As teles e o novo plano de metas da telefonia fixa

Do Brasilianas.org

Metas: Paulo Bernardo promete negociar com as teles

Por Wilian Miron

As operadoras de telefonia fixa aguardam uma conversa com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para negociar os pontos divergentes dos novos dos contratos de concessão e do novo plano de metas da telefonia fixa, ao qual elas serão submetidas.

No encontro entre a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) e o ministro os representantes da iniciativa privada pretendem convencer Paulo Bernardo a recuar em relação à inclusão da banda larga com serviço de telefonia (STFC). A conversa está prevista meados da segunda quinzena deste mês.

EmboEmbora as operadoras tenham pressionado o Estado com ações judiciais contestando a reativação da Telebrás e o próprio Plano de Metas da Universalização da Telefonia Fixa Comutada (PGMU III), tudo indica que Bernardo não pretende ceder um milímetro sequer nas posições definidas pelo Governo.

Segundo fontes ligadas ao Ministério da Comunicação, o assunto banda larga é considerado estratégico para a presidente Dilma Roussef que pretende dar cabo do projeto de universalização do acesso ao serviço, com aumento da cobertura de internet em alta velocidade e redução de preços.

Atentas às posições defendidas pelo Governo e preocupadas com um embate mais severo entre iniciativa privada e o Governo,  as operadoras declaram publicamente que objetivam apenas uma definição mais clara sobre as obrigações impostas no novo contrato  de concessão. “Queremos uma definição melhor do que é o back haul e de outros conceitos, porque tem coisas que cada um entende de uma maneira”, comentou a diretora de relações institucionais da Telefônica, Leila Loria.

Na opinião de Leila, não há problemas diretos com as metas de universalização do serviço, mas, sim, com s conceitos que envolvem as imposições do Estado. “Trabalhando melhor os conceitos, qualquer meta será apenas uma consequência”.

Mesmo que não haja uma definição sobre possíveis mudanças nas metas que as operadoras terão ao longo dos próximos cinco anos, o adiamento da data limite para assinatura dos contratos é considerado um ganho para as teles. “Ao menos ganhamos quatro meses e a disposição do Governo em dialogar”, comentou.

Segundo outra fonte, na primeira reunião, no final do ano passado, o ministro conversou apenas com as empresas concessionárias e, por isso, há a expectativa sobre a participação da Telebrasil na conversa, confirmada para os próximos dias.

Procurada a Telebrasil preferiu não se pronunciar sobre o assunto.

Luis Nassif

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