Do Blog Amigos do Presidente Lula
O procurador Geral da República Roberto Gurgel enquadrou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), na lei que prevê crimes de preconceito de raça ou cor, em ação que corre no Supremo Tribunal Federal. Isto porque ele já é réu em ação penal por estelionato e por ter sido investigado em inquérito por crime de injúria contra uma idosa, como cita denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em 30 de novembro do ano passado.
Apesar desse histórico nada invejável, o deputado Marco Feliciano se sentiu apto para comandar a Comissão de Direitos Humanos. E pelo visto desagradou até mesmo a imprensa. Quem melhor resumiu Feliciano na Camara foi uma matéria publicado no jornal Correio Braziliense no qual afirma que o “nobre” deputado deu um tiro no pé
A escolha de Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados pode ser resumida numa expressão popular. Trata-se de tiro no pé. Contribui para dar mais um passo rumo à desmoralização do parlamento. É frustrante. Esperava-se que o Congresso, sob comando novo nas duas casas, tomasse medidas capazes de melhorar a corroída imagem do Legislativo. Não foi, porém, o que ocorreu.
Eleição tão esdrúxula exigiu muita insensibilidade dos eleitores. Em época de lutas de afirmação de grupos historicamente marginalizados, indicar um opositor da causa é desqualificar o cidadão. É duvidar do senso crítico e da capacidade de reação do brasileiro. É revelar o divórcio existente entre os representantes do povo e a sociedade. É, enfim, assumir que o Congresso Nacional age de costas para a população.
Voto tem consequências. O mandato pertence a quem depositou a confiança neste ou naquele candidato. O povo protesta. Se a Câmara tiver sensibilidade, ouvirá a voz das ruas e das redes sociais. Corrigirá o erro cometido e substituirá o pastor Marco Feliciano por parlamentar comprometido com os direitos humanos e com os direitos da minoria. É o que se espera de quem recebeu voto de confiança do eleitor.
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