Empresários dos Brics levam propostas aos chefes de estado

 
Jornal GGN – Os empresários dos países que integram os chamados Brics, países com economias em desenvolvimento (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) também estão na cidade de Fortaleza, juntamente com os líderes das nações. O objetivo, segundo eles, é trabalhar pelo fortalecimento da integração econômica do bloco, além de uni-los para melhorar a pauta do comércio e o investimento todos entre eles. 
 
Nesta segunda-feira (14), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) organizou o Encontro Empresarial dos BRICS, o Business Network e o Conselho Empresarial dos BRICS no Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza, às vésperas da reunião dos chefes de estado dos cinco países.
 
O chamado Business Network, rodada de negócios que reunirá  602 empresas, já gera uma expectativa de movimentação de aproximadamente US$ 3,9 bilhões. Há interesses comuns entre os países do grupo nas áreas de agronegócios, infraestrutura, logística e equipamentos de transporte, mineração, máquinas e equipamentos, tecnologia da informação, farmacêutico e equipamentos médicos, energia e economia verde. Para a CNI, a prioridade era que os Brics avançassem e aproveitassem sua aliança política para reforçar também a agenda econômica.
Os empresários que participam das rodadas de negócios defendem a aceleração da criação do Banco de Desenvolvimento dos Brics, a principal pauta dos presidentes dos países envolvidos. Segundo eles, a oficialização traria grandes avanços para o comércio, os negócios e os investimentos, bem como facilitaria a emissão de vistos para quem viaja a negócios, reduziria barreiras não tarifárias, eliminaria obstáculos ao comércio, além de engajar ainda mais chefes de estado para solucionar problemas como dumping e subsídios entre os países. Também estão entre as propostas empresariais aos líderes o aumento das transações em moeda local e a eliminação de subsídios à exportação no setor agrícola.
 
Em 2013, a corrente de comércio brasileira com as demais economias do grupo foi de US$ 101 bilhões, cerca de 21% da corrente de comércio brasileiro com o mundo. Em 2008, esse percentual era de 14%. No ano passado, os BRICS foram o segundo bloco mais importante para as exportações brasileiras, só ficando atrás dos países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi).
 
No entanto, do total, US$ 84 bilhões foram negócios com a China, o que torna a pauta brasileira com os BRICS concentrada em poucos produtos primários. Mais de 70% das exportações nacionais são de soja, minério de ferro, óleo combustível bruto e cerca de 95% da pauta de importações do Brasil é de produtos manufaturados.
Redação

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