Se a grande imprensa brasileira assumisse seu ultraconservadorismo...
Uma pequena nota para apresentar o excelente texto de Edmilson Lopes Júnior.
Kennedy Alencar, colunista de Veja e apresentador de um programa na rede TV, foi interpelado pelo seu entrevistado, José Dirceu, que afirmou que os escândalos do PSDB/DEM não são, devidamente, abordados pela imprensa, em uma entrevista a sobre a escandalosa espionagem produzida pela Veja contra si.
O repórter afirmou ao entrevistado que o PT deveria ser vigiado, sem trégua e de forma diferente dos demais partidos, pela imprensa brasileira nas questões que abordassem desvios éticos. Pois, segundo o jornalista, o partido quando estava na oposição teria se apropriado do bastião da ética na política, como um dos pilares de seu discurso. Isso explica a vigilância seletiva e a pouca importância para os malfeitos de partidos que não tinham (e parecem não ter ainda) o compromisso ético firmado em seus alicerces ideológicos, como os da oposição.
Ao dizer isto, Kennedy Alencar, ratificou o pensamento recorrente na grande imprensa brasileira: ao PT (e também alguns de seus aliados) todo o rigor editorial e recursos para cobrir seus episódios negativos. Já para a oposição, coberturas leves, desconexas e sem continuidade.
A meu ver o rigor editorial e os recursos, profissionais e técnicos, deveriam ser lançados para investigar qualquer desvio ético e moral, seja lá quem for o autor, para que a grande imprensa se credencie como importante agente a serviço da democracia e da sociedade brasileira e não apenas uma linha auxiliar de grupos políticos conservadores na disputa pelo poder…
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