Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil, Em julho de 2010, produção industrial cresce 0,4%

31 de agosto de 2010

Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil(http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1702&id_pagina=1)

Em julho, produção industrial cresce 0,4%.

Mesmo com a alta entre junho e julho, a média móvel trimestral permaneceu negativa pelo segundo mês consecutivo: o trimestre encerrado em julho ficou 0,3% abaixo do nível de junho.

Em julho de 2010, a produção industrial avançou 0,4% frente a junho, na série livre de influências sazonais, após três meses consecutivos de queda. Em relação a igual mês de 2009 houve expansão de 8,7%, completando nove meses seguidos de taxas positivas. O acumulado nos sete primeiros meses do ano (15,0%) ficou abaixo do registrado no primeiro semestre (16,2%). O acumulado nos últimos 12 meses (8,3%), acentuou o ritmo de crescimento frente a junho (6,5%), permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em outubro de 2009.

Com o avanço de 0,4% entre junho e julho, a produção industrial ficou 1,7% abaixo do recorde alcançado em março. O aumento em julho foi disseminado e atingiu 17 dos 27 ramos pesquisados. Os desempenhos com maior importância para o resultado global vieram de veículos automotores (3,6%), outros produtos químicos (3,0%), farmacêutica (4,6%) e outros equipamentos de transporte (6,8%) – todas com taxas negativas no mês anterior (respectivamente, -1,0%, -4,4%, -3,1% e -4,8%). Também merece destaque o avanço de 2,3% em refino de petróleo e produção de álcool, no segundo mês consecutivo de crescimento, após recuo de 3,5% em maio.

Já as principais influências negativas vieram de máquinas e equipamentos (-6,0%), edição e impressão (-5,6%), produtos de metal (-3,1%) e borracha e plástico (-2,1%).

Entre as categorias de uso, ainda na comparação com junho, bens intermediários e bens de consumo duráveis, ambos com expansão de 0,9%, sustentaram o maior ritmo de crescimento. Já bens de consumo semi e não duráveis ficou próxima do resultado geral, com 0,3%; e bens de capital (-0,2%) foi a única com taxa negativa nessa comparação.

Mesmo com a alta entre junho e julho, a média móvel trimestral permaneceu negativa pelo segundo mês consecutivo: o trimestre encerrado em julho ficou 0,3% abaixo do nível de junho. Ainda neste índice, bens de consumo duráveis (-0,9%) teve a maior perda entre as categorias de uso, seguido de bens de capital (-0,7%), que interrompeu 13 meses de resultados positivos, e bens de consumo semi e não duráveis (-0,5%), que ficou negativo pelo terceiro mês seguido. Bens intermediários, com variação de 0,1%, foi o único a registrar alta em julho, após ficar estável em junho (0,0%).

Na comparação com julho de 2009, alta em 57 dos 76 subsetores

Em relação a julho de 2009, o crescimento ficou em 8,7%, menor taxa desde os 5,3% registrados em novembro de 2009. O mês de julho de 2010, com 22 dias, teve um dia útil a menos que o mesmo mês do ano anterior (23).

O índice foi sustentado pelo crescimento em 57 dos 76 subsetores, 21 dos 27 ramos e 65% dos produtos pesquisados. Entre os setores, as maiores influências positivas sobre a taxa global vieram de veículos automotores (26,5%), metalurgia básica (19,5%), alimentos (7,3%), máquinas e equipamentos (14,5%), indústrias extrativas (10,1%), refino de petróleo e produção de álcool (6,9%) e bebidas (15,4%). Já os itens de maior destaque foram: caminhão-trator, caminhões e automóveis; ferronióbio e vergalhões de aços ao carbono; açúcar cristal e sucos concentrados de laranja; carregadoras-transportadoras, empilhadeiras propulsoras e motoniveladores; minérios de ferro; óleo diesel, álcool e naftas para petroquímica; e cervejas, chope e refrigerantes. Já os impactos negativos mais relevantes vieram de máquinas para escritório e equipamentos de informática (-15,4%) e edição e impressão (-6,9%), pressionados pela menor fabricação de computadores, no primeiro ramo, e de cds e livros didáticos no segundo.

Ainda na comparação com julho de 2009, os índices foram positivos para todas as categorias de uso, com bens de capital (21,1%) registrando ritmo de crescimento bem superior ao da indústria geral (8,7%). Esse resultado foi sustentado pelos índices positivos em quase todos seus subsetores, com bens de capital para equipamentos de transporte (36,8%) exercendo a principal influência, seguido por bens de capital para construção (95,8%), para fins industriais (18,9%), agrícolas (55,9%) e para uso misto (4,8%).

O segmento de bens intermediários (11,3%), também acima da média da indústria, mostrou o 9º avanço consecutivo na comparação mês/igual mês do ano anterior, influenciado por todos seus subsetores, com destaque para os produtos associados às atividades de metalurgia básica (19,5%), veículos automotores (32,1%), indústrias extrativas (10,3%), refino de petróleo e produção de álcool (7,0%) e alimentos (12,7%). Nesses grupamentos sobressaíram a maior fabricação de ferronióbio e vergalhões de aços ao carbono; chassis com motor para caminhões e ônibus e peças e acessórios para veículos; minérios de ferro; óleo diesel e naftas para petroquímica; e açúcar cristal. Também exerceram pressão positiva os grupamentos de insumos para construção civil (9,5%) e de embalagens (9,7%).

Avançando em ritmo menor que a média geral (8,7%), estão bens de consumo semi e não duráveis (3,9%) e bens de consumo duráveis (2,2%). No primeiro segmento, com exceção de outros não duráveis (-1,3%), todos grupamentos registraram desempenho positivo, com alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (7,7%) assinalando a principal influência, sobretudo devido aos itens cervejas, chopes, sucos concentrados de laranja e refrigerantes. Também se destacaram os resultados positivos de carburantes (6,8%) e semiduráveis (4,3%), impulsionados pelos itens álcool e gasolina, no primeiro grupo, e calçados no segundo.

Ainda abaixo do índice geral, a produção de bens de consumo duráveis cresceu 2,2% na comparação com julho de 2009, sustentada em grande parte pelos avanços em automóveis (5,1%), eletrodomésticos da “linha marrom” (20,3%) e telefones celulares (15,5%), já que os subsetores de eletrodomésticos da “linha branca” (-33,7%), outros eletrodomésticos (-8,3%) e de artigos do mobiliário (-3,4%) pressionaram negativamente.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, frente ao mesmo período de 2009, o avanço ficou em 15,0%, com perfil generalizado de crescimento que atingiu 25 atividades e todas as categorias de uso. Entre os setores, veículos automotores (31,4%) e máquinas e equipamentos (37,5%) mantiveram a liderança em termos de contribuição para a taxa global da indústria, impulsionados pelos resultados positivos da maior parte dos produtos pesquisados (cerca de 96% e 86%, respectivamente). Destaques ainda para as expansões de metalurgia básica (29,8%), outros produtos químicos (15,9%), produtos de metal (32,6%), indústrias extrativas (15,4%), alimentos (5,7%) e borracha e plástico (19,8%). Em termos de produtos, os destaques foram: automóveis, caminhão-trator e caminhões; aparelhos carregadoras-transportadoras, compressores, fornos microondas e motoniveladores; lingotes, blocos e tarugos de aços ao carbono e de aços especiais e vergalhões de aços ao carbono; herbicidas; partes e peças para bens de capital; minérios de ferro; açúcar cristal e sucos concentrados de laranja; e pneus e peças e acessórios de borracha e plástico para indústria automobilística. Já os ramos de outros equipamentos de transporte (-5,9%) e de fumo (-10,4%) exerceram as duas únicas pressões negativas sobre a média global.

Entre as categorias de uso, ainda no acumulado no ano, bens de capital (28,3%) prosseguiu com a taxa mais elevada, seguido por bens de consumo duráveis (17,6%) e bens intermediários (16,4%), todos com expansão acima da média nacional (15,0%). Bens de consumo semi e não duráveis, com avanço de 7,0%, teve o crescimento mais moderado.

Em síntese, o resultado positivo em julho (0,4%) atingiu 17 dos 27 setores industriais e três das quatro categorias de uso, revertendo três meses consecutivos de queda. Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral prosseguiu em queda (-0,3%), embora com taxa menos intensa que a de junho (-0,7%).

Nas comparações que envolvem 2009, permaneceu o quadro de predomínio de resultados positivos, mas decrescentes nos últimos quatro meses. No índice mensal (8,7%), observa-se redução no ritmo de crescimento frente ao acumulado do primeiro semestre (16,2%). Tal movimento foi acompanhado por todas as categorias de uso e por 21 dos 27 setores investigados, reflexo do comportamento mais moderado da atividade industrial nos últimos meses e também da elevação da base de comparação, pois o segundo semestre de 2009 teve ritmo mais intenso que o do primeiro.

 

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador