Oberthur, fabricante de equipamentos de informática e e Eletroflex, que fabrica peças de caminhões e tratores.

    Porto da discórdia

    Neste ano, além de celebrar o aumento dos negócios, os dois países comemoraram a inauguração do porto de Mariel, financiado com recursos públicos brasileiros por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dos 957 milhões de dólares gastos na obra, 682 milhões vieram do BNDES. Um exemplo da presença do Brasil na ilha governada há 55 anos pelos irmãos Castro, Fidel e Raul, é a empreiteira Odebrecht, que ergueu o porto.

    Os críticos do governo petista dizem que é uma vergonha para o Brasil financiar um porto no exterior e não conseguir finalizar a construção de um em seu próprio país, o de Porto Luís, no Piauí (Nordeste). Já quem defende a obra, diz que o porto é uma entrada mais fácil para o mercado norte-americano o que poderia baratear os custos na exportação para os ianques.

    Após receber essas dezenas de críticas por financiar uma obra na comunista Cuba, a presidenta Dilma concedeu uma série de entrevistas dizendo que não se trata apenas de apoiar um governo aliado, mas também de abrir portas para as empresas atuarem na ilha. Segundo ela, cerca de 400 empresas são financiadas por seu governo para atuarem em solo cubano. Para se ter uma ideia da importância dos negócios com Cuba, desde 2011, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), abriu um escritório em Havana e esse é o seu principal centro de representação em todo o Caribe.

     

  15. IBOPE DE LULA CRESCE NO

    IBOPE DE LULA CRESCE NO ESPAÇO ABERTO POR DILMA

    :

     

    Pesquisa Ibope/CNI aponta que percentuais dos eleitores que consideram administração do ex-presidente melhor do que a de Dilma Rousseff aumenta nos pontos perdidos pela presidente; subiu de 34% para 42%, entre novembro e agora, o índice dos que acham a gestão Dilma pior que a Lula; por outro lado, caiu de 14% para 11% a opinião cravada de que o governo dela é melhor do que foi o dele; no quesito popularidade do governo, gestão Dilma perdeu sete pontos percentuais, segundo o levantamento, nos últimos quatro meses; nem CNI nem Ibope revelaram resultados da pesquisa sobre intenção de voto, que também foi feita

     

    27 DE MARÇO DE 2014 ÀS 13:43

     

    247 – No espaço de pontos perdidos em popularidade do governo da presidente Dilma Rousseff quem se aproveita, e bem, é o auto-intitulado dublê de candidato dela mesma: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Na comparação com o governo dele – uma das questões apresentadas aos entrevistados da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira 27 – com o dela, 46% afirmaram que os consideram “iguais”. Porém, aumentou o número dos que escolheram outras alternativas.

    O índice dos que consideram que o governo Dilma é pior que o de Lula aumentou de 34% para 42%, e o grupo dos que afirmam que o governo da ex-ministra de Lula é melhor oscilou de 14% para 11%.

    Esses números não passaram despercebidos pelos analistas. A correspondência entre a queda da popularidade do governo Dilma à boas lembranças da gestão Lula é mais um ingrediente a fomentar o surdo movimento apelidado de ‘volta, Lula’.

    Nenhuma fonte assume, o assunto e tabu dentro do PT, até mesmo entre as bases, e inteiramente proibido na cúpula partidária. O próprio Lula se incomoda, tendo ficado no ar a frase não desmentida até agora, atribuida ao ex-presidente como dita entre amigos: “Estou pronto, mas não posso magoar a Dilminha”.

    Um dos reflexos da pesquisa, que correspondeu a uma disparada de alta nas ações da Petrobras na bolsa de valores, também servirá para manter acesa a brasa de uma possível reviravolta no quadro eleitoral – para muitos considerada impossível. 

    Nos últimos dias, mesmo quebrando recordes na criação de empregos e obtendo melhoras na arrecadação fiscal, administração Dilma vem sofrendo diante do mercado. A agência Starndard & Poor’s rebaixou o rating do Brasil, o que nunca é uma boa notícia. Mas a pior está sendo o avanço, no Congresso, da abertura de uma CPI sobre a Petrobras. A intenção da oposição é fustigar a presidente, que era presidente do conselho de administração da estatal em 2006, mas também serão apontadas baterias contra Lula, que no processo de compra da refinaria de Pasadena era o presidente da República.

    Para cima, para baixo ou para os lados, os destinos políticos de Dilma e Lula parecem mesmo fortemente atados. 

     

  16. ‘É fechar a torneira e rezar’, pede Conselho Mundial da Água

    Do Terra

    Especialista em recursos hídricos, Benedito Braga cita motivos pelos quais São Paulo passa pela maior crise da história

    Benedito Braga diz que polêmica envolvendo projeto do rio paraíba do Sul poderia ter sido evitada Foto: Thiago Tufano / Terra

     

    Benedito Braga diz que polêmica envolvendo projeto do rio paraíba do Sul poderia ter sido evitada

    Foto: Thiago Tufano / Terra

    “A curto prazo não há o que fazer. É uma situação absolutamente inédita e trágica. Agora temos que fechar a torneira e rezar”. Presidente do Conselho Mundial da Água, o brasileiro Benedito Braga, também professor de engenharia ambiental da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), é bastante realista em relação aos problemas de desabastecimento de água do estado de São Paulo, principalmente do sistema Cantareira, que fornece água para quase metade da população paulista.

    Nesta quarta-feira, o nível do maior reservatório de água do Estado bateu recorde mínimo de 14,1%. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e o governador Geraldo Alckmin já haviam acendido o alerta vermelho quando o nível baixou de 35%, ainda em dezembro do ano passado, volume considerado “de segurança por especialistas”.

    Benedito Braga acredita que três fatores fizeram com que a situação se tornasse alarmante: falta de chuva na região, que segundo o especialista é o principal motivo da seca; uso desenfreado da água existente; e complexidade na realização de obras e infraestrutura hídrica.

    “Criou-se um emaranhado de leis e instituições no sentido de preservar a natureza, mas o resultado prático operacional é complicadíssimo. O projeto, que a implantação nos EUA ou Alemanha levaria um ou dois anos, aqui se levam dez porque depois que se decide tudo, com tem todas as licenças, vem o Ministério Público e diz: ‘espere, vocês falharam aqui’. E a obra é parada. Fora quando não muda de governante e interrompe o projeto. Isso precisa mudar. Precisa ser sim ou não no prazo de no máximo um ano. Precisamos de um sistema de infraestrutura hídrica que não dependa tanto de uma complexidade para implementação. Precisa ter coragem”, disse o presidente do Conselho Mundial da Água.

    Em relação à polêmica entre Alckmin e o governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral sobre a retirada de água do rio Paraíba do Sul para abastecimento em São Paulo, obra que ficaria pronta apenas em dois anos, Benedito Braga acredita que não era necessário que o governante paulista reportasse à presidente Dilma Rousseff e muito menos à Agência Nacional de Águas.

    “Esse reservatório foi construído com recursos do governo de São Paulo, o rio é estadual de São Paulo. A ANA não tem nada a ver com esse assunto, não sei por que vivem dizendo que a ANA tem que dar autorização. A responsabilidade dos rios do estado é do Estado. Claro que o governo de São Paulo não vai fazer isso sem se articular com a ANA, mas não perguntar se pode”, explicou.

    Veja a entrevista com Benedito Braga na íntegra:

    Terra: Como o desabastecimento poderia ter sido evitado?

    Benedito Braga: É uma pergunta difícil porque na hidrologia trabalhamos com níveis de risco. Quando você dimensiona um sistema você coloca na balança o risco e o custo. Obviamente que risco zero significa custo infinito, então é impossível fazer. Economias mais sólidas podem correr menos riscos porque têm mais recursos financeiros para executar suas obras. No caso que estamos passando foi feito um dimensionamento com base num conjunto de informações de dados de uma série que chamamos de histórica. O que está acontecendo é que estamos tendo uma percepção ainda não totalmente confirmada de que essa série histórica não é estacionária, ou seja, ela tem altos e baixos, mas ela tem uma média que não muda com o tempo. O que temos observado nos últimos dez anos é que essas séries estão dando uma impressão de que não são estacionárias, de que o regime de chuva pode estar mudando. A observação que tivemos nesse ano hidrológico 2013/2014, é que tivemos uma afluência muito abaixo do esperado, então estamos numa situação hidrologicamente anômala. Não sei dizer se tivéssemos um reservatório muito maior que o Cantareira se teria resolvido o problema. É a maior crise da história. Nunca aconteceu nada semelhante. Se olhar os reservatórios do Sudeste, estão num regime de queda, que é um sinal de que algo importante está acontecendo. Não estou dizendo que vai acabar a chuva, não sou profeta do apocalipse. Mas os estudos hidrológicos tem que merecer uma atenção especial dos cientistas, técnicos e engenheiros.

    Terra: Os governos insistem em dizer que a culpa é do clima. É mesmo só do clima?

    Benedito Braga: A hidrologia está estranha. Ficamos dez anos com chuvas baixas, aí vem uma grande inundação e de 2011 pra cá só cai. De repente pode dar uma grande inundação e depois cai. Ou seja, isso já sabíamos, que a variabilidade dos sistemas hidrológicos tende a aumentar. Teremos períodos mais longos de seca, como estamos observado, e cheias mais intensas. Como você resolve esse problema? Aumentando a sua reservação. Tem que reservar mais água. Porque quando vem a enchente você acumula aquela água. O Cantareira não adianta aumentar porque foi até grande demais. Mas tem que aumentar a reservação em todos os lugares que você puder. Além disso, há na cultura do Sudeste e do Sul, de abundância de água e uso não parcimonioso. Isso está na nossa população, a ideia de que nunca vai faltar água. Isso contribui numa situação extrema. O fator climático é o principal. E uma terceira coisa é que planos de recursos hídricos na região já indicavam que um conjunto de obras tinha que ser feito. No meu ponto de vista, há um problema no Brasil no tema ecologia. A constituição diz que todos têm direitos, mas ninguém pensou nos deveres. Cria-se um conjunto de instituições e leis para preservar o meio ambiente e criou-se um emaranhado no sentido de preservar a natureza, mas o resultado prático operacional é complicadíssimo. O projeto que a implantação nos EUA ou Alemanha levaria um ou dois anos, aqui levam dez, porque depois que se decide tudo, com todas as licenças, vem o Ministério Público e diz ‘Espera, vocês falharam aqui’. Então para a obra por não sei quanto tempo. Fora quando não muda de governante. Isso precisa mudar. Existiam as leis trabalhistas e criou-se a CLT, então precisamos ter a CLA, a Consolidação das Leis Ambientais para dar mais operacionalidade e de fato conservar o meio ambiente. Precisa ser sim ou não no prazo de no máximo 1 ano. Precisamos de um sistema de infraestrutura hídrica que não dependa tanto de uma complexidade para implementação. Precisa ter coragem.

    Terra: Mas já não se sabia que isso iria acontecer, já que não é uma mudança climática recente?

    Benedito Braga: Não se sabia que isso iria acontecer. Sabíamos que teríamos problema, mas o tamanho do problema é maior do que a gente imaginava. É o que eu disse há quatro anos, falei que para ficar atento que iria faltar água em São Paulo. Porque uma série de infraestruturas que já tinham que ter começado a ser feitas não estavam sendo feitas. Como essa obra do Paraíba do Sul. Essa obra já está prevista em planos da Sabesp em 2008. O motivo que não foi feita eu não sei. Sou apenas um professor da USP. Problemas complexos e grandes têm sempre uma solução simples e barata. Não tem solução simples pra esse problema, nem barata. É como as enchentes de São Paulo. Imaginar que vamos resolver isso com R$ 10 milhões. Nunca. Vai chegar ao bilhão. A cidade cresceu além do seu limite sustentável e hoje paga-se esse preço, além de consumir de forma inadequada e a dificuldade de se fazer obra. A curto prazo não tem nenhuma obra, não há o que fazer. E a longo prazo é a obra do Parnaíba do Sul. Além disso, tem um projeto da década de 70, que era trazer água do rio Juquiá, o rio mais caudaloso do Vale do Ribeira. É uma obra vultosa. Mas traria uma quantidade enorme de água para São Paulo, e muito cara. Talvez valesse até a pena revisitar esse projeto que tinha um conceito para viabilizar economicamente uma usina hidrelétrica reversível. Chego a sugerir que esse projeto fosse revisitado em função dessa situação anômala. Se essa variabilidade vai aumentar, vai acontecer de novo e não dá para estar preparados com soluções pequenas.

    Terra: Por que já não tínhamos bombas para usar o volume morto?

    Benedito Braga: Não era preciso. A captação da água para trazer para São Paulo é por túneis. A água vem por gravidade e é coletada em diferentes profundidades. Quando se projeta um reservatório, existe o volume útil, que são os 990 milhões. Quando essa água está correndo, ela fica marrom porque tem sedimento em suspenção e quando a água para, esse sedimento decanta e se deposita embaixo. O volume morto é um volume para provisionar um espaço para os sedimentos. Ele é morto porque não posso contar com ele. Dimensiono uma obra para ela viver 50 anos. E nesse tempo imagino que esse volume vai estar perdido pelos sedimentos. Não vai ser necessário usar e nem tem como usar. Esse sedimento você pode até manter, por isso que chama volume morto. Esse volume do Cantareira não tem tanto sedimento ainda, então você tem uns 300, 400 milhões de metros cúbicos que podem ser utilizados. Tenho que colocar bombas para puxar a água. Ninguém nunca imaginou que iria usar o volume morto. São Pedro foi tão cruel com a bacia do Alto Piracicaba, Atibainha, etc, que vai ser necessário usar.

    Terra: A respeito dessa polêmica do Paraíba do Sul, dá pra dizer que o Cabral ou o Alckmin está certo?

    Benedito Braga: Não vou dizer quem está certo ou errado. Vou explicar. Temos o reservatório Atibainha e Igaratá e quando a barragem não tinha sido construída, o rio aumentava e diminuía a vazão dependendo da chuva. Existe uma vazão que chamamos de garantia de 95%, que está disponível no rio durante 95% do tempo. Quando não tinha esse reservatório, esse “Q95” que chamamos era de 5,8 metros cúbicos. Depois que construiu o reservatório essa vazão passou para 10 metros cúbicos. Então com a obra que são Paulo construiu num afluente do rio Paraíba do Sul, o Rio de Janeiro ganhou 4,2 metros cúbicos por segundo. Resolveu o problema de enchente e garantiu 4,2 para o Rio. Se eu fosse govenador de São Paulo teria levado essa conversa de um outro jeito. São Paulo está pegando de volta o que já deu, se quiser pensar dessa maneira. E se quiser pensar de outra maneira, 5 metros cúbicos por segundo em relação aos 130 que o Rio transfere do Paraíba para a cidade é um número insignificante. Esse reservatório foi construído com recursos do governo de São Paulo, o rio é estadual de São Paulo. A ANA não tem nada a ver com esse assunto, não sei por que vivem dizendo que a ANA tem que dar autorização. A responsabilidade dos rios do estado é do Estado. Claro que o governo de São Paulo não vai fazer isso sem se articular com a ANA, mas não perguntar se pode.

    Terra: Essa interligação pode prejudicar o abastecimento do Rio de Janeiro?

    Benedito Braga: Não vai prejudicar o Rio de janeiro. É um volume muito pequeno em relação ao montante. É um volume pequeno para o Rio de Janeiro, mas fundamental pra gente. Cada gota conta aqui. Não precisavam fazer nada disso, mas o governador teve uma atitude simpática e correta ao ir falar com a presidente, etc.

    Terra: Além das bombas para usar o volume morto, o que mais pode ser feito para evitar que o desabastecimento aconteça desta forma?

    Benedito Braga: A curto prazo não há o que fazer. Essa obra do Paraíba do Sul pode ser mais uma daquelas obras que nunca existirão por conta da legislação e das instituições. Nós hidrólogos fomos surpreendidos. Um janeiro com 10% da chuva é impensável na região sudeste. É uma situação absolutamente inédita e trágica. Não é só São Paulo, o Nordeste está numa situação mais complicada, são três anos de seca. E por que o Ceará não está com tanto problema? Porque o governo de lá investiu em sucessivos governos na infraestrutura hídrica, independente de partido politico. Houve uma continuidade no plano. Nosso Conselho Mundial esteve na ONU para que os estados membros fizessem um pacto pela segurança hídrica. É uma situação que vai para o nordeste, para Amazônia, etc, até para fora do País. Estamos batalhando para que entendam que o problema disso não é o clima, mas sim a água. Mas agora temos que fechar a torneira e rezar.

  17. César Tralli é investigado pela polícia.

    César Tralli é investigado pela polícia por encontro com delegado//////////////////////////

    https://br.tv.yahoo.com/blogs/notas-tv/c%C3%A9sar-tralli-%C3%A9-investigado-pela-pol%C3%ADcia-por-encontro-144417558.html César Tralli é investigado pela polícia (Divulgação/Globo)A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo abriu uma averiguação preliminar para apurar melhor o encontro que um delegado, Antonio de Olim, teve com o apresentador do SPTV (telejornal da Globo em São Paulo), César Tralli, 43.

    Segundo o site “Notícias da TV”, a suspeita é de que o delegado tenha usado patrimônio público (um carro) para favorecimento do jornalista da Globo. A denúncia foi feita a partir de um post no Facebook, de uma imagem que mostra Tralli, Olim e Robinson Cerântula, produtor especial do Jornal Nacional, em um restaurante, com um carro oficial parado em frente a uma placa de trânsito.

    “Brasil, o país onde todos fazem o que querem! Estava tomando café na [Casa] Bauducco da rua Haddock Lobo, esperando a chuva passar, para eu conseguir atravessar a rua (já que os bueiros não dão conta e desce um rio), quando chegou um carro, parou embaixo de uma placa ‘proibido estacionar’ e subiu as duas rodas na calçada. Desceram três homens para tomarem o cafezinho da tarde deles. Se um cadeirante quisesse passar, não dava, porque o carro do fofo estava na calçada. Um deles é o jornalista Cesar Tralli”, dizia a legenda da foto, compartilhada por mais de 1400 usuários.

    No Twitter, quando questionado por um telespectador, Tralli negou que estivesse no carro. “Não tenho nada a ver com o carro. Eu estava a pé, meu amigo. E fui embora a pé”, declarou. Porém, a pessoa que publicou a foto desmente a versão dele. “Era impossível andar na Haddock Lobo. Nem calçada tinha quando ele chegou [à Casa Bauducco]. Vai ver ele anda sobre água, abre mares e eu é que estou doida e o vi saindo de um carro sequinho!”, disse ela.

    A Globo afirmou que seus funcionários não estavam mesmo no carro da polícia. “Eles estavam trabalhando e chegaram ao local a pé e não usando a viatura da polícia”, informou. O delegado contou que combinou com os jornalistas um encontro para tomar um café. “Tenho amizade com ele [Tralli]”, disse, alegando que estava na região investigando uma quadrilha de ladrões de relógios de grife (da qual um diretor da Globo havia sido vítima). Olim admite que errou ao estacionar o carro em local proibido, mas se justifica: “Não dava para descer do carro, a enxurrada era muito forte. E foi só a roda da frente que ficou sobre a calçada”.

    A averiguação preliminar é o início de uma investigação. Dependendo do caso, pode se tornar processo administrativo, tendo como consequência advertência ou até mesmo demissão.

     

  18. Fabio Venturini: No golpe dos

    Fabio Venturini: No golpe dos empresários, “se uma empresa foi beneficiada, a mais beneficiada foi a Globo”

    publicado em 27 de março de 2014 às 11:56

    por Luiz Carlos Azenha

    Fabio Venturini fez o mestrado na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo sobre os empresários e o golpe de 64. Está concluindo o doutorado sobre os empresários e a Constituição de 1988.

    Ele esmiuçou os detalhes de “como a economia nacional foi colocada em função das grandes corporações nacionais, ligadas às corporações internacionais e o Estado funcionando como grande financiador  e impulsionador deste desenvolvimento, desviando de forma legalizada — com leis feitas para isso — o dinheiro público para a atividade empresarial privada”. Segundo ele, é isto o que nos afeta ainda hoje, já que os empresários conseguiram emplacar a continuidade das vantagens na Carta de 88.

    Venturini cita uma série de empresários que se deram muito bem durante a ditadura militar, como o banqueiro Ângelo Calmon de Sá (ligado a Antonio Carlos Magalhães, diga-se) e Paulo Maluf (empresário que foi prefeito biônico, ou seja, sem votos, de São Paulo).

    Por outro lado, apenas dois empresários se deram muito mal com o golpe de 64: Mário Wallace Simonsen, um dos maiores exportadores de café, dono da Panair e da TV Excelsior; e Fernando Gasparian. Ambos eram nacionalistas e legalistas. A Excelsior, aliás, foi a única emissora que chamou a “Revolução” dos militares de “golpe” em seu principal telejornal.

    Sobre as vantagens dadas aos empresários: além da repressão desarticular o sindicalismo, com intervenções, prisões e cassações, beneficiou grupos como o Ultra, de Henning Albert Boilesen, alargando prazo para pagamento de matéria prima ou recolhimento de impostos, o que equivalia a fazer um empréstimo sem juros, além de outras vantagens. Boilesen, aliás, foi um dos que fizeram caixa para a tortura e compareceu pessoalmente ao DOI-CODI para assistir a sessões de tortura. Foi justiçado por guerrilheiros.

    Outros empresários estiveram na mira da resistência, como Octávio Frias de Oliveira, do Grupo Folha, que apoiou o golpe. Frias e seu sócio Carlos Caldeira ficaram com o espólio do jornal que apoiou João Goulart,  Última Hora, além de engolir o Notícias Populares e, mais tarde, ficar com parte do que sobrou da Excelsior. Porém, o que motivou o desejo da guerrilha de justiçar Frias foi o fato de que o Grupo Folha emprestou viaturas de distribuição de jornal para campanas da Operação Bandeirante (a Ultragás, do Grupo Ultra, fez o mesmo com seus caminhões de distribuição de gás). Mais tarde, a Folha entregou um de seus jornais, a Folha da Tarde, à repressão.

    [Ouça Ivan Seixas explicando o motivo do Octavião, da Folha, ter medo de ser fuzilado]

    [Clique aqui para ouvir a entrevista do pesquisador que investigou o papel da Folha e do Estadão no golpe]

    “Se uma empresa foi beneficiada pela ditadura, a mais beneficiada foi a Globo, porque isso não acabou com a ditadura. Roberto Marinho participou da articulação do golpe, fez doações para o Ipes [Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais, que organizou o golpe]. O jornal O Globo deu apoio durante o golpe. Em 65, o presente, a contrapartida foi a concessão dos canais de TV, TV Globo Canal 4 do Rio de Janeiro e Canal 5 São Paulo”, diz Fabio Venturini.

    “Porém, na década de 70, a estrutura de telecomunicações era praticamente inexistente no Brasil e foi totalmente montada com dinheiro estatal, possibilitando entre outras coisas ter o primeiro telejornal que abrangesse todo o território nacional, que foi o Jornal Nacional, que só foi possível transmitir nacionalmente por causa da estrutura construída com dinheiro estatal”, afirma o pesquisador.

    “Do ponto-de-vista empresarial, sem considerar o conteúdo, a Globo foi a que mais lucrou”, continua, já que em 1985, no ocaso da ditadura, “Roberto Marinho era o dono da opinião pública”.

    Segundo Fabio Venturini, na ditadura imposta a partir de 1964 os militares se inspiraram na ditadura de Getúlio Vargas.

    Lembra que, naquela ditadura, o governo teve vários problemas para controlar um aliado, o magnata das comunicações, Assis Chateaubriand.

    “No golpe de 64 o Assis Chateaubriand já estava doente, o grupo Diários Associados estava em decadência. O Roberto Marinho foi escolhido para substituir Assis Chateaubriand. Tinha o perfil de ser uma pessoa ligada ao poder. Tendo poder, tendo benefício, ele estava lá. A Globo foi pensada como líder de um aparato de comunicação para ser uma espécie de BBC no Brasil. A BBC atende ao interesse público. No Brasil foi montada uma empresa privada, de interesse privado, para ser porta-voz governamental. Se a BBC era para fiscalizar o Estado, a Globo foi montada para evitar a fiscalização do Estado. Tudo isso tem a contrapartida, uma empresa altamente lucrativa, que se tornou uma das maiores do mundo [no ramo]“, conclui.

    Venturini fala em pelo menos dois mistérios ainda não esclarecidos da ditadura: os dois incêndios seguidos na TV Excelsior, em poucos dias, e a lista dos empresários que ingressaram no DOI-CODI para ver sessões de espancamento ou conversar com o comandante daquele centro de torturas, Carlos Alberto Brilhante Ustra.

    [Para ver a lista dos que entraram no DOPS, clique aqui]

    Na entrevista abaixo, o pesquisador também fala do papel central no golpe desempenhado por Julio de Mesquita Neto, do Estadão [leia aqui reportagem da revista Fortune, de setembro de 64, que deixa isso claro].

    Comenta a tese, muito comum na Folha de S. Paulo, de que houve um contragolpe militar para evitar um regime comunista, o que chama de “delírio” [leia aqui como o PCB havia assumido, na época, compromisso com a via eleitoral].

    Venturini também fala do papel de Victor Civita, do Grupo Abril, que “tinha simpatia pela ordem” e usou suas revistas segmentadas para fazer a cabeça de empresários, embora não tenha conspirado.

    Finalmente, explica a relação dos empresários com as nuances da ditadura pós-golpe. Um perfil liberal, pró-americano, em 64; um perfil ‘desenvolvimentista’, mais nacionalista, a partir de 67/68.

    [O Viomundo só é capaz de produzir todo o conteúdo exclusivo linkado nesta página por conta da colaboração de nossos assinantes. Junte-se a eles!]

    Compareça ao evento deste sábado, TV Globo: Do golpe de 64 à Censura hoje para saber muito mais sobre o papel da mídia na quartelada do primeiro de abril.

     

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/fabio-venturini-no-golpe-dos-empresarios-se-uma-empresa-foi-beneficiada-a-mais-beneficiada-foi-a-globo.html

     

  19. Sarah, Sassy, a divina, a incomparável Sarah Vaughan.

    Sarah Lois Vaughan nasceu num gueto negro de Newark, Nova Jersey, a 27 de março de 1924.

    Asbury “Jake” Vaughan, pai de Sarah, era carpinteiro de profissão, bem como pianista e guitarrista amador. Sua mãe, Ada Vaughan, era lavadeira e cantora no coro da igreja. 

    Aos sete anos, começou a tocar piano.

     Aos 15, já fazia improvisações no velho órgão do Templo Batista Mount Zion , de cujo coro era a voz mais densa e afinada.

    Menina ainda, costumava fugir de casa para ouvir as orquestras que eventualmente passavam pela cidade: Duke Ellington, Fletcher Henderson, Count Basie, Earl Hines.

     Adorava jazz. Mais precisamente, os músicos de jazz que inventavam com seus instrumentos, quebrando regras da música bem-comportada que se ouvia na igreja. Estão nessa admiração aos entortadores de melodias e harmonias as sementes do seu estilo.

     Sarah Vaughan trouxe para o jazz uma combinação de atrativos característicos e sem precedentes: um timbre e um vibrato ricos, muito bem controlados; um ouvido excepcional para a estrutura harmônica das canções, o que lhe permite mudar ou modular a melodia como um instrumentista faz com seu instrumento; uma ingenuidade modesta, às vezes sutil, alternada com um senso de grande sofisticação.

    Dona de uma técnica vocal extremamente sofisticada, Sarah Vaughan seria a responsável por transportar para o canto as inovações técnicas desenvolvidas pelos músicos do bebop em seus instrumentos. Deste modo, se tornaria a voz favorita de músicos como Dizzy Gillespie e a mais representativa vocalista de jazz da década de 1940.

    Foi muito criticada pelos puristas do jazz quando começou a emprestar sua voz a baladas românticas mais comerciais. Mas não ligou a mínima. Era mulher de grande personalidade.

    Outras de suas características: o temperamento retraído, a intolerância para com os defeitos alheios e as crises de mau humor. Se estes aspectos a traziam para o lado comum do ser humano, a música a fez única, sobretudo, pelo estilo. Ou pela soma de qualidades.

    Podia não ter a emoção de uma Billie Holiday, ou o timbre de uma Ella Fitzgerald, ou o intimismo de uma Lee Wiley, ou a elegância de uma Mabel Mercer. Mas tinha um pouco de cada e resistia a todas as comparações.

    Nunca quis ser chamada como uma cantora de jazz. “Sou uma cantora, simplesmente”. Mas mesmo contra a vontade, acabou se consagrando como uma das mais completas cantoras de jazz de todos os tempos.

    Sarah e o Brasil

    Entre 31 de outubro e 7 de novembro de 1977, Sarah Vaughan gravou no estúdio da RCA, no Rio de Janeiro, o que seria o primeiro dos três álbuns dedicados à música brasileira. O Som Brasileiro de Sarah Vaughan, lançado em 1978 e editado no exterior com o título de I Love Brasil.  

    No ano seguinte voltou ao Brasil para gravar seu segundo disco,  Exclusivamente Brasil (1980), para a Philips, com participação especial do violão de Hélio Delmiro.

    O terceiro, Brazilian Romance, foi lançado em 25 de outubro de 1990.

    Fez apresentações no Brasil dias 11 e 12 de agosto de 1989, no Hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro.

    Em 1982 gravou músicas de Gershwin com a Orquestra Philarmonica de Los Angeles . Entre as músicas escolhidas estava a fabulosa The man I love. Sarah ganhou o Grammy nesse ano.

    Duas músicas marcaram o caminho de Sarah: Misty e Tenderly. Todos os seus shows eram encerrados com Misty. 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=yJ-9IBZaydQ%5D

     

    Sarah diversificou seus temas e seu ritmo e gravou um CD com músicas somente dos Beatles, Sarah sings the Beatles.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=xwxEq_EvPBQ&list=PLA55ACAD5E063466B%5D

    Sarah Vaughan morreu aos 66 anos, de idade, vítima de câncer no pulmão. Após conquistar um lugar único na história da música popular americana cantando divinamente, sua morte desfalcou essa música de uma de suas intérpretes mais ricas a quem o mundo passou a chamar de Divina. E quando alguém indagou o motivo, Frank Sinatra não hesitou: “Porque ela não é desse mundo”.

    Foi tema de um documentário: “Sarah Vaughan – The Divine One” , do diretor Gary Giddins.

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=cZkFQ3vc-Qc%5D

    Livros sobre a cantora: 

     Sassy: The Life Of Sarah Vaughan, de Leslie Gourse 

    Sarah Vaughan: singer, de Marianne Ruuth 

    Discografia

    Sarah Vaughan Todas as músicas

    Vídeos:

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=TpXwvj_u8CI&list=PL826E0147FFB2D3FD%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=X3sLxtAW0nY&list=PL8b8c2cZ3HHvld3sVN1nPRKgcXHotFMg2%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=5Q7GrSJPL9A%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=R4fZp-QJu4I%5D

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=X3sLxtAW0nY&list=PL8b8c2cZ3HHvld3sVN1nPRKgcXHotFMg2%5D

    Leia mais em:

    Do grave ao agudo com muito talento

    Sarah Vaughan 

    Sarah Vaughan

    Sarah Vaughan biography 

    O virtuosismo vocal de Sarah Vaughan

     

     

     

     

     

     

    1. Ola, 
      Me distraí e tem um

      Ola, 

      Me distraí e tem um vídeo repetido: Sarah com Milton Nascimento – Bridges. Se for possível, retire-o.

      Obrigada

      Mara Baraúna

  20. Mineitim

    Nassif,

    Olha que eu me interesso pelo mercado de capitais, mas esta argumentação do mineirim quase acéfalo chega às raias do ridículo.

    Fico imaginando a tragédia que seria para o patropi, um retardado como este no Palácio da Alvorada, assessorado por Fraga e dando ministérios para os Bornhausen da vida., programas sociais indo prá cucuia, seria uma tristeza só, país de terra arrasada.

     

     

    AÉCIO: “BASTOU QUEDA DE DILMA PARA BOLSA DISPARAR”

    :

     

    Oposição comemora combinação de queda da presidente na pesquisa CNI/Ibope e alta de estatais na Bolsa de Valores de São Paulo;  presidenciável do PSDB sobe à tribuna do Senado para sublinhar causa e efeito; “bastou uma pesquisa de opinião acenar para uma diminuição de popularidade da presidente da República que hoje as ações da Eletrobras estão subindo 9% e da Petrobras, 6,8%”; queda de sete pontos na avaliação do governo Dilma, segundo o Ibope, mudou a tendência do Ibovespa, com disparada de Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil; às 16h, o índice registrava alta de 3,20%, com as estatais figurando entre as maiores altas

     

    27 DE MARÇO DE 2014 ÀS 16:18

     

    247 – O presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) comemorou nesta quinta-feira 27, na tribuna do Senado, a alta das ações das estatais na Bovespa. “Bastou uma pesquisa de opinião acenar para uma diminuição de popularidade da presidente da República, que hoje as ações da Eletrobras estão subindo 9%, da Petrobras, 6,8%”, disse, em discurso que defendeu a criação da CPI da Petrobras.

    “Será que esse governo se fragilizou de tal forma que basta um prenúncio, mesmo distante, ou uma leve perspectiva de que não continuarão no poder para que a sociedade reaja, o mercado reaja, e as empresas se recuperem o seu patrimônio ou pelo menos parte dele?”, questionou, em seguida, o futuro adversário da presidente nas eleições.

    Em sua fala, o tucano ressaltou que o caso da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras “não é o único negócio danoso para” a empresa e que a CPI “permitirá que cada uma das questões levantadas possam ser esclarecidas”. “A crise na Petrobras revela a perda de algo essencial na gestão pública: a meritocracia para ocupar cargos públicos”, atacou o senador.

    Leia abaixo matérias do portal Infomoney sobre a alta das estatais nesta quinta-feira:

    Ibovespa chega a subir 3% com nova pesquisa sobre Dilma e supera os 49 mil pontos

    O que tinha tudo para ser um dia morno para o Ibovespa, acabou se tornando uma sessão bastante movimentada para o índice, logo após a divulgação da pesquisa de avaliação de popularidade da presidente Dilma Rousseff. Às 12p4 (horário de Brasília), o índice seguia com ganhos de 2,50%, a 49.162 pontos, após subir 3,15% na máxima do intraday.

    O índice futuro apontava, até às 10h da manhã, uma sessão perto da estabilidade, com o mercado repercutindo os dados sobre a economia dos EUA em linha com o esperado, o alerta do Fed sobre bolha de ativos e o relatório trimestral de inflação do Banco Central.

    Porém, a avaliação do governo Dilma, divulgada por volta das 10h, mudou a tendência do índice. A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff caiu de 43% para 36% segundo pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). Com isso, as ações de empresas estatais registravam as maiores altas, com Eletrobras (ELET3, R$ 6,23, +7,60%; ELET6, R$ 10,62, +3,71%), Petrobras (PETR3, R$ 14,55, +5,59%; PETR4, R$ 15,19, +5,49%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 22,41, +6,16%).

    Como o mercado não gosta das seguidas intervenções do governo Dilma nas estatais federais, os investidores mostram menor aversão ao risco quando se sinaliza o enfraquecimento da presidente petista para a reeleição. Em meados do mês, rumores de pesquisa que indicaram que Aécio Neves e Eduardo Campos se aproximariam de Dilma na preferência dos eleitores movimentaram as ações, mas não se concretizaram, com Dilma permanecendo com a mesma distância em relação aos outros dois candidatos.

    E não são somente as estatais que têm um desempenho positivo: siderúrgicas, elétricas e imobiliárias também tem ganhos e poucas ações têm baixa. As ações da Suzano (SUZB5) caem pelo quinto pregão consecutivo, acumulando no período queda de 10,9%. Somente neste pregão, os papéis registravam queda de 1,46%, a R$ 8,10. Pelo seu perfil exportador, a empresa é penalizada hoje por conta da queda do dólar frente ao real. Neste momento, registrava desvalorização de 1,43%.

    “A cada queda da Dilma teremos uma forte alta na bolsa”, afirmou gestor da Asset do Itaú

    Arthur Ordones – Luiz Félix Cavallari, gestor do Itaú Asset Management, afirmou no evento “Integração de questões ambientais, sociais e de governança na avaliação de empresas – evolução e tendências no Brasil e no mundo”, que a única coisa que pode mudar o cenário pessimista do mercado é a eleição presidencial. “A cada queda da presidente nas pesquisas, nós veremos uma forte reação de alta na bolsa. O mercado já provou isso na semana passada, apenas com os rumores de uma queda, e nesta quinta-feira (27)”, disse.

    Apesar da força das pesquisas eleitorais, o especialista falou que a instituição está muito pessimista com a bolsa neste ano e que 2015 deve ser ainda pior. “O problema no setor de energia elétrica vai levar a um racionamento. Se não for neste ano será no ano que vem”, afirmou. “Isso vai causar um efeito brutal na nossa economia”, completou Cavallari.

    Além disso, o gestor lembrou também que por termos a Copa do Mundo e as eleições, este é um ano perdido em termos de dias úteis, o que irá impactar bastante a produção industrial e as vendas do comércio. “Por conta disso estamos muito pessimistas no médio longo prazo”.

    Pesquisas eleitorais

    Na semana passada, o boato de que a presidente, Dilma Rousseff, iria cair na pesquisa do Ibope, levou o Ibovespa e as companhias estatais a terem uma forte alta. Já nesta quinta-feira (27), a pesquisa de avaliação do governo Dilma do CNI/Ibope mostrou uma queda de sete pontos percentuais em relação a ultima (de 43% para 36%).

    Com isso, o Ibovespa está subindo quase 3,15% neste intraday, com a Petrobras (PETR4) em alta de 6,39%, a PETR3 de 6,68%, a Eletrobras (ELET6) com elevação de 4,98% e o Banco do Brasil (BBAS3) com valorização de 6,77%. Todas com base em dados das 15p3 do pregão desta quinta-feira (27).

    Segundo Félix, isso ocorre porque uma mudança de governo pode mudar a forma de governança das companhias estatais. “Por isso que as que mais sentiram o efeito foram a Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil. A expectativa positiva é pela mudança na governança corporativa dessas companhias”, concluiu.

     

  21. Veja como age a PM do Rio.

    Se faz isso com idoso, arrastar favelado pelas ruas do RJ é fácil

    http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/03/idoso-e-agredido-por-pm-em-protesto-em-santa-teresa-no-rio.html

    Artista plástico foi agredido durante manifestação na quarta (26) (Foto: Carlos Lobo/Arquivo Pessoal)

    Artista plástico foi agredido durante manifestação na quarta (26) (Foto: Carlos Lobo/Arquivo Pessoal)

    PM dá ‘gravata

    em idoso durante protesto em Santa Teresa, no Rio

    Segundo a corporação, manifestante tentou obstruir passagem de trator.
    Autora das imagens diz que vítima ficou sem reação: ‘não tinha o que fazer’

     

  22. Manipulação criminosa, mas bem sucedida

    Do Tijolaço

     

    Por dados do Ibope, Dilma não perdeu popularidade. Pesquisa de hoje é mais antiga que a dos 43%. Aliás, estava pronta quando esta foi publicada

    27 de março de 2014 | 18:53 Autor: Fernando Brito

    ibopeduas

    Primeiro, semana passada, o boato de que a pesquisa Ibope traria uma queda – que não houve – da intenção de voto em Dilma Rousseff.

    Seis dias depois, uma “outra” pesquisa do Ibope, estranhamente, capta uma súbita mudança de estado de espírito da população e Dilma (que tinha 43% das intenções de voto na tal pesquisa eleitoral) e registra uma perda de sete pontos percentuais em sua aprovação: curiosamente dos mesmos 43% para 37%…

    Puxa, como foi rápida a queda, em apenas seis dias, quase um por cento por dia…

    É, meus amigos e amigas, é mais suspeito do que isso.

    A pesquisa de intenção de voto, divulgada na sexta-feira, foi registrada no TSE no 14 de março, sob o protocolo BR-00031/2014 , com realização das entrevistas entre os dia 13 e 20/03/14.

    Já a de popularidade recebeu o protocolo BR-00053, no dia 21 passado,mas quando já se encontrava concluída, com entrevistas entre os dias 14 e 17.

    Reparou?

    Quinta feira à tarde, dia 20, uma intensa boataria toma conta do mercado de capitais, dizendo que Dilma perderia pontos numa pesquisa Ibope a ser divulgada no Jornal Nacional.

    O estranho é que ninguém tinha contratado, isto é , ninguém pagou por essa pesquisa. Em tese, é claro.

    A pesquisa é divulgada sem nenhuma novidade.

    Mas, naquele momento, o Ibope já tinha outra (outra, mesmo?) pesquisa, terminada três dias antes e certamente já tabulada.

    Vamos acreditar que o Ibope fez duas pesquisas diferentes, com a mesma base amostral e 2002 entrevistas exatamente cada uma…

    O boato, portanto, não saiu do nada.

    No mínimo veio de dentro do Ibope, que tinha nas mãos duas pesquisas totalmente contraditórias.

    Uma, “sem dono”, que dizia que Dilma continuava nadando de braçada.

    Outra, encomendada pela CNI de Clésio Andrade, um dos senadores signatários da CPI da Petrobras, apontando uma queda de sete pontos em sua popularidade.

    Mas a gente acredita em institutos de pesquisas, não é?

    O Ibope teve nas mãos duas pesquisas com a mesma base, realizadas praticamente nos mesmos dias, com resultados totalmente diferentes entre si?

    Se o PT não fosse um poço de covardia estaria exigindo, como está na lei, os questionários das “duas” pesquisas.

    Aliás, nem devia ser ele, mas o Ministério Público Eleitoral, quem deveria exigir explicações públicas do Ibope, diante destes indícios gravíssimos de – vou ser muito suave, para evitar um processo  – inconsistência estatística.

    Ainda mais porque muito dinheiro mudou de mãos na quinta-feira e hoje, com a especulação na Bolsa.

    Mas não vão fazer: esta é uma nação acoelhada diante das estruturas suspeitíssimas dos institutos de pesquisa.

     

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