Panorama Econômico Mundial, abril de 2019, por Rogério Maestri

Não vou me colocar a discutir sobre esta lei, pois meu alforje não está suficientemente cheio para conseguir dar algumas pedradas na direção dos meus futuros detratores.

David’s Sling

Panorama Econômico Mundial, abril de 2019, Desaceleração do Crescimento, Recuperação Precária

por Rogério Maestri

Estava trabalhando sobre um assunto que colocaria, segundo o meu ponto de vista, totalmente em cheque qualquer tipo de previdência por capitalização a nível de um país, independente da época e economia da região em que se está. Porém, para este fim, tenho que entrar na discussão da lei da tendência à queda da taxa de lucros, além de outros exemplos da real lucratividade dos fundos de pensão a longo prazo.

Para entrar nesta discussão, devo ter não duas pedras na mão para me defender do ataque, mas sim um alforje cheio de pedras e talvez uma boa funda como o David bíblico. Devido a isto, há mais de duas semanas me dedico a recolher pedras, costurar bem o alforje e treinar com a funda. Porém, nesta pesquisa me deparei com um estudo de perspectiva da economia mundial para os próximos semestres, que irei colocar aqui com uma tradução meio cretina. E depois de colocar a fonte solicito que meus amigos leitores façam as correções devidas. Pois bem aí vai o texto:

Após um forte crescimento em 2017 e no início de 2018, a atividade econômica global desacelerou notavelmente no segundo semestre do ano passado, refletindo uma confluência de fatores que afetam as principais economias. O crescimento da China declinou após uma combinação de aperto regulatório necessário para conter o sistema bancário paralelo e um aumento nas tensões comerciais com os Estados Unidos. A economia da área do euro perdeu mais dinamismo do que o esperado, uma vez que a confiança dos consumidores e das empresas enfraqueceu e a produção automóvel na Alemanha foi interrompida pela introdução de novas normas de emissão; o investimento caiu em Itália à medida que os spreads soberanos se alargaram; e a demanda externa, especialmente da Ásia emergente, diminuiu. Em outros lugares, desastres naturais prejudicam a atividade no Japão. As tensões comerciais cada vez mais prejudicaram a confiança das empresas e, assim, o sentimento do mercado financeiro piorou, com as condições financeiras apertando mercados emergentes vulneráveis ​​na primavera de 2018 e depois em economias avançadas no final do ano, pesando sobre a demanda global. As condições abrandaram em 2019, à medida que a Reserva Federal dos EUA sinalizou uma postura de política monetária mais acomodatícia e os mercados tornaram-se mais otimistas em relação a um acordo comercial EUA-China, mas eles permanecem ligeiramente mais restritivos do que no outono.”

Pois bem, este sumário de um futuro altamente incerto, à medida que os efeitos que a desoneração fiscal de Trump desapareça e os efeitos das compras das próprias ações feitas pelas corporações desaqueçam, o importante, antes de seguir sobre algumas reflexões sobre o texto, é uma informação.

Este texto desanimador, que mais parece um sumário de uma tese de um estudante marxista analisando o futuro próximo do capitalismo, é para a surpresa de todos um relatório do BANCO MUNDIAL com o título também desanimador: Panorama Econômico Mundial, abril de 2019, Desaceleração do Crescimento, Recuperação Precária.

Esta análise foi publicada há exatamente dois dias, ou seja, mais recente do que isto é impossível e pode ser encontrada no link acima colocado.

Poderia, antecipando, a discussão, fazer uma digressão sobre o falso problema que é posto por vários economistas do “mainstream econômico” como no artigo, também recente de Bresser Pereira (Jan-abr 2018) intitulado Capitalismo financeiro-rentista. Tanto Bresser Pereira como a imensa maioria dos economistas brasileiros, descreve a crise atual como resultado do chamado rentismo, porém o que divirjo é que o rentismo é simplesmente uma forma de imobilização do capital, que é deixado parado pois a taxa de lucro não compensaria qualquer investimento produtivo devido à queda desta conforme previsto pela lei da tendência à queda da taxa de lucros, de Marx, que tem sido motivo de discussões acaloradas por quase dois séculos.

Como disse acima, não vou me colocar a discutir sobre esta lei, pois meu alforje não está suficientemente cheio para conseguir dar algumas pedradas na direção dos meus futuros detratores.

Mas o que posso adiantar é que, a partir do relatório do Banco Mundial, podemos prever se esta crise se agudiza ou mesmo mantém a tendência de crescimento mundial de 3,3% (0,2% a menos que era previsto há quatro meses), com a verdadeira TACANHÊS do atual ocupante da cadeira de presidente e o Posto Ipiranga, que passou a ser Tchutchuca para o mercado internacional depois de ficar com cara de “AH É”, quando os jornalistas econômicos lhe comunicaram o não aumento do óleo diesel no Brasil, que o Tchutchuca não sabia.

Ou seja, com uma dupla tão despreparada, um governo totalmente regido por verdadeiros idiotas, senhores, o Barco vai afundar.

Redação

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