Depois da lavagem de dinheiro surge a lavagem de reputação (ou também reciclagem de lixo).

Nasce institucionalmente uma nova prática que é empregado pelas elites dominantes do Brasil (e do mundo) a de lavagem de reputações ou a reciclagem do lixo de direita através de forças colaborativas que tem algum apelo para a esquerda.

Quando por um erro da direita tradicional consegue colocar no governo algo tão deletério aos negócios como o de Bolsonaro, esta direita tradicional procura montar o equivalente da lavagem de dinheiro que poderia se chamar a lavagem de reputações. Ou seja, devido ao erro de tática da própria direita tradicional que aposta no cavalo errado, que no lugar de correr o páreo fica escoiceando os outros cavalos, procuram tomar a frente da rejeição deste novo cavalo para que como diria Dom João VI ao seu filho Pedro, tome a frente deste processo antes que outros aventureiros o façam.

Na mensagem de Dom João VI fica implícito que Pedro deveria ser um aventureiro que impediria que republicanos fizessem o que ele fez, tomassem a frente o movimento de independência do Brasil e transformasse nosso país no horror de todos os realistas, uma República.

O movimento Direitos-já toma procura tomar a frente de algo que está na boca do povo que á Fora Bolsonaro, entretanto as pessoas mais desavisadas não entendem que uma pluralidade de componentes em que aparece alguns elementos de partidos que já foram de esquerda, guardando no nome o Comunista da sua sigla, ou mesmo um intelectual de esquerda que parece não entender direito a onde está se metendo, Noam Chomsky, junto com elementos golpistas diretos, como Fernando Henrique Cardoso, Paulinho da Força, Marta Suplicy, Eduardo Jorge e outros mais discretos como Ciro Gomes.

Uma outra forma de entender estes movimentos é olhar a origem dos mesmos, o idealizador é o sociólogo Fernando Guimarães, líder da corrente tucana Esquerda pra Valer, ou seja, uma esquerda que se diz para valer incrustada e financiada pelo maior partido golpista do Brasil, o PSDB. Só esta característica seria suficiente para entender o que é este movimento, pois se a corrente fosse mesmo uma esquerda para valer certamente nunca estaria dentro do PSDB.

Este movimento que já possui 16 partidos que o apoiam, porém na sua página nem tem coragem de dizer quais são os partidos, aparentemente é uma tentativa do PCdoB de com o seu único destaque, o Governador Flávio Dino, que vem sendo incensado pela chamada mídia “progressista” de assumir a posição do PT e de Lula no processo político do país. Talvez esta vontade seja até viável, pois como Aldo Rebelo, o “comunista” mais queridinho das forças armadas e o grande ator de uma das passagens mais vergonhosas do governo Dilma, o Código Florestal, se desvinculou estrategicamente do PCdoB em fins de 2017 para formar uma ponte com paridos como o PSB e atualmente com o Solidariedade do Paulinho da Força.

Talvez o movimento que o pessoal do PCdoB esteja articulando é simples e pode até parecer viável, se agrupa com outros partidos, como o Solidariedade, troca de nome retirando o Comunista para não espantar os senhores e senhoras de idade mais conservadoras e lança a candidatura de Flávio Dino nas primeiras eleições a presidente da República que houverem, provavelmente o mais breve possível para que Lula ainda não possa desenvolver sua campanha.

As intensões eleitoreiras do tal movimento Direitos-já, parecem ficar claras desde o início do movimento, partidos como o PCdoB está entrando para ver se pega uma beira no eleitorado do PT, contando num sucesso eleitoral que ele poderia ter se unificasse com outros partidos de uma esquerda falsa como o PDT ou o PSB, porém algo é certa, quando chegar o momento das eleições a direita vota em Luciano Hulk ou qualquer outra geringonça do que no PCdo B.

Redação

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