Carluxo e o subjetivismo do pobre, por Rogério Mattos

Carluxo realizou o sonho da globalização. Nunca a política se fez tanto fora das ruas e mais nos meios virtuais.

Carluxo e o subjetivismo do pobre, por Rogério Mattos

Uma releitura, 17 anos depois, de um texto clássico de Silviano Santiago. Como comparar o “cosmopolitismo do pobre”, ou seja, sua inserção no mundo globalizado, com a entrada da subjetividade dos pobres em plena praça pública? Carluxo, intelectual orgânico de um novo Brasil, soube responder a esse dilema, fazendo eco a amplos setores da nossa sociedade. Silviano e talvez até mesmo a globalização sequer imaginaram que poderiam chegar tão longe…

Uma sociedade sem fronteiras?

Na passagem do governo FHC para o de Lula, o crítico literário Silviano Santiago publicou um artigo bem sucedido, que ultrapassou os limites do público leitor de sua área de atuação profissional. Trata-se de “O cosmopolitismo do pobre”. Silviano começa seu texto com uma resenha do filme Viagem ao começo do mundo, uma história de um filho de portugueses nascido em Paris que resolve voltar para sua terra natal e conhecer a família de camponeses que seu pai abandonou durante a emigração. Havia a distância da língua entre eles (o filho de português precisou de um tradutor para conversar com sua família), além de uma barreira cultural aparentemente intransponível. A cultura cosmopolita do jovem criado na cidade grande não encontrava o elo necessário para falar com aqueles que estiveram alijados da “história quente” do que se chama civilização ocidental. Silviano inicia seu texto com essa ilustração para introduzir o tema do multiculturalismo necessário para se viver nas “aldeias globais” de um mundo definitivamente globalizado. Seria importante não perder o elo com as aldeias pátrias para que o multiculturalismo se tornasse efetivo. Os Estados-nações no século XIX teriam se erguido como um sistema auto-suficiente, com aspirações à universalidade, mas cujo engrandecimento se deveu em boa parte à custa “da memória individual do marginalizado e em favor da artificialidade da memória coletiva”. Uma segunda e nova forma de multiculturalismo estaria surgindo nos últimos anos (a edição do livro é de 2004, a primeira publicação do artigo em 2002) através da busca de raízes mais longínquas, silenciosas, subjacentes às histórias pessoais do migrantes ou de seus herdeiros. No século XXI o multiculturalismo nas “comunidades imaginadas” deveria dar conta não apenas do autóctone, mas da experiência do estrangeiro e do marginalizado, das dificuldades da aculturação e acomodação social, assim como das consequências de vidas construídas a partir do desenraizamento cultural. Diz ele que, naquele momento em que escreve seu texto, a luta política do migrante e do marginalizado começa a acontecer através de ONGs, cuja estrutura de organização era adequada para vincular sua abrangência internacional com as características locais, graças ao uso de um novo modelo de comunicação, ou seja, a internet. Tanto índios como as mulheres negras, estas reunidas no www.criola.ong.br, além do site oficial de Martinho da Vila, seriam exemplos dessa nova acomodação multicultural: “uma sociedade civil na periferia é paradoxalmente impensável sem os avanços tecnológicos da informática”. Mas não só:

“Há alguns anos, muitos dos ilustres visitantes estrangeiros percorrem outras partes da terra e constituem novos interlocutores. Deixam o asfalto, sobem até as favelas e dialogam com grupos culturais que ali estão localizados. Em contrapartida, muitos dos jovens artistas moradores em comunidades carentes têm viajado a países estrangeiros e apresentado seu trabalho em palcos internacionais. Duas ou três décadas atrás seria impensável esse tipo de contato entre profissionais duma cultura hegemônica e representantes duma cultura pobre num país como o Brasil”.

O cenário descrito seria bastante diferente ao de décadas anteriores, em especial quando Levi-Strauss aportou na, para ele, horrorosa Baía de Guanabara. Chegando a São Paulo, o antropólogo descreveu sua relação com seus interlocutores, no capítulo XI de Tristes Trópicos, não como uma parceria entre amigos ou companheiros, mas como pessoas que apareciam como funções: a de gastrônomo, liberal, católico, bibliófilo, amante de cães ou cavalos, etc. Com a globalização, os nativos ou pobres estavam sendo tratados de maneira mais horizontal, até porque, como ilustrava a atuação do grupo Nós do morro, haveria uma inserção internacional dos grupos marginalizados dentro da lógica do mundo sem barreiras que emergiu depois da queda do muro de Berlim…

O neoliberalismo em retrospectiva

Visto 17 anos depois de sua primeira redação, o texto de Silviano Santiago não deixa de provocar o interesse pelo pitoresco. Vãs ilusões que o faziam, a partir do destaque que dava à inserção de classes subalternas na lógica do capitalismo mundial, acreditar que os pobres estavam se tornando cosmopolitas, e mais, que haveria uma necessidade lógica coerente com o processo histórico do período que as coisas caminhassem nesse sentido. Não era propriamente uma humanização do capitalismo (um ideal da social-democracia), mas a entrada no circuito mais brutal do capital iniciada com o Consenso de Washington, de alguns grupos aleatórios que serviriam para legitimar uma suposta humanidade da política genocida dos anos 90. Esta política, é bom lembrar, foi responsável pela devastação econômica de todos os setores do chamado terceiro mundo, por exemplo, dos países que compunham a antiga União Soviética (do desmantelamento assassino da Iugoslávia à mutação da Rússia em um narco-Estado) e na América do Sul (privatizações e dolarização da economia), com o saque desenfreado das riquezas desses países através de um mercado que nunca antes se viu tão livre. O que os anos subsequentes demonstraram é que não se deveria ir em direção à inserção dos pobres na lógica da globalização. Pelo contrário, o que se assistiu durante a década de noventa foi uma globalização da pobreza legitimada culturalmente pela inserção de grupos periféricos escolhidos para servirem de propaganda da lógica triunfante do neoliberalismo. Com a chegada de Lula ao poder e toda a virada política na América do Sul, assim como a consolidação da Rússia como poder autônomo desde o início da liderança de Putin no país, e o crescimento cada vez mais voltado para as questões sociais na China, os pobres não tinham que se assujeitar à lógica cosmopolita, mas a colocarem em praça pública sua subjetividade, na maioria de seus aspectos não “culturalizada” como nos exemplos citados pelo crítico literário. Os espaços para o culturalismo ou identitarismo da política neoliberal, cultuados por Santiago e talvez aspirados por ele numa possível continuação com a eleição de Lula (aliás, este pode até parecer um pobre e cosmopolita, mas nunca se comportou ou quis aparecer como um), se fecharam nos territórios onde se englobam a maior parte da humanidade. Antes de seguir não se pode deixar de falar da África. Nela se dá o encontro com a nova civilização americana surgida a partir do sul e da nova lógica econômica chinesa, isto é, o período de expansão econômica do gigante asiático. O continente africano é o lugar onde a China está conseguindo implantar, no momento, em maior escala os projetos contidos da Iniciativa Um Cinturão, Uma Rota. A inserção do Brasil na África caminhava de maneira análoga à chinesa atualmente. Obras de infraestrutura em parceria com os países envolvidos. Além do “soft power” que a China parece exercer tal como outrora o Brasil na região, nosso país tinha um elemento a mais: a tecnologia e a riqueza do pré-sal, ao invés de ser pirateada pelos atlanticistas e europalacianos, poderia servir para a autonomia energética na África. Sua costa marítima pode apresentar características parecidas com a nossa e o Brasil poderia se tornar pioneiro no incentivo para que os africanos não continuem reféns das “tecnologias apropriadas” impostas pelas ONGs internacionais. Na longínqua década de 1970, o grupo político liderado por Aldo Moro procurou trazer a expertise italiana na prospecção de petróleo no Mediterrâneo para os países africanos, além de, através da empresa Bonifica, revitalizar o lago Chad, com um projeto pioneiro da empresa Bonifica. Hoje ela se aliou com a chinesa Power China e o projeto adquiriu características até extravagantes para quem vive no mundo dos balanços de pagamento e em suas utopias lucrativas [aqui um vídeo atual explicativo do Projeto Transaqua]. Sem autonomia energética, não há “cosmopolitismo” possível que faça um país se modernizar.

O gerador de anomia

Em todo esse mundo paradisíaco do mundo pós queda do muro de Berlim, onde a utopia neoliberal dizia ter o poder de romper toda e qualquer barreira, aconteceu o pecado original. Seres pelados ou, melhor dizendo, vidas antes nuas, emergiram na pólis dos cidadãos que travavam relações com o estrangeiro pela internet e podiam comprar fácil num país de câmbio valorizado. O engano é tão maluco, por assim dizer, que hoje se chega a dizer que FHC, Gustavo Franco e até Pedro Malan (sim, eu ouvi isso de bocas insuspeitas) teriam a “racionalidade” suficiente para não mexer na Caixa Econômica (no Banco do Brasil, talvez, tudo bem…), nas universidades federais ou, quiçá, ir com tanta sede ao pote da Previdência… Tá serto, como se diz, um Bolsonaro gourmet é mais ao gosto da classe-média atual. Como eu tentei explicar nessa série Capitalismo e anarquia, em especial nos últimos textos, a Lava-Jato cresceu numa imensa zona de anomia social que aparentemente se mostrava coesa no auge dos governos do PT, isto é, o segundo mandato de Lula e o primeiro de Dilma. A anomia se caracteriza basicamente pela falta de preparo existencial da grande parte da classe-média brasileira. Frente ao pecado primitivo, poucos foram os que mantiveram pelo menos o sangue frio. Frente às denúncias de corrupção, parte da classe-média geralmente inclinada às pautas ditas progressistas também sofreram do fenômeno caracterizado por Rogério Skylab como “Dedo no cu e gritaria” (é um antigo meme de internet que o músico colocou a serviço da estética e da ética [falei sobre esse tema aqui]). Frente à capitulação ou ao congelamento desses setores diante do pecado, a “estranha revelação” com Amaury Jr. e João Dória vista por Skylab como ” uma dupla sertaneja, me faziam: um Brasil ingênuo, inocente, corruptível, cafona, supérfluo, injusto e sem um lastro civilizatório”. Formou-se a unanimidade exclusiva ao redor de juízes e procuradores, capiaus e civilizados, ou seja, uma falsa unanimidade. O papel não do povo de um modo geral, mas da classe-média em particular é evidente. Como advogados, médicos, professores, dentistas, empresários, jornalistas, políticos pequeno-burgueses, etc., contribuíram para a formação de um discurso único, para formação de uma nova barreira onde a retórica antiga, a do “nunca antes na história desse país”, não podia mais se manifestar. Isso em meio à irrupção, como nunca antes de visto, da subjetividade do pobre… O próprio fenômeno atual The Intercept é ridículo para quem acompanha o histórico dos processos. No caso do Lula, lembro de algo simples que o Mino Carta sempre falava: o processo é podre pelo simples fato de não respeitar o princípio do juiz natural (algo depois confirmado pelo juiz do processo ao afirmar, em resposta à defesa após lavrada a sentença condenatória, de que o caso Lula nunca teve relação com a Petrobrás; isso está nos autos, em suma). Partindo daí vê-se arbitrariedades tão grandes (mesmo se não for contabilizado os escandalosos casos da tentativa de prisão coercitiva do Lula e a grampo na presidência da república e não no Lula, como fica claro para quem ouve o áudio todo; a ligação é feita por Dilma) que não há Intercept que diga qualquer coisa nova. O que existe agora são os detalhes meio pornográficos, ao estilo Emmanuelle, na verdade fábulas infantis para quem assiste a Lava-Jato, desde o início, como um processo de desmonte social.

A captura do subjetivismo do pobre

A emergência não do cosmopolitismo, mas do subjetivismo do pobre, se deu em meio ao consenso neoliberal nunca devidamente rompido. Pode-se alegar que isso é trabalho para gerações ou que foi “culpa do PT”, mas como a abordagem da história recente de maneira menos triunfalista demonstra, pelo menos desde o assassinato de John F. Kennedy ao 11/09, não ouve o paulatino apaziguamento, mas um incremento da lógica da Guerra Fria, outrora conhecida como “política da geopolítica”, de Mackinder a Brzezinski. Um sintoma alarmante dessa situação foram as movimentações frenéticas do partido da guerra, de 2014 a 2016 em especial, para causar uma política de contenção ou de assalto à Rússia. Se existe um “texto primeiro” do meu blog, algo que me fez escrever publicamente e não mais apenas acadêmica ou diletantemente, foi o chamado Sobre a guerra que se aproxima. Muitos se levantaram na época contra o golpe. Pessoas qualificadas e antigas no debate público e até jovens com textos muito bons se mobilizaram diante da rasura que provocavam nas páginas de uma história bem recente que estava sendo escrita de uma maneira admirável. A minha preocupação primeira, contudo, era com os desdobramentos internacionais, com o movimento de conjunto que o Brasil fazia parte naquele momento. Se alternei textos com essa preocupação internacional com outros sobre filosofia, literatura, arte, história e sobre a política brasileira cotidiana, as intervenções recorrentes foram, desde então, com os entrelaçamentos do Brasil com o seu lado de fora. O fato é que Lula governou sob o signo do neomacartismo, através de desconfianças recíprocas e negociações constantes. Com a crise de 2008, na verdade uma transferência massiva de recursos que procura inaugurar uma nova organização do trabalho e novas formas de governo, descentralizadas, porém baseadas no sistema de mineração massiva de dados e vigilância total – o fascismo 3.0 – a guerra termonuclear entrou de novo na agenda e o tempo, como de costume, saiu de seus trilhos. Falar de subjetivismo do pobre é mostrar também as cenas clássicas do “aeroporto que se tornou rodoviária”, das universidades públicas e privadas invadidas por antigos matriculados no “Mobral”, uma estética mestiça que começa a se esboçar como pesadelo da Casa Grande, além de um fenômeno insidioso, pouco comentado por quem tem a sensibilidade para o profundo desprezo das elites brasileiras e seus associados (menos ricos dentro do país e mais ricos fora). Um dos sintomas mais marcantes da emergência do subjetivismo do pobre foram os chamados “rolezinhos”. Se o aeroporto virou rodoviária, a universidade uma extensão do Brizolão ou se estéticas menos caipiras surgiam aqui ou ali, isso tem um interesse secundário para a classe-média. A imensa zona de anomia social criada a partir da percepção dessa classe, dos setores esquerdistas aos meramente reacionários, nunca aceitariam a invasão, em seu cotidiano de compras e passeio familiar, das centenas de jovens da periferia nos shoppings centers. Seu advento foi como a parte maldita, o excesso inaceitável, que colocava medo até no mais consciencioso e preocupado socialmente burguês.
O passinho dos jovens nos rolezinhos nos shoppings: o terror da burguesia
Dilma entrou na dança várias vezes. Nunca teve nada a temer. PS: Dilma no passinho e Pezão tentando acompanhar: o arrepio da classe-média cheirosa
Diante do pecado original, a emergência em praça pública do subjetivismo do pobre, dois fatores são principais e outro, derivado. Este permanece como parte da política atual e foi marcante desde o processo eleitoral. Os dois fatores principais são os seguintes: 1) um governo bem avaliado (muito bem até), que iniciou um guerra nem tentada por Lula, a de confronto ao sistema da dívida; um governo confortável depois de anos de multiplicação da riqueza nacional e não mera distribuição de renda, chegou às menores taxas de juros reais da história (tanto pré quanto pós fixadas) e tinha a regulação da mídia debaixo dos braços, pronta por Lula e Franklin Martins, para ser colocada na disputa. Se o tempo não saísse de seus trilhos, como de costume, teríamos provavelmente as batalhas mais aguardadas desde a eleição de Lula: o confronto com a mídia e com o sistema financeiro. Foi logo aí que o governo parou. Por que? 2) Iniciou-se o processo de fritura do governo com as manifestações pelos “20 centavos”. Por mais que muitos ainda guardem alguma relação afetiva com aqueles acontecimentos, a dificuldade de compreensão de fenômenos ocorridos fora da cozinha doméstica às vezes precisa ser superada através de iniciativas didáticas como os casos Snowden e Vaza-Jato. Com a atmosfera de conflito social armado, não foi difícil inflar o verde-amarelismo a partir de seus agentes previamente treinados em Curitiba e abençoados por Janot. Silenciou-se a música, acabaram os passinhos e os rolés, e nunca antes na história desse país se viu uma mudança tão rápida da discussão pública a respeito da política nacional. Corrupção. O fenômeno derivado chamado Carluxo ou “política das fake news”, propriamente chamada de política do Vale do Silício, capturou o difuso estranhamento da sociedade com a mudança súbita do discurso público. É difícil traduzir os intricados meandros de um processo judicial. Apesar de todo o esforço da mídia em reproduzir os releases previamente preparados pela república curitibana, o debate jurídico, mesmo criminal, compõe um drama onde muitas vezes a população de um modo geral pode chegar a se identificar com os bandidos e não com aqueles que se apresentam como mocinhos. Afinal, quem é Sergio Moro ou Dallagnol? Aquele Power-Point convenceu as camadas populares de que Lula era chefe de uma quadrilha muito louca? Como agora se sabe, nem o procurador acima citado tinha convicção disso… O que, aliás, mostra um mínimo de senso de realidade por parte dele. Mas a aposta deles era maior e estava em jogo um fundo não de meros 2,5 bilhões como se fala, mas de cerca de 10 bilhões de reais. São 10 bilhões a cifra correta, caso não se queira adotar o dólar como moeda oficial do Brasil. Carluxo ou a política das fake news operou num plano quase infra-discursivo. O Power Point foi sendo repleto de imagens escabrosas de mansões, malas de dinheiro, referências escatológicas e tudo o mais que o recato do procurador evangélico talvez não permitisse fazer nem em suas conversas privadas. Lulinha, por exemplo, que nunca foi uma pessoa para a opinião pública, mas uma espécie de ser mitológico, quase fantasmagórico, só deixou de ser dono da Friboi depois que o Joeslei Batista gravou o Temer… A subjetividade das camadas mais pobres diante da crise política e econômica fabricada deixou a praça pública. As conversas privadas se multiplicaram e os smartphones tão cobiçados pelos jovens estavam nas mãos também de suas tias, tias-avós, tias de consideração e de uma galera mais suscetível à pornografia do que os próprios adolescentes. A subjetividade nua cedeu lugar a um pobre forçosamente tornado cosmopolita, diretamente conectado às redes através de seus computadores portáteis. A subjetividade se tornou vida nua plena, no limiar social, com o avanço acelerado do desemprego e do pessimismo cultural, componente principal da mentalidade da Lava-Jato e seus parceiros sociedade afora. Carluxo realizou o sonho da globalização. Nunca a política se fez tanto fora das ruas e mais nos meios virtuais. Enquanto Dilma não dançar novamente o passinho com o Pezão junto da galera da periferia, pode ter certeza que a sociedade brasileira não estará feliz novamente. Esse texto compõe, talvez, o penúltimo capítulo da série que venho escrevendo nas últimas semanas, Capitalismo e anarquia. Clique aqui para acessar todos os capítulos. Da mesma série e também dialogando com alguns clássicos da crítica literária (parte da mesma série), leia sobre Roberto Schwarz e suas ideais fora do lugar: Liberais vs. Conservadores: uma história muito recente Rogério Mattos: Professor e tradutor da revista Executive Intelligence Review. Formado em História (UERJ) e doutorando em Literatura Comparada (UFF). Mantém o site http://www.oabertinho.com.br, onde publica alguns de seus escritos.  
Redação

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