Cafezá – Catarina e Jarirí, uma paixão sobre-humana.

Entonces, Sanfredo dispejô um suco na canéca i tomô, pá arréfrescá a gúéla, qui divia ditá frévenu.

Mestre Bódim catô u seo remédio, tomô i mascô, feizi uma baruiera calíngua i falô:

– Sabi, Sanfredo, uilsso qui acunteceu cum Calu i o pai deile acuntéce tudos u dia. U puovo vévi cuma navaia na veia da julgular du péscosso. U aço da navaia, qui é leve, incóstada na mórte di todo dia suado. Basta rélá divagarim u fio da navaia pá abrí u taio do coveiro. Pur uilsso a palavra navaia fica biem usada pá falá sobre u puder dus ricaço. U aço dus ricaço ié leve casca dura di caramujo lesma, sutil dislizanu nus óssim do pescosso di quiem ganha a vida trabaianu na pedrera da injusta montanha pontuda, acuela qui tiem dono cum chicóti numa manu i cum navaia naota, brilhanu cegante. Maisi navaia, i niem cupim, num córta madera di lei, cumu diz o frevo du pernambuco. Num rói não, pur causa cajienti tiem sombrinha na mão, pá bailá nas fiestas das ruas enfeitadas di aligria.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador