A postura inflexível do governo federal em relação a paralisação de diversas categorias e a falta de disposição para a negociação com os trabalhadores, vai na contra-mão daquilo que o governo Lula construiu em oito anos de mandato, que é a vontade de sentar a mesa e discutir com as categorias profissionais em greve.
A decisão do governo de cortar o ponto dos grevistas, antes de esgotar as possibilidades de entendimento, não se assemelham a uma postura de uma administração democrata e popular.
O processo de recuperação do poder compra do salário dos trabalhadores brasileiros, aí incluídos os servidores públicos e empregados de empresas públicas e de capital misto, não se esgotou e requer a continuidade para o país atravessar, de vez, o vale da injustiça social na direção de um país cada vez mais justo.
O posicionamento autoritário e retrógrado de corte de ponto, pressiona, perigosamente, as relações do governo com importantes bases sociais, que lhes apoiam.
Estica a corda desnecessariamente e empurra importantes setores do sindicalismo contra o governo.
A CUT é quem mais tem a perder nesta mudança de posição do governo. A mais importante central sindical do país, aliada política do PT e do governo, é levada a endurecer o discurso contra Dilma, porque age, corretamente, como representante do trabalhador e, por conta disso, precisa repreender tais ações intimidativas…
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.