O dia de ontem na CPMI

O dia de ontem da CPMI valeu pelo depoimento de Wladimir Garcez, presidente da Câmara Municipal de Goiânia pelo PSDB, condenado pela Lei de Improbidade Administrativa e lobista de Carlinhos Cachoeira e da Delta. Cabia a ele os grandes contratos com Goiás. Foi acusado também de ter levado R$ 500 mil ao palácio de governo, em uma caixa de computador.

Garcez participou das negociações com a casa de Marconi Perillo, contou uma história ingênua e se enredou nela, contradizendo a versão inicial de Perillo.

Tornou consensual na CPMI a convocação de Perillo.

No interrogatório do espião mais famoso do país, Dadá, o relator havia se preparado para indagar suas relações com o diretor de Veja Policarpo Jr. Mas o encaminhamento do interrogatório pela presidência abriu margem para o “nada a comentar” de Dadá.

A partir da semana que vem, a CPMI deve esquentar. Na terça feira é certeza que Perillo será convocado. É possível que o mesmo ocorra com o governador do Rio Sérgio Cabral e do Distrito Federal Agnelo Queiroz.

A CPMI também deverá estar de posse de todas as gravações de Policarpo Jr.

A parte mais relevante da CPMI não são os depoimentos, mas as investigações internas. A única vantagem das transmissões ao vivo é permitir  – como em toda CPMI – separar os parlamentares deslumbrados dos discretos, os desqualificados dos sérios.

Na oposição, o senador Pedro Taques ainda é referência.

Já o deputado e delegado Fernando Franceschini (PR) não tem nível algum. Suas referências a “tchutchucas” e “tigrão” cabem numa revista Veja. Jamais em um ambiente que se pretende sério.

Luis Nassif

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